30.6.05

Da discussão nasce o pitromax

Edgar Morin (um sociólogo perdido) achou finalmente o paradigma. O paradigma foi encontrado numa discussão espontânea entre o Cazmiro Dáçorda e o Toin Tição, passada no Futebol Clube do Forninho numa quinta-feira às 18:14h. Transcrevemos aqui parte dessa conversa.

- Nã Bou!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá feito parbo!
- Bai lá ber que tom debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Sê disse que nã tom mais de três, nã tom mais de três…
- Som quatro qeu cuntei.
- Tu nã cuntastes nadinha.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três. Som sempre três. Sempre!
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha.
- Nã bou, tou aqui beim!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro escondidos.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá só pra ber, feito parbo!
- Bai lá ber que tom todos debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Se som sempre três, tás a imbentar praquêi?
- Som quatro qeu cuntei.
- Nã cuntastes nada.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som, vá lá?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três, mas eu nã sei q som três?!
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha juntinhos.
- Nã bou nada!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá, feito parbo, só pra ber!
- Bai lá ber que tom debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Sê sei que som sempre três, nã podem tár quatro nim cinco, neim ceim.
- Som quatro qeu cuntei. Cuntei quatro.
- Cumé que podes ter cuntado?… Tu nã cuntaste nada, foi o que foi.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três, atão nã sei q som sempre três.
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha.
- Nã bou nada!
- Atão nã vanhas, mas som quatro.
- Pois nã bou, agora bou eu daqui lá, feito parbo fazer o quei!

29.6.05

O Motoclube tem que ser nosso

Comunicado às populações sobre as actividades do Motoclube do Pinhal Novo, antes da agitação das massas e do declínio das petrolíferas.

Faz-se saber que a entrega do clube aos favores palmelões, e o ronco das motos à porta dos cafés e cruzamentos do nosso território trouxe a desmoralização dos nossos jovens. É uma desgraça ver os caramelos acelerarem as suas zundapes (e lambretas) com lágrimas nos olhos, sabendo que o motoclube está a cultivar políticas inflacionárias americanas com motas cada vez maiores, ou japonesas com motos cada vez mais delicadas e apaneleiradas (com grandes panelas de escape, entenda-se).
Dizem as forças da reacção, e os próprios elementos da direcção do clube que escorrem as lágrimas aos nossos caramelos porque andam à noite sem luzes, sem óculos e sem capacete, mas é pura propaganda reaccionária. Esta propaganda está tão bem montada que, para convencerem a opinião pública, recorrem aos métodos da verdade induzida por campo magnético dentro do gelo picado nas caipirinhas. Os nossos agentes confirmaram... Nunca repararam nuns certos funcionários do motoclube a dar ao pedal, friccionando uma fita pra partir o gelo? Nunca desconfiaram nos seus olhares a dar ao pedal? Quem nunca viu está cego ou nunca foi à festa!!! Pois essa fita tem dentro inscrições magnéticas da industria automóvel palmelona que são depois misturadas nas bebidas. Nós sabemos disso. È por isso que no campeonato de Freestyle tudo parecerá completamente normal, fácil, com a GNR a ver impávida e tudo. Fiquem todos a saber que os nossos caramelos já fazem acrobacias há muitos anos, com muito mais estilo e risco, só que remetidos à clandestinidade, fugindo à GNR. E tudo isto porque não se rendem à propaganda política da industrialização oportunista.
Há que acabar com esta desigualdade.

A F.L.C., patrocinada pelo Edílmir dos Triciclos, está a preparar uma invasão relâmpago ao motoclube, com o objectivo de confiscar todas as empriais e mines da taberna do clube, colocando a faixa de estrada a estrada: “Não basta ter um meio-bidom à porta do motoclube para parecer caramelo. Há que ser verdadeiramente caramelo e despir essa aparência americana criada pelos frustrados do Vietname.”
Está decidido:

OU O MOTOCLUBE É MESMO CARAMELO OU O ESPAÇO É OCUPADO PARA ARMANEZAMENTO DA MELANCIA.

E só para calar as más influências da propaganda, apresentamos os nossos capacetes homologados (pela Direcção das Vias Fixas Caramelas), provando também o cuidado que temos pela nossa bixeza quando vai à pindura.

Códaque do Zé Bife dos Santos (o antepassado pré-histórico e pai de todos os motociclistas).
Zé Bife foi o caramelo que desenvolveu a mota tal como hoje a conhecemos, modelo depois copiado e popularizado pelos americanos Davidson e Arley.

Algazarra renasce actividade caramela

Devido às falas e algazarras cruzadas aqui na cave da taberna (ou baldio dos comentários) relacionadas com a arte revolucionária caramela, a Secção Cultural da FLC reuniu extraordinariamente com todos os militantes para reactivar uma tradição extinta desde a invenção da cadeira de rodas. Falamos como já devem ter adivinhado do saudoso Ballet-Caramelo.
Numa palmada só, conseguimos por de pé um projecto já há muito aclamado pelo nosso povo. Por isso as inscrições já estão abertas e o curso decorrerá à sombra num dos picadeiros do Rio Frio.
Para garantir as técnicas originais, a Frente de Libertação recorreu aos seus arquivos e testemunhos orais, ficando a reconhecida bailarina Toina da Almorródia como directora da escola.

Para adoçar a curiosidade, lembramos aqui algumas técnicas e passos de estilo caramelo, pioneiros no bailado moderno que ainda hoje são praticados nos mais conceituados palcos do mundo:
Salto apardalado (um salto prá frente de pés juntos);
Técnica da canelada sem tirar a pele (é o balloné clássico mas executado em grandes grupos, com botas apropriadas, e uma coreografia improvisada);
Caminhada de Pé Coxo (uma expressão desenvolvida pelos reformados da nossa terra ao longo de séculos)
Técnica do rebolar suíno (uma técnica de grande dificuldade, executada com as costas apoiadas no chão, só executada na perfeição por alguns caramelos experientes)
Passo Assemblé com o copo de imperial na cabeça (é um passo de dança que exige grande discernimento intelectual, executado por alguns foliões nas nossas festas).

Inscreve-te e saberás muito mais.
No final do curso, serão feitas demonstrações ao domicílio (tal como dantes se fazia com o Tupparwere)
O Ballet-Caramelo está de volta, não percas.
A revolução caramela é já uma realidade.

27.6.05

Grande entrevista

A Frente de Libertação Caramela entrevista esta semana Venceslau Cantina, residente em parte incerta do reino caramelo.
Venceslau do Lau, como é conhecido pelos seus camaradas de luta, é o líder do desconhecido M.C.S.T. (Movimento dos Caramelos Sem Terra).
Antigo empregado camarário, realizou também funções de cobrador de cotas da S.F.U.A. e do Pinhalnovense. É este homem controverso, mais conhecido e respeitado fora das nossas fronteiras do que na sua região, que queremos dar a conhecer ao povo caramelo, numa reportagem exclusiva e fidedigna.

Nota: a pedido do entrevistado esta reportagem não está acompanhada do habitual retrato do entrevistado.


