2.5.11

SEXO CARAMELO (parte 2)

Mais uma bez, é com grande cuidado e rigor que a FLC apresenta aqui o segundo episoido do documentário premiado pela BBC (Bamos Ber Caramelos), que retrata um dos mais delicados assuntos da nossa bida: o sexo caramelo.

Bamos infiar a cassete e...


TRATADO TELEBISIBO DO SEXO CARAMELO II

Narrador:

Terminada a época da esfregadura balhadeira ao som da concertina com consequências notábeis no aumento da população, deu-se início à época da recriação erótica moderna. Isto quer dzer que a partir do séc. XX o pobo caramelo descobriu que o sexo nã serbe só prá cobrir e procriar de gaiataige parba, mas serbe tamém pra entretenimento. Foi nesta altura que se acinderam as luzes do pitroil e o acto esfregatibo passou a ser feito às claras e de forma mais brabia, lembrando os primórdios do caramelopitecus. Desta maneira, o home amais a mulher começaram a descobrir buracos, dedos e línguas, que antes nunca se tinha pensado que existiam. Esta noba exploração dos genitais e de todas as miudezas do corpo, proporcionou um salto qualitatibo no relacionamento do casal moderno que antes estaba calcinado na calada da noite. Por sua bez, tudo isto deu azo à descoberta de outros estímulos para além daqueles já experimentados ao longo da história, falamos por exemples do enfiar o dedo em tudo quanto é buraco, as apalpadelas e lembidelas corporais, as posições e contorções, as palabras de ordem arremessadas da mais fértil imaginação selbaige, e especialmente a palmadinha nas nalgas. Mas... atenção! Esta coisa das palmadinhas tem que se lhe diga. Há que saber, com a experiência, que essas palmadinhas no acto recreatibo têm conta peso e medida. Histórias contam-se por esses arrabaldes, de palmadões mal dados no acto amoroso em que a caramela aparece no dia seguinte toda desolserbada. Conta-se, por exemples, que um dia destes, às 2 da manhã, em Bal da Bila, o Marcelino Sextavado (mecânico de motosseras) deu um palmadão na sua caramela de tal geito que a mulher desmaiou e a bizinhança tebe que lebar ela, na carrinha de caixa aberta, pró hospital (mas no caminho fez um desbio pàs Festas da Atalaia pra ir à rulote do Bezana pra comer umas bifanas e buer umas mines). Embora a mulher tibesse chigado ao hospital já acordada e recuperada com uma bifana no bucho, a berdade é que o home tebe de acabar a noite de castigo, trancado na retrete, a praticar trabalhos manuais. Portanto, palmadinhas SIM, palmadões destrambelhados NÃO!

O mesmo cuidado se deverá ter nas mordidelas pois esta prática pode dar maus resultados. No entusiasmo erótico-desalmariado, a mordedura ganha proporções tais que se chega a comer um padaço do parceiro como quem come uma intarmiada num papo-seco. No mês passado aconteceu um caso desses em que a Ti Mijardina, do Poceirão, comeu um bocado da orelha do seu home, o Ti Valdegóis dos Abanicos, cujos efeitos já se sabe: a alcunha foi mudada pra Ti Van Gógue da Mijardina! Portanto é preciso ter muita cautela! Diz-se por i à vara-larga que, uma bez feita a digestão dum padaço de caramelo, a caramela (tal como os tubarões), nã quer outra coisa, fazendo tudo por tudo para que o home faça parte da sua dieta alimentar. Quando isto acontece, o caramelo, antes do acto sexual, tem de se bersuntar todo com criolona, para a sua parceira não o comer! Pode ser mito, mas, pelo sim pelo não, há que ter cuidado.


