26.11.10

GRANDE FILME INDIANO EM PARCERIA COM A FLC

Como toda a gente sabe, a FLC tem estabelecido inúmeros contactos diplomáticos para o reconhecimento internacional da cultura caramela. Desde as mais simples, como o bersuntar uma fatia de pão com banha na Tanzânia, até aos mais altos conceitos de como determinar o lado certo para agarrar numa marreta, na Malásia, tudo se tem feto para pôr a nossa cultura na ordem do dia. É por isso que hoije apresentamos uma das nossas interbenções mais mediáticas lá prós baldios da Índia. Trata-se pois intão de uma preciosa ajuda que a FLC deu aos cineastas indianos pra fazerem os seus filmes de garreia rural. Dessa maneira, a FLC forneceu um guião para um filme, assim como todas as técnicas e enfeites de punhada recreatiba para tornar a película mais atractiba. Tão atractiba que ninguém consegue deslargar os olhos da tela!

Quanto ao guião, a FLC ofereceu uma história berídica passada pelas terras da Caramelândia nos anos 80. Trata-se duma minarda (uma Famel) que foi incontrada numa estrumeira por um cigano, que opois foi trocada por um quilo de pensos prás feridas. A história continua com mais de 500 trocas sucessivas, passando por dibersos donos, de modos que a motarizada foi sendo artilhada e ganhando geito de uma berdadeira obra de arte. O intuito foi sempre o mesmo: artilhar a minarda pra impressionar as mais belas caramelas e lebar elas à pindura e passar uma tarde romântica escundidos numa arramada. O padaço de filme que a gente bai ber de seguida, conta uma dessas peripécias, já numa fase em que a minarda tem cadilhes de meio metro pindurados nos punhos.

As técnicas de realização tiberam a assinatura do nosso técnico de serbiço, o Abílio das Codaques. Repare-se nos audaciosos saltos de gazela que o protagonista efectua pra dar umas pezadas nas trombas dos seus adbersários, bem como as sacas de 50 quilos de milho prás galinhas, que, de repente, parecem ter apenas algumas gramas aos chispes dum home brabio. Muitas são as peripécias neste combate doméstico que hoije aqui apresentamos im primeira mão.

Os indianos agradecem toda a colaboração da FLC, e está prebista a reabertura do cinema da SFUA (deribado à inchente que se prebê), no requinte das cadeiras de mogno, para o bisionamento desta marabilha da 7ª arte, em sessões contínuas (aquelas que nunca mais param, portantos, estão sempre a passar como a GNR no Intermaché)


ATENÇÃO

pode ser que não apareçam as legendas, portantos,

PARA LER AS LEGENDAS

Carrega na seta - no canto inferior direito da barra do bídeo - e opois estica-se uma barrinha bertical. Nessa barrinha bertical, carrega no botão do meio das legendas

CARREGA NESSE BOTÃO, E BAI LENDO.

(tamém pode aparecer um botão “CC” ao lado da setinha. Carrega nesse botão pra ficar bermelho e ler as legendas)



19.11.10

AGENDA CULTURAL DA CARAMELÂNDIA


Outubro 2010
Dias 6 e 7 de Outubro
Workshop de mezinhas caramelas
Baldio em frente ao Café “A Mine Artilhada”

Workshop de mezinhas caramelas com a Ti Avelina Química, antiga empregada de limpeza da Farmácia Matos. A Ti Avelina ficou conhecida por misturar de forma quase intuitiva os conhecimentos ancestrais caramelos com o que de mais moderno havia na Farmácia Matos. São famosas as suas misturas de Aspirinas e Benuron com banha de porco e áuga do Chafariz do jardim da capital, para curar o reumático dos bendedores da Reforma Agrária (expostos longas horas à geada da manhã).

Entrada livre.
Nota:
os participantes têm de lavar um vasilhame de plástico ou inox pa misturar os produtos. Lebem tamém uma espátula, um saco de plástico cheio de penas de pato mudo ou de galo da Índia, 10 formigas de asa e um naperon que tenha nódoas de gordura (procurem na cozinha, debe de haber algum).

