Caramelos no lisboa-Dakar
Depois da já habitual participação de Bernardo Vilar, eis que surge mais um representante da nação caramela no famoso rali.
O seu nome é Sebastião Valdina. A sua paixão, carrinhas de caixa aberta, de preferência toyatas Dina.
A FLC, foi entrevistá-lo a casa, um descampado perto de Valdera, que serve de porto de abrigo a dezenas de fragonetes, que por ali passam os seus dias, com mais ou menos ferruige.
Sebastião Valdina, é conhecido entre a sua repaziada, pelo Tião da Dina, e as suas qualidades de condutor são tão famosas, que ultrapassam de forma brabia, as fronteiras de Valdera, ecoando ruidosamente nos “óbidos e orelhas de aquaise todo o pobo caramelo”.
Sebastião passa os seus dias, a limpar, olear, artilhar, desmontar, rectificar “e muitas más cosas que acabam im ar”, pois “nã sou home patar parado armado im parbo, sim fazer nada, nã sou, nã sou, o quei que bócê quer?”.
Convida-nos para nos sentarmos perto do poço, à sombra de uma centenária árvore, segundo ele plantada pelo seu tetravô. Aquilo que ao longe pareciam morcegos, não passam de centenas de carapaus e polvos secos, pendurados, atados com cordel aos troncos, a secar ao sol caramelo. A segunda paixão deste home “ei a bicheza seca com sal. O quê gosto ei dir aí pelo mato, com a nha Dina, a assapar e a roer umas cabeças de carapau ou choco seco”.
Perguntamos-lhe porque decidiu participar no rali, numa prova tão dura. Para Sebastião, o objectivo principal não é ganhar, mas sim representar a nossa cultura, “da forma o mais brabia possibél. Nã bou lá pa ganhar, nim mintressa lá os preimes cus homes têm, bou lá pa distribuir cultura caramela e ber aquelas terras, aqueles homes de todas as raças e fitios”. Diz que não vai a Lisboa, que se “por aí tanto se fala que a proba começa na capital, pois par mim, a nha capital éi o Pinhal Nobo, atão ei de lá quê bou sair e ódepois logo os apanho pú caminho”.
Conta-nos que têm já apoio de várias intituições, entre as quais refere as Juntas de Freguesias da caramelândia, as quais “nã ma apoiaram financeramente, mas lebo aqui um saco cheio de galhardetes, calendários, medalhas e posters, com retractos dos respectibos presidentes, pa distribuir po pobo por onde for passando”. Conta também com o apoio de lojas conhecidas da capital, como os Retornados, Cooperatiba, Loja António Brinca, Gil das Farinhas, etc.
A Toyota Dina, com a qual vai competir, foi rebaixada pelo Rui Ferrador, e foi o próprio Valdina, quem lhe colocou uns “balentes paneus de tractor”. Deste modo, pode-se inscrever na categoria de camiões, e promete competir até à ultima etapa. Deixa no entanto um aviso: “quando me fartar daquilo, benho-me imbora, a mim ninguém móbriga a andar lá”.
Sebastião Valdina, espera contar com o apoio de toda a caramelândia e necessita por agora de todos os apoios que lhe possamos dar.
Quem o quiser encontrar, basta dirigir-se a Valdera, ao Café Mata e Esfola e lá deixar o seu donativo, “em bíberes, galhardetes, limbranças da nossa terra ó denhero!”.
Depois da já habitual participação de Bernardo Vilar, eis que surge mais um representante da nação caramela no famoso rali.
O seu nome é Sebastião Valdina. A sua paixão, carrinhas de caixa aberta, de preferência toyatas Dina.
A FLC, foi entrevistá-lo a casa, um descampado perto de Valdera, que serve de porto de abrigo a dezenas de fragonetes, que por ali passam os seus dias, com mais ou menos ferruige.
Sebastião Valdina, é conhecido entre a sua repaziada, pelo Tião da Dina, e as suas qualidades de condutor são tão famosas, que ultrapassam de forma brabia, as fronteiras de Valdera, ecoando ruidosamente nos “óbidos e orelhas de aquaise todo o pobo caramelo”.
Sebastião passa os seus dias, a limpar, olear, artilhar, desmontar, rectificar “e muitas más cosas que acabam im ar”, pois “nã sou home patar parado armado im parbo, sim fazer nada, nã sou, nã sou, o quei que bócê quer?”.
Convida-nos para nos sentarmos perto do poço, à sombra de uma centenária árvore, segundo ele plantada pelo seu tetravô. Aquilo que ao longe pareciam morcegos, não passam de centenas de carapaus e polvos secos, pendurados, atados com cordel aos troncos, a secar ao sol caramelo. A segunda paixão deste home “ei a bicheza seca com sal. O quê gosto ei dir aí pelo mato, com a nha Dina, a assapar e a roer umas cabeças de carapau ou choco seco”.
Perguntamos-lhe porque decidiu participar no rali, numa prova tão dura. Para Sebastião, o objectivo principal não é ganhar, mas sim representar a nossa cultura, “da forma o mais brabia possibél. Nã bou lá pa ganhar, nim mintressa lá os preimes cus homes têm, bou lá pa distribuir cultura caramela e ber aquelas terras, aqueles homes de todas as raças e fitios”. Diz que não vai a Lisboa, que se “por aí tanto se fala que a proba começa na capital, pois par mim, a nha capital éi o Pinhal Nobo, atão ei de lá quê bou sair e ódepois logo os apanho pú caminho”.
Conta-nos que têm já apoio de várias intituições, entre as quais refere as Juntas de Freguesias da caramelândia, as quais “nã ma apoiaram financeramente, mas lebo aqui um saco cheio de galhardetes, calendários, medalhas e posters, com retractos dos respectibos presidentes, pa distribuir po pobo por onde for passando”. Conta também com o apoio de lojas conhecidas da capital, como os Retornados, Cooperatiba, Loja António Brinca, Gil das Farinhas, etc.
A Toyota Dina, com a qual vai competir, foi rebaixada pelo Rui Ferrador, e foi o próprio Valdina, quem lhe colocou uns “balentes paneus de tractor”. Deste modo, pode-se inscrever na categoria de camiões, e promete competir até à ultima etapa. Deixa no entanto um aviso: “quando me fartar daquilo, benho-me imbora, a mim ninguém móbriga a andar lá”.
Sebastião Valdina, espera contar com o apoio de toda a caramelândia e necessita por agora de todos os apoios que lhe possamos dar.
Quem o quiser encontrar, basta dirigir-se a Valdera, ao Café Mata e Esfola e lá deixar o seu donativo, “em bíberes, galhardetes, limbranças da nossa terra ó denhero!”.