Venceslau do Lau (Lau Lau para os amigos) lembra-se dos seus tempos de gaiato, quando corria descalço (“só com os chispes”) pelos campos do Lau. Desde essa altura já estava consciente das desigualdades sociais existentes na nação caramela. Actualmente com 79 anos recusa-se a abandonar aquilo porque sempre lutou desde os 15 anos, quando ainda era vendedor ambulante de formiga de asa para armar ós pássaros e de porta em porta aprendeu a olhar para dentro das casas dos outros. Gostava de ver como eram as casas por dentro, essencialmente se eram tipicamente caramelas ou não.
Depois, como trabalhador da câmara, na qualidade de fiscal, pode continuar a fazer o que gostava: olhar para dentro das casas caramelas. Conta-nos que como na câmara sabiam que ele era caramelo o destacaram para as regiões mais difíceis de fiscalizar para um fiscal da câmara: “come ê era caramelo, podia ir pa esses sitios à buntade, era fácil. É que os caramelos gostam de caramelos, ma na gostam de palmelões. Atão sesses palmelões fossem da câmara e ainda por cima fiscais, a qarer róbar o denhero do povo, bócê tá a ber! Alguns fiscais corriam risco de bida, eram corridos a tiro. Desse modo ê era bem bisto na câmara, e cunsegui fazer o mê trabalho. As minhas zonas eram o Pinhal Nobo e algumas terras à bolta”. Nessa altura (anos 60) quase todos os caramelos tinham um pequeno baldio onde plantavam produtos hórtículas e criavam bicheza, coisa que ele podia observar pelo lado de fora das casas. Com o treino adquirido, conseguia verificar à primeira se a casa era servida por algum baldio ou quintal para a bicheza. Com o tempo, a paisagem em Pinhal Nobo, começou a mudar. O que via, conta, começou a impressioná-lo, pois se nas zonas fora da capital ainda havia muitos baldios, em Pinhal Nobo tudo era diferente: “ó, atão o quê bia? Atão nas casas dos homes de Pinhal Nobo, ólhaba lá par dentro e a casa acababa logue ali. Do quintal nim bê-lo. Ó depois aquando comeci a ter coraige, parguntaba às passoas, se nã tinham um baldio.” E as respostas que ouvia, eram de forma geral negativas. As razões apontadas eram que as casa não tinham espaço para isso, que ter um terreno baldio atrás de casa era um luxo, ou então era impossível, pois quem mora num terceiro andar não pode ter baldio, conta Venceslau.
Após duas décadas de trabalho como fiscal e de centenas de casas observadas na nossa capital e arredores, decide que era o momento de actuar por conta própria. Na década de 80, apresenta a sua demissão na câmara, , “foi das maiores alegrias da minha bida! Deixar de trabalhar pa esses homes malbados e oprassores do home caramelo”, conta, ainda hoje visivelmente emocionado quando fala desse assunto.
Nessa altura, tomou conhecimento do M.S.T. brasileiro, um movimento que defendo que os camponeses brasileiros devem ter direito a um pouco de terra, para aí desenvolverem a sua vida, “aparcebi-me de que esses homes eram brabios e quariam garriar pela terra. Eles dafendiam o mesmo queu.” Começou então alguns contactos por pombo correio de longo curso e assim aprendeu técnicas de guerrilha que desconhecia. Ao mesmo tempo era necessário ganhar dinheiro, pois queria ir ao Brasil, realizar uma espécie de estágio no quartel general dos Sem Terra. Foi durante algum tempo cobrador de cotas na S.F.U.A. e depois no Pinalnovense. Deste modo, ao mesmo tempo que ganhava algum dinheiro, mantinha-se em contacto com as gentes da capital caramela, verificando se os baldios continuavam a diminuir. Finalmente em 1994, consegue ir ao Brasil e por lá fica durante 3 anos. Durante esse tempo participou em várias actividades do M.S.T., ocupando quintas, cortando linhas de comboios, assaltando um ou outro banco para finaciar o grupo. Em 1998 regressou à região caramela, com o objectivo de organizar um Movimento dos Caramelos Sem Terra . Lau Lau tem consciência de que a realidade dos caramelos é diferente da realidade dos sem terra brasileiros, quando afirma:”como nós na há pobo igual, im mai parte nanhuma do mundo, o que aqui se trata éi darranjar terra pa um home brabio e selbaige comó caramelo”. Conta já com vários elementos no grupo, na sua maioria caramelos de Pinhal Nobo, que defendem ter direito a um terreno baldio para aí terem criação, produtos hortículas e principalmente espaço para um meio bidon, sem que apareça logo o parbo do vizinho a dizer que cheira mal. Para Venceslau “o problema éi caqui quando há um tarreno bazio ei logo pa construir preides”. O M.C.S.T. pretende que a longo prazo todos os caramelos tenham direito a ser aquilo que são: caramelos. “Um home caramelo só o ei, se tiber um padaiçe de tarreno pa criar bicheza ó produtos pá raforma agraira e um baldio pá acender o meio bidon pá intarmiada ó pó coirato”. O M.C.S.T. é um dos parceiros da Frente de Libertação Caramela na luta pacífica pela autodeterminação do Povo Caramelo. O seu líder, que hoje entrevistamos, é um homem de ideias fixas, pronto a lutar pelo seu povo, para que cada caramelo, tenha direito à terra caramela. Para Venceslau Cantina, “o Pinhal Novo debe boltar a ser o quéra. Uma terra sim préides, com o home e a mulher caramela a biberem numa casa caramela, cum baldio de terra, com criação, produtos pa benderem na raforma agráira e espaço pa todos os dias acinderem o meie bidon".

26.6.05

CARTA ABERTA AO COIRATO

A Comissão de Avaliação de Teses de Mestrado e Doutoramento Caramelo, depois da análise e avaliação da tese apresentada num comentário apresentado aqui no nosso baldio, decidiu dar o grau de Doutor ao senhor Alberto, visto ter apresentado e defendido com aproveitamento a tese sobre "O coirato" que muito enaltece a cultura caramela. O texto integral é já de seguida apresentado:
«
alberto said...
A sandes de coirato é uma sandes que tem lá dentro um coirato.A sandes é pão, que é feito de trigo e fermento e água e sal. A sandes é uma coisa boa porque entre outras utilidades serve para lá meter coiratos dentro.O coirato é couro (ou coiro) que se cozinha num prato. Daí o termo coirato. O coirato põe-se dentro da sandes e tem pelos. Os pelos do coirato costumam ser curtos e rijos. É estranho que homens como os que vão ao futebol, machos inveterados que batem nas suas mulheres quando os seus clubes perdem, metam pelos na boca. Mas a vida é assim.A sandes de coirato é um elemento fundamental do Caramelo. Há registos históricos, alguns deles remontando ao período do Império de Nabucodonosor, encontrados em pequenas placas de barro, que referem a não realização da festa de gigantones por não haverem suficientes sandes de coiratos.Para além da festa, a sandes de coirato é um pilar da Civilização Ocidental. Num texto de 37 a.C. o historiador Romano Couratus Maximus refere uma revolta no Circo Máximo pela falta de sandes de coirato e, já na Idade Média, um Conclave demorou nove meses, uma semana, cinco dias, onze horas, três minutos e vinte e um segundos pelo facto de os cardeais, devido ao seu isolamento, terem tido dificuldade de pedir sandes de coirato. Os muçulmanos não comem sandes de coirato por Maomé estar ao serviço de potências europeias da época que lhe ofereciam grandes manadas de camelos em troco de ele dizer que o porco era impuro, de forma a haver mais porcos disponíveis para consumo na Europa. E bem recentemente, o fim triste da estação espacial MIR deveu-se a excesso de carga na mesma, por armazenagem de excessivas quantidades de coiratos e sandes.As sandes de coirato também se comem bem se acompanhadas por “vinho Cascalheira”do Cajo.Eu gosto de vinho e de sandes de coirato, posso ir a festa dos Gigantones.
»

25.6.05

Formação Total Em Cabeçudos

- Será que os cabeçudos pensam? E quanto pesa o cérebro dum cabeçudo?
- Os gigantes conseguem ler as letras miudinhas?
- O que faço se um cabeçudo vier a correr para mim?
- Dizem que os cabeçudos têm sempre um caramelo dentro da barriga. É verdade?
- Um cabeçudo flutua ou vai ao fundo?
- Quantos litros de cerveja são precisos para pôr um cabeçudo em coma?

Para responder a estas parguntas e muitas mais, a Frente de Libertação Caramela, em parceria com o Alto Comissariado para as Comunidades Cabeçudas, promove nos dias 1, 2 e 3 de Julho, nas instalações da SERAPA, uma acção de formação sobre a psicologia e terapias da fala para o Cabeçudo.
Alguns temas a tratar:
- Como tratar um cabeçudo deprimido; (pela psicóloga Professora Drª Ava Gina)
- Como viver bem com uma cabeça gigantesca; (pelo sociólogo Dr. Benedito Camurço)
- Técnicas de dança com um cabeçudo; (por um elemento do grupo de teatro ATA)
- Alguns cuidados a ter com o gigantismo. (pelo representante da Associação Ibérica de Anõezinhos)

A iniciativa destina-se aos caramelos e público em geral que, de vez em quando ao acordar, apresentem a sensação de cabeça inchada ou um dos seguintes sintomas: boca seca, enxaqueca; miopia; zumbido nos óvidos; tonturas; sensação enresinada e cansaço geral.
A abertura da acção contará com a presença do Presidente da FLC, seguida duma recepção aos cabeçudos convidados e um almoço de coirato de porco preto com salada de pepino.


Um casal de cabeçudos e um técnico a investigar a sexualidade cabeçuda, para o 1º livro científico escrito em língua caramela. Neste trabalho ficará provado que na barriga de cada cabeçudo está um caramelo vivo (um fenómeno sinistro ainda por explicar).

24.6.05

Espaço Gastronómico Caramelo

Aqui pode deixar receitas e sugestões sobre a culinária caramela

Esta semana destacamos o porco caramelo

Cabeça de porco à moda da Palhota

Ingredientes

- Uma cabeça de porco (com orelhas)
- 4 kilos de arroz
- 3 litros de água
- 2 folhas de louro
- 1 panela grande (tipo as do rancho)
- 1 fogão
- 1 pau de eucalipto (com folhas)

Preparação

- coloca-se a panela ao lume com água dentro
- quando ferver, atira-se a cabeça de porco para dentro do tacho mais as folhas de louro
- vai-se mexendo bem com o pau de eucalipto
- quando ferver é porque está pronto
- tira-se a cabeça de porco e o arroz da panela e serve-se tudo junto

receita para uma pessoa

esta receita foi-nos enviada por Jerbuldia Anacleta (Vale da Vila)

A Cabeça de porco à moda da Palhota é uma receita bastante típica da região caramela.
Actualmente está um pouco no esquecimento, mas urge trazê-la de novo para as nossas receitas diárias.
O porco sempre foi considerado um animal nobre pelos caramelos. No entanto, no passado, só a burguesia latifundiária caramela tinha condições para criar estes animais. Era hábito, os senhores caramelos, aquando da matança do bicho suíno, aproveitarem quase tudo menos a cabeça, pois consideravam-na impura. Esta era oferecida ao povo agricultor caramelo em dias de marcado. O povo caramelo soube inventar ao longo do tempo belas receitas, tendo a cabeça de porco como ingrediente principal.


Porco cru com melancia

Ingredientes

- 1 porco
- 4 melancias grandes
- 1 navalha
- 4 kilos de açucar
- 1 ramo de hortelã

Preparação

- Matança do porco (sem que a GNR veja ou seja avisada)
- Preparar o porco
- Cortar as melancias aos bocadinhos
- Cortar o porco de forma igual
- Deitar os pedacinhos de porco e de melancia, tudo ao mesmo tempo, para dentro de uma gamela limpa (pelo menos por dentro)
- Tempera-se com açúcar ao gosto caramelo
- Come-se da mesma gamela, com as mãos

Para 8 pessoas

Esta receita foi-nos cedida por Toino Bazúrdio (Palhota)

Conta a lenda que grupos de caramelos circulavam pela região de casa em casa, à procura de trabalho. Quando tinham fome, o que tinham mais à mão eram porcos ou melancias. Não se sabe bem quando estes dois ingredientes começaram a fazer parte de uma receita em conjunto, pois originalmente os caramelos comiam primeiro o porco e só depois a melancia. A tese corrente é a de que devido ao pouco tempo que tinham para efectuar estas refeições, visto serem roubadas, a criatividade caramela aliada à necessidade também caramela, tenha num golpe de génio, criado este prato, especialmente apreciado no verão.

Sopa de Chispes com Toicinho salgado

Ingredientes

- 4 pares de chispes
- 3 kilos de couves
- 4 kilos de batata
- 10 cebolas
- 3 kilos de toicinho salgado
- meio bidon (verificar se não está furado)
- água

Preparação

- cozer os chispes, com as cebolas, batatas e couves no meio bidon com água, colocado sobre o lume
- quando estiver tudo cozido, junta-se o toicinho e mexe-se um pouco com alguma coisa que estiver à mão
- serve-se em gamelas individuais e come-se

receita gentilmente oferecida por Ti Gerôndia Agricula (Vale da Vila)

A Sopa de Chispes com Toicinho salgado é a antepassada da famosa sopa caramela.
Entre os anos 40 e 50, a região caramela tentou declarar independência. Como forma de boicote a esta aspiração legítima do povo caramelo, a organização palmelona optou por uma estratégia só compreensivel observando o contexto da altura. Trataram de cercar toda a fronteira caramela e proibir a criação e o consumo de porco. Nessa altura, o porco era a base da dieta caramela, tendo esta medida feito com que o grupo revolucionário autónomo tivesse de negociar com Palmela. No entanto, mesmo com o cessar fogo, levou ainda algum tempo para que o porco voltasse a procriar e a circular livremente pelas terras caramelas. Quase toda a alimentação caramela sofreu alterações, sendo a transformação da sopa caramela (actualmente quase só à base de vegetais, sem carne de porco) um dos máximos exemplos.

23.6.05

Greve de zelo dos nossos agentes de segurança

Os caramelos seguranças, porteiros de cafés, vigilantes de esquinas e cruzamentos, e agentes secretos atrás dos arbustos da nossa nação, juntaram-se simbolicamente às manifestações da PSP e GNR, perto do Choco Frito, num protesto silencioso. A manifestação espontânea dos nossos agentes caramelos, sempre de olho em nós e atentos à nossa passagem, visou a preparação duma greve de zelo se as forças opressoras da Europa mafiosa não lhes reduzir a idade da reforma para os 20 anos de idade, ou 6 anos de serviço efectivo. A Frente de Libertação esteve com eles e soube que a greve de zelo assegurará os serviços mínimos em sofás, fumando escalracho por uma cana. No entanto admite-se já medidas mais drásticas se as suas reivindicações não forem satisfeitas, pois ficarão todos deitados em espreguiçadeiras nas suas zonas de actuação por todo o território, fumando exclusivamente granulado para galinhas poedeiras. Soubemos ainda que a PSP e GNR não compactuam com esta manifestação caramela não oficial, nem se pronunciam sobre esta greve (inédita na Europa), mas prometeram que não incomodarão ninguém.

22.6.05

Uma foto que diz tudo



Chegou ao nosso quintal uma carta da Ti Gracinda Coscovilheira com esta foto sobre as festas e muito mais. Diz na carta que o momento de inspiração desta foto veio quando o fotógrafo «bueu a última imparial já a rebolar no chão». É tudo mentira. Se quiseres saber tudo aperta aqui e verás uma boa reportagem fotográfica. A Frente de Libertação Caramela irá fazer tudo por tudo para pagar os direitos de autor desta kodak, e tentar fazer com que o reporter (da nossa terra) integre o circulo dos cavaleiros do meio-bidom e da entarmeada caramela com imparial em copo de vidro. Caso contrário que nos perdoie.

IVA 21 - ALERTA E PLANO DE MUDANÇA

Comunicado:
O povo caramelo está em alerta esverdeado (o segundo de uma escala de verdes) que prevê "situação de alto risco para todas as famílias dependentes da apanha pêro raiado assim como outras que não apanham nada" e abrange todas as localidades e arrabaldes do nosso reino.
Os dados do Instituto Caramelo Do Laser Explícito apontam para uma diminuição do poder de compra, um aumento de ansiedade e descida do tempo morto passado nas coletbidades. Prevê-se a partir de 1 Julho valores mínimos nas zonas mais povoadas como o Pinhal Novo e Venda do Alcaide, com apenas um jogo de sueca de dois em dois dias e uma grade de mines por semana nas coletbidades e tabernas mais frequentadas (não falando na SFUA que já há uns anos que luta com a instabilidade da sua taberna). Antecipando o estado de calamidade do nosso povo triste e trancado em casa, a Frente de Libertação prepara-se para desencadear a maior mudança de que há história desde o homem erecto.
O plano é simples:
- Definir rapidamente as linhas de fronteira do Território Caramelo.
- Alcançar de imediato a independência total das forças opressoras do Portugal Decadente.
- Estabelecer de urgência o Governo Caramelo.
- Oficializar a cultura e a língua caramelas.
- Levar o nosso território daqui pra fora, concretamente para junto de países cujo IVA esteja a 12%, o preço das coisas esteja a metade do preço e os ordenados sejam o dobro.
- A mudança do território inclui todo o património até ao última bola cotão debaixo das mesas-de-cabeceira, incluindo a linha do comboio, os pardais, a GNR entre outros seres, etc.
Planeia-se que todo território seja levado de tractor (modelo já testado no cortejo das festas), portanto esta zona ficará com um buraco com 5Km de profundidade, ficando apenas ao de cima uma lembrança da nossa profunda gratidão: o cagalhão mensal da Dona Ercília Tripalhuda (evocando aqui o vocabulário e os prémios usados no enterro do bacalhau na nossa capital).