Face ao fenómeno de tudo ser feito às claras, muita coisa mudou na iconografia caramela. Assim, os calendários de cozinha que antes tinham santinhas e paisages do apeadeiro da Lagoa da Palha, passaram a ter nobos temas como personaiges femininas mamalhudas, em trajes de retrete, nos mais dibersos contextos, como por exemples: a dar leitinho a uma ninhada de gatos; a rebolar nas erbas rodeadas de coelhos brancos; amontadas nas minardas com um chicote, etc. Mas o culto da olsebação às claras não ficou só pelos calendários. Postais, rebistas de croché, autocolantes, cartões de Natal, latas de banha, e até as cartas de jogar à sueca ganharam nobas linguaiges. Nos baralhos de cartas, salienta-se a raínha de paus amontada num barrote de êcalitro descascado, dando grande alento aos homes brabios pró jogo de taberna, prática que ainda hoije resiste no círculo dos reformados, quando jogam entusiasticamente nas mesas do jardim do Pinhal Nobo, junto à paraige dos autocarros (os baralhos de cartas, com estes códigos afrodisíacos, foram gentilmente cedidos pelo intigo parsidente da junta, prá reformadaige nã perder a força!)


Face aos conteúdos telebisibos, à secção de anúncios do Correio da Manhã, ao empréstimo de barrascos pra cobrir as porcas, às noites de Strip tease na Cela, às calças pinduradas pu meio das nalgas, e às sessões de gemidos pu telefone, podiamos pinsar que o caramelo pós-moderno se tornou um ser despudorado sem perto-nim-longe. Mas isso é mintira. Uma das situações em que o caramelo reserva o maior pudor é na total incapacidade de aceitar ber duas moscas (a mosca amais o mosco) a praticarem sexo, agarradinhas e a nadar no caldo, como se a sopa fosse só pra elas.

Imaige:

Um prato de sopa e o som do zumbido de moscas a chafurdar, misturado com som dum caramelo a sorver uma sopa...

- Mas q... isto dá-me uma raiba caté...

Som duma balente punhada na sopa, até se dar um clarão!

Narrador:

Como pudemos constatar, esta situação lebou o caramelo a dar uma punhada compulsiba no prato da sopa que escagaçaou a cozinha toda com padaços de baldorega cozida a escorrer pas paredes e caras a baixo, como se houbesse um arrebentamento duma granada dentro dum panelão de sopa.


Muito mais se podia falar sobre a história e a ebolução sexual caramela, como o hábito do home praticar sexo com um cigarrinho nos beiços, o fetiche de ter uma noite romântica no parque de estacionamento do Marcado do Pinhal Nobo (na Salgueirinha), ou até mesmo os mais intranhados desejos de chirar cuecas nos estendais por auto-recriação. Tudo isso poderia ser desimbolbido como quem desimbolbe uma apalpadela pas coxas acima. Poderia! Mas ficamos por qui, se não ainda temos que se berzuntar com criolina.

13 comments:

Anonymous said...

Biba a FLC por nos iducar!
Na escola não se fala destas coisas e muito menos da especificidade dos caramelos. Penso que se deveria mesmo fazer um estudo antropológico (e isto são berdadeiros estudos antropológicos!) e publicar em livro. Talvez os que nos governam, aqueles em quem votamos, se possam interessar e financiar algumas publicações com base no que aqui se publica. Mas talvez não queiram, porque querem ser eles a dominar o conhecimento do povo. Mas isto são outras discussões...Acreditem que conheço muitos blogues e nada tem a qualidade do que aqui leio. Não conheço muito dos caramelos, mas pelo que aqui se lê, daria concerteza para muitos estudos. Falo de sociologia, antropologia, estudos identitários, etc. Este texto mostra a designação do que se passa com a sexologia deste pobo. Acredito que antigamente seria assim, sem luz, e que agora as caramelas querem cobrir e ser cobridas, já tudo se passa mais livremente, mas não sei se haverá ainda tanta liberdade sexual. Fica aqui o desafio aos autores destes textos, para pesquisarem sobre a liberdade sexual nos caramelos.
Não me identifico porque o que disse aqui, em relação a quem nos governa, seria de certeza utilizado. Prefiro o anonimato, se mo permitem. Ao vosso dispor, uma caramela admiradora deste trabalho.

