29.9.05

De novo a polémica dos Jogos Olímpicos

Depois da resposta negativa do Comité Olímpico em considerar o lançamento do fogo rijo um desporto olímpico, Celestino Bombista contrataca.
Após ter estado algumas semanas incontactável em zona incerta da Atalaia, decidiu finalmente falar ao povo caramelo.
Numa entrevista de 2 horas à Rádio Antena Caramela, afirmou na qualidade de Presidente da C.C.C.L.F.R.* :” estibe im profunda meditação na Atalaia, capital sagrada dos Círios, e finalmente alimbrei-me do que fazer. Se nã podemos ir ós Jogos Olímpicos, bamos nós próprios criar os nossos Jogos Olímpicos e ódepois seles quiserem participar, nós tamém nã dixamos!”.
Em tom visivelmente emocionado, Celestino referiu: “declaro aberta a ideia da criação dos Jogos Olímpicos Caramelos. Ca nossa nação e o nosso pobo sejam dignos de os realizar.”
Recorde-se que apesar da recusa dos Jogos em admitir o Lançamento do Fogo rijo como modalidade olímpica, os Círios foram convidados a estarem presentes (como “cabeça de cartaz”, refira-se) na cerimónia oficial de abertura dos Jogos Olímpicos. Celestino chegou a ser pressionado por vários grupos da sociedade caramela para que aceitasse o convite, existindo opiniões de que seria muito bom em termos de promoção e divulgação da cultura caramela. No entanto, para Celestino essa ideia esteve sempre posta de parte: “quem quiser ber e óbir a nossa foguetaije tem de bir cá, à Atalaia, nã somos a gente que lá bamos, isso cariam eles, esses homes parbos do Comitéi. Na, a gente na bamos!”
As modalidades olímpicas caramelas a incluir ainda estão em fase de estudo.
A F.L.C. sabe que o lançamento do fogo rijo em cima da carrinha (parada ou em andamento), o acendimento do meio bidon (sem acendalhas e só com uma mão), os 100 metros de motorizadas (artilhadas e semi-artilhadas), bem como o lançamento da grade de mines, já estão practicamente asseguradas. Sabe-se também que o Canal de Televisão Caramelo já detém a exclusividade das transmissões, a maior parte das quais será em directo.
Celestino espera agora que toda a nação caramela se una em torno do seu sonho e que: “todos juntos mostremos a rejeza e balentia dos homes caramelos que nunca se negam a nada”.

* Confederação dos Círios Caramelos e Lançadores de Fogo Rijo, da qual Celestino Bombista é Presidente.

27.9.05

Ti Balbina Acocorada lança livro de poesia

"Poesia com Chispes de Luz" é o título do seu novo trabalho.
O lançamento oficial será na S.F.U.A. em Pinhal Novo, capital caramela, no próximo sábado, pelas 21h e a autora convida todos os caramelos e caramelas que gostam “d’óbir e ler palabras” a estarem presentes.
Sobre a autora (ver grande entrevista de 16.5.2005), António Estalisnau Tarimba, escreve no prefácio do livro: (...) a poesia de Balbina Acocorada, caracteriza-se por um assumir da sua língua materna, o caramelo. É através desta, ca Ti Balbina canta o mundo e o molda à sua pessoa.
As suas palavras transportam-nos para a terra-mãe, para uma mulher que nos abraça “de chispes na terra” e ao ouvido nos fala de flores, enquanto na mão segura uma faca, a mesma que serviu para a matança do porco.
Poesia sensitivo-rude, de tradição feminista selvagem, que nos embala num regresso à nossa alma gémea caramela, que é afinal uma só.

Intigamente

Intigamente era pariga
Comia e buía sim parar
Hoije sou uma belha bádia
Mas nunca eu dixei de pinsar

Das bailações e despiques em Setembro
Ainda eu ma lembro
Dançaba cús chispes na terra
Na nha querida Baldera

Ai! Quim ma dera a bailação
Mais o home do acórdeão
Aquilo era sempre a rasgar
Até ó depois eu impranhar

Poema retirado do novo livro “Poesia com Chispes de Luz”

26.9.05

ALENTEJANOS JÁ SÃO CARAMELOS

A Voz do Catarro Sem Cuspo (panfleto clandestino da pátria caramela, saído do stencil do Jquim), informou em primeira-mão que as facções clandestinas das juntas de freguesia do Pinhal Novo, Poceirão e Marateca, amais os cabecilhas da Comissão de Moradores da Venda do Alcaide e Lau, reuniram à mesa do restaurante do campo do Pinhalnovence. Nessa reunião, negociaram as condições de atribuição de estatuto de Caramelo aos militantes alentejanos que desde a década de 40 combateram a nosso lado pela pátria e pela autodeterminação do nosso povo. Assim, foi decretado que a partir de 9 de Outubro os alentejanos serão também caramelos desde que:

1- Tenham as cotas da sua coletbidade em dia (porque todo o caramelo é de boas contas).
2- Não se distingam dos caramelos originais na vida do dia-a-dia (a não ser quando estão a cantar).
3- Defendam o título de caramelo com bravura e asseio, mesmo que tenham um chiqueiro no quintal.
4- Nunca mais chamem os caramelos de “ratinhos”, “saloios” ou “picamilhos” sob pena de repatriamento aos seus montes de origem.
5- Não se percam dentro do Marcado Mensal.
6- Vivam dentro dos limites territoriais da caramelândia desde 1940;
7- Comam sopa caramela pelo menos uma vez por semana.
8- Tenham pelo menos um meio-bidom em bom estado, com carvão àvondo pra uma coiratada de 20 hómes.

