30.4.05


Foi encontrada a porca da Francisca Barriguda, debaixo do palco do festival Panque do Pinhal Novo. Ficámos a saber porque é que os panques são tão parecidos com os caramelos. Parece até que são irmões.

Eleições para o cargo de GRÃO-MESTRE das Milícias Caramelas

EDITAL

António Vaz Regurgitado, Joaquim Qualquer Barril e Manuel de Jesus Deitado são os três nomes até agora perfilados nas eleições para o cargo de Grão-Mestre das Milícias Caramelas, a mais antiga ordenação caramelónica que vai a votos a 4 de Junho. As candidaturas serão analisadas nas traseiras da oficina do Toin Do Lau em Bal d’Era já no próximo dia 1 de Maio com uma panelada de caracóis e cinco grades de mines. A partir do aval deste órgão, são consideradas oficiais, podendo os candidatos iniciar a campanha eleitoral pelos seguintes locais espalhados na região:
Postes da EDP ao longo das estradas e caminhos.
Árvores.
Curvas e cruzamentos.
Marcado mensal do Pinhal Novo em tenda própria.
Muros e paredes.
Qualquer carrinha de caixa aberta.

Em caso de empate, a segunda volta será feita em corrida de Zundapes num circuito caramelo a definir pela comissão de eleições.
Lembramos que António Regurgitado, há muitos anos elemento da Caramelonaria, concorre pela quinta vez que ao cargo de Grão-Mestre das Milícias, tendo estado na final da corrida de Faméis de 2003.

25.4.05

31 ANOS É BOM, 25 SEMPRE

Apresentamos aqui a combersa do nosso Presidente a propósito do 25 de Abril:
“Passados 31 anos por cima do 25 de Abril, data liberalizante a partir da qual olhámos o futuro da Nação Caramela com mais esperança e descaramento.
A Nação Caramela conheceu nestas três décadas mudas tão fundas, que até parecem impossíveis… tanto é que, se não fosse 74 todo a nosso território seria hoje um campo de pastorícia onde todos os caramelos seriam pastorinhos e pastorinhas com olhar bucólico e mais não digo.”
Disse ele enquanto lançava ao vento os panfletos do pugrama:

PUGRAMA
06h00 Alvorada: Tiros de caçadeira pró ar
07h00 Preparação (Acendimento do meio-bidom oficial)
10h00 Campeonato de emburcamento de mines
11h00 Corrida: 1974 voltas ao marmeleiro do Ti Florival Catarro no sentido dos ponteiros do relógio (prova inédita em Portugal)
12h00 Medição da Tensão Arterial
13h00 Almoço (à sombra da azinheira que ninguém sabe a idade)
15h00 Chegada do palco (no tractor do Arestides Grosso)
16h00 Prendimento dos balões e da faixa “31 Anos é Bom, 25 Sempre
17h00 Ligação da aparelhagem à corrente
18h00 Actuação da acordeonista e cançonetista Cátia Vanessa (a netinha do Ti Florival Catarro)
19h00 Reabastecimento (grades e jerricans)
20h00 Jantar conbíbio
21h00 Baile com os “OS IRMÃOS PATILHA”
24h00 (enquanto o baile decorre) José Faíscas diz poesia à conbersa com todos os seus seguidores. “Ouve-me lá tu o que eu digo enquanto falas” é o tema.
02h00 Encerramento: Sessão de Porrada.

20.4.05

O JORNAL E O PASSATEMPO CARAMELO

Varridos todos os farelos, comidas todas as sopas e acabado o campeonato do Lançamento-da-Beata-pró-Meio-da-Estrada, surgiu um vazio nas nossas bidas. É triste ver os caramelos às esquinas, de mine na mão, com o cigarro a amarelecer-lhes os dedos. Por isso, a União Caramela juntou-se ao Jornal do Pinhal Novo (através duma prima dOtorada), para o lançamento da campanha de alfabetização e ATL. Feitas 4 runiões, ficou assente que a melhor solução é dar continuidade à inserção de gralhas e gafes nos jornais como passatempo regional.
Caramelo, presta atenção.
Lê e acha a tua gralha. Há umas fáceis com letras grandes, outras não!
Quem achar mais gralhas e gafes, dirige-se a uma das bilheteiras da nova estação e tem direito a uma visita guiada até às máquinas dispensadoras de bilhetes.
Adiantamos já que, pelos resultados do nosso inquérito, «a campanha vai ajudadr ao gosto pela com leitura, e colmatãr a falta de da matraquilhos nas coletbidades, e mais-na-digo», disse o nosso Presidente com os olhos da conceituada publicação.