Dia 9
21h

Sede do Rancho Folclórico da Lagoa da Palha


Lançamento oficial e clandestino do novo livro do Toino das Ideias Parbas:
Intulhos do Pensamento Brabio.
Oportunidade para mais uma vez ouvir as sábias palavras do Toino, ou como alguém já disse “os monólogos entre ele e ele”. Este novo livro é um mistério, mas promete revolucionar as teorias filosóficas contemporâneas mais radicais.
Entrada livre, atei na caber mais ninguém e antes que se ingalfinhem todos à punhada uns cus otros. Éi obrigatório consumir qualquer coisa.



Ciclo de Cinema Caramelo- cinema de autor
Largo José Maria dos Santos (Pinhal Novo)
Durante todo o mês, sempre às sextas às 21h

Filmes em destaque


Dia 15- "O Barbero debaixo do Tanque da Estação" (1998, 20 m; autor:Belarmino Pançudo)
Uma pérola do cinema experimental caramelo feito de um só fôlego por Belarmino Pançudo (neto do Ti Toino Panças), um dos máximos representantes e defensores da 7ª arte na caramelândia. Curiosamente, Belarmino só produziu esta obra, tendo algum tempo depois enveredado por uma carreira igualmente vertiginosa no acordeon, sendo hoje considerado um dos melhores tocadores residentes da Sela. A película original (de resto o único exemplar) foi encontrada num monte de entulho, num local onde é proibido vazar o mesmo (razão pela qual o home-dono do filme não se quis identificar).

Dia 22- "Viagens na nha Terra ao som da canzoada" (1980, 70m; autor Custódio Galgativo) Filme neo-realista-tardio sobre a perspectiva impressionista do autor, que percorre o território da Caramelândia de pastelera a pedal, sempre perseguido por vários grupos de canzoada de raça coelhera que lhe querem morder as pernas e barrar o caminho. Um pormenor, a lente foi colocada na pastelera ao nível da mola que prende a calça da perna direita, mostrando em todo o filme a mola (de madeira, note-se) a aparecer e a desaparecer, acompanhando os movimentos do pedalar, enquanto o espectador é constantemente surpreendido pelos planos que mostram o arrancar ao longe da canzoada brabia em direcção ao autor do filme. Na Linha do Sul, edição de Julho de 1980, secção de crítica de cinema, pode ler-se: “esta película transforma a nossa noção de paisagem caramela. De agora em diante e depois de vermos este filme, iremos ter sempre na nossa memória cinéfila, matilhas de canzoada brabia de raça coelhera em arrancadas vertiginosas em direcção ao homem que viaja com as molas de madeira nas calças. E atente-se na beleza de perspectivas, da tensão provocada pelas linhas que surgem entre a dinâmica da canzoada e a paisagem que vai ficando para trás. Temos vontade de ir ao Sousa das Bcicletes, comprar uma pastelera e pormo-nos ao caminho, munidos apenas de duas molas de madera e uma máquina de filmar. E esta crítica termina por aqui, porque bamos mesmo. Agora.”

Para quem quiser assistir aos filmes, mas more longe e na tiber motarizada, cabalo, burro, mula ou égua e nã lhapetecer bir a cabalo im si próprio, haberá transporte gratuito (gentilmente cedido por Albino dos Ácaros) em camioneta de caixa aberta nos seguintes locais:
20h-Palhota (junto aos semáforos)
20h15- Lau ( à porta da loja da Ti Balbina dos Pitromaxs)
19h40- Valdera (Junto ao campo de futebol)
19h00- Rio Frio (Junto à Sede)
20h45- Carregueira (à porta do café “Lua Cheia Aparbalhada”)

Nota- lebem agasalhos que bai tar geada e qualquer coisa pa traçar. A organização só fornece os filmes e bancos corridos com taipais das obras.


