14.9.05

Candidato caramelo à Presidência da Republica

Finalmente chegou ao quintal oficial da FLC um fardo de papéis (atado com arame) contendo mais de vinte mil assinaturas em X, para a candidatura do querido ferroviário Fulgêncio Gamelão.
Gamelão, filho duma beiroa e dum espanhol que se aproveitou dela quando ia para a Moita vender a colecção Outono/Inverno de ceroulas dos finais do sec. XIX. Nascido num Domingo de marcado debaixo da antiga Nespereira (perto do depósito da água da estação), lutou, na sua juventude, pelo direito dos leitões à mama democrática, chegando mesmo a comer gamelas cheias de bolota, à porta das pocilgas como manifestante (ganhando daí o seu nome). Sempre aventureiro e destemido, viajou de mula-coiceira para o ultramar onde apanhou uma rara doença endémica que lhe inchou os testículos até ao tamanho de melancias. Impossibilitado de andar normalmente (pois tinha de andar sempre com um carrinho de mão de apoio), não se rendeu à desgraça e escreveu o seu primeiro livro político “Os Ómes cum tomates de ferro” actualmente considerado uma obra clássica da literatura caramela, referência nas nossas escolas. Após a cura, na década de 50, e por influência do seu padrinho Chefe da (então nova) Estação do Pinhal Novo, entrou nos caminhos-de-ferro moçambicanos como assentador de travessas, e já nos anos 60, de regresso ao Pinhal Novo tomou conta duma passagem de nível de bandeirinha em punho. Mais tarde fundou o 486º sindicato da CP que defendia o direito do aldeamento nas passagens de nível para os guardas lá viverem com a família dentro das cabines. Inventou a placa de cortiça com o aviso “Aguenta, e põe os oubidos no carril a bêr se ele bem aí ” posteriormente feita em cimento com “Pare Escute e Olhe”. Liderou a famosa revolta de Maio de 68 em que as guardas brabias batiam na polícia com o pau da bandeirola (que eram varões de ferro) reivindicando o direito de propriedade da sua passagem de nível. Gamelão foi obrigado a pedir exílio aos Círios dos Olhos de Àgua de onde liderou, em 1987, a resistência que sabotou as agulhas dos carris no Pinhal Novo no dia da visita da Rainha de Inglaterra à nossa capital, levando-a viajar até aos armazéns de amendoim da Quimigal... (na altura esta história foi abafada, por isso aparece só em alguns apontamentos clandestinos caramelos).
Ainda no ano de 1976, em processo revolucionário, as ocupações brabias das passagens de nível sem guarda marcaram a história da nossa nação. Foram imortalizadas na famosa fotografia de Gamelão a beber uma gasosa de litro, mais a sua família caramela sentados num sofá no meio da linha do Poceirão, a ver a telenovela Gabriela Cravo e Canela. Essa fotografia deu volta ao mundo na capa da Times. Foi presidente de 23 coletbidades por mais de três vezes cada uma, e escreveu o livro “O coice brabio da política e o efeito do desmaio”, obra obrigatória para todos os elementos com assento na Assembleia da Republica.
Gamelão, hoