28.2.06

AMIGOS DE BACO COM GRANDIOSO CARNABALÃO

Mais uma bez o Carnabal na capital da caramelândia atraiu mirones (do tipo palmelão e outros), curiosos, penetras, trambalazanas e personalidades de óculos escuros, para terem uma tarde de espanto sem pagar um tusto.
Os Amigos de Baco reuniram-se com muitas coletbidades pra pôr dim péi este evento. No intanto, ao longo do ano, reuniram-se com elementos activistas da FLC, à volta de gerricans de tinto caramelo, para delinear dois planos:
1- O plano do desfile brabio da caramelaige (com zundápes e Dinas de caixa aberta), apoiado especialmente pela FLC.
2- O plano secreto “Recenseamento De Novos Mirones”.

No primeiro plano, o desfile correu tudo cunforme o dito por não dito, como se pode ver na reportaige.
No segundo, a multidão foi maior que o esperado e causou aos nossos efectivos, a braba tarefa de identificar aqueles intrusos que só vêm cá olsebar o Carnabal de borla e ópois nunca mais cá põem os chispes (nem no marcado mensal, nem para apanhar o Intercidades). No final da tarde “este gentio todo pela abenida, só foi superado pela bisita do Papa à caramelândia, se isso realmente acontecesse”, disse o nosso Presidente enquanto regava o jardim com as suas águas, atrás da rulote das farturas.

Nos arrabaldes estava tudo a cagular de carros domingueiros de grande cilindrada a brilhar ao sol que nem osgas. Ele eram automóbeis infiados nos quintais ervados, baletas, hortas e gretas perigosas, desde o Pintiado até à Salgueirinha… ele era sabe-se lá o quê, que a GNR empanturrada já nem ligava a esta alguidarada de multas por falta de blocos de apontamentos.

O gintio, desejoso por ver o corso carnabalesco do pobo caramelo atiçado em festa rija, espalmou-se pela avenida, espezinhando-se em cima uns dos outros, para assistir de borla aquele que era o maior Carnaval caramelo de todos os tempos.


A FLC apresenta ao mundo em formato códaque a cores, a reportaige do bardadeiro Carnabal caramelo como só a gente sabe fazer.

Um panorama geral do acontecimento. Até criava bicho.

Os Forcados safaram-se bem com cavalos e bois de esferovite, visto estarem de princípio. Mas para o ano a FLC só os deixará participar com bois à séria ou então não são homes nim são dignos da caramelândia.

Um exemplo de engenharia caramela para abrilhantar o corso. A CP começou assim. Depois do TGV, acabará assim também. O projecto encontra-se na biblioteca em vários volumes.

A Sopa Caramela de apoio. Era só pedir e "Toma lá". Não era de esferovite, era à séria.
Muitos mirones comeram um pratinho... não basta assistirem de borla como ainda por cima papam uma tigelinha de sopa e saem daqui jantados. Só mesmo na cultura caramela.

Um exemplo cívico de reutilização de materiais. Foram todos apanhados na berma da estrada entre a Lagoa da Palha e o Pinhal Novo a caminho do cortejo.

O recurso da palha, do atrelado de fabrico caseiro e da Famel, com alguns apliques decorativos sem esquecer a aceleração em punho cerrado como música de acompanhamento.

A melhor garraiada caramela. Foram os mais dedicados, sempra a actuar, sem desmanchar postura, sempre a divertir e com grande garra em espectáculo de rua.
Valem ouro.

Olserbem o material usado na decoração das rodas deste carro alegórico. Único no mundo. É por isso que o nosso povo, mesmo a brincar, é genuíno a amar a sua terra. Nem mais.

A paraige das cáminetas da carrera (ao pé dos pinheirinhos) cheia de reformados lá dentro. Uma caricatura de grande qualidade caramela apoiada pela FLC. A códaque a seguir mostra o resto do taipal desta Dina.

Um reformado com o seu cajado, sentado num bidanito, ó pé dos trés pinheirinhos. Olserbem a grade de mines lá atrás e os alguidares multi-usos. Uma bela códaque pra acabar esta reportaige.

25.2.06


O DECEPTIVO

O DECEPTIVO (O TAL QUE DECEPCIONA À PARBA)

Apareceu-nos clandestinamente, metido no nosso alguidar de correspondências, as imaiges dumas folhas A4 de índole neo-gazetária. Apesar da FLC ter uma fotocópia original nas próprias mãos, agradecemos na mesma ao caramelo colaborador pela iniciatiba.

O aparecimento do Nº3 deste tablóide obrigou a uma reunião extraordinária do Conselho das Cumbersas Opinatibas para a Libertação Caramela (CCOLC). Esta reunião, munida com tais folhas escritas, teve lugar à bolta dum contentor do lixo nos Arraiados. Por sua bez, a Biblioteca do Pinhal Novo, contactada por este órgão da FLC, emprestou um carrinho-de-mão cheio de dicionários para ajudarem a gente decifrar a palabra “DECEPTOR”. Pelas nossas imbestigações, chegámos ao consenso-garreia que “deceptor” quer dizer, no vernáculo caramelo, “malta parba que tem na maniazinha”.
E lá tavam eles todos a olhar práquilo!
Depois duma análise cuidada página a página, o Conselho referiu que esta publicação atingiu a dimensão sobrenatural do jornalismo vadio com a multiplicação milagrosa das palabras sublinhadas. No intanto não foi isso que lebou todos os elementos do Conselho a pinsar que nem uns burros, nã senhor, foi a manchete “FALTA DE CELEBRIDADE NOS CONCURSOS PÚBICOS DA JUNTA DE FREGUESIA DE PINHAL NOVO. CANDIDATOS DESESPERAM”.
Ora bamos lá a ber meus rapazes!!
Em primeiro lugar ficámos surpreendidos por existir tão despudorado (e interessante) concurso púbico sem sabermos de nada! É que a FLC detêm, entre os seus caramelos e caramelas, valentes púbis para concurso. Falamos obviamente de matagais preparados para ganhar qualquer concurso internacional da modalidade.
Em segundo lugar os nossos inbestigadores foram descobrir os porquês da falta de celebridade do concurso. Será porque os púbis a concurso não têm as devidas propriedades e por isso não são célebres? E que tipos de púbis é que são candidatos? Qualquer um serve? E porque é que os candidatos desesperam? E porque é que…
Fomos imbestigar.
Fomos à pricura, na nossa base de dados, de retratos-robot de púbis de todos os funcionários e funcionárias da Junta de Freguesia para saber qual a razão de todo este desespero. Os resultados foram tão surpreendentes que cientistas estão neste momento, a cruzar os dados para obter uma resposta.
Contudo, pela transparência e celeridade, a FLC mostra em público, desde já, os retratos-robot da nossa pesquisa.

ALGUNS RESPEITÁVEIS RETRATOS-ROBOT
PARA O CONCURSO PÚBICO
DA JUNTA DE FREGUESIA
(uma pequena parte entre centenas de canditatas)

23.2.06

Correio columbófilo sofre atraso

O correio caramelo de propulsão a milho partido está a sofrer um considerável atraso deribado ao inesperado esfrangalhamento do monte-sede da Columbófila do Pinhal Novo. Desta forma avisa-se a população que todo o correio aéreo (postais, recados de mercearia, receitas médicas, trocos, totolotos e cromos) será feito temporariamente no tejadilho das fargonetes da reforma agrária.

O abate do grande monumento caramelo provocou grande tristeza por parte da população. Desta vez as pessoas não estavam simplesmente a olserbar a escavadeira a esgrabatar, mas atentos à iminente punhada que este estranho derrube suscitava, obrigando a GNR a sair da sua toca.