Os peritos para a nova localização já foram investigar e os relatórios indicam que o próximo posicionamento geográfico do território caramelo será junto à ilha de Tenerife, satisfazendo não só este plano como a antiga bontade do nosso povo em ir à pesca e banhar-se nas águas temperadas do Atlântico.
A data prevista para a mudança está sob segredo pois teme-se uma invasão de milhares de lusitanos oportunistas prontos a pedirem asilo e nacionalidade caramela.

Caramelos
Fiquem alerta, metam boias nos tractores e virem-nos para Sul. A grande mudança está para breve.

Não há povo sem um buracão, nem há caremelo sem solução.

Uma das possíveis zonas onde anexaremos o território caramelo.

17.6.05

30 professores caramelos vão ensinar a lingua caramela nas creches, jardins de infância e 1º ciclo da região caramela a partir de Setembro.

Em comunicado à Frente de Libertação Caramela, a ministra da Educação do reino caramelo, anunciou que 30 professores vão ser destacados para ensinar a lingua caramela nas creches, jardins de infância e primeiro ciclo já a partir de Setembro deste ano.
Belarmina do Atóine da Pança, afirmou ainda que o Governo Clandestino Caramelo (actualmente em auto-gestão) está a estudar um método para lançar manuais escolares genuinamente caramelos, os quais poderão ser adquiridos no mercado mensal de Pinhal Novo.
De acordo com Belarmina, “esta medida sará bem racebida pos caramelos bardaderos. Quim éi o caramelo que na quer cu sê filho fale correctamente?”. De referir que esta medida representa um esforço financeiro para as pobres finaças caramelas, demonstrando o empenhamento dos nossos lideres para que a língua caramela seja cada vez mais ouvida em toda a região.
Actualmente, este projecto está a ser implementado de forma experimental no Infantário “o Gaiato Parbo”, em Valdera e na escola do 1º ciclo de Arraidados.
A pedido de Belarmina, a Frente de Libertação apela a todos os caramelos que coloquem os filhos só em escolas onde o ensino da lingua caramela faça parte do curriculo. Este projecto está integrado numa profunda remodelação das escolas caramelas, actualmente em curso.
Segundo fontes anónimas do Ministério da Educação Caramelo, a próxima medida será a implementação de um menu caramelo oficial nas cantinas das escolas caramelas. Nele constará de forma destacada, a Sopa Caramela, que deverá, obrigatóriamente de ser dada pelo menos duas vezes ao dia (de manhã e ao almoço). Será também obrigatório cada escola ter o seu meio-bidon no páteo de terra batida.
Ingredientes tipicamente caramelos como: cabeça de porco, chispes, toicinho, coirato, intarmiada, mão de vaca, cabeça de boi, tubaros e banha de porco com sal, farão parte da dieta diária das nossas crianças caramelas.
O concurso para admissão de professores de lingua caramela abre já no próximo mês.

LIBERTEM OS SACOS DE PLÁSTICO




Depois dos Domingos de Marcado é comum alguém fechar cruelmente as portas do recinto e deixar trancados lá dentro alguns sacos de plástico refugiados sem condições mínimas. No entanto, neste último Marcado, os sacos (de várias cores e de várias regiões), juntaram-se aos papeis de embrulho e fizeram uma manifestação às portas do recinto. Soubemos que estavam a reivindicar os mesmos direitos dos sacos burgueses dos supermercados caramelos que, como sabemos, circulam livremente pelo nosso território e fazem inveja aos que estão lá dentro encarcerados. A F.L.C. mandou já um fax ao comissário para os refugiados da ONU, o nosso Ti Toin Guta, para se debruçar sobre este flagelo caramelo. A resposta chegou-nos com o seu espanto por «não imaginar que existiam sacos tão magros e vazios com necessidades». Soubemos, com agrado, que a ajuda e libertação dos sacos-do-marcado está à sua altura e vai ser a missão da sua vida.
A F.L.C. já se abasteceu de 20 grades de mines e cinco quilos de coiratos enquanto espera pelos resultados.

Diz “Sim” aos
Direitos e Liberdades do Saco de Plástico Caramelo.

14.6.05

EXAME CARAMELO PARA CONSTRUTOR CIVIL

És caramelo? Tens a 4ª classe e chegas aos interruptores?
Então descobre o construtor civil que há em ti. Faz este exame e mete-o por baixo da porta do nosso quintal. O departamento para o progresso caramelo da FLC, apanha-o e faz do resto.

Podes fazer este exame em família, fazer telefonemas à Corigues& Rolo Lda., Câmara palmelona, etc… mas acima de tudo responde com confiança em ti.

1-Vais a andar normalmente quando reparas que a teu lado está um campo verdejante cheio de pinheiros. O que te vem logo à cabeça?
- É aqui que eu faço uma assada no Domingo.
- Ora que baldio tao bom para construir um bairro!
- Qualquer dia venho aqui ós pássaros.

2-Um dia descobres o teu reflexo no lago do Jardim José Maria dos Santos. O que é que dizes para ti próprio?
- Tenho sede, bou boer uma mine ali ó Pinto.
- Sou um caramelo com ideias! O que dava aqui era um Centro Comercial de 3 pisos.
- Este lago sem cágados nem canas nã tem jeito nhum.

Mostra agora o teu conhecimento da história.
3- Na arquitectura caramela dos anos 80, quanto tempo era preciso para fazer uma habitação caseira?
- 15 anos (com testes e engenharia de pilares)
- 45 minutos (só com a frente caiada)
- Um fim-de-semana (casa completa + almoço prá malta da placa).

4- Actualmente, no território caramelo, o que é preciso para um construtor fazer a sua filinha de arranha-céus?
- Uma colher de pedreiro, e 12 metros mangueira.
- Um carro de 12 cilindros ao comprido e uma esferográfica.
- Um balde com uma corda atada, e um andaime.

5- Na tua opinião, qual a ordem neo-caramela mais comum para fazer uma urbanização?
- Palmeira – cabouco – projecto
- Cabouco – goiabeira – projecto
- Projecto – cabouco – bananeira

6- Para ti uma rua é:
- Uma risca de terreno baldio sem prédios.
- Uma garagem colectiva ao relento.
- Uma estrada pró despique que bai duma esquina à outra.

7- No teu entendimento, espaços verdes servem para:
- A malta levar o canito a cagar.
- Por a bixeza a pastar.
- Vender mais depressa os apartamentos pra construir ao lado sem mover a grua.

8- E para acabar, escolhe o nome para o bairro que vais construir (pensa bem):
- Ciudad del Paraíso
- Bairro o “Boi a mim na mara”
- Bairro da Palha Braba.

Se acertaste em todas as parguntas deste exame é porque tens a escola toda e estás apto a ser um construtor civil e dar continuidade ao progresso sustentado da nossa civilização pós-moderna. Damos-te de imediato um alvará, uma betoneira e um bidom de plástico para marcares o teu território num baldio à tua escolha (observa a foto). Se mandares as respostas nas próximas 24 horas oferecemos-te ainda uma malinha com uma esferográfica e um bloco para fazeres o teu projecto.
Não percas tempo!!! Constrói o teu bairro ainda antes de chegarem os cabeçudos do FIG. Surpreende o mundo com a tua força. A F.L.C. acredita no gigantismo da cabeça dos construtores civis.