No panfleto pode ler-se mais adiante, no suplemento político “O Cuspo da Bélha”, que “os algarbios ainda nã son caramelos mas pódim bir a ser, sagente pinsar nisso à séira” e mais à frente concluiu “… todos os que foram paridos no nosso territoiro, por exemples atrás duma moita, no marcado… dentro da rulote das farturas ou no meio das ervas, sejum eles quim forim, som caramelos de naxença quer quêrom quer não.”

A F.L.C. informa aqui que a partir de 9 de Outubro o estatuto oficial de caramelo já não alude apenas às gentes e descendentes oriundos d’Entre-Douro-e-Minho; Cantanhede; Figueira da Foz e Leiria, mas também do Alentejo em geral e todos aqueles que nasceram no nosso territóiro.



AS CERIMÓINAS DE OFICIALIZAÇÃO DO CARAMELO ALENTEJANO, DECORRERÃO NA NOSSA CAPITAL, JÁ NO DIA 9

23.9.05

OS PARDAIS DA AVENIDA E A CAGADELA PERDIDA

Aos Órgãos de Informação


A Irmandade Caramela do Pardal no Tacho (ICPT), com sede oficial no Espinhaço, reuniu um conselho de caçadores d' passaraige com representantes de todas as técnicas para a caça do pardal, tais como o uso da ratoera, da flober, do visgo, da rede, do fumo de enxofre, do trigo-roxo e dos ninhos explosivos. A reunião teve lugar no dia 18 de Setembro desta vez na sede da Associação Cultural Grupo Solidário dos Amigos dos Animais, no Pinhal Novo. Essa foi a 34240.ª sessão clandestina, com todos os elementos sentados nos jerricans de tinto à volta duma frigideira de passarinhos. Foi uma sessão muito especial porque contou com 10 activistas convidados da Frente de Libertação de Barrancos (experientes na luta pela independência do toureiro).

Nesta sessão, a Irmandade do Pardal apreciou e:

1- Aprovou as Linhas Gerais da Estratégia Anti-Cagadela de Pardal (2005-2009) nas árvores da Avenida Alexandre Herculano/ EN252, que têm como objectivo geral reduzir as cagadelas a apenas uma por metro quadrado, promovendo o asseio na nossa capital e assim aumente a quantidade de bixeza no tacho.

2- Propôs o diploma que estabeleçe o regime de excepção à lei, pois a Irmandade do Pardal é a representante local na luta e cumprimento da tradição de petiscar pardalada em todas as festas e romarias do nosso território. Esta tradição, muito mais antiga que os toiros de morte em Barrancos, (pois tem mais de 1300 anos), reúne os requisitos definidos na lei: a existência de uma tradição que se mantenha de forma ininterrupta «pelo menos nos 50 anos anteriores à entrada em vigor do diploma, como expressão de cultura popular, nos dias em que o evento histórico se realize», que no nosso caso, o evento histórico é dia sim, dia não.

3- Aprovou a coligação da QUERCUS à Irmandade do Pardal, na luta para a aprovação do referido diploma, prestando-nos um serviço de qualidade. Os representantes da QUERCUS irão estacionar os seus carros debaixo das árvores da avenida durante uma semana, para depois contarem as cagadelas que caem no chão, as que caem em cima dos carros, e as que se perdem nas cabeças. Técnica que determinará em simultâneo a quantidade de pardais no activo, as horas que as caramelas levam a limpar o passeio, e os milhares de cidadões e cidadonas que apoiam esta iniciatiba.

4- Homologou as técnicas de caça do pardal em massa, por aspirador-trifásico (máquina já desenvolvida e testada nas árvores de Valdera). A QUERCUS já tem conhecimento do projecto e está prestes a dar o seu parecer positivo… depois da contagem.

