22.5.06

Anibersário, dicionários e globalização brabia!!!

Como todos bócês debem de saber, a FLC cumpletou o seu primeiro anibarsáire im Abril passado.
Durante os últimos meses nã parou de chegar à noissa sede (apesar de mudarmos cunstantemente de localização geográifica), bicheza boadora malina, binda de muito longe (pombaria de longo curso).
Ficámos assim a saber que a FLC serbe de guia para muitas organizações clandestinas im todo o mundo (China, Índia, Rússia, África, E.U.A. e Nepal) , as quais como nós, garreiam pela independência e dignidade cultural dos seus pobos, principalmente para que não os aparbalhem. Organizações de índole pacifistó- libertário-humanista agradecem os nossos cunselhos e atitudes, chegando mesmo algumas a afirmar que somos os seus guias espirituais e que também eles querem ser caramelos (como é o caso dos Budistas Camponeses do Nepal, que nos parguntam como se utiliza um meio bidon e se lá assarem Soja, podem ser à mesma cunsiderados caramelos adoptibos, ou ainda o caso de uma organização chinesa, que quer aprinder a arte de lançar fogo rijo com o cigarrinho ó canto da boca ).
No intanto, o maior problema para que grande parte do mundo seja acaramelizado, éi a dificuldade sintida por muitos dos que bisitam a nossa sede birtual, im relação à língua. Se todos areferem que com o português não têm dificuldades, com o caramelo puro e brabio, o mesmo já nã acuntece, pois a noissa língua pode ser aquase impenetrábel (o que nos tem sido útil na nossa luta, diga-se).
Assim, para çalabrar o primeiro ano de existência, a FLC, foi aos cofres da colectibidade (na bardade um taparuer escundido atrás do frigorifico) e de lá retirou aquase todo o orçamento ajuntado com os lucros do bar, com a benda de mines e coiratos- uma palabra de agradecimento em especial ao Toino das Mines e a todos os que diariamente frequentam a nossa colectibidade, dando bazão ós basilhames.
O dinheiro serbirá atão para a publicação de dicionários im bárias línguas- Dicionário Caramelo-Indiano, Caramelo-Mandarim (Chinês), Caramelo-Nepalês, Caramelo-Suahili (Somália), Caramelo-Russo, Caramelo-Japonês, entre outras edições.
Estes dicionários serão enbiados clandestinamente por pombo correio de carga (4 dicionários por becheza), e estarão também à benda no marcado da capital e loja do Toino Brinca, em edição só para coleccionadores.

15.5.06

Grande Manifestação da Bacina Canina

A FLC em colaboração com a A.C.R.C.C. (Associação da Canzoada de Raça Coelhera Caramela), vai promover no próximo dia 20 de Maio uma grandiosa manifestação em frente ao antigo matadouro de Pinhal Novo.
O motivo para tal manifestação prende-se com o facto de mais uma vez não haver vacinação da Câmara neste local mítico, o qual faz já parte do imaginário canino caramelo, visto que durante vários anos serviu de posto de vacinação para cães e “todo o tipo de bicheza brabia que os homes do campo traziam à capetal caramela”, referiu à FLC, um dos antigos funcionários deste local, que com medo de se identificar, se apressou a colocar uma máscara de caça enquanto falava connosco.
Deste modo, lança-se daqui um apelo para que todos compareçam no dia 20, por volta das 14h. Será instalada uma sarrapilheira gigante que servirá de toldo e haverá duas torneiras de imperial e uma mesa de matraquilhos.
Serão distribuídos 30 metros de cordel para formar um cordão humano-caninó-caramelo em redor da biblioteca, impedindo a entrada ou saída de utilizadores (esta medida só será tomada em caso extremo, caso as nossas exigências não sejam devidamente atendidas).
Caramelo, aparece na manif, mais o tê cão! A bacina da câmara é um direito teu e do teu cão.

13.5.06

O PONTO MAIS ALTO DA FEIRA DE MAIO

É com todo o rejegozijo que o nosso pobo vem dar um passeio à Feira de Maio, feira de bariedades dedicada inteiramente a atrair os caramelos mais brabios vindos dos baldios mais remotos do nosso territóiro. Como sempre a feira espalha-se pela Praça da Independência-Caramela, à bolta do marcado intigo cuja arquitectura (inspirada no meio-bidom birado ao contrário), se confronta com as barracas.

