26.3.06

Caramelândia candidata-se a patrimóine da Humanidade
A FLC, atrabés de dois agentes disfarçados de reloiges suiços de parede, tebe acesso ao documento ultra-secreto do ministério da Cultura Caramela, enviado antesdonte, logo que a chuba acalmou (bia pombo correio caramelo de longo curso, ), para a sede da UNESCO im Paris, França.
Como tal, apresentamos em primeiro chispe, a notícia de que oficialmente nos bamos candidatar a Patrimóine da Humanidade.
De saguida, mostramos o texto cumpleto inbiado ós homes de Paris, escrito probábelmente por Alambúzio Canalhadas, 1º vogal do Ministério da Cultura Caramela:
"Caro sr. dótor home dono-prasidente das Nações Unidas:
Somos um pobo digno, respeitador, respeitoso, de direitos assumidos e cunbicto do seu patrimóine excepcional e balente, tanto natural (árbores, , tarrenos baldios, musgos, porcos carameló-mirândez, becheza de bárias espéces, homes e mulheres caramelas), com construído ( barraiges, meios-bidons, gaita de foles, chispe com mão de baca, binho Tinto balente, motorizadas, Círios e foguetaige do mais rijo que pode haber, típicas casas caramelas, vestuário etnográfico caramelo, etc, etc, etc). Par além de tudo isto que bócê pode cumprubar quando cá bier, temos ainda aquilo que mais nos identifica: a nossa língua caramela, parte da nossa identidade. Pracisamos de libros editados nesta língua, de apoios para cursos à gaiataige parba, que esta língua seja tamém oficial nas nossas escolas. Caremos tamém o apoio à nossa arquitectura tipicamente caramela, para que na sejam só préides na capetal sim jeito nenhum, nim nada a ber cumnosco. Caremos que o espaço democráitico, o abre-mines, o espelho social, o reflexo im mobimento no charco das rãs, as acindalhas de uma cultura, de um pobo, de um país, cujos habitantes se reconhecem pelo nome de caramelos seja a nossa candidatura a Patrimóine.
Os caramelos são um pobo garreador, balente, expressivo e aberto, amigo do seu amigo e amante de belos insaios da mócada, bulgarmente denominados (de forma mais moderno-democrática) debates-garreia.
Cunbidamos bossa excalência a bir bisitar o nosso país, pode ser ó dia de marcado (um dos ex-libres do nosso pobo) e se puder benha um dia mais cedo, pa irmos à Raforma Agraira, outra montra de uma das nossas principais actibidades econóimicas: a agricultura. Se tiber cunsigo uma nabalhita (de bolso) traga tamém, que ó depois bai parceber porquêi. Benha e probe as nossas especialidades gastronómicas (chispes com mão de vaca, cabeça de porco, coiratada, intarmiada, tudo acumpanhado de boas mines e tinto da região), e cuncerteza sairá daqui cum a çarteza de que este pobo balente e oprimido marece a bossa cunsideração e raspeito e ódepois bócê mais os seus homes logo bêem se este pobo marece ó não ser patrimoine da humanidaide.
É cá tenho na maniazinha de ca sim (e na debe ser bócê - cum todo o raspeito- que ma bai tirar)!
Respeitosamente e cum balintia,
Alambúzio Canalhadas

24.3.06

O Punk Caramelo na capital

“Ora atão a ber se a múseca corre balente e se os homes na se ingalfinham pá í à barduada, que cá só quero é binder mines”, era este o desejo do home do bar da SFUA, a apenas um dia da “inbasão de galfaraige musical”. Na Capital caramela todos agurdam a binda “dessa gente malina, que nã conhecemos, mas se par cá bêem ei porque debim de gostar da gente” ou “bá lá ber essa múseca pa ber se os homes tocam malhor do que o nosso rancho”, eram algumas frases que ontem se podiam óbir a quem passasse perto dos grupos conspiratibos que ocupam a paragem dos autocarros dos pinheirinhos ou atão a parede da Caixa de Crédito Agrícola.
O motibo era o início da inbasão punk à capital caramela, para duas matinés nocturnas, a começar já hoje no Pátio Caramelo.
Como se sabe a FLC apoia o Punk Caramelo e o ministério da Cultura Caramela, na pessoa de Idalberto Anacrónico, quer a partir daqui prastar o seu apoio às bandas Ervas Daninhas e Coiratos Violentos e à divulgação e edição do álbum “Coirato com pêlo e mine preta”, do cunjunto musical Shibérs, que decidiram abrilhantar o seu trabalho com uma dedicatória a dois símbolos da nossa cultura gastronómica.
Idalberto Anacrónico, em entrabista à Rádio Antena Caramela, espera que o Punk caramelo “continue a eboluir e
ca perspectiva de fusões com os ranchos das nossas terras seja cada bez menos uma utopia cultural”.
A FLC tratou ainda de enviar três agentes disfarçados de punks caramelos para fiscalizarem o decorrer das actibidades culturais no Pátio Caramelo e ber se os 4 meios bidons de serbiço dão bazâo im cundições a tão grandiosa bailação moderno-punk-caramela.