5- Decidiu que o diploma, após a promulgação do Presidente da República, represente a afirmação dos caramelos nas suas tradições gastronómicas com o regresso da feira do pardal-cagão e a maior tachada de pardais do mundo (a entrar pró Guiness), acompanhada com tinto dos Farias, da Cascalheira e da Ermelinda, amais a sopa caramela e amais uma festa debaixo das árvores limpas com a avenida toda iluminada.
NÃO HÁ CARAMELO SEM UM PARDAL NA PANÇA,
NÃO HÁ PAÍS SEM MUDANÇA

22.9.05

Comité Olímpico responde aos Cirios

Apesar da resposta negativa, os Cirios foram convidados a abrilhantar a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos

Após ter estudado cuidadosamente a proposta caramela, o Comité Olímpico deu uma resposta negativa às pretensões de Celestino Bombista (ver noticia de 8.30.2005).
O desejo de Celestino, presidente da C.C.C.L.F.R. (Confederação Caramela dos Cirios e Lançadores de Fogo Rijo), era que o lançamento do fogo rijo fosse considerado uma modalidade olímpica.
De acordo com a carta enviada pelo Comité.Olímpico para a F.L.C., esta decisão teve a ver principalmente com questões de segurança existentes em torno de um evento com a dimensão dos Jogos Olímpicos. Esta organização, num comunicado oficial emitido em directo para as televisões de vários países (menos para Portugal), referiu que „o lançamento da foguetaije rija não oferecia condições de segurança, nim para os lançadores, nim para os homes do público”.
O facto de atravessarmos um período em que a segurança serve de pretexto para quase tudo, talvez possa ter prejudicado os Círios caramelos. Fonte anónima (um funcionário do Comité Olímpico com simpatia pela causa caramela), informou a F.L.C., que o fogo rijo ao rebentar no ar, poderia facilmente ser confundido com atentados terroristas nos estádios e causar uma onda de pânico generalizada na assistência. Tudo isto seria publicidade negativa para os Jogos, o que não é desejável pela organização.
Apesar disso, os Círios foram elogiados: „bimos o bídio que nos inbiaram e óbimos as cassetes e o lançamento da foguetaije ei realmente um espectáculo balente, de belo efeito audio-bisual, sobretudo audio, quando o fogo ei mesmo rijo” *.
Para o comité, o ideal seria a inclusão dos círios na cerimónia de abertura oficial dos Jogos Olimpicos, com um belo espectáculo de foguetaije rija em directo para todo o mundo.
A F.L.C. sabe que já foi feito um convite formal à C.C.C.L.F.R., para que tal aconteça e os Círios possam estar presentes nesta grande festa.
Resta agora saber qual a opinião de Celestino Bombista em relação a tudo isto. De momento ainda não prestou qualquer tipo de declarações, estando retirado em parte incerta com todos os representantes dos Círios Caramelos.

* O comunicado oficial foi traduzido do inglês para a língua caramela.

19.9.05

A ARTE CARAMELA

Como aqui na nossa coletbidade se fala muito da habilidade e essas coisas assim, a FLC em contacto secreto com a Estação Espacial Internacional, mostra em primeira-mão fotografias do nosso território que são obras d’arte feitas por artistas caramelos em terrenos agrícolas. Como é sabido esta forma de arte rural substitui o vulgar pincel pela técnica da ceifeira de soluço e enfardadeira de recuo. Os artistas usam o fardo de palha como fonte de inspiração, representando com mestria o tema da lavoura e da labuta hortícola. «Bamos bariando os riscos daqui práli e dali práqui cunforme os subsídos e as estações do ano» disse-nos o artista agrário Capote Cebola em cima dum tractor. Pesquisadores e críticos afins, deslocaram-se ao terreno (acompanhados por militantes da FLC armados com floberes) e avaliaram este material como «obra-prima de rara beleza, favorecendo a arte na sociedade caramela e resto do ocidente». Tal comentário despoletou interesse internacional e o Japão já está a preparar visitas de avião para que todos apreciem do céu as nossas obras de arte. Por cada voo na nossa atmosfera será paga uma taxa (simbolicamente exorbitante) à FLC para financiar o processo revolucionário para a Libertação e Independência dos Caramelos.


Uma das obras mais faladas é a que está na lagoa da palha.


Raparem agora na semelhança deste trabalho com o anterior!!!
Esta códaque mostra um baixo relevo de estilo caramelo, encontrado nas escavações arqueológicas na Rua de Nenhures em Palmela. Está provado que a gente já fazia arte moderna paleolítica, inspirada na invenção da roda, muito séculos antes dos palmelões descobrirem a pedra de aremesso.

