O baldio da poesia

Caramelo, se bócê gosta de escreber, não esite. Este espaço baldio é seu. Aqui damos bóz á sua palabra. Escreba á sua buntade.


Aboa passarinho

Ê queria aboar comó passarinho
Lá no alto como ós abiões
Aboa, aboa, passarinho lá no alto
Bem parár á nha mão

Á nha mão chiinha de nada
Anda cá, bá lá ber
Anda aboar ca gente
Ca gente é boa gente
Maltinha aboadora come tu
Aboa, aboa, passarinho
Como tu, só o binho

Manel Betão (Lagameças)


Jerrican

Ó jerrican, andas cheio
Bem cá bazar o produto
Quê gosto tanto de buer

Bebo eu, bebes tu
Bazamos o jerrican
Mais bale bazio
E buído
Do que intornado

Toine Buídas (Arraiados)





Ê cá gosto

Ê cá gosto da nha menarda
Quemo alcatrão á párba
Corre como um cabalo
A seta disparatiba que salta a estrada


A mim ninguém me ganha
Ó despique sou brabio
Até há quem diga
Que tenho má fetio

Na nha menarda desparo como um cabalo
Selbaije galgo baldios por semear
Sempre andarei na nha Famel
Sou o melhor a desparar

Jquim Balente (Bale da Bila)



Bailação

Há bailação na Sede,
Ê cá óbi dzer

Ê cá óbi dzer
Há bailação na Sede,

Há bailação na Sede,
Ê cá óbi dzer

Ê cá óbi dzer
Há bailação na Sede,

Sé bardade ó mintira
Ê cá na sei
Nem me intaressa


Há bailação na Sede,
Óbi dzer

Ê cá bou bailar

Ti Belarmina da Loja dos Pitomaxs (Arraiados)


Mine ó Média?

Afinal bá lá ber
Tal tá a merda
Bá lá ber atão

O qué que bócês
Bão afinal
quarer pra buer?

Bá lá ber atão
Tá tal a merda
O qué que bai ser

Afinal é mine ou média?
Bá lá ber
Bá lá ber atão
O qué que bócês
Bão buer?

Zeferino da Tasca „O Chipe” (Lagoa da Palha)


Meio-Bidon

Acende o meio-bidon
Bem acendidinho
Chipe ou coirato
Tudo bem assadinho

Ó meio-bidon
Ó meio-bidanito
Da Galp ou da Bp

Desde que bem acesso
Na mintaressa o porquê

Rui Tintornado (Bale do Alecrim)

O tinto é meu amigo

O tinto é meu amigo
Meu amigo o tinto é
Do jerrican
Do garrafão
Ou do bidon
Desde quintorne pó buxo
Todo ele é bom

Manel%2