Dia 23
Formação avançada em Buer Mines de Litro de Penalty
Local: estrada em frente ao Café Satélite

Formação com o alto patrocínio da FLC, com orientação do Ti Toino Inxaugado (antigo taberneiro do Satélite) e coordenação do famoso Toino das Mines, que sedentos de novas experiências ao nível do mais liquido que há, aceitaram o nosso desafio: dar uma formação em como buer mines de litro de penalti ou a técnica da golada ininterrupta atei o basilhame inbertido na berter nada mais do que ar (processo inventado pelo Toino, pa dar vazão mais depressa às grades, quando tá ca sede).
Inscrições abertas, lugares limitados. Haverá selecção de participantes. Só serão seleccionados aqueles que demonstrem capacidade física e mental e experiência para esta formação avançada.
Os seleccionados deverão trazer grades vazias para se assintarem.
Nota: esta acção de formação será também em simultâneo mais uma manifestação a favor da reabertura do Café Satélite. No final da formação haverá uma partilha de experiências com o público interessado e uma performance de dança e improvisação livre com alguns elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pinhal Novo, que tentarão interagir com os participantes que tenham atingido um quase-estado de coma alcoólico.


Dia 30
Viagem ao Mundo dos sons Caramelos


Vários locais em toda a Caramelândia
Para gaiatos parbos e toda a familia (mínimo grupos de 20 pessoas)

Descoberta de diferentes sonoridades típicas caramelas.
A que soa um motor de rega?; E uma motorizada artilhada com o óleo por mudar?; O fogo rijo tem todo o mesmo som? E o pato mudo, nã diz memo nada?; Qual o som de uma mine a ser buida?; E de uma grade a cair no chão?; Já pinsaste no som da grade se tiber cheia ó bazia?; E o som da bofatada que o tê pai ás bezes te dá, quando te armas im parbo?
Estas são algumas das questões, que a Ti Juila Anfíbia (antiga professora primária e organizadora desta Biaige) propõe.
No final bai haber baile e cuncerto com os sons dos dibersos objectos recolhidos pelos participantes, tudo acumpanhado pelos Círios da Carreguera.

12.11.10

10 MANDAMENTOS PARA A CRIAÇÃO DE BICHEZA

A FLC tem recebido nos seus Gabinetes de Apoio para o Curral e para a Malhada (GACM) uma quantidade enorme de quinteiros (e criadores de marquise) que se tem queixado que a bicheza anda desostinada, a arreganhar o dente e a apontar os cornos, com bontade de fazer uma rebolução por esses arrabaldes. Consta que a fauna caramela está anda a faltar ao respeito aos donos...

- O que é que podemos fazer? Precuraram todos os quinteiros e homes das lides da criação.

- Façam com a bicheza o mesmo que a galfarraige política faz a bocês! Respondeu a FLC.


Desta maneira o GACM providenciou um edital com os dez mandamentos para todo o home manter a sua criação mansa e poder biber im paz.


Aqui bai o edital:


EDITAL PRA MANTER TODA A BICHEZA MANSA



1- AS MANOBRAS DE DIBERSÃO.

O elemento primordial do controle da bicheza é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção da bicharada dos seus problemas importantes (como a pastaige, ração, bolotaria, liberdade e coisas que tais), bem como desbiar a atenção das mudanças impostas pelo home da quinta. Assim, o home tem de manter toda a quinta entartida com coisas de nenhuma importãiça. Para isso é bom deixar que os passarinhos cantem belas cantigas uns aos outros, mantendo o curral entartido na troca dos seus cantares. Portantos a técnica é nã deixar eles pinsarem e manterem-se ocupados com os cânticos da passaraige, com o resmalhar das folhas das árves, com a chuba e o bento, a sombra e sol, e as balhanas supérfluas espalhadas pu curral. A FLC aconselha que toda a espécie de entretenimento prá bicheza é saudábel. E quando tudo tiber farto de dibertimento, o home da quinta pode até mostrar coisas que nã tenham nada a ver com a quinta, como por exemples as traboadas do Paquistão, as inchorradas do Uruguai, ou até uma macaca que pariu sete borregos no Zimbabué.


2- CRIAR PROBLEMAS PARBOS, E ÓPOIS DAR BELAS SOLUÇÕES.