16.9.05

DESFILE DA MENARDA CARAMELA

A FLC em conjunto com o Futebol Clube do Forninho, vai fazer uma concentração caramela de bcicletes a motor velhas. Muito velhas. A população dinamizou o evento e as menardas poderão ser vistas já no próximo Domingo a açapar pelos aceiros do nosso território.
Das máquinas mais importantes destacamos a mota do Jacinto Blachadão, uma MZ de 1957, com um ninho de ratos debaixo do assento;
Vai estar tamém a Sachnette-Pedalera da comadre Leopolda com um motor Solex pindurado na roda da frente e o carburador cheio de musgo do Inverno de 44.
Importante é tamém a Lambreta de 76 da ti Roberta do Corrimento, oferecida por um antigo admirador de Baleizão que a conheceu num Domingo de marcado. A lambreta está toda caiada de branco, excepto o cardado das rodas. É uma peça única de valor incalculável.
Não podia faltar a célebre Casal de 66 encontrada dentro dum charco nos Olhos de Água que o Zeca Petroquímico faz questão de a preservar ainda com as raízes das canas agarradas à ferruige, amais os bocados de barro, dando-lhe aquela cor muito característica das motarizadas antigas de uso quotidiano.
Há ainda uma BSA de 1952, adaptada para serviço de partos, apresentada pelos Bombeiros do Pinhal Novo. Esta mota pertenceu à extinta Associação Caramela do Parto em Movimento (ACPM), e é uma referência na nossa história pois foi o veículo de urgências nas décadas em que os caramelos tinham uma elevada taxa de natalidade. A potente mota, de 125 cm3, ainda preserva todo o equipamento de socorro para se poder fazer o parto em andamento, razão pela qual o veículo tem uma estranha aparência e os caramelos nascidos nessas datas saíram brabios.
Como curiosidade também podemos ver uma bciclete a motor de estilo 100% caramelo feita de peças duma máquina de costura Singer de 1914. É bem visível o pedal auxiliar de pés juntos, engrenado ao motor duma moto-serra. O farol é ainda uma cabaça de pavio a petróleo.
Por fim, e a mais comentada de todas, que ganhou o prémio “Menarda Caramela de Referência” é uma Zundápe com atrelado atado com um cordel em nó de porco. O atrelado, originalmente feito duma caixa de papelão e rodas de carrinho de bébé, foi substituído em 1975 por uma mesa-de-cabeceira adaptada com rodas. O conjunto, propriedade do Tirapicos, está preparado para a caça, pois ainda preserva a grelha para trazer as monumentais caçadas: centenas de coelhos, lebres, perdizes e toda a bixeza que se mexesse. O atrelado servia tamém para levar uma matilha de cães lá dentro que se vomitavam todos nas curvas.
A concentração terá lugar na pista de bcicletes do Forninho e o desfile prosseguirá até ao Coreto da SFUA no Pinhal Novo, cruzando-se com uma espécie de concentração de motas-flor-de-estufa organizada pelo Motoclube do Pinhal Novo. À frente do nosso desfile vai uma relíquia dos CTT, com uma corneta original e os alforges cheios de correio morto de propaganda palmelona. O Maia conduzirá o veículo com a bandeira da FLC. Atrás do desfile seguirá uma frota de triciclos Piagio de caixa aberta, cheios de grades de mines, febras, coiratos, casqueiros de 5quilos e meios-bidons em labaredas.

Se tens uma menarda enterrada no quintal, pois desenterra-a e vem desfilar com agente todos.

A cultura caramela está em força. Contamos contigo.

Se a tua menarda está assim, então tira-a do gancho e ajunta-te àgente.

14.9.05

Candidato caramelo à Presidência da Republica

Finalmente chegou ao quintal oficial da FLC um fardo de papéis (atado com arame) contendo mais de vinte mil assinaturas em X, para a candidatura do querido ferroviário Fulgêncio Gamelão.
Gamelão, filho duma beiroa e dum espanhol que se aproveitou dela quando ia para a Moita vender a colecção Outono/Inverno de ceroulas dos finais do sec. XIX. Nascido num Domingo de marcado debaixo da antiga Nespereira (perto do depósito da água da estação), lutou, na sua juventude, pelo direito dos leitões à mama democrática, chegando mesmo a comer gamelas cheias de bolota, à porta das pocilgas como manifestante (ganhando daí o seu nome). Sempre aventureiro e destemido, viajou de mula-coiceira para o ultramar onde apanhou uma rara doença endémica que lhe inchou os testículos até ao tamanho de melancias. Impossibilitado de andar normalmente (pois tinha de andar sempre com um carrinho de mão de apoio), não se rendeu à desgraça e escreveu o seu primeiro livro político “Os Ómes cum tomates de ferro” actualmente considerado uma obra clássica da literatura caramela, referência nas nossas escolas. Após a cura, na década de 50, e por influência do seu padrinho Chefe da (então nova) Estação do Pinhal Novo, entrou nos caminhos-de-ferro moçambicanos como assentador de travessas, e já nos anos 60, de regresso ao Pinhal Novo tomou conta duma passagem de nível de bandeirinha em punho. Mais tarde fundou o 486º sindicato da CP que defendia o direito do aldeamento nas passagens de nível para os guardas lá viverem com a família dentro das cabines. Inventou a placa de cortiça com o aviso “Aguenta, e põe os oubidos no carril a bêr se ele bem aí ” posteriormente feita em cimento com “Pare Escute e Olhe”. Liderou a famosa revolta de Maio de 68 em que as guardas brabias batiam na polícia com o pau da bandeirola (que eram varões de ferro) reivindicando o direito de propriedade da sua passagem de nível. Gamelão foi obrigado a pedir exílio aos Círios dos Olhos de Àgua de onde liderou, em 1987, a resistência que sabotou as agulhas dos carris no Pinhal Novo no dia da visita da Rainha de Inglaterra à nossa capital, levando-a viajar até aos armazéns de amendoim da Quimigal... (na altura esta história foi abafada, por isso aparece só em alguns apontamentos clandestinos caramelos).
Ainda no ano de 1976, em processo revolucionário, as ocupações brabias das passagens de nível sem guarda marcaram a história da nossa nação. Foram imortalizadas na famosa fotografia de Gamelão a beber uma gasosa de litro, mais a sua família caramela sentados num sofá no meio da linha do Poceirão, a ver a telenovela Gabriela Cravo e Canela. Essa fotografia deu volta ao mundo na capa da Times. Foi presidente de 23 coletbidades por mais de três vezes cada uma, e escreveu o livro “O coice brabio da política e o efeito do desmaio”, obra obrigatória para todos os elementos com assento na Assembleia da Republica.
Gamelão, hoje com 116 anos, já cego, surdo e recaído da antiga doença, costuma descansar sentado num cepo rente à linha na Lagoa da Palha com uma garrafa de litro da 7up. À passagem de cada comboio levanta a sua velha bandeirinha como pré campanha para a Presidência da Republica. Com ele adivinha-se um refrescar da doutrina com o regresso aos pirolitos.
Pelo fardo de papéis que nos chegou ao quintal, prova que há muitas caramelas e caramelos analfo-influentes que não se importam de ver Gamelão na Presidência da República. Se ganhar, representará a cultura caramela acumulando assim a Presidência da República Portuguesa com a Presidência da União Hortícola para a Fava e para a Ervilha, actualmente em alta.