19.4.05


Fragmento informativo do boletim da Junta.

OS CANÍDEOS VÃO OBRAR PRA LONGE

O Senado Caramelo votou ontem contra os métodos obscuros e contra a regulação da apanha de dejectos caninos promovida pela Junta de Freguesia do Pinhal Novo. Esta campanha é uma forma ilegal de migração da mão-de-obra, da apanha da bolota para a apanha do dejecto de cão. É tão ilegal e extravagante que alicia as classes operárias com Pinças e kits impingidos pela administração Bush.
Por não nos ter consultado, a Junta de Freguesia «está a delegar o processo para as mãos populares, com aproveitamento político do pragmatismo canino, e mais não digo.» Disse o nosso presidente depois de beber uma mine.
Como dever patriótico, a Agência de Costumes e Inteligência Caramela (ACIC) procedeu à inbestigação pelas vozes das nossas gentes mais antigas.
Chegados os relatórios e os pareceres científicos (superbisionados pela nossa administração), apresentamos aqui, passo a passo, as sábias tradições caramelas para evitar que o cãozinho obre o seu medalhão e poupe o nosso povo da apanha.
Então aqui bai:
1- Solta o cão, deixa-o andar à vontade;
2- Observa o comportamento do bixinho a cheirar as redondezas.
3- Disfarça e engancha os teus indicadores um no outro.
4- Quando o bichinho sentir o chamamento, curva-se e…
5- Tu fazes força oposta nos braços como se quisesses arrancar os indicadores enganchados.
6- A força deve ser tal que, mesmo a uns 10 metros de distância, lhe provoque imediata prisão de ventre.
7- O bixinho não consegue e limita-se a arrastar o esfincter pelo chão, mantendo o espaço asseado.
Nota:
Se mesmo assim ele ameaçar cometer o acto, chama rapidamente os caramelos vizinhos para te ajudarem. Devem todos enganchar os braços uns nos outros e fazer o mesmo com toda a força. Se o canito não arebentar é porque é de boa raça.

A ARMADILHA CARAMELA

Lembram-se das armadilhas de arame para os pássaros, hoje remetidas à clandestinidade pelas forças da tirania e defensores dos direitos da formiga d’asa? Pois não desanimem porque chegou uma versão melhorada do invento! A tradição está de volta. A Frente de Libertação Caramela não baixou os braços à popular armadilha de arame.
As nossas milícias mais activas arregaçaram as mangas, abriram os canivetes e, em colaboração com o Pentágono, desenvolveram uma armadilha de tecnologia de ponta (12 pontas de arame), muito mais eficaz pois não só apanha pequenas espécies como se adapta à captura de avestruzes.
Observem então a Kódaque.
O uso da alta tensão tem a vantagem de fritar a peça de caça logo ali, não necessitando de acender o meio-bidom.
Esta armadilha devidamente homologada pela EDP (através da influência de caramelos enfiltrados), está escondida na secreta Praça da Endependência, por cima da insuspeita sapataria Bráz e Bráz.
Por enquanto ainda não apanhou nada, mas se houver um apagão em todo o território caramelo, já sabem: há churrasco garantido.

Não há revolução que não tenha uma forquilha. Não há caramelo que não faça armadilha.

Armadilha caramela eléctrica (homologada pela EDP)

Armadilha caramela tradicional (cheia de ferruge)

17.4.05


Eis o Boletim que, embora seja de Fevereiro, fala de Abril e do Caramelo em geral.

Confirmando as influências do nosso movimento nas instituições palmelonas (através de caramelos disfarçados de D.Afonso Henriques), eis um dos títulos do boletim do Museu Municipal cujo desenvolvimento só não ocupou a totalidade do boletim porque podiam desconfiar.

15.4.05

Errata

Agente ainda não percebeu porque é que as "ásperas" se fizeram em códrados.

PELA preservação do Marcado Municipal do Pinhal Novo.

“Há certos tipos de edifícios que marcam as nossas bidas. O Marcado é um deles!”
in Ti Florival Catarro “Os repolhos”

Caramelos reparem na Praça do Pinhal Novo…
Reparem. Volvidos os anos sobre a construção da mais emblemática obra caramela, querem hoje, sem mais nem menos, destruí-la para sempre. Dá âinças que assim seja...

