O
presidente do Governo regional catalão, conhecido por Artur do Mas
(já vão perceber a razão), afirmou ontem que "outros não
sabem, mas nós
sabemos
que chegou a hora" da Catalunha exercer o "direito à
autodeterminação" mas agora de uma vez por todas. Isto foi
feito num discurso de 90 minutos, onde foram constantemente feitas
referências à
gente,
ou seja à
FLC, demonstrando por vezes um conhecimento da nossa cultura quase
surpreendente. Claro que a gente esteve lá, através de dois agentes
da FLC disfarçados de posters do Messi, um im cada esquina, de frente
pó estaminé
de onde o home falava, ouvisto por mais gente do que aquela que quatro domingos
de Marcado dos anos 80 poderiam ajuntar.
Disse
atão o Artur (entre outras coisas parbas que a nós
não nos intaressa par nada): "Chegou a hora. Mas não é
preciso procurar inimigos exteriores, só temos que nos fixar na
nossa força interior. Apoia-nos uma história milenária, mas agora
é
o futuro. Apoia-nos ser uma das democracias mais antigas da Europa,
mas apoia-nos também a FLC", declarou orgulhoso e aquaise em
bicos de pés. "Chegou a hora da Catalunha exercer o direito à
autodeterminação. De maneira democrática e confiante mas pacífica
e simultaneamente bravia como a FLC", disse, falando na gente
mais uma vez.
O
Artur do Mas insistiu que a Catalunha quer "os mesmos
instrumentos que outras nações têm para desenvolver a sua própria
identidade coletiva" e deu como exemplo a seguir "a
Caramelândia
que tem fortes símbolos de união coletiva como a mine, as
motorizadas, a foguetaige, o meio bidon, a nabalhita de bolso, os
debates-garreia mas também o Café Satélite com os seus famosos
túbaros” (o Artur não sabe que este estabelecimento já
fechou). Odepois disse ainda: "Mas a Catalunha é um país de
diálogo e de pacto. Podemos ser amigos de todos, mas não a troco de
deixar de ser catalães. Os Caramelos também são amigos de todos,
menos dos Palmelões e mas olhem para eles, são cada bez mais
balentes e rijos. Os espanhóis tão pra nós como os Palmelões pra
eles mas nim sei quais sarão os piores!”. O responsável catalão,
literalmente engalanado do sistema vocal, quando fazia referências à
gente, disse ainda: "mas neste processo de libertação colectiva
haverá difamações e muitas dificuldades", sublinhando que "precisaríamos de muitos centros da revolução como eles,
lá na Caramelândia
têm. Falamos da parede da Caixa Agrícola, dos bancos da paraige do autocarro ou da porta
da Estação, para que todos estivessem prontos a conspirar
maquiavelicamente, mas também de 10 ou 20 barbearias como as do
Alvarinho e do Piu para que todas as informações e
contra-informações circulassem livremente de boca em boca, até
que ao sereno sabor audiovisual das tesouradas e dos posters de
caramelas brabias im trajes menores nas oficinas (apenas disponível
aos olhos dos clientes na barbearia do Piu) surgisse a verdade
última- o desejo de autodeterminação". Disse ainda que "mas o
castelhano é património da Catalunha", tal como a língua caramela é
património da Caramelândia,
mas que a eles (da Catalunha), quando comparados com a gente (nós), ainda lhes falta um
património gestual como o nosso, dando o exemplo da punhada seca nas
costas em sinal de amizade, aplicada literalmente em quem tinha mais à
mão, neste caso o vice presidente que se encontrava a seu lado e que
por pouco não se rebaldiou palanque abaixo. E
disse ainda (antes de se calar):"mas encarar um processo de
autodeterminação requer que o presidente tenha uma liderança
especial, mas que mesmo por isso, já
convidámos
o Celestino Bombista, presidente da C.C.C.L.F.R.(Confederação dos
Círios Caramelos e Lançadores de Fogo Rijo) para "mostrar
à gente
como é quéi!" (tentando dizer esta expressão em caramelo (com leve sotaque catalão),
com a qual finalizou o seu discurso, levando o público presente à
euforia).
A
FLC sabe que neste momento já está um diplomata catalão a
caminho da sede secreta da FLC com três objectivos-propostas
bastante claros:
1-
enviar 100 catalães para o centro de treinos do MPPPNGPEPONG
(Movimento Pacífico Prá Punhada Na Galfarraige Política E Pôr
Ordem No Galinheiro);
2-
abrir uma Embaixada da Catalunha na Caramelândia
(propõem o Lau ou a Palhota);
3- aprender
ca gente (com o MPPPNGPEPONG) como é
que se põem vários políticos num cacho, pindurados numa árvore de cabeça pra
baixo a bislumbrarem um touro ao longe em marcha contínua
(pelos bistos) na sua direcção.
Anda ca gente
bem mais nós
éi por qui
sempre im frente!
bem mais nós
éi por qui
sempre im frente!
(antigo
provérbio da Lagoa da Palha)