13.9.05

Achados arqueológicos na região caramela

Descoberto meio-bidon do século VII D.C.


Foi descoberto em Arraiados, numa horta perto do café „Anda Cá Mais Eu”, um importante achado arqueológico que pode revolucionar a história da história caramela.
O departamento caramelo de Arqueologia referiu que os objectos podem datar de um período entre o séc. VII e X depois de Cristo.
Para além de um meio-bidon, foi ainda encontrado algo que se assemelha a uma grelha, também do mesmo período histórico.
Estes objectos foram definidos como objectos funcionais, apresentando a grelha restos de carne seca (talvez de porco?). O meio-bidon encontrado assemelha-se na forma ao actual meio-bidon, tendo a a particularidade de ser construído em barro, ainda não se sabendo se o barro é de origem caramela.
Segundo o D. Caramelo de Arqueologia, poderão ainda ser encontrados mais meios-bidons, num raio de 50 km, fazendo renascer uma teoria há muito abandonada pelos historiadores locais, que é a de ter existido na nossa região uma comunidade meio-bidonista.
Mesmo assim, estas descobertas colocam em causa a teoria geralmente aceite dos caramelos de ir e vir.
Tudo leva a crer que o povo caramelo é mais antigo do que se supõe e que ocupa esta região há muito mais tempo do que se pensa.

12.9.05

Movimentos estudantis no inicio das aulas

O Movimento de Estudantes Universitários que Assinam com o Dedo (MEUAD), reuniu-se esta semana com a Associação Caramela para a Defesa da Antiga Quarta Classe, (AC/DC), órgão da tutela da FLC, para uma manifestação com o objectivo de por fim às frases com mais de duas linhas, como esta, e às contas com virgulas. Ao fim de 15 minutos, os caramelos determinaram que não haveria possibilidade de manifestação por falta de acordo nos métodos de escrita e de cálculo. Assim sendo, os universitários mantêm a defesa do uso do dedo como carimbo e instrumento de escrita, e os dedos das mãos e dos pés como instrumentos de cálculo, em oposição do lápis atrás da orelha e do papel manteiga, defendido pelos caramelos.
Após a reunião, os estudantes fizeram uma recolha de assinaturas em todas as universidades do país obtendo mais de vinte mil dedadas. Mudada a estratégia de luta, esta recolha pretendeu o reconhecimento dos seus graus de instrução para a vida de trabalho e, pelo cheiro flagrante, deu a conhecer a enorme quantidade de futuros licenciados que metem o dedo na tripa enquanto pensam. Foi tudo muito surpreendente. No entanto, após a dedada perfumada da Ministra da Educação, os estudantes sempre fizeram uma marcha acelerada pela Avenida 24 de Julho, passando à porta do Ministério da Educação… em direcção às discotecas.
Os caramelos dos Arraiados (onde se encontra a sede da Associação Caramela para a Defesa da Antiga Quarta Classe) meteram a televisão gigante do Ti Frederico dos Burquins em cima dum escadote e observaram tudo em directo pela TVI, muito calmos, alguns deles bebendo uma mine e escrevendo de cabeça a história do nosso povo.

11.9.05

Literatura Infantil Caramela

Porque as crianças caramelas são os futuros homes caramelos (bravos e rijos), apresentamos alguns dos títulos de literatura infantil caramela disponíveis no marcado.

Matoso, Joquim, O imaginário caramelo contado às crianças caramelas à volta do meio bidon, de mini na mão, Comissão de Moradores do Lau, 2001

Santos, Reinaldo Manel, A abelha Maia na Caramelândia, Edições Linhó do Sul, 2000

Pereira, Atoino, Doces Tradicionais Caramelos Com Banha de Porco para as Crianças Caramelas, Pinhal Novo, Edições Associação Festa do Adiante, 1999.