Esta feira tem como núcleo de combíbio a zona dos Carrinhos de Choque. Este carrossel foi totalmente desimbolbido pelos Laboratórios de Psicologia Caramela (L.P.C.) como aparelho psico-terapêutico aos impulsos mais brabios. Os Carrinhos de Choque serbem essencialmente para satisfazer a buntade dos caramelos em exercer a sua cidadania ao bolante dum automóbel. Tem como princípio a ausência total de regras ou sinais de trânsito, podendo, sempre que apeteça ao condutor, abalroar o carro do bizinho, tantas vezes quanto lhe apetecer. Este aparelho (carrossel) está munido de luzes e músicas nerbozentas para proporcionar um ambiente de aparbalhar ainda mais o automobilista. Está tamém equipado com bancos em toda a bolta para aqueles que andam a pé, possam olserbar-discutir-interferir as ocorrências do trânsito.

O protótipo deste aparelho, foi feito nos anos 60 pela FLC, e era uma réplica às estradas lusitanas da época. Os carrinhos não tinham borrachas à bolta e em vez de introduzir fichas, introduziam-se caricas de mines compradas numa taberna (montada para o efeito, à berma da estrada), além disso os carros atingiam belocidades superiores a uma Zundapp de cabeça rebaixada. Os efeitos eram debastadores, por isso o modelo sofreu algumas alterações, ganhando o fitiu como hoije podemos ber na Feira de Maio.

Contudo, o modelo não satisfaz completamente os impulsos mais brabios do caramelo profundo. Ainda ontem, por exemplo, bários automobilistas dos Carrinhos de Choque, não satisfeitos com as borrachas, e não vendo estragos visíbeis no vizinho, despiram-se em tronco nu e dedicaram-se à punhada, transformando o recinto num berdadeiro ponto de interesse. A grande diferença é que o trânsito não parou para olserbar a ocorrência. Antes pelo cuntrairo, a circulação acelarou ainda mais, passando por dentro da garreia num misto de grande entusiasmo e coraige.

Para solucionar este problema, a FLC recorreu à engenharia japonesa que consegue meter televisões no tablier dos carros. A nossa solução provisória é a montaige duma tela de cinema dentro do carrossel, para que, enquanto os nossos condutores conduzem, vejam os filmes do Bud Spencer.
Tudo para nosso rezegojizo e para o bem da Feira de Maio.

8.5.06

Mais um belo episoide da nossa nobela


Para subir as audiências da nossa nobela, os directores da TV Caramela decidiram pôr duas personaiges ribais e brabias frente a frente, numa cena de referência para a história da telebisão.

COIRATOS CUM AÇORDA
4º Episoide


A ti Burília (das Ventas Largas), garreia com a Ercília (a Tripalhuda) por modos duma não tar de acordo ca outra, lá por causa do seu dia a dia. Estão as duas à porta da Mercearia Rápitira (Palhota), depois de fazerem o seu avio. Estão em cima das pasteleiras frente a frente:

- … Atão bá lá ber se és capaz. – desafia Burília das Ventas, empurrando com a roda da frente.
- Olha que tu andas a pedírlias. Ai lébazias, lébazias. – responde a Tripalhuda nerbosa ainda com a bcicleta entre as pernas.
- Na t’astrevas olha que quem leba és tu, ó tripalhuda…
- Tripalhuda só se for pra tu meteres essas bentas largas aqui… - e aponta para o meio das nalgas que abafam completamente o selim.
- Tu na t’astrevas olha que tu mâmazias.
- Tu é que lâmbzias já aqui com a alcofa nas bentas caté bais parar a Palmela. – ameaça a Tripalhuida com a mão na alcofa.
- Ai éi? E tu lebas aqui com a garafa do gás pelos cornos caté arrotas. – responde Burília das Ventas já a agarrar na botija de gás (ainda das pesadas) que está atada atrás da bciclete.
- Tal tá o ingaço hã!! Olha q’eu já tou desóstinada, olha q’eu já tou desóstinada… - confessa Tripalhuda com o dedo im péi e a olhar de lado prá outra.