NÃO HÁ GIGANTES NEM VULCÕES MAIORES QUE UM CARAMELO VIRADO PARA O PROGRESSO.


Um exemplo dum aceiro ocupado, perto da Vaca Carregueira, por um construtor ambicioso. Dentro de dias este baldio estará irreconhecivel.

13.6.05

A SOPA DO NOSSO POVO




ATRÁS DUM GRANDE POVO ESTÁ SEMPRE UMA GRANDE SOPA.

NÃO SOBROU NENHUMA



Este foi o simbolo do sucesso. NÃO SOBROU NENHUMA TIGELINHA. As tijgelas deveriam ter a data destas festas, um esquecimento a não cometer pró ano.

A ESTRAVAGÂNCIA


A FLC propõe que para o ano o painel palmelão seja pintado com um alvo vermelho e metido no recinto das largadas. Há que variar e dar utilidade ao equipamento público.

Um erro de loiça



A Sopa Caramela dos Olhos d'água estava mais aguada e era servida em tigelas do McDonalds com colher de plástico. O povo caramelo não gostou.

FIM



Acabou assim e pró ano há mais.
Rescaldo das Festas

Noticias avulso, memórias e lembranças que se salvaram do diluvio cerebral de vinho tinto caramelo

Pátio Caramelo-

De destacar, os novos valores do Punkaramelo, um estilo músical em grande ascensão que a F.L.C. apoia e valoriza.
Sábado à noite, primeiro momento. No palco clandestino da Tertúlia Caramela, guitarra e bateria fizeram o público caramelo delirar. O palco era verdadeiramente caramelo, tendo como fundo dois funcionários concentrados na sua missão no meio-bidon.
O meio bidon conferia os efeitos de luminotecnia necessários, por vezes realçados com um pouco de augárdente caramela, botada para dentro do mesmo.
Foram tocados alguns temas do imaginário musical caramelo.

Domingo à tarde, outra sessão de punkaramelo. A espontaneidade dos grupos participantes (coiratos de napalm e entrameada violenta), garantiu mais um momento ímpar na curta (até agora) história do punkaramelo.
Mais uma vez, o típico meio bidon conferiu o ambiente necessário ao espectáculo.
A secção cultural da Frente de Libertação Caramela agradece a Gil o apoio sempre demonstrado em prol do desenvolvimento e divulgação do pankaramelo.

De destacar, ainda na área musical, a demasiada proliferação de bandas (não caramelas) de covers que invadiram o pátio caramelo.
Bem sabemos que o povo gosta do que (re)conhece, mas que têm essas músicas a ver com a nossa cultura?
Por favor, senhores organizadores, não nos dêem múseca, mas se a quiserem dar, que seja caramela!

Por ultimo, uma palavra de apreço, em nome dos caramelos festivos, à pastelaria Bijou.
Uma casa que se prontifica a abrir as portas, quando tudo o resto já está fechado e os caramelos vagueiam pelo território em busca de um local onde encher o bandulho.
Falta apenas uma torneira de imperial e vinho tinto corrente neste estabelecimento, o qual ainda não deu provas suficientes para poder ser considerado caramelo.

12.6.05

F.L.C.. DESFAZ CONFLITO NAS FESTAS

Conflito reune de emergência todas as forças ainda Vivas e sóbrias.

O incidente ocorreu na passada Sexta-feira, quando cientistas americanos avistaram, por satélite, uma actividade anormal de Altos-fornos que supostamente deveriam estar relacionados com a Siderurgia Nacional. No entanto, depois das altas patentes contactarem a Siderurgia, a Fisipe e a SECIL, vieram a saber que afinal as movimentações anormais tinham o seu foco numa pequena botija de gás de enchimento de balões (propriedade legal duma cigana), da nossa festa.
Despoletou-se o pânico a nível internacional…
Mas antes do conflito, a FLC tomou controlo da situação.
Afinal a tal botija estava envolvida no conflito apenas porque ficava no centro geográfico da festa (junto aos 3 pinheirinhos), e a cigana jurou cara-a-cara não ter nada a ver com o conflito. Jurou cara-a-cara 7 vezes repetidas. Agente, cara-a-cara, acreditou e apercebemos-se logo da verdadeira razão dos tais Altos-Fornos e isso tudo!...
De facto e de verdade, toda a suspeita devia-se ao elevado número de fogareiros acesos pelas redondezas que, segundo relatórios da ONU chegaram a ser 78 meios-bidons: ... «ONU: 78 half-bidons in labareds for caramel gastronomie. 02:38 h – local time - Foxtrot singing “Quando a cabeça não tem juízo” --- “When the head has no sense”»
A Rússia, a América e o resto da Europa, nos seus pareceres preliminares suspeitaram ser movimentações terroristas disfarçadas de farturas encaracoladas e enviaram, à nossa festa, milícias especiais para tomar conta da ocorrência.
Antes das milícias e mirones chegarem, a FLC reuniu de urgência com a Junta de Freguesia, a Comissão de Festas de Pinhal Novo assim como alguns reformados activistas, para resolver o conflito e dar aparência de tranquilidade evitando o conflito internacional. Nessa reunião (já às 5 da manhã de Sábado) ficou decidido fazer um cortejo alegórico pelas nossas ruas na tarde de Domingo.
Toda a Nação Caramela ficou em alerta para produzir de Sábado para Domingo, o nosso cortejo.
O cortejo teve como objectivo mostrar às Milícias, agentes do SIS, espiões da antiga KGB, comissários da CIA e Autoridades Internacionais, que as nossas actividades são inofensivas e divertem. Teve também como objectivo provar que os nossos costumes não têm nada a ver com o Iraque e que os meio-bidons têm uma utilidade pacífica e não têm nada a ver com o controle do Petróleo internacional.

Um exemplo duma inofensiva actividade caramela fazendo uso da navalha. Este exemplo foi perfeito para elevar o nosso povo a um dos mais pacíficos do mundo.

Nesta profissão alegórica os Agentes da CIA em conjunto com a Legião Francesa foram verificar mocroscopicamente se os cavalos eram feitos de esferovite. Por sorte escapámos... porque eram feitos de papelão dos caixas do Modelo.

Um dos Comisários Internacionais (disfarçados de GNR) a verificar se a Taberna era mesmo uma Taberna verdadeira ou se era uma Taberna inventada a andar de tractor agricola. Nos relatórios da ONU ficou como «Taberna N'Surf» Vê-se logo que não pescam nada da matéria.

11.6.05

Festas Populares

10-06-05- Ringue do Jardim

A Frente de Libertação Caramela, agradece em nome do povo caramelo, o evento gastrópíscicolócultural que teve lugar ontem à noite no ringue do jardim.
Consistiu o mesmo na invasão pacífica da população caramela deste recinto, nele instalando um grandioso baile e uma sardinhada.
A Frente de Libertação Caramela, enviou para o local alguns elementos disfarçados de motards do moto clube de Pinhal Novo, de modo a poder observar in-loco (observação caramela participante) o decorrer das festividades. Transcrevemos aqui parte do relatório desta missão, para que todo o povo caramelo o leia:

“As sardinhas foram assadas em meios-bidons, distribuídos de forma racional por todo o recinto. Ao todo existiram 4 meios bidons, Destes, 3 eram da Galp, 1 da Shell.
Todos eles denotavam já algum uso, ostentando a característica cor da ferruige.
Os tripés também estavam em boas condições, sendo adequados à actividade em questão.
De destacar as grelhas, todas como manda a lei, genuinamente caramelas, provenientes de frigoríficos caramelos e já com bastante uso, conferindo assim um bom tempero ao produto assícola.
O povo caramelo geriu o meio-bidon de forma colectiva, não sendo necessário à organização destacar um funcionário para comandar a assadura.
Ficou demonstrado que o povo caramelo se pode auto-gerir, se esquecermos algumas quase-garreias que aconteceram, quando caramelos e caramelas, esperavam que o produto assasse e este começou a escassear.
O vinho tinto era caramelo, e fui buído com agrado até ó fim.
Recomenda-se a criação de cursos obrigatórios para assadores de meio-bidon, pois verificou-se que grande parte da população presente não domina esta área fundamental da identidade caramela.
Do baile nada a dizer, senão algumas palavra. Chamada de atenção para a organização. A música não era caramela. O trio “Biró disco...”, apesar de originário de Valdera, não tocou musica genuinamente caramela. Mesmo assim, garantiu ós caramelos a bailação desejada.
Uma boa iniciativa, do povo caramelo para o povo caramelo".