Cobridor, Manel, Quando for grande quero ser caramelo, Valdera, Oficina das Motorizadas „Joaquim Passadiço”.

Todos estes títulos estavam hoije disponiveis no Marcado do Pinhal Novo, que acontece sempre ao 2 Domingo de cada mês.

9.9.05

Canal de Televisão Regional Caramelo para breve

A Região Caramela poderá ter em breve o seu próprio canal de televisão.
Pelo menos, esse é o sonho de Eufrásio Vinícula que pretende investir todo o seu capital na concretização desse objectivo.
E. Vinícola, após ter estado no ramo dos vinhos, especializou-se no negócio da agro-pecuária, tendo feito fortuna com a criação e exportação do porco caramelo-mirândes. Este porco é, como se sabe, uma espécie muito rentável, pois cada exemplar pode atingir os 400 kilos, sendo especialmente apreciado para a realização de largadas.
Os negócios deste empresário caramelo estendem-se ainda à importação de bidons vazios da Galp e Shell. Este negócio é bastante lucrativo, conhecido pelo famoso 1 = 2, onde cada bidom comprado equivale a dois meios bidons vendidos.
A ideia de um canal de televisão caramelo surgiu após uma conhecida empresa de farinhas para porcos, lhe ter oferecido um fim de semana em Badajoz. Como não é um home muito dado a passeios, gastou o tempo entre a compra de rebuçados, casas de alterne („para ber o produto espanhol”) e a pensão onde dormia.
Foi aqui, em frente à televisão, que teve a ideia de criar o seu próprio canal caramelo. Viu que as regiões espanholas que lutam pela indepência têm todos os seu canal regional de televisão: „se eles têm, porquéque a gente na pode ter?, o que têm eles a mais ca gente?”
Eufrásio Vinícula está determinado na sua missão, no seu sonho, no seu ideal de igualdade entre todos os povos que lutam pela autodeterminação.
Sonha com o dia em que, caramelos e caramelas, liguem a televisão e ouçam a sua língua. Promete que toda a programação será em caramelo puro e bravo, visionando uma nação inteira no sofá absorvida por filmes e novelas dobradas em caramelo.
Eufrásio, afirma ainda que depois da televisão, tenciona comprar também o jornal de Pinhal Novo, pois para ele „só a bardade caramela sará notícia”.

8.9.05

O BOLETIM DO MUSEU E A ARQUITECTURA CARAMELA

Depois de meses em reuniões à mesa dos matraquilhos FLC comenta:
O boletim +Museu da Editora Absolutista Palmelona, foi mais uma vez influenciado por uma caramela dos Batutes, (prima do Xana Fanhoso) disfarçada de Nossa Senhora da Escudeira que todos os dias vai benzer o castelo – fingimento tá claro. Desta vez conseguimos que os antropólogos e antropólogas dedicassem quatro páginas à arquitectura caramela. No entanto ficou ainda muita coisa por dizer. Muita, muita! Esqueceram-se do principal.
A nossa arquitectura, que durante muitos anos foi desprezada e muitas vezes readaptada por escavadeiras e carros blindados, é agora o centro das atenções dos países mais desenvolvidos. É centro das atenções porque é já considerada pioneira no desenvolvimento de soluções que são aplicadas hoje nas estações espaciais, principalmente pela disposição das divisões interiores, pelo dimensionamento pequenino das portas e janelas, e pelo modo de acoplar anexos uns nos outros. Isto não foi dito no boletim, não senhor! Há portanto censura monarquista nesta envernizada publicação porque o que foi escrito são as partes mais inocentes tipo: «o poial está coberto por uma cortina de chita» e «os pratos e canecas mais vistosos são colocados num escaparate». É óbvio que havia muito mais para dizer.
Para comprovar basta-nos fazer uma visita à Ilha Brava para percebermos facilmente que este foi o primeiro monte caramelo a fazer testes na ionosfera mas que por causas desconhecidas fez uma aterragem súbita no meio da rua.
É sabido que o Plano Director Municipal (engendrado por uma quadrilha de palmelões escondidos numa adega à luz das velas) pretende meter o monte em cima dos escombros do túnel para que a famosa casa se livre no traçado rigoroso das ruas, e se torne mais um monumento da cultura caramela demolida. A FLC sabe também que há quem defenda exactamente o contrário, pois é assim mesmo no meio da rua que ele deve estar, ou seja, «não debemos esconder o planeamento urbano caramelo que é brabio e original. Comágente num há igual», disse o nosso arquitecto Zulmiro do Pau experiente em desenhar vivendas na terra batida com um pau afiado.
De acordo com os principais arquitectos do mundo, este é um exemplo perfeito de integração do mundo rural no meio urbano e que outras capitais do mundo deveriam segui-lo.
O boletim +Museu tem de estar mais atento a estas preciosidades museológicas ou então a FLC fará uma ocupação instantânea às instalações e faz uma coletbidade para a defesa do fogareiro da brasa e do borralho permanente.