Por sua vez, reformados, columbófilos, ornitólogos e chineses ajuntaram-se numa manifestação opinativo-filosófica num cordão de gentio em volta do local. Cumbersabam da importância do monumento e da Columbófila na bida e história dos caramelos. Os chineses puxavam sempre a cumbersa prá importância do pombo na sobrebibência do ser humano e na especialidade Tauchi-pomba com algas. Os caramelos de flober, abisaram logo os chineses: “Tu tá mazé caladinho, hã? Bócêzes antes de inbentarim a pólbora já existia aqui pressão d’ar, muitos biliões de anos antes, hã?”.

À chegada da FLC, tudo se resolveu de imediato. Foi oferecido o coreto (no outro lado da linha) como instalações pombículas provisórias.
Logo depois, agentes da FLC à paisana foram imbestigar o paradeiro dos escombros deste edifício histórico para marcação das pedras. Pelas nossas contas deve ir parar ao pé do túnel!


Mais um monumento caramelo perdido.
A assistencia foi grandiosa, só ultrapassada com a vinda da rainha de Inglaterra cá à Nação Caramela, o que prova a importância deste monte como monumento e da Columbófila como coletbidade de interesse cultural.

22.2.06


Ainda o anibersáire do Jornal do Pinhal Nobo

A FLC, na pluralidade opinativa caramela que lhe ei amplamente reconhecida apresenta ainda algumas opiniões mais, obtidas em amenas cunbersas na nossa colectibidade.


Caramela-fâ-de-jornais

"Bem, o mínimo que se pode dizer, a avaliar por esta amostragem de leitores caramelos, mais a amostragem de VIPs caramelos que enchem as páginas da edição de hoje, é que o caramelo, apesar de brabio, é muito simpático e bem dizente no dia dos aniversários. É que não há outra explicação, porque, bolas, o Pinhal Novo merecia um jornal a sério - na forma, conteúdos, escrita, qualidade e quantidade de colaboradores e, sobretudo, na fotografia! E o mais triste é que havia na terra gente capaz de o fazer!! Não há para aí nenhum caramelo rico com vontade de investir, só por acaso?"

simples funcionária leitora

"Pelo menos no dia de aniversário podiam ter mais cuidado com os erros ortográficos. Acentos mal colocados até nos títulos; palavras homófonas trocadas; reportagens académicas, etc. O jornalismo não está bem representado entre os caramelos, não senhor. Aos directores do jornal, que se deixem de amadorismos, e sejam felizes para os próximos 8 anos".

Mesmo Caramelo

"Jornal? Qual jornal? Um conjunto de folhas sem nada de interesse.Na semana passada a noticia do centro de saúde ninguem percebeu.... ruas que nem sequer existem na freguesia como podem ter um centro de saúde.O verdadeiro caramelo não lê o JPN!"

Ana

"O JPN está para o jornalismo como os panos da loiça estão para a moda".

zei-da-burra

"Caramelo que é caramelo actualiza-se das noticias da terra na taberna de barriga encostada ao balcão com um copo de três nas unhas..."

21.2.06

8º aniversário do Jornal de Pinhal Novo

No 8º aniversário do Jornal de Pinhal Novo a FLC saiu para as ruas, aceiros e terrenos baldio há procura do caramelo anónimo e opinativo.

O que eles pensam do Jornal
(Todas as opiniões são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes)

Ti Balbina Acocorada (….), poetisa e agricultora

“Par mim podia ter más poesia rija”

"Nã sei se isso ei um jornal ó um boletim informatibo de nã sei quei.
Come ê cá gosto muito de poesia rija e brabia, acho que os homes que escrebem o jornal podiam dar más bóz à gente que escrebe poesia popular. Assim, todos liam as cosas uns dos otros e nã falabam tanto im desporto e nã sei quê. Mas dixim-me pricurár os mês ócules e cum eles na cara, tirem-me um retrato, e ofereçam-no ó Jornal. Parabéns da Ti Balbina!".


Toino do Caparro (servente de pedreiro, Lau)
"Nã sei, home!"