O cruzamento da Palhota já está cheiinho de figurantes-curiosos, pra darem opiniões uns aos outros. O Clube aumenta as receitas com mines de apoio; fazem-se apostas e quem passa de carro pára e estanciona para ber com atenção o acontecimento. Cria-se um engarrafamento caté parece o Pinhal Novo às 6 da tarde.

Entretanto o Sol roda e a Caixa Agrícola fica à sombra. Um problema para Albino Chispalhudo amais os pensionistas filósofos. É preciso uma decisão urgente: desencostam-se da Caixa Agrícola, atrabessam lentamente a estrada, passam por baixo dos pinheirinhos, ódespois atravessam a outra estrada e ocupam o território baldio dentro da paraige de autocarros, ficando todos sentaditos à soalheira, a tirar probeito desta ocupação selbaige.

De bolta para a garreia Burília Vs Tripalhuda.
Tripalhuda apanha balanço e crava com a alcofa nas bentas de Burília. E ódespois?
Será que Burília foi parar a Palmela? Ou será que ela recupera e espeta com a garrafa de gás nas fuças da tripalhuda?
Adibinha já antes que chege a GNR.

5.5.06

1ª Grandiosa concentração de motorizadas na caramelândia

A F.L.C. anuncia em primeiro chispe o grandioso encontro de motorizadas na Caramelândia.
O evento está agendado para Junho e terá lugar no Jardim do Largo José Maria dos Santos, em Pinhal Novo. A organização ficará a cabo da recém criada (e desconhecida) Associação dos Selbaiges das Menardas (A.S.M), que promete espantar toda a nação com a afluência de veículos de duas rodas à capital caramela. Para Betumínio Carburildo, presidente e fundador da Associação: “os homes bão ficar parbos com as metorizadas que bão aparcer, bão parecer gafanhotos a fugir da sulfataige, tudo de escape libre e roda dim pei!”, disse aquando da conferência de imprensa, onde se formalizou o evento para toda a nação. Carburildo apelou para que”todos os que tenham um beículo de duas rodas com um motor, seja uma bciclete a motor ou uma motorizada, benham ter ca gente, bai haber buída, traçante, bai ser mesmo de traçar o coirato”. Uma das surpresas da concentração vai ser a instalação de um meio bidon gigante, que pode entrar no libro mais parbo que há: o Guinesse Booque. Os organizadores afirmam que estão a construir um (com a ajuda dos Firminos do ferro), que para além de ter a forma de uma motorizada terá 8 metros de comprimento, tudo para “dar bazão à galderaige que bai ser nim sei quantos, mas debem de ser mais de nã sei, quei nim sei cuntar até 10”, afirmou ainda Carbulindo já visivelmente toldado pelas inúmeras mines que lhe ofereciam, congratulando-o pela brabia iniciativa.
Um dos presentes, que nos pediu anonimato, afirmou que “esta bai ser a festa da motorizada e da bicicleta a motor caramela. Caramelo quei caramelo, nã tem mota, nim sabe o que isso ei. Nós somos homes das Fameis e das Sachs, tudo sempre artilhado à parba, bardaderas máquinas dos aceros e tarrenos baldios.”.
Não perca então o 1º Grandioso encontro de motorizadas na Caramelândia.
Benha, participe, dibulgue a cultura caramela, mais brabia que a geada na Jardia!

4.5.06

JOVEM

És incompreendido? Não te deixam entrar na Sela, só porque usas patilha e palito na boca? Não cunsegues dançar no Rancho Folclórico das Lagameças? És bítima das almarróidas e bais às 5 da manhã marcar uma consulta no Posto de Saúde?

Basta!

Procura as soluções cá cagente.
Inscrebe-te na FLC.
Resolbemos todos os tipos de problemas e afirmamos a cultura brabia no mundo.