O monte caramelo mais famoso do mundo. Aqui está ele com a cabecinha de fora... quase no meio da rua.

7.9.05


Um convidado da FLC tirou uma códaque ao Guta Rápitira na grande bailação que houve na cozinha da Ti Cacilda Colmeia. Foi tirada no grande momento em que Rápitira acompanhava à viola o Belarmino Pançudo no acordeão. Reparem, entre outros detalhes, na mine sobressalente no bolso... Óme qué óme tráz sempre outra na algibeira.
(a censura foi um erro da máquina fotográfica, comprada nos chineses, que tinha activada a opção "xim-Pan-Zé" que serve para"tapar as olheiras")

6.9.05

Candidato Caramelo à Presidência da República?

A F.L.C. sabe que alguns notáveis caramelos estão a unir esforços para que também nós tenhamos um candiato à Presidência da República. O grupo reuniu-se no passado domingo à noite na Casa das Febras e entre outros assuntos, debateu quais seriam as melhores estratégias para tornar possível a apresentação formal de uma candidatura presidencial caramela.
A F.L.C. apurou que uma das condições é o candidato ter mais de 90 anos, estando assim um pouco á frente (em termos de idade) de alguns candidatos oficiais a Belém.
O grupo de pressão é constituído por empresários caramelos que estão dispostos a financiar a campanha eleitoral.
Neste momento, procuram alguém com o perfil e a idade adequada, que esteja interessado em embarcar na aventura eleitoral. A campanha terá como objectivo principal dar visibilidade ao país caramelo, chamando a atenção para a nossa luta pela independência cultural.

5.9.05

GRANDE ENTREVISTA

Grande entrevista a António Estalisnau Tarimba, figura proeminente e esquecida da filosofia caramela contemporânea.

O homem que a F.L.C. entrevista esta semana é uma personalidade complexa e ambígua de repostas lentas e desconcertantes. A conversa teve lugar no „Café Anda Cá mais eu” no Lau.
Este café é o único com TB Cabo nesta zona. É por isso, o preferido de Eslisnau Tarimba, porque „gosto de ber as imaiges de outrs terras, há homes amarelos e bermelhos, de todas as raças e fitios. O mundo ei radondo como uma laranja e grande como uma malancia, daquelas cu Manel Litero bindia”.
Lá fora está calor. A paisagem é selbaige e silenciosa. A sede aperta dentro do „Anda Cá Mais Eu”. Estalisnau pede uma mine e abre-a com os dentes, cuspindo a carica para o chão. Diz-nos que faz bem aos dentes abrir mines: „ei malhor do cu cáilce”. Quando acaba de nos dizer isto, pousa imediatamente a cerveja e começa a interrogar-se sobre se ele próprio se terá referido ao cálcio dentifríco ou ao campeonato italiano de futebol, que vê no café. A entrevista só prossegue passada meia hora, quando após profundas reflexões em monólogo sobre a linguagem e o seu significado, diz para si próprio”bardamerda, quim sóber ca responda!”.
Estalisnau Tarimba considera-se „um home simples”. Ao dizer isto, preparava-se para mais uma longa reflexão sobre o significado da simplicidade, mas foi interrompido pela passagem (na recta em frente ao „Anda Cá Mais Eu”) de uma bicicleta a motor em alta velocidade.
Desde pequeno que se sente filósofo, que as ideias o invadem. No entanto, nunca foi compreendido, nem pelo seu pai, que era „um home rijo comá geáda”, que lhe dizia constantemente „lá tás tu com ideias parbas”. Por causa disto, o Povo do Lau, baptizou-o de Atoine das Ideias Parbas, nome que ele aceita, pois „habituei-me a isso e as palabras são mais macias do que os tiros da nha flóber”.
Nos anos 50, faz parte do neo-pragmatismo radical caramelo, defendendo que a inteligência não é capaz de apreender a realidade das coisas: „a inteligência éi parba, quer saber tudo, ma na sabe nada”, afirma. Escreve então, um longo manifesto, onde explica os fundamentos desta filosofia.
A aventura do neo-pragamatismo radical caramelo é marcada por uma greve de fome de três dias („só buia mines”) à porta da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, quando o seu presidente lhe recusou o apoio para editar em livro o manifesto.
Abandona definitivamente este movimento, no primeiro ano das Festas Populares de Pinhal Novo, onde após acessos debates com alguns filósofos locais, tidos noite fora na Tertúlia Caramela, declara inaugurada a Escola do Pensamento Existencialista Caramelo.
Nesta escola, cria o movimento clandestino „Mas o quéque ê sou?”, onde (em grupo) repetiam durante horas, para si próprios esta frase, com o objectivo de entrar em transe hipnótico.
Este movimento foi depois desmantelado pela G.N.R., após denuncia da vizinhança, que achou estranho o enorme movimento de grades de minis e vasilhames para depósito, entregues na mercearia local.
Toino das Ideias, no seu radicalismo habitual, declarou-se líder do movimento e esteve preso durante dois anos, acusado de venda ilegal de bebidas alcoólicas.
Aproveitámos para lhe perguntar o que é que ele é. Após esta questão fica completamente abstraído da realidade e do local onde estamos, ”O quéique ê sou?”, repete para si próprio em voz alta. De mine vazia na mão, olha sem ver, o horizonte brabio, onde o sol caramelo já se põe.
Achamos melhor dar por terminada a entrevista.
Afinal, o Toino das Ideias, é um homem de perguntas, não de respostas.