10.6.05

Ministério Caramelo do Património Arquitectónico

Comunicação do Presidente Atóine Desinxaugádo

(excerto retirado da comunicação rádiofónica proferida a 10 de Junho na Rádio Antena Caramela)

Nota: o texto foi transcrito no original, a pedido de sua excelência, o presidente do Ministério Caramelo do Património Arquitectónico, que afirmou: “quem na sabe caramelo, c’aprenda !”

Caramelos e Caramelas:

Todos temos assestido ó que têm feito ó nosso patrimóine cultural.
É com grande agrade que me dasloco dos confins da páitra caramela, pa bir às festas na captal, das quais mórgulho como caramelo de nascença que sou.
Gosto de ber as gentes caramelas sair à rua, todos cuntentes e a cumprimintairem-se como intigamente. Como isto só ós domingos de Marcado, quando este inda era no local intigo, no centro da captal caramela.
Tenho óbido dezer cas festas têm comóbjeitibo prasarvar e promober a nossa cultura e a identidade do nosso pobo.
Na é qu’eu parceba muito disso, mas a identidaide de um pobo, do nosso pobo caramelo, nã se bê só na dstribuição de sopa caramela, até porque só falam dela uma bez por ano, mas também atrabés da olbserbação dos edifices e casarios que por cá ainda temos.
Ora atão, ia eu pa rua da estação, belo edifíce com azuleijes da nossa terra, quando maparcebi de ca estação nã taba lá. Pricurei, e lá taba ela, por datrás duma tenda, cumas caderas e um home lá assintado. Mas o que me chocou mais foram as letras- “Palmela”, lê-se aquase malhor do que Pinhal Nobo, no cimo da estação.
Pargunto eu: a estação nã sará um dos simbolos máximos da nossa identidade? Qual a lóigica desta acção, a de tapar um dos simbolos caramelos, na dita festa caramela, organizada com um só propósito, o de dignificar e promober a cultura caramela, ebento do pobo para o pobo?
Com que direito nos fazem isto, a nós pacíficos caramelos, que só queremos a nossa dignidade cultural?
Dim fronte a isto, na qualidade de ministro do Patrimóine Caramelo, digo NÃO! Isto na pode ser, já parece probocação, o que querem com isto?, desincalmar o pobo caramelo? Atiçar-nos de modo a criarmos uma guerra civil, auto-aniquilando-nos de forma selbaige e caramela? Aculturar-nos até esquecermos a noissa identidaide, criando um pobo de caramelos amnéisicos e parbos?
Imaginem o bisitante que bem à capetal caramela. Nã bê a estação, só bê a estação nóba, a modernidaide. Mas a otra estação também tá lá, faz parte da nossa históira, e nós caramelos brabios gostamos da ter lá.

Caramelos, não o podemos parmitir. As casas e edifícios são nossos, quem os dasrespeita, dasrespeita-nos!
Quem tapa a estação tapa-nos a nós!
Destapem-se de forma brabia e organizada, mostrem as vossas fachadas caramelas, de pedra e cal e cimento, e albenaria e telhas, tudo sempre (não esquecer) de fabrico caramelo.

Quér dzer, a intinção até pode ter sido boa, mas esses homes córganizam isso, têm de parceber cu pobo caramelo é um pobo instruído, atento ós seus dareitos.
Quim órganiza estas coisas, têm de parceber que primero faz uma pricura ó pobo, pa ber çu pobo na fica ofindido, ódepois é que dacide se faz ó não.
Nã tapem a noissa cultura, os noisses símbolos, a noissa existência patrimonial, a noissa histoira.

Os caramelos acabam sempre por se destapar!
Notícias das Festas de Pinhal Novo

Espaço dedicado a notícias caramelas sobre as festas de Pinhal Novo.
Aqui colocaremos informações de ultima hora, opiniões e sugestões sobre as Festas da Capital.

10-06-05Duas grades de mines da marca Sagres rabentaram ontem à tarde no pátio caramelo. O acontecimento provocou grande alarido na população caramela. O local foi selado durante algumas horas, tendo sido de imediato apreendidas 40 grades que se encontavam no local (20 das quais da Tertulia Caramela).

Após a chegada da GNR, e cuidadosa inventariação de todos os factos, chegou-se à conclusão de que tudo não passou de um rebentamento provocado por algum funcionário menos zeloso, que não protegeu as mines do excessivo calor do sol.
Entre os presentes no local chegou a afirmar-se que poderia ser um ataque provocado por qualquer grupo organizado, desde um protesto pelo preço das mines, até ao facto de o Emanuel não estar presente este ano nas festas.
Desvendado o caso, as grades de mines foram devolvidas aos estaminés e tudo voltou à (a)normalidade.
Para sossegarem a população caramela, os agentes da GNR, viram-se obrigados a beber uma gradezita de mines, demonstrando que já não existia qualquer perigo de rebentamento.

9.6.05

GRANDE PASSATEMPO DA FRENTE DE LIBERTAÇÃO CARAMELA

Caramelos, concidadões e concidadonas, a Frente de Libertação Caramela, está a fazer os sensos da nossa população residente para sabermos cabeça por cabeça quem é e quem não é caramelo de sangue. Para isso basta responder a estas perguntas, tirar uma fotografia de olhos tapados e entregar numa das barracas do Pátio Caramelo das nossas festas.

Responde lá então:

Vais de motarizada na estrada da Cascalheira (com a caramela atrás agarrada a ti), e passa-te à frente um gordo qualquer do Motoclube numa bomba 1500 de pista. O que é que fazes?
- Agacho-me ao vento e sigo-o de punh’cerrado.
- Digo “Num és home nim bales merda nhuma”.
- Jogo a ‘nha motarizada prá valeta e vamos a pé.

Vais à pastelaria e compras um quéque. Dás a primeira mordidela e percebes que não tem creme. O que fazes?
- Atiro o bolo contra a montra.
- Engulo sem mastigar.
- Num como bolos nim nada dessas merdas.

Um Caramelo está na Sela encostado ao balcão a beber uma mine. O que é que ele procura?
- Um pacote de batatas fritas.
- Acasalar.
- Pequenos roedores escondidos.

Vais à Lagoa da Palha, de punh’cerrado distraído pela estrada, passas por um buraco e cais. Tempos depois, já na coletbidade, dizes que foste encontrar a motarizada aonde?
- Na berma da estrada com a cabaça rachada.
- No colo duma caramela boazona, sem um arranhãozinho.
- No topo dum poste de alta tensão, toda partida dentro dum ninho de cegonha.

A palavra “Palmela” significa:
- Um buraco com azôgo que chupa tudo.
- Uma boneca de plástico sem cabeça.
- Uma antiga marca de cuecas.

O que achas destes testes?
- Estes testes nã tem trambelho nhum nim balem nada.
- Estes testes são importantes para todos nós.
- Uma vez fiz um teste destes e afinal estava prenha.

Tira uma cópia daqui e leva o teu resultado ao Pátio Caramelo das nossas festas. Podes dirigir-te a qualquer barraca. Se tivestes todas as respostas certas és um verdadeiro caramelo e ganhas uma imperial e um coirato (a barraca "Tertúlia Caramela" dá coirato e meio). Se tivestes todas erradas és palmelão e se fosse a ti não ia levantar o resultado. Se tivestes dúvidas, decide-te, porque não há meios caramelos, ou és dos nossos ou nã és nadinha.

Atenção este teste é válido ao stock de coiratos e imperiais existentes até Sábado.