2.5.06

Nova Literatura Caramela

- A Magia Parba do Petisco Caramelo

autor- Joaquim Cunduto

O autor andou em deambulações (de motorizada) pelo país caramelo para conseguir reunir algumas das mais valiosas receitas caseras. Janela para o maravilhoso mundo do petisco caramelo, unicamente com pratos de autores de nomeada, com provas dadas nesta área de culto popular.

- O Inconsciente Colectivo Caramelo e o Desejo de Ocupação do Castelo de Palmela

autor- Ti Manel Históiras (Org.)

Conjunto de ensaios psicanalíticó-camprestres de diversos autores sobre o inconsciente colectivo caramelo, após a Revolução Industrial. No prefácio, pode ler-se “bardadera biáije ó incusnciente colectibo caramelo na idade da Alfaia Agrícola, um libro de aparbalhar o leitor”.

- Considerações Existencialistas Sobre a Clandestino-Ruralidade Libertária da Reforma Agrária na Caramelândia – Uma Perspectiva Feminista.

autor- (Ti) Atóina Creolina

Interessantíssima dissertação que serviu de trabalho final à conclusão da 4ª classe nocturna da autora, Ti Atóina Creolina.

1.5.06

CAMPANHA DE POVOAMENTO PRIMAVERA/VERÃO


Como toda a gente sabe, a nossa capital é a única metrópole do mundo em vias de cagulo, por isso tem despertado o desejo de muitos construtores e arquitectos da câmara em triplicar a nossa população até 2007. Para que isso venha a acontecer, os cabecilhas palmelões reuniram-se com os generais da FLC no intuito de emprestarmos tractores com reboque (de rodado duplo), para trazer cá pra dentro, carradas de gente que vive do lado de lá das nossas fronteiras e valas, para ódepois povoarmos o nosso território, usando as técnicas de espalhar adubo em terreno labrado.

Após horas de cumbersação-garreia, a FLC mostrou-se contra a iniciatiba, ameaçando ocupar o castelo para serbiço da Columbófila do Pinhal Novo que passaria a ter o maior pumbal da Europa. Deu-se o impasse, mas os construtores e imobiliárias, ripostaram e ocuparam o espaço público com contentores pra postos de benda de andares e chalés. A FLC vai re-ripostar forrando Palmela com publicidade do “HIPER CENTRO DO MÓVEL” (segundo o exemplo do Parque Industrial Vale do Alecrim), pra eles aprinderem a respeitar a nossa cultura. Isto tudo só prá gente na se chatear e na ter de pegar nas floberes.

Entretanto, para acalmar a fervura, o serviço de Estrangeiros e Fronteiras Caramelas fez um estudo pra remediar do problema. Usando todos os recursos à disposição (febras, meio-bidom, mines e mais mines, carvão, nabalhitas, etc.), acabaram por descobrir, na estrutura duma entarmiada, a solução intermédia.

Isto quer dizer que agora aceitamos gente pra dentro das nossas fronteiras mas não é assim à parba. Tem de ter certas e determinadas características de índole caramela. Ou seja, só aceitamos gente pré-acaramelada. Nada de gente tipo sabonete-líquido que tem na maniazinha, e ódepois têm de lebar nas trombas, só pra se adaptarem ao sabão Clarim.

Numa primeira fase, a FLC e a Federação das Forças Brabias Caramelas promoveu a campanha-romaria “Um equídeo um apartamento com vista prá Fonte da Vaca”. Quem tibesse um burro, uma mula ou qualquer outro animal de índole cabalar podia bisitar-nos.
E foi o que foi.
Na semana passada apareceram centenas de candidatos com todos os tipos de cabalaige e carroças apandleiradas. Cada participante podia olserbar as nossas instalações urbanas e rurais, tais como a qualidade do piso, os aromas a coirato, os sacos da compratiba entre outros costumes. Odespois, ao longo da Estrada dos Espanhóis, estavam contentores-postos-de-venda para que cada um, amontado no seu cabalo ou carroça, pudesse assinar um contracto de promessa compra e venda dum imóvel à sua escolha. Só depois é que podiam cuntinuar a viaige, e sair das nossas fronteiras, até Viana do Alenteijo.

A campanha foi um sucesso e a cavalaige esbeiçava-se de alegria.