Atoine das Ideias Parbas poisou prá nossa códaque ao balcão do café Anda Cá Mais Eu.

4.9.05

CONSTRUÇÃO DE UM NOVO MATADOURO

Vai ser construído um novo matadouro na região caramela.
Esta medida foi tomada após se ter verificado que vários cães caramelos já não eram vacinados há alguns anos, existindo o perigo de uma epidemia de raiva caramela.
A ida à vacina do cão caramelo era um ritual que se realizava anualmente no matadouro da Câmara, perto dos eucaliptos. Era também já uma espécie de mostra do cão caramelo, conhecido por ser (à imagem do seu dono), bravio e destemido, normalmente designado por cão de raça coelhera.
Qualquer home caramelo que tivesse um cão, orgulhva-se de ir à „bacina contra à raiva”, levando o cão preso pelo típico cordel.
Joaquim Balázio (Jquim das Balas), morador na Palhota, caçador e proprietário de 9 cães de raça coelhera, referiu que „a ida à bacina era aquaise como um home ir ó marcado, era uma ópurtunidade de ir á capital, amostrar-se e amostrar a sua canzoada, que quanto mais brabia e ruim fosse, malhor era”.
O novo edifício será construído nas Lagameças, sendo uma réplica do anterior e só funcionará uma vez por ano, assegurando as vacinas dos cães caramelos.
O encerramento do antigo matadouro e consequentemente o fim das vacinas dadas pela câmara, foi considerado por muitos caramelos, como mais um atentado e tentativa de destruição da nossa cultura caramela.

Um canito a fazer as marcações para os caboucos do novo matadouro.

2.9.05

BAILAÇÃO NA COZINHA CARAMELA

Seguindo um velho costume caramelo, a Ti Cacilda Colmeia (Vale da Vila), convida todos os homes e mulheres caramelas para uma grandiosa bailação na sua nova cozinha.
Este antigo costume foi desaparecendo das nossas casas quando o chão das cozinhas passou a ser de tijoleira, substituindo a tradicional terra batida.
O baile na cozinha, tinha como objectivo, que as pessoas ao dançarem alisassem e calcassem a terra, criando assim um belo e natural chão para a nova cozinha.
A típica cozinha caramela permitia ó home da casa vazar todos os restos de buída (auga ó binho) para o chão, pois a terra absorvia-os. Os restos sólidos de comida (restos de coiratos, intarmiadas, prasuntos, chispes, cabeças de porco), também podiam ser atirados pelo home caramelo (de forma brabia) para o chão, pois normalmente debaixo da mesa, havia sempre um cão, pronto a traçar (reciclar) tudo.
É este o costume que a Ti Cacilda Colmeia quer reavivar na sua casa. Um exemplo a seguir por todos aqueles que se consideram caramelos.
O baile na cozinha será abrilhantado pelo fabuloso acordeonista Belarmino Pançudo, que de forma gratuita, se quis associar a este evento caramelo.

1.9.05

TOPONÍMIA DE LUXO

As Comunidades Caramelas estão a dinamizar a nova toponímia, baseada nas escolhas dos nomes usados em alguns bairros e ruas da nossa capital. Como melhor exemplo, temos a atribuição do nome de “Xavier de Lima” a um bairro da capital caramela provando que somos a sociedade mais avançada do mundo, exaltando os ilustres nomes associados à especulação imobiliária, ao lucro fácil, e à viciação das instituições. A Frente de Libertação em parceria com o Comando Geral da GNR convoca todos os caramelos activistas para um simpósio dentro do xálé da Guarda para tratar do problema da toponímia do Pinhal Novo. Pretendemos dar seguimento aos critérios usados na escolha das personalidades, desta vez constantes numa lista apresentada pela GNR com mais de dois mil nomes relacionados com a vida e história da nossa capital. Assim, para as novas ruas, serão escolhidos nomes de delinquentes mais gloriosos, notáveis pinantes de motarizadas e bicicletas, ilustres assaltantes de capoeiras de galinhas, fugitivos das bombas de gasolina e caloteiros importantes. A escolha será por voto secreto por levantamento do braço (cada um levanta o seu).


A nação caramela é uma potência de interesse mundial. Não fiques parado.
Se és activista comparece.

Só assim conseguiremos uma sociedade verdadeiramente avançada.
Quando os intelectuais pensam já agente não está lá... está mais à frente!