Não se deixem enganar pelas forças da tirania, com novos edifícios feitos à imagem cultural do Algarve e resto da América. Não queremos a nossa cultura mergulhada nos conflitos da Metafísica com centros comerciais em forma de bolos de casamento.
Agente não samos assim.

A Frente de Libertação Caramela apoia a praça, o repolho e a pardelha de charco.

Repare-se naquelas magníficas empenas de forma arrojada, recobertas com uma camada de reboco caiado com grande riqueza plástica. Repare-se na delicada tensão entre as curvaturas da cobertura (muito usada nas nossas coelheiras), com a volumetria clássica do meio-bidom virado ao contrário.
Como obra-prima da Arquitectura Caramela, constitui o paradigma de linguagens e técnicas, assentes no improvisionismo, muito enraizadas na nossa cultura. A praça é por isso um marco que identifica o auspicioso movimento caramelo das construções-rápidas como as coelheiras, cabanas ferramenteiras, tanques de água, adegas, e principalmente garagens de quintal, para não falar em habitações injustamente clandestinas.

Na reunião, (tida secretamente numa das lojas abandonadas dos Mochos) foi decidida a proposta para o embalsamamento do arquitecto que conseguiu pôr a este nível as mais relevantes características do caramelismo urbano. Tal obra trouxe ao de cima « os aspectos semânticos do neo-capoeirismo pinhalnovence, e mais não digo.» Disse o nosso Presidente da F.L.C. enquanto tirava cagaitas das unhas.

Caramelo, está marcada para o dia 25 de Abril a ocupação brabia do espaço. Não faltes. Serão servidas entrameadas e vinho à descrição. Este espaço vai funcionar temporariamente como pombal, enquanto que, ao mesmo tempo, levantamos o edifício a património da localidade com um dos seguintes nomes:
- Castelo Caramelo
- Museu Guggenheim
- Pombal do Ti Florival Catarro
- Praça.

Não há movimento que não tenha o seu cogumelo. Não há pau que dobre um caramelo.
Como Policarpo Lopes, que fala do «Homo mobilis que de forma consciente ou inconsciente desenvolve estratégias», eis o Castelo Caramelo que nasceu como «estratégias de negociação...da nova dinâmica social».

13.4.05

O momento em que a porca da Francisca Barriguda ia levar com a navalha.

12.4.05

Relatório dos acontecimentos

A cerimónia de inauguração deste espaço teve lugar à volta do ecrã com todos os dirigentes das Forças Vivas Caramelas e o cão do Armindo. Depois saímos para o quintal com o fogareiro já em labaredas.
Conforme Oitavo Tasão, com o canivete aberto, «inauguramos estas palavras com a matança da porca da Francisca Barriguda que será assada aqui no meio-bidom oficial».
A GNR no encalço dos grunhidos aflitos invadiu as nossas instalações no momento da navalhada. Como agentes anti-caramelos, arrastaram a porca para o jipe ainda estrabuchar e levaram-na, no lugar do pendura, à boleia para parte incerta. É certo que os nossos piquetes foram investigar a luxuosa vivenda onde conbibem e sornam os GNR, mas não viram qualquer porca. Foram também ao Palácio do Rio Frio que, em vez da porca, encontraram um ministro com uma senhora esquisita. Por fim, encerrámos as cerimónias quando Oitavo Tasão, presidente das Forças Caramelas, cortou e limpou o seu canivete à fita inaugurativa. Depois, no meio da estrada, com a ajuda da beata do Ti Baldorega, acendeu-se o rastilho e o foguete patardo fechou a cerimónia com um rebentamento.

10.4.05

Cerimónias de inauguração II

Pelo o estado caótico em que se encontram as novas urbes e metrópoles pinhalnovences, é urgente reconquistar este enclave de territórios ocupados e consolidar as fronteiras caramelas. O processo é simples: a caramelização dos refugiados e dos deportados um por um.
Samos pela perpetuação da nossa cultura e pela autodeterminação da Nação Caramela.

Cerimónia de inauguração I

Caramelos e caramelas
Tão grave quanto os povos perseguidos por meteoritos no leste asiático é a realidade caramela dirigida pelos tentáculos do funcionalismo público palmelão e pelos altos dirigentes da Europa alienada. A luta contra as perseguições, contra a clandestinidade e contra a violação dos Direitos Fundamentais do Povo Caramelo, dá-nos a força, a garganta e o pretexto de ocupar à bruta este terreno. Agora é dagente. Com ele alargarmos o nosso território até então marcado entre as bombas de gasolina da Fonte da Vaca e a recta de Pegões.