"Quem? Nã sei do que bós falam, dixim-me trabalhar, ainda tenho de fazer más 3 bateneras de massa antes da hora da mine. Nã sei home, nim minteressam jornais, nã leio. Bá lá ber, toca a andar daqui par fora, nã dou enterbistas".


Justino Canalhita Amador
(Presidente da Associação de Teatro Caramelo, Palhota)
"ódebia de ter más cultura"

Se tiber de dar os parabéns dou, pois gosto de festa e se me cunbidarem tamim bou. Mas a nha opinião ei que podiam por más cosas de cultura, aquase nã bejo lá nada do que se passa com a cultura na caramelândia, e do teatro muito menos. Inda agora, tou a a organizar a 1ª amostra de teatro amador caramelo e nã bi lá nada a anunciar

Atoine das Ideias Parbas (filósofo, pensador caramelo)
"......................."

Atão…pois…o jornal….(longa pausa). Nã sei o que lhe diga….(pede mais uma mine ó balcão). Oito anos?!. Pois, nã ei uma coisa que eu leia muito, nunca me dixaram par lá escreber, acho que nã gostam de filosofia. Não o leio, folheio (repete para si este jogo de palavras- leio, folheio. Parece agora perdido, absorto nos seus pensamentos…). Tem publicidade a mais, nã sei se ei um jornal com anúncios ou uns anúncios com jornal…(pára a olhar para o tecto, deixamos o home a pinsar…)

Júlio Acendalhas (acendedor de meios bidons profissional, Vale da Vila)
"Atão se os homes fazem o jornal, é dixá-los fâzer"

Bá lá atão os parabéns a essa malta do Jornal. Gosto muito de ler esse jornal, todas as semanas espero pa ber as notícias e fico a li horas intartido e ler e a ber os bonecos que os homes lá põem. Gosto muito. E ódepois, ei muito práctico pá nha profissão, pois ei tamém muito bom papel pa ajudar a acinder o meio bidanito. Obrigado ós homes do jornal.

20.2.06



1ª Mostra de Teatro caramelo

Irá decorrer na caramelândia no próximo mês de Março, a 1ª Mostra de Teatro caramelo.
Esta iniciativa é uma organização conjunta entre o Ministério da cultura e agricultura caramela (recentemente fusionados devido à crise económica), F.L.C. e grupos de teatros amadores caramelos, com o apoio da Associação de Teatro Caramelo. A mostra visa promover e divulgar a diversificada e balente produção teatral caseira acaramelada, que devido à desordem cultural natural do nosso povo, se tem manifestado de forma barbia e selbaige (o que de todo já não é mau).

A mostra tem como objectibos (na opinião de Justino Canalhita Amador, presidente da A.T.C., Associação de Teatro Caramelo):

- Promover a criação cultural e artística em língua caramela pura

- contribuir para a criação de hábitos de consumo cultural caramelo e se possivél de consumo de produtos gastronómicos da região enquanto se assiste ós espectáculos.

- Mostrar aos próprios caramelos que o que eles fazem nada é mais senão a pura e bardadera arte caramela, que nã se pode perder nim aculturar com modernices parbas.

- promober a interacção e o cunbíbio entre público, artistas e visitantes forasteiros, que busquem um pouco de cultura e das artes caramelas.

- Dibertir a malta a berem os homes a imitar otros homes e rirmos todos que nim uns pardidos.

- Por agora ei só. Quim quiser pode tamém dizer mais objectibos.

As inscrições estão abertas. Quim quiser pode participar. Grupos ó homes independentes. As inscrições podem ser feitas no Café Anda Cá Mais Eu (Arraiados), Clube Desportivo da Palhota e Costa Bar (Pinhal Novo).

