COIRATOS CUM AÇORDA
Em Bal da Bila, Edviz dos Babetes, deslarga os bordados, vai ao quintal e grita com o marido, (Arestides Grosso):
- Hoije é Domingo e tou farta de tar im casa. Tides, pega lá no nosso Marcedes e bamos ber as montras à capital.
- 657; 658; 65… ó mulher, já m’inganaste ótra bêz. Na bêz que eu tou tentar cuntar as galinhaige pra inscraber na Junta de Freguesia, amanhã.
- Contas mai-logo. – ordena Edviz já a pindurar o avental no puxador da porta da marquise e a buscar a mala.
Entartanto, à porta do Futebol Clube do Forninho, Casimiro da Açorda e Toin Tição cumbersam entre si:
- Já foste à abóbora?
- Ainda não, mas abri o rego pró nabo.
- Olha que é parciso sachar o nabo antes do rego.
- É o que eu faço sempre.
…
Finalmente o casal (Edviz mais Arestides) chegam à capital com o seu “espada” e estancionam, todos cuntentes da bida, em frente ao portão duma garaige que na interessa a ninguém.
Já noutra rua, Edviz pára na sapataria Braz e Braz e olserba a chinelaige. Ópois curva a esquina da Caixa Agrícola e segue a abenida acima a ber a montra das loiças e canecos, das mobílias, e loja dos tarzentos. Quando chega aos Mochos ainda Arestides está especado prá montra da barbearia (com o barbeiro lá dentro), a ber o filme na TVI.
Será que Edviz reencontra Arestides Grosso? E ouve-se uma buzina parba a chatear a caramelaige numa rua lá atrás, será que está alguém aflito ou quê? E porque é que a GNR apareceu? Seria melhor Arestides não ter saído de Bal da Bila?
Se na sabes, na percas os próximos episóides.
Qualquer semelhança destas personaiges cum a bida real tá logo a garreia armada.