Esta técnica é simples: o home da quinta imbenta um problema (como por exemples a mudança da Constituição do Curral ou um carrocel de alta belocidade prós chibos), e assim ipõe uma situação controlábel para causar certa reação na bicheza, a fim de que esta seja a mandante das medidas que deseja. Se a bicheza quiser fazer, tá tudo bem! Se não quiser fazer nada, tá tudo bem na mesma! A técnica aconselhada pela FLC é a imbenção do seguinte problema: meter tigres da Malásia dentro da quinta (como se fosse natural) e deixar que descambe a garreia sanguinária, a fim de que toda a bicheza deseje um regime, pra que todos fiquem trancados dentro das pocilgas! Portantos, todo o bicho doméstico irá pinsar, na segurança da sua malhada, que foi ele que quis ficar assim (sem liberdade), e fica todo cuntente.


3- A ESTRATÉGIA DO POUCO-A-POUCO.

Pra fazer com que se aceite uma medida inaceitável dentro do curral, basta aplicá-la aos poucos e poucos ao longo dos tempos. A FLC recomenda que o home da quinta bá retirando, dia após dia, um pedacinho de ração. Por outro lado, bai aumentando a quantidade de animais, um a um, dentro do curral, e deixando as pocilgas cada bez mais atulhadas e cagadas. Assim, aos poucachinhos, nenhum bicho estrabucha e continua na esperança de melhores dias. Com esta medida, toda a bicheza bai-se habituando às pequeninas mudanças... e até acreditando que é feliz na engorda, comendo só os restos-de-ontem, buendo áugas da retrete e deitando-se no seu próprio esterco. A FLC alerta que isto tem mesmo de ser aos poucos e poucos, porque tantas mudanças podem provocar uma revolução (coices, marradas e dentadas) se forem aplicadas duma só bez.


4- A ESTRATÉGIA DO “EU-TAMÉM-NÃO-QUERIA-MAS-SE-CALHAR-VAI-TER-QUE-SER”.

Outra maneira de fazer com que a bicheza aceite uma decisão fatal (dada pelo home da quinta) é a de apresentar ela como sendo "dolorosa e necessária", mas que ainda nã é hoije que ela bai ser posta im prática. Só prá semana! Desta maneira o home consegue a aceitação por parte de todos (incluíndo os toiros), porque é mais fácil eles aceitarem um sacrifício pró futuro do que um sacrifício imediato. Assim todos ficam aparbalhados ca ideia que "tudo irá melhorar prá semana" e que, se calhar, o sacrifício anunciado nunca bai acontecer. Mas acontece pa certa! E quando acontece tudo bai correr pacificamente porque bicheza acostumou-se (durante sete dias) com a idéia de mudança e ficou mansa no momento da nabalhada.


5- A ESTRATÉGIA DA MANINGÂNCIA

Uma outra estraégia que a FLC acunselha é a seguinte: o home da quinta debe utilizar cumbersas e atitudes sem sintido mas de grande simplicidade e beleza, como se os seus animais fossem uns pequenotes e queriduxos. Desta maneira a bicheza não se se arma im esperta cum grandes pinsamentos, fica rasteirinha e adopta a mesma atitude simples. Por exemples, se o home da quinta quer que o burro puxe a carroça sem ele teimar, propõe um jogo e diz “éi jeriquitito, anda mais eu brincar às carroças, bamos jogar ao trólaró-levas-tu-que-eu-tamém-bou. Olha que é muita giro e bamos a gente os dois, trólaró estrada afora!” Assim, o burro fica sem sintido crítico, anestesiado, nã se arma im teimoso e nã leva a mal de puxar a carroça levando o home à boleia. Se o home tibesse dito “tu bais que nem um burro, a alancar ca carroça pu lombo, pra eu ir sintado e descansado im cima dela” o burro espantaba-se, ficaba teimoso que nem um burro, e até podia dar um coice pas canelas do dono.


6- IR, TIPO TIRO, DE INCONTRO ÀS EMOÇÕES, EM BEZ DOS PINSAMENTOS.

