14.1.11

O SEXO CARAMELO

É com grande cuidado e rigor que a FLC apresenta aqui uma série de dois episoides do documentário premiado pela BBC (Bamos Ber Caramelos), que retrata um dos mais delicados assuntos da nossa vida: o sexo caramelo.

Bamos pôr a cassete e...


Imaige em pormenor duma flaita a deslizar pra um lado e pró outro, nos beiços dum hume brabio e a produzir um som que nã deixa ninguém indiferente.

Som dum patardo...


TRATADO TELEBISIBO DO SEXO CARAMELO


Narrador:

Desde os tempos do Coirato-ressequido (o equibalente ao jurássico tardio) que os caramelos acasalam com as caramelas com tal frequência, que, enquanto outras espécies se extinguiram, hoije estes seres marabilhosos existem em elevado número na nossa nação e com tendências pra aumentar (graças às palabras de alento da FLC). No intanto, ao longo da história, as técnicas de acasalamento caramelo têm-se alterado com altos e baixos, belas curbas, bem como abanços e arecuos sucessibos.

Calcula-se que, assim que os caramelopitecus começaram a usar as mãos pra fabricar ciroilas de folhas de parra, descobriram tamém a possibilidade de agarrar as caramelas que andabam por i à solta...

Imaige:

Uma caramela a comer uma melancia escondida atrás duma moita ao som de rouxinóis. Num plano de pormenor podemos ber algumas grainhas coladas ao seu sedutor buço. Opois bê-se um caramelopitecus (um home brabio com patilhas até às nalgas), a atirar-se que nem um leão a caçar a caramela agarrando-se com unhas e dentes. Eles estrabucham até ficarem todos bersuntados de melancia. Por fim, ao de perto, vê-se o último dinossauro a desfalecer, enquanto ao fundo, aproxima-se uma resma de caramelas de barrigada amais uma ninhada de caramelinhos atrás!

Narrador:

Como pudemos olserbar, caçar caramelas como quem faz uma pega de sarnelha não era um método fácil e foi logo considerado um método selbaige e banido do território. A técnica foi reavaliada e impôz-se para toda a comunidade uma prática mais eficaz, nascendo assim a época romântica em que, antes do acasalamento deveria dizer-se a frase “Anda cá nina que eu nã t'alejo.”

Criou-se intão a cultura nupcial caramela que o passar dos tempos tem bindo a desfalecer que nem tarmoços sem sal receitados por um médico parbo. Historiadores desconfiam que os caramelos, na era da Costeleta-espatada, aprindiam as lides do sexo por olserbação da natureza, especificamente o comportamento de alguns animais como os coelhos, canzoada, arrãs, saparia, e alguns pássaros. Sabe-se que ainda hoije resistem algumas lembranças desta prática ancestral...

Imaige:

Uma bateneira a fazer uma panelada de cimento e uma caramela a passear pa rua; o homem das obras dá um assobio fuiiii fuiiiuuu de cariz piropo-cumbidatibo para a caramela transeunte despertar o seu desejo de acasalamento.

Narrador:

Como pudemos obir, o assobio atractibo lá do alto da obra indica que o home ainda usa galanteios ancestrais oriundos da olserbação de pássaros. Um outro tipo de lisonja passa pela frase inspirada na olserbação de sapos (o sapo amais a sapa) quando chafurdam no amor fazendo sabão de cuspo. Assim, quando o home diz a frase romântica “És tão boa caté te fazia a ti um pijama de cuspo!” quer dzer que não só está pronto para acasalar, como possui conhecimentos e capacidades especiais capazes de despertarem a curiosidade da caramela. Nesta era, os caprichos da fauna circundante faziam escola e determinavam a nossa selecção natural, razão porque hoije ainda nos mantemos brabios e sadios. Contudo, por razões ainda não determinadas, acredita-se que este tipo de expressões deram início à era do amor-não-correspondido de onde saiu a celebérrima frase “Só m'apetece é chorar e comer escalrracho!”

Já no século XIX, as coisas alteraram-se, e a cultura do cortejo passaba pela bailação ao som da flaita de beiços, e à luz do pitroil. Esta nova modalidade ganhou tal eficácia que se tornou necessário desimbolber apertadas vigilâncias por parte das progenitoras das reparigas, obrigando elas a usarem mais de cinco saias, amais as culotes, meias e cuecas de arame farpado. Assim, por muito que os homes se esfregassem ao seu par, habia sempre um mundo complexo a explorar como quem entra na Câmara de Palmela pra pedir o parecer duma obra pra uma capoeira de piruns. No entanto, apesar de todas dificuldades, a esfregadura da bailação adquiria um eboluir clandestino da relação, até ao desfolhamento total, longe do alcance da luz do pitroil...

Imaige:

Escuro! Um negrume dum luar intenso de Lua-noba a ber-se uma escuridão que um home arregala os olhos e só sabe que nã tá cego porque consegue ber o seu pensamento imaginatibo dum filme porno-folclórico.

Narrador:

Nesta época calcula-se que 99,9% dos acasalamentos eram fruto de um momento esfregatibo ao som da concertina, ou da flaita de beiços. Mas esta moda acabou, dando lugar a outros costumes... mas isso é o que a gente bai ber no próximo episoide.

Até lá nã fiques feito parbo a coçar-te por dentro das algibeiras.

1 comment:

Anonymous said...

muito bom!