15.2.06

NOVO POSTO DE SAÚDE EM GRANDE ESTILO

Deribado à enxorrada de pedidos para se resolver a situação dos postos de saúde na nossa capital, foi feita uma reunião a céu aberto com as altas personalidades de todas as coletbidades da nação. Esta reunião serviu prágente arranjar tendas, colchões, mantas e matraquilhos para muntar um acampamento caramelo de índole hospitalar.
Os tendeiros do marcado mensal souberam do caso e avançaram logo com a sua ajuda. Eles, amais a ciganaige, vão dar um curso de montaige e desmontaige de tendas tipo consultóiro. O curso, realizado no conforto das retretes do recinto do marcado, tem o nome “Um consultório, um toldo, um caramelo” O curso tem o seguinte programa:
1- Técnicas para espatar estacas, manuseamento da marreta e consultas de clínica geral.
2- Como atar os oleados uns aos outros pra construir uma valente sala de operações.
3- Olserba tu o meu doente que eu olserbo o teu (técnicas de olserbação de tendeiros adaptadas à medicina).
4- A dobraige e desdobraige do oleado como apoio psiquiátrico.
5- Fisioterapia com os matraquilhos.
6- O meio-bidom em labaredas para aclimatização, cantina e centro de enfermagem.
7- Antibióticos de mines.

Já os produtores de binho da nossa região se reuniram de urgência para criar comprimidos de binho, como forma de tratamento terapêutico de primeiros socorros.

Enquanto os ministros, os deputados, e as altas individualidades do sector da saúde aprendem as técnicas do desmaio, o nosso acampamento foi muntado com grande valentia. O aldeamento (construído em 3 horas) atraiu jornalistas e militares da ONU para saberem como é possíbel um povo se organizar desta maneira erguindo um berdadeiro hospital de campanha.

Com o pobo caramelo, não se brinca, tudo se transforma.

Vivó caramelo sadio.

Finalmente um grande posto de saúde.
Eis o balente acampamento no recinto do marcado sob o projecto "Um consultório, um toldo, um caramelo".

12.2.06

CERIMOINAS NA COLETBIDADE DO RIO FRIO

No passado Sábado várias carradas de caramelos foram à coletbidade do Rio Frio olserbar o 78º ano da grande capital da nossa nação que é Pinhal Novo. Como não podia deixar de ser, os nossos agentes da FLC infiltraram-se no evento, disfarçados de ramos de flores.
Foi olserbada muita coisa, mas o que mais gostámos foi o discurso comemorativo de fabrico caramelo à porta da coletbidade. A ideia partiu da FLC e foi “munto positiba” (opinião unânime da assistência mais brabia). O objectibo foi dar oportunidade de mostrar às grandes personalidades locais, a beleza acústica dum debate-garreia caramelo como pano de fundo aos discursos oficiais de efeito derrubante. Enquanto isso, agentes secretos do Centro de Olserbação Inteligente de Gavetas e Buracos (KOIGB – órgão privado do presidente da FLC) descobriu na casa da Ti Marvília Descuidada, no buraco dum tijolo, um saco de moedas de vinte e cinco tostões e um importante documento de 1928 que comprova que esta foi a primeira vez que os caramelos tiveram presença activa nas cerimónias da capital. Transcrevemos aqui uma parte desse documento:

“…chegaram 600 carroças d’genthio de ppé deschalço pheito parbo pra intrar drento da noba Junta de Phreguesya. No entanto a GNR, de bella physionomia, barrou-lhes a intrada impedindo a caramellaige de cumbersar e balhar…”

O mesmo documento servirá para escrever um livro totalmente dedicado à Recta de Pegões a lançar no próximo ano.

As comemorações tiveram tamém um interesse cinentífico.

O Rancho Fóclórico do Rio Frio, teve uma reunião prévia com altas patentes do departamento estratégico da FLC, com o fim de armar uma ratoêra para a cabecilha palmelona amais os seus comparsas, no interesse de testar a eficácia da nossa cultura nos agentes mais resistentes e fugidiços.
A ratoera resultou na perfeição, pondo-os andar à roda, a balhar, a comer sopa caramela e pão com chóriço. À saída a cabecilha foi pesada e interrogada. Concluímos que, no total, ficou 5,3% caramela. Pelas nossas contas seriam necessárias 60 horas de cerimónia comemorativa ininterrupta e 54 kg de sopa para a converter numa caramela brabia.