Anonymous said...

mai naida, ou éi ou na éi, isto a malta tem que dár a bolta a esta bosta toda junta, timos que abançar com mais afinco e elebar este pobo ao máis alto nibel. ò malta parba boç~es unem-se. è berdade será q a nossa espia barata comuna já tem nobas nobidades??? é que o teimpo tá a aquicer e na tarda nada temos mais baratas comunas espalhadas por tudo o que é instituição para fazer o alebantamento e espiar a gobernação dos ditos chefes desta nação não caramela. è berdade jái sabem quem vem este ano ás festas do cegonha e do zéi barreto ciclista???

Anonymous said...

Pois eu touo pronto. Os comunas que venhoam.
Posso alistar-me como guerrilheiro e lutar pela FLC.
Sou caramelo e os caramelos são não são parvos.

Caramela boa said...

Sou uma caramela que gosta de ler o blog.
Acho que estas discussoes nao vos levam a lado nenhum, nem contribuem para a uniao da tal nacao de que falam por aqui.
Quem nao tem as mesmas opinioes deve ser respeitado e os caramelos devem tentar mostrar o que de bom tem a sua terra,aquilo de que dizem ser bom e os identifica.
Eu sou de ca, nao de Pinhal Novo, mas dos arredores, do campo e acho que o que voces aqui dizem ser a capital caramela tambem nao tem assim coisas que nos identifiquem.
Tem predios a mais e poucos espaços verdes e não se respeita o patrimonio nem as raizes das gentes que a habitam. De quem é a culpa? talvez da câmara, sem querer entrar em politicas, que deveria ter feito uma politica de urrbanizacao mais de acordo com as caracteristicas socio-demograficas locais, sem se preocupar tanto em encher os bolsos com o dinheiro de novas construcoes.
Sou caramela daqui do campo e esta é a minha opinião. Quem me quiser ofender, se achar que eu não posso dizer estas coisas aqui, diga. Mas a mim ninguem me cala, digo o que penso, e não é essa uma das apregoadas vitórias do tão falado 25 de Abril? Onde está a vossa democracia, querem que todos pensem como vóces? O 25 de Abril é do povo, não de alguns que só o utilizam como forma de alcançar o poder, corrupto e indiferente às raizes do povo que quer ser o que é: caramelo.

Anonymous said...

Estou a gostar deste Blog, que me mandaram para casa.
Com um povo passivo como este, um verdadeiro rebanho de ovelhas, o poder cambiou de mãos, mas só nos deram uma caganita de cabra de liberdade. E dizer, que somos nos que votamos, para estes que só pensam em eles e nos deles, grandes ordenados, grandes pensões, e o povo como diz anteriormente um comentário, o povo é que mais ordenha.
Nas eleições, o melhor é provavelmente ir a praia, e que peçam os de fora de vir cá a votar por eles, mudam-se as cabeças mas é sempre os mesmos.

leitor mais intelectualizante said...

Há um pintor cá em Pinhal Novo que me disseram pintar bem.
Coloquei o seu nome na net e vi isto.
Temos um artista destes cá em Pinhal Novo e ninguem faz nada, nem o aproveita.
Quem não acreditar, veja as páginas.

centre POMPIDOU (centrepompidou@cnac-gp.fr)
Une histoire du son dans l'art du XXe siècle Baudelaire écrivait dans son poème Correspondances "Les couleurs, parfums et les sons se répondent". Le XXe siècle, souvent considéré comme un moment de convergence et de dialogue des arts, a abondamment décliné ce credo. On découvre les moments forts de cette histoire, dans l'exposition "Sons et Lumières". Depuis les "correspondances" picturales et musicales de Kandinsky ou Klee jusqu'aux environnements vidéomatik de Kim Prisu, vidéo et sonores Bill Viola, Gary Hill, et aux aspects les plus iconoclastes de la thématique, avec John Cage et le mouvement Fluxus, The Residents impregne l'esprit Nuklé-Art, c'est plus de 400 oeuvres, dont beaucoup n'ont jamais été exposées en France, qui sont présentées. Outre la découverte d'oeuvres d'artistes prestigieux, on est confronté à des "expériences" nouvelles avec des artistes au rôle essentiel. Trois thèmes sont successivement abordés dans le parcours : le premier explore les correspondances entre la peinture et la musique, le deuxième donne à voir de quelle manière le son devient réellement image, le troisième fait table rase de tous les a priori en rompant le mythe des correspondances jusqu'à l'expérience du silence. Compositeurs : John Cage Artistes : Fluxus , Gary Hill , Wassily Kandinsky , Paul Klee , Kim Prisu , Residents , Bill Viola