13.3.06

RESULTADOS DOS TESTES NESTE ESPAÇO BALDIO

Resultado da sondaige sobre a influência da cultura caramela nas pessoas em giral e no lar em particular traz boas notícias.
Em primeiro lugar ficámos a saber que a sopa caramela está viva e bem temperada pois 64% das mulheres dizem saber fazer este prato marabilhoso controlando a espessura do caldo. No entanto há por aí 29% delas que assumem uma atitude dubidosa, referindo a nossa sopa como “sopa de entulho”, dando preferência aos bolos como sinal de modernidade e etiqueta. Todas elas já passaram pelo menos uma noite na cela e outras na Sela tendo saído em liberdade com termo de residência. Por fim há ainda uma percenteige de mulherio (4%) que acredita na moela do coelho e no poder da pinça cibernética como futuro da alimentação local. Estas últimas revelaram-se perigosas para a nossa cultura, por isso foram perseguidas por agentes femininos da FLC para passarem uma temporada na apanha do morango na Quinta do Cagulo em Lagameças… todas eles fugiram e pediram asilo nos serviços administrativos da Câmara Palmelona. Deixem-nas lá estar.

Por outro lado, esta sondaige rebelou que o home caramelo é ainda um home brabio e de grande coração, pois 84% usa ainda o pau da vassoura para a cachaporrada, não como exercício de autoridade mas como desporto com outros homes brabios sob a pratica do Jogo do Pau, que é, como se sabe, um jogo muito importante na nossa cultura. Ao saber disto, FLC foi logo contactar os ginásios da capital para introduzirem o Jogo do Pau como exercícios de aeróbica e coordenação motora, mas a resposta foi sempre a mesma:
- Não, porque é muito perigoso!
A FLC vê as coisas noutra perspectiba. Acha que os ginásios é andam muito apandleirados.
No que toca às actibidades no lar, confirma-se a belha cultura caramela. Os homes brabios não se sentem muito à buntade nesta área. Apenas 8% deles rebelou entusiasmo pra lebar o lixo à estrumeira como única tarefa digna da sua brabura. Os restantes 9%, gostam de limpar o pó e passar a ferro. A FLC aprofilhou de imediato 29 especialistas para dar apoio psiquiátrico a estes indibíduos.


PARA BREVE ESTARÁ NESTE BALDIO UMA OUTRA SUNDAIGE DE INTERESSE CULTURAL

A pintura da sundaige, como ela ficou hã! A Edeviz dos Babetes amais a comissão de moradoras domésticas do Lau, vão fazer um tapete em ponto-cruz 5 X 8m com (esta imaige) pra pindurar na auto-estrada (na ponte da Lagoa da Palha). Assim toda a gente fica a saber a força da nossa cultura.

9.3.06

Amigos de Baco, mulher caramela e a clandestinidade

Atão a repaziada cá do burgo caramelo agradece ós Amigos de Baco a gintiliza de se terem alimbrado da gente e de nos terem parsentiado com marabilhas do legado cultural e patrimonial do nosso generoso e balente home Zei Maria Bacalhau.
A FLC promete usar os óculos de burnico de porco e bai tintar reproduzi-los (com a téicnica sacreta do porco caramelo varrasco cobridor) de modo a que todos os elementos ó serbiço da nossa organização (que por sua bez está inteiramente e sempre ó serbiço do povo caramelo), possam usufruir de tão grande inobação no campo do bisionamento- espião. Iremos usar tamim os cagalhões pendentes com toda a honra, ostentando-os de forma brabia e destemida, pindurados ó pescoço.
Queremos tamim informar (im resposta às inúmeras cartas e pombos correios que têm sobreboado (e adubado, cagatibamente falando) a nossa sede-colectibidade, que para nós todos os dias são dias da obra prima universal que é a Mulher Caramela. São elas as flores selbaiges dos nossos campos brabios, são elas o nosso bidon metade, são elas também um dos motibos da luta pela autodeterminação do heróico povo caramelo. Para elas, um balente fogo rijo e morteraige quei uma coisa parba, nuca antes bista. Não só naquele que dizim ser o dia delas, mas hoije e todos os dias, biba a espécime caramela im forma de mulher.
O home caramelo nã liga a essas coisas de dias disto e daquilo, atéi porque a gente se guia por um calindário que nã éi o calindário oficial (mas o nosso é quei o oficial).
Por ultimo, nã podemos ainda explicar o porquêi da nossa ausência...Pedimos apenas que confiem im nós…
O dia da libertação caramela aproxima-se…*

*(carta enviada de local incógnito, via pombo correio secreto de longo curso, adaptado ao voo nocturno, gentilmente publicada por um colaborador na clandestinidade).