8.6.05

A FESTA COMEÇOU E PALMELA É NOSSA

Tal como tinhamos previsto a festa na nossa capital começou e as nossas milícias, preparadas especificamente para o evento, já estão por todo o lado. Neste primeiro dia estivemos devidamente identificados com sacos de papel levando lá dentro o plano de intrervenção, uma tigelinha para a sopa caramela e um projéctil oficial (com o baixo relevo duma locomotiva) para ser arremessado à cabeçorra de quem tiver na maniazinha.

Pelas 20:43h prendemos os impostores palmelões disfarçados de suinicultores que operavam numa rede de falsificação de sopa caramela, montada na antiga HR da Cascalheira. A rede (auto denominada “Os cavaleiros do convento”) introduzia na sopa, algas peidorrentas, colhidas da reserva ecológica da vala da salgueirinha, preparadas pelo restaurante chinês. Soubemos mais tarde que estas “bombas intestinais”, eram para ser oferecidas ao Rui e todos os músicos, e seria a forma desta rede palmelona boicotar a gastronomia caramela. No fogo preso, já no rebentamento dos patardos, julgou-se ser o ciclista de fogo-de-artifício que tinha comido a sopa, mas não... porque afinal o ciclista era feito de arames.
Logo na abertura apanhámos um vendedor marroquino que vendia sopa caramela em fatias com um certo cheiro a lixívia. Apanhámzio com uma saca pela cabeça abaixo.
Ao todo foram apanhadas nove pessoas, que ficaram em prisão preventiva, dentro da rulóte das farturas.
Por essa altura tínhamos dois militantes da FLC que, em cima da biblioteca, vigiavam de telescópio todos os movimentos da cabecilha das forças palmelónicas que teve o atrevimento de comer uma sopa caramela da Casa do Povo. No relatório dos sentinalas lê-se «ela não só probou a sopa dagente como a comeu toda e até raspou a tigela», por isso caramelos:

Este é o nosso momento de glória, Palmela é nossa.
A civilização caramela já está no poder. A nossa cultura alastra-se além fronteiras e já conquistou os Paços do Conselho. Depois tomará os hipermercados e a Europa cairá às galochas dos caramelos como Roma caiu às sandálias dos gregos.
Que as festas da nossa capital sejam a voz desta grandiosa conquista.

6.6.05

Feira do Poceirão tem coisas caramelas e outras não!

Apesar de todas as barrecas da Feira Comercial do Poceirão já estarem hoje na nossa capital, nunca é tarde para mostrarmos aqui neste baldio o programa da feira poceirona. É que há muita gente que pensa que agente aqui samos uns exagerados, mas reparem bem neste programa. Qualquer mercearia do nosso território deveria um na montra. O que não foi dito neste boletim é que as entradas estavam cotadas a um euro por cabeça. E o Tony alambasou-se com vinte euros por cada cabecita caramela.
Ah poizé! Ah poizé!!! A feira é mesmo comercial e muitos caramelos franziram as ventas!!
Observem então...

Este padaço é a capa, cheia de produtos hortícolas, borregos cavalos e tractores.

Padaço de folha nº1
A F.L.C. propôs todos os dias foguetes e morteirada às 06h00 que é quando agente se levanta. Às oito são quase horas de almoço e já ninguém ouve nada.
Às 19h30 - A proposta da F.L.C. era que os elementos das entidades oficiais levavam, cada um, simbolicamente, o seu carrinho de mão com fruta… bolota, hortaliças e demais víveres para dentro do recinto. Não quiseram mais perderam, pois nós (FLC) tinhamos preparado oferecer o material e filmar o evento prá posteridade.
Às 20h00 – Na inauguração Não-Oficial (ou seja para o povo caramelo), o jantar foi em casa de cada um. Só depois é que as caramelas poceironas foram autorizadas a ver o Tony porque os homes queriam jogar futsal à vontade.

Padaço de folha nº2
Ás 22h30 - O espectáculo foi com a “Orquesta” e não com a “Orquestra” o que significa que as “Estrelas” eram afinal Estrellas - duma constelação espanhola. A proposta da F.L.C. era o grandioso espectáculo com o Toin Beiçudo e os seus Cães Tenores. Um artista da gaita-de-beiços sempre acompanhado por um cardume de cães que uivam ao som da gaita e fazem inveja a muitos tenores espanhois e franceses.
A organização da Feira não aceitou a nossa proposta e o que se viu foi uma assistência de cerca de 50 pessoas, 40 das quais eram os amiguinhos das espanholas: cada um com um olho numa espanholha e um olho num caramelo da assistência... só pelo seguro!
Se fosse com o Toin e os Cães Tenores nada disto acontecia e seria um sucesso.

Padaço de folha nº3
Entre muitas coisas que ocorreram, a demonstração de Aeromodelismo teve como objectivo provar que o aeroporto internacional, em vez do Rio Frio ou Ota, bem poderá ser no Poceirão junto ao depósito de água. Seria o então o aeroporto “Junto ao Depósito da Água” (daí o uso das iniciais maiúsculas). Não há limites para os anseios caramelos.

Padaço de folha nº4
Às 17h00
estava pensado o desfile etnográfico com motarizadas alegóricas, motores de sulfatar e aspersores rotativos com acompanhamento do rebanho dóvelhas casmurras do ti Gracindo Almareado.

Às 23h00 – Levantou-se a dúvida: é “Fio de back” ou “Feed béque”? Havia no baile duas facções, houve apostas que acabaram em punhada com esta discussão. Afinal não se sabe!!! Mais um enigma caramelo sem fim à vista.

(A Frente de Libertação Caramela agradece à organização a entrega em mãos deste panfleto na nossa sede oficial e lamentamos que o estafeta tenha caído de motarizada na curva do Rio Frio, que por sorte só o panfleto sofreu escoriações.)

5.6.05

Agravamento da situação na última quinzena de Maio

Região Caramela regista pior seca dos últimos 60 anos



O território caramelo, de Bale da Bila a Arraiados, de Vale do Alecrim a Valdera, regista a mais grave seca dos últimos 60 anos. Entre os dias 15 e 31 do mês passado, verificou-se um agravamento da situação de seca moderada e extrema.
Estes dados são divulgados no último relatório oficial quinzenal da Comissão Caramela da Seca 2005, hoje avançados pelo Instituto Caramelo da Água e do Vinho (Icav), e foram registados até ao dia 31 de Maio.

"Berifica-se cátual situação de seca éi, quanto à áira afectada im 31 de Maio de 2005 e dapois de 1945, a más grabe dos últimes 60 anos", lê-se no mais recente relatório quinzenal sobre a seca do Instituto Caramelo da Água e do Vinho (Icav).
No mesmo documento verifica-se que, até à última terça-feira, se manteve a situação de seca "com intensidade fraca em algumas ragiões do Norte e Centro do tarritóire caramelo e moderada a extrema no rastante tarritóire".
Ou seja, "68 por cento do tarritóire está em situação de seca com intensidaide sebera e extrema. Em relação a 15 de Maio berifica-se um agravamento da situação nas classes de seca moderada e extrema", segundo o relatório caramelo.
O Instituto Caramelo da Água e do Vinho (Icav), alerta a população caramela para que esta beba menos àgua, reduzindo o seu consumo até ao minímo possivél, só para a rega e actividades afins.

Como proposta, sugere o aumento do consumo de vinho (tinto ou branco), visto este existir em quantidades abundantes na nossa região.
As autoridades acreditam que esta medida não será difícil de implementar, devendo ser bem recebida pela nação caramela.
A adega da Cascalheira e alguns produtores caramelos, associaram-se à iniciativa de substituição de água por vinho, colocando as suas reservas de 2004 ao dispor da população. Para ter acesso, basta deslocar-se a estes locais, levar algo que comprove a sua identidade caramela e um jerrican de 10 ou 20 litros bazio e limpo, pelo menos por dentro.
De acordo com Belarmino Anestésico, presidente do Instituto Caramelo da Àgua e do Vinho, “os homes bão ficar cuntentes. Nã bebam áuga, bebam binho, atão bócê acha quisso é algum sacrifício pa um home caramelo?”. Belarmino, ao contrário de alguns políticos do governo português, foi o primeiro a sacrificar-se e a dar o exemplo, adquirindo 4 jerricans de 20 litros, gentilmente cedidos por um produtor caramelo que nos pediu anonimato.
Notícias das Festas de Pinhal Novo

Espaço dedicado a notícias caramelas sobre as festas de Pinhal Novo.
Aqui colocaremos informações de ultima hora, opiniões e sugestões sobre as Festas da Capital.