Toino das Mines said...

Bom dia pandleraige!
Benha uma mine, que hoje ainda só bebi 2 grades.
Isto aqui parece o marcado cheio de gente a cunbersar.
Mas o que o Toino quer dizer tem a ber com o sexo. Pa mim o sexo caramelo tem de ter mines, antes, durante e depois.
Mas agora bou arranjar o motor de rega, que incrabou.
Bou agora. E o Zei Ratoera, alguém biu esse home?
Bou agora.

homem campesino said...

Boas malta da paravalheira!

E se em vez de discutirem falassem de coisas daqui como se as nossas caramelas são boas ou se não são e se deviam ter bigode?
Eu tenho a minha opinião, mas quero ouvir a de vocês?

Anonymous said...

Isto aqui parece um chiqueiro com tudo a chafurdar e ninguém se ouve aos outros, cada um preocopado com as suas coisas, ate parecem aqueles da camera que dizem ser para o povo, mas querem o tacho sempre bem cheio.

Comerciante said...

Um chiqueiro pareces tu, ainda por anonimo. Os da Câmara sempre isto e aquilo, mas esquecem-se que sao eles que nos governam desde a data da liberdade e que temos progresso e desenvolvimento.

Professora Claudia said...

Li por aqui que temos um artista na terra que tem coisas no museu do pompidu, deve ser mesmo muito bom, e eu que nunca li nada dele nem vi nada dele, ele vive onde? Tem alguma obra de arte na terra, gostava de ver. sou professora e tenho os meus alunos e falamos de arte, mas sempre daquela que nos museus de longe, porque pensava que por aqui não havia artistas destes. Alguém me mostra informações?

Anonymous said...

Deixem-se de merdas e a ver se escrevem mais e se querem arte vejam os ranchos e comam coiratos.

Christina said...

Sou uma caramela que gosta de ler o blog. Acho que estas discussoes nao vos levam a lado nenhum, nem contribuem para a uniao da tal nacao de que falam por aqui. Quem nao tem as mesmas opinioes deve ser respeitado e os caramelos devem tentar mostrar o que de bom tem a sua terra,aquilo de que dizem ser bom e os identifica. Eu sou de ca, nao de Pinhal Novo, mas dos arredores, do campo e acho que o que voces aqui dizem ser a capital caramela tambem nao tem assim coisas que nos identifiquem. Tem predios a mais e poucos espaços verdes e não se respeita o patrimonio nem as raizes das gentes que a habitam. De quem é a culpa? talvez da câmara, sem querer entrar em politicas, que deveria ter feito uma politica de urrbanizacao mais de acordo com as caracteristicas socio-demograficas locais, sem se preocupar tanto em encher os bolsos com o dinheiro de novas construcoes. Sou caramela daqui do campo e esta é a minha opinião. Quem me quiser ofender, se achar que eu não posso dizer estas coisas aqui, diga. Mas a mim ninguem me cala, digo o que penso, e não é essa uma das apregoadas vitórias do tão falado 25 de Abril? Onde está a vossa democracia, querem que todos pensem como vóces? O 25 de Abril é do povo, não de alguns que só o utilizam como forma de alcançar o poder, corrupto e indiferente às raizes do povo que quer ser o que é: caramelo.