Fazer uso do lado emocional dos chibos, porcos, cães, boiage e bicheza brabia im giral é uma técnica clássica para eles nã arreganharem o dente (ou apontarem os cornos) e nã intrarem com pinsamentos reaccionáiros (por exemples, o Xico Ganadero tem uma manada de bois brabios que lhe bão comer à mão caté parecem uns coelhinhos, e tudo isto porquê? Porque o home, sabe ir ter com as emoções dos animais. E o que é que ele faz? Antes de ir ter com eles esfrega a mão pas xôxas das bacas, e assim os bois, quando comem, até lambem os dedos ao home!). Além do mais, quando um home sabe ir ao coração dos animais, eles até choram! Se o home da quinta souber intrar no inconsciente da bicheza, intão ele cunsegue inxertar as suas idéias e desejos, bem como induzir os medos e os comportamentos que ele quiser.


7- NUNCA FAZER DA BICHEZA UNS DOUTRORES OU INGENHEIROS.

Fazer com que a toda a fauna doméstica seja incapaz de comprinder seja o que for. Portantos nã é nada saudábel um animal saber mais do que grunhir, ladrar, mugir ou zurrar. Nenhum pode saber, por exemples, adonde é o armazém da ração, ou que na quinta existe uma casa com fogão e áuga quente. Tamém nã pode saber coisas fora do normal como abrir os portões ou saltar a bedação. Nã pode saber pra onde bai toda a riqueza que se produz dentro do curral, entre outras coisas. Assim, sem saber nada, qualquer animal acredita que o único mundo é a sua malhada, e o home (sabendo muito mais que a bicheza) tem domínio total sobre a quinta, e bibe com todo o requinte e liberdade.


8- PÔR A BICHEZA A DAR PEIDARIA CUM FARTURA.

O home da quinta debe promover em todo curral a feliz ideia de que é moda e é dibertido ser parbo e desalmariado, e que é inaceitábel um animal chirar adonde nã debe. Assim, o ambiente festibo da quinta faz com que aqueles animais que andam a chirar as fechaduras e descobrir coisas interessantes sejam mordidos pelo resto da fauna. A FLC aconselha que a moda da peidaria deva ser implementada em toda a criação doméstica porque é a que obtem melhores resultados. Toda a bicheza ganha imediatamente a cultura jogo parbo “ora agora toma lá, ora agora cheiro eu” e tudo anda feliz da bida.


9- PÔR CADA ANIMAL A GARRIAR CAS PEDRAS.

Fazer cada porco, galo, coelho, cão, borrego, etc., acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por perceber que é parbo, que nã sabe fazer nada e que é um desgraçado. Assim, ao im bêz de arreganhar o dente ou dar uma cornada contra o home da quinta, cada um sente-se culpado pla sua desgraça. Fica triste (de monco pindurado) e acaba por nã dar cornadas nim dentadas a ninguém. E o home da quinta fica nas suas sete quintas com toda a bicharada amuada consigo própria a garriar cas pedras.

10- CONHECER MELHOR A BICHEZA DO QUE ELA MESMA SE CONHECE.

É perciso que o home da quinta conheça melhor os comportamentos de toda a criação do que ela se conhece a si própria. Por exemples, é preciso saber em que situação é que os porcos gostam mais que lhe espetem nabalhita pa guela abaixo do que comer um alguidar de bolotas; saber em que situação um pinto prefere estar fechado numa capoeira a comer granulado do que estar a esgrabatar a terra em liberdade à procura de minhocas. Tudo isto quer dizer que, se o home da quinta tiber um conhecimento abançado sobre a sua bicheza, exerce maior controle sobre ela, do que ela exerce sobre si mesma. Assim, temos o caso do Toin Nabalhudo, em que conseguiu dominar um porco de 300 kg, coçando-lhe a barriga, de maneiras que o bicho deslargou logo o alguidar de bolotas e aceitou facilmente que lhe espatassem a nabalhita pa guela abaixo como se tibesse num SPA a desfrutar duma tarde romântica.


**************

Estes foram os 10 mandamentos. Se os homes caramelos seguirem a rigor estes 10 mandamentos, a FLC garante que a bicheza nunca se rebolta contra o dono, mantendo-se calma, prestábel, e psicologicamente preparada prá matança. E opois nã digam que a FLC nã dá conselhos úteis!


Já agora, e pra acabar, aqui bai um bídeo que beio imbiado de Casal Boss, pela Estrada dos Espanhóis, e que tebe a comparticipação da FLC.