Segundo este estudo, e em comparação com outras civilizações ao longo da história da humanidade, a cultura caramela é a mais eficaz do mundo.

6.2.06

Selecção caramela de futebol

Finalmente poderá avançar a ideia de a nação caramela ter uma selecção de futebol que a represente sempre que necessário.
A proposta surgiu do conhecido empresário das Lagameças, Júlio do Intulho, magnata da exploração agro-pecuária em perma-cultura, antigo construtor civil, especializado no carregamento e despejo nocturno de entulho. Nesta selecção poderão jogar todos aqueles que façam parte de equipas da nossa região, e que demonstrem ser caramelos até “ó coirato interior”. A FLC sabe que as negociações para a construção da futura sede já estão em curso e que esta poderá ser ou na capital caramela ou nos terrenos pertencentes ao Julinho do Intulho, como é carinhosamente conhecido entre as gentes das Lagameças.
Julinho, ambiciona ser o primeiro presidente da selecção caramela, e diz que tudo fará para que o povo caramelo vibre com os seus heróis da bola, “com o nosso símbolo ó peito, que tou cá a pinsar deberia ser ó um meio bidon (só), ó atão um meio bidon a assar intarmiadas, a ber-se o fumo e as grades de mines…a ber se alguém sabe desenhar umas pinturas pá gente ber se ficam balentes”. A ideia de investir parte da sua fortuna neste ambicioso projecto, foi desenvolvida ainda no estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, local onde Julinho pernoitou durante uns anitos, enquanto cumpria uma pena por vazar entulho em terrenos públicos camarários. Na sua recente entrevista, concedida na passada sexta-feira à Rádio Antena Caramela, afirmou que para ele só um “home deberia trinar a nossa selecção, o nosso Paquito Caramelo, home rijo e de balintia afirmada, filho adoptivo da caramelaige”. Planeia também construir nos terrenos da sede, um complexo desportivo com campos de treino, centro de estágios e um centro comercial com casino, 2 casas de alterne, e um bar dançante, tudo aberto aos adeptos, “para que estes possam bir ber a nossa selecção e estoirar grabeto cum fartura, quei pá gente poder pagar ó Paquito Caramelo, e às reparigas das casas de alterne”. Aqui nascerá também o estádio. O arquitecto (escolha pessoal de Julinho do Intulho) será o mesmo que construiu a gloriosa sede do Penteado e os muros abaulados que rodeiam o campo de jogos do Lagameças Futebol Clube. No entanto, todos os pormenores arquitectónicos estão ainda por desvendar, “mas será uma berdadera marabilha, uma pérola pa quem tiber olhos pa ber o quei bom!” Questionado sobre a cor do equipamento, diz não saber ainda, mas que planeia fazer uma pricura à população caramela, “só pa ber as ideias, e ó depois escolho a má parba, catéi andam todos neices, ca cor da nossa camisola, e nã haberá peça de ropa má bonita do ca nossa camesola, nim a ciganaige do marcado será capaz de fazer coisa igual”, afirmou de boca cheia, emocionado, com vinho e restos de intarmiada ainda por deglutir, o que lhe provocou valentes engasgos e espasmos de gaguez prolongada, impedindo-o de continuar a entrevista. Entretanto o povo, já cercava as instalações da Rádio Antena Caramela, esperando por Julinho do Intulho, para o ovacionar e mostrar gratidão pela ideia da selecção. Foi carregado em ombros, durante cerca de 500m, indicando por gestos bruscos o café do Toino Braço D’aço, onde espontaneamente se montou um valente arrail, só com 22 grades de minis, 9 porcos e 4 meios bidons, que funcionaram sem descanso até quase de manhã, tendo depois ido tudo para a reforma agrária divulgar a boa nova- “Temos Selecção!”