05-06-05 -Com a aproximação das Festas, a Tertulia Caramela, deu por iniciada a temporada de 2005.
A Tertulia Caramela (Tartúila Caramela) é uma organização que representa a cultura caramela há já vários anos, local de referência das gentes caramelas quando em grande número se deslocam à capital, juntando-se aos seus habitantes, para celebrarem a cultura e identidade do nosso povo.
A Frente de Libertação Caramela, soube, através das suas inúmeras fontes, que os elementos organizativos desta colectividade se reuniram logo de manhã, tendo como primeira preocupação o que seria o almoço.
De referir que o almoço, é apenas um mero pretexto, o qual serve de ensaio geral à peça mais valiosa deste colectivo caramelo: o seu meio bidon. Este, após um ano de interregno deve ser testado, a fim de se verificar se tudo está em ordem: tripé, corpo central, grelhas, mesa de apoio ao produto assícola (normalmente intarmiada ou coiratos) e base para a mine do assador destacado para o serviço.

Daqui saudamos A Tertúlia Caramela, e as gentes caramelas que a constítuem.

4.6.05

Direito de resposta

Dapois da análise e da discussão dentro da provedoria para a alta comunicação caramela decidimos publicar na íntegra um comentário feito aqui numa folha abaixo. Que os comentários na F.L.C. tenham mais sucesso que a lagarta no pinheiro.
Aqui vai:
Tempo de Antena Caramelo
Resposta aos amigos da Reforma Agrária A.R.A Sindicato Regional dos Caramelos Clandestinos ,
Caros concidadãos e amigos Caramelos,
Foi com imensa alegria e satisfação que recebemos este bendito e-meile, onde apela à nação caramela, do povo de baldera, bale da bila, palhóta, benda do alcaide, lagoa da palha, espinhaço de cão, fonte da baca (beijinhos ao querido Lininho) e arredores, a uma união sem fins lucrativos e à luta desarmada pela reconquista do espaço mercantil outrora ocupado pelos agricultores caramelos, para benda de produtos horticolas, fruticulas, coelhos, galinhas, pintassilgos e milheirinhas. É com eneorme rejegozizo, que o Sindicato Regional dos Caramelos Clandestinos, vem apoiar a irmandade pela defesa da tradicional Reforam Agrária. O povo assim o quer, assim o exige e assim o fará. O regresso ao velho espaço é inevitável. Este espaço é do povo e é para o povo. Dia 11 de Junho, os representantes e apoiantes do Sindicato dos Caramelos Clandestinos, farão vigilia no antigo espaço da Reforma Agraria e ficarão em greve de fome durante 76 horas, alimentados exclusivamente a binho tinto da região demarcada caramela. Amigos, levem o máximo de garrafões de tintol que puderem, pois as noites prometem ser bem frias. Será uma jornada incessante. Conbidámos os amigos famosos da Quinta das Futilidades da Tvi, para darem uma palestra sobre "O agricultor caramelo - que desafios, que contrariedades, que plantar em época de crise". Amigos, irmãoses e conhecidos. Este e-meile serve para bos convocar à maior concentração alguma vez vista na nossa terra. Viva as cobes, viva os nabos, viva as nabiças, viva as hortaliças!!Pl'o Sindicato,
Eterbeto de Jesus

***

P.S.
A Frente de Libertação Caramela informa que a manif. marcada para Sábado (na Praça da Independência) afinal teve lugar na Feira do Poceirão pelas 21:00h. As poceironas e os poceirões juntaram-se àgente com muita garra. A reforma agrária é uma realidade.

Este meio-bidon foi encontrado nos baldios das Areias Gordas, está a ser restaurado para os Bardoada usarem no próximo anibersário. Inclui grelhas e a caixa de apoio. Oferta da Frente de Libertação Caramela.

1.6.05

Tempo de Antena Caramelo

Este espaço é da exclusiva responsabilidade das organizações caramelas intervenientes

Amigos da Reforma Agrária
A.R.A.
(reprodução do texto proferido em directo na Rádio Antena Caramela, a 30 de Maio, pelo presidente desta colectividade, Isaltino Desataracha.)

SIM À REFORMA AGRÁRIA!

Caramelo,

A reforma agrária é uma instituição cultural do mundo caramelo!
A reforma agrária é tua, é nossa, é do povo caramelo!
A reforma agrária não se pode reformar!

A reforma agrária é aos sábados de manhã, e reúne um conjunto de nobres agricultores caramelos, que expõem de forma orgulhosa tudo o que produzem, escoando directamente para o nobre consumidor caramelo, os seus produtos agrícolas genuínamente caramelos.
A Reforma agrária é o exemplo da capacidade empreendedora dos caramelos, que não se negam a vender o que produzem, desde que saibam que o comprador é caramelo.
O comprador caramelo, fica assim satisfeito de estar a adquirir produtos seus, e o vendedor caramelo de os estar a vender à sua gente, funcionando o príncipio da oferta-procura caramela.
A questão é que este mercado, do qual qualquer caramelo deveria ter orgulho, está constantemente a ser díminuido e desconsiderado por quem tem poder para tal.
Actualmente, encontra-se localizado temporariamente (?!), junto à praça, também temporária, perto das piscinas.
Queremos saber o seguinte:
Até quando, estes nobres agricultores, dignatários da nossa cultura ancestralmente agrícola, terão de estar neste local?; Quando saírão deste arrabalde temporário-definitivo, para o seu antigo lugar, ao qual têm direito, no centro da capital caramela, na praça da Independência, perto da biblioteca; Será este mercado indigno de estar neste local, quererão afastar os nossos agricultores das influências culturais caramelas, das quais são legítimos representantes?; Não será este o local mais adequado, a montra semanal de tudo o que de melhor se produz na nossa nação, em termos agrícolas?
Querem amordaçar a voz agrária caramela, a voz de um povo inteiro que se revê nos produtos que produz de forma completamente genuína e sem outro interesse que não seja o de servir o povo caramelo?
A tudo isto os A.R.A. dizem não! (todos ao mesmo tempo- NÃO!)
Exigimos a sua imediata e incondicional recolocação no seu antigo local –Junto à praça que não funciona e à biblioteca! Os caramelos da capital, têm o direito e o dever de frequentar de forma consumista este espaço nobre das nossas gentes caramelas.
Como tal, promos-te caramelo, que como forma de protesto te desloques todos os sábados de manhã à reforma agrária comprando produtos genuínamente caramelos, fazendo pressão para que este mercado e esta gente digna do título de caramelos, possam regressar ao centro da nossa capital, Pinhal Novo. Se não tiveres dinheiro para comprar, vai à mesma, basta que te sentes de forma amigável, no meio do recinto e digas continuamente Não!
Caramelos, amigos dos Amigos da Reforma Agrária- prefiram produtos genuinamente caramelos – Vão à reforma agrária aos sábados de manhã, comprem couves, batatas, çanouras, rapolho, coube lombarda, laranjas, limões, tudo,tudo,tudo, produtos genuínamente caramelos, plantados, regados, colhidos, vendidos, sempre por homens e mulhers caramelas, que se esmeram para que o bom produto ortícula chegue à nossa mesa caramela.

Em cada produto comprado na reforma agrária, 0.5 euros reverterão para a Frente de Libertação Caramela, que prossegue a sua demanda pela auto-determinação do Povo Caramelo.
Quem realizar compras no valor de 10 euros, fica habilitado ao grandioso sorteio de um fabuloso meio-bidon em inox da Galp.


Sábado, dia 4 de Junho, Todos à Reforma Agrária!


Encontro/Manifestação Pacífica de caramelos agrários amigos da Reforma Agrária!

Não faltes, caramelo!

Comparece e gritemos todos bem alto:

NÃO REFORMEM A REFORMA AGRÁRIA!