Para quem ainda não sabe, o carnabal caramelo funciona como uma nobela infinita de TV em que o ano seguinte é o episódio de continuação do ano anterior. Além disso nunca sabemos quando acaba, nem como acaba... e se acabar, recomeça em forma de outra nobela ainda mais interessante e aparbalhada! E certo é que a audiência nunca bai faltar, as ruas irão incher-se de gentio a cagulo, mesmo que o corso seja apenas e somente uma bela matrafona como esta...
ou esta...
Hã? Digam lá bocezes se nã saíam das vossas malhadas para ber esta bicheza!
Bem, mas bamos lá ber o episódio carnabalesco de 2015.
Im primeiros, dá-se início com o beículo alegórico da GNR. Este ano é uma minarda de motocross porque o carro está ocupado em mais uma missão "Caça à Multa a tudo o que mexer"
Depois da advertência protagonizada pela guarda armada de pistola, segue-se a nobela propriamente dita, armada de penuige e tarolas.
Opois temos uma composição de cabeçudos de várias raças que, a avaliar pelos braços pindurados pus taipais abaixo, estão num estado de torpor paradisíaco. O paraíso, claro está, é aqui representado por fragmentos de vegetação local.
Este carrinha alegórica de caixa aberta tem uma estrutura familiar abrasonada (pode-se ver o brasão hasteado com o desenho duma mítica ave de dois papos). Estão na faina. Estão a mostrar como se pesca crustáceos urbanos na Bala da Salgueirinha.
Agora, descobre adonde está o bombo....
Olserba agora como é que o bando do FITNESS faz pra largar gases...
Mas pra dar alguma credibilidade à nossa terra, temos o
COIRATOFITNESS
que é um dos desportos mais apreciados pelo caramelo brabio.
Esta codaque podia ter sido tirada o ano passado. Mas não! É de agora. O que quer dzer que estas nalgas não se alteram de um ano para o outro. Um fenómeno da Natureza que tem de ser estudado, nalga por nalga, pelos peritos da FLC.
Chega agora uma diaba importada de Espanha. Até aqui há alterações, pois o ano passado andaba com uma mine na mão e agora anda de balão.
E agora chigou o momento mais arrebatador... o mais esperado, o mais abançado das artes entrudológicas.
O carnabal caramelo tem uma linguaige única que não é para todos. Por isso é preciso uma certa literacia caramela para fruir com os foliões no corso. Quem nã sabe fica totalmente perdido sem saber o que pensar.
Ora olserbemos. Temos aqui uma carrinha alegórica com três gaiatos timidamente agachados, mais um pacote de binho, mais um saco de binho (já murcho) e... um balde. Mai nada. Muita gente nã entende o alcance desta instalação mística e diz "ah, isto é um carro normal, não tem graça nenhuma". Mas não é!
Trata-se do minimalismo pictórico lebado ao extremo radical: mais do que integrar o corso para determinado carnabal, trata-se aqui de encontrar o carnabal a partir do corso. Assim, só com com um balde de plástico, consegue-se ultrapassar os limites da fantasia absoluta a pontos de nos fazer ver o real às gargalhadas até mai não.
Podem andar pelo mundo afora à precura que não encontram um experimentalismo alegórico desta catigoria.
No intanto, os Amigos de Baco mantêm o carnabal clássico de penuige e purpurinas... e cada bez mais clássico, pois este ano as saias da moçoila são mais compridas. Por isso, a FLC já tem uma codaque de Raios X, caso a moçoila, pró ano benha com sete saias até aos artelhos.
Qualquer caramelo brabio queria naufragar no meio destas marinheiras... mas o salba-bidas ficaba todo estraçalhado!
E pra abrir o capítulo da caramelaige brabia, apresenta-se esta rainha de peso. Na berdade ela está com calores, isto porque a FLC anda a exportar a geada caramela para a Malásia e, por efeito, o nosso carnabal fica im brasa.
Uma minarda com um farol de naboeiro. Está a fingir que está na bomba de gasolina e a mistura bai dentro punico.
Agora é pra açapar pu corso até labrar o alcatrão.
O caramelo é por natureza um ser prestábel para o seu semelhante. Aqui está um exemplo. No meio do corso, apresenta um taxi pra quem quiser ir a Evora bisitar um outro carnabal concorrente.
Um agente da FLC destacado para sondar os índices de caramelidade.
Mais uma arrancada para a reta final.
E está na hora de recolher a papelaige pra guardar dentro do cofre forte. Pró ano boltam à cena ainda com mais bento pra parecer o dobro da papelaige... e com cuspo já em pó.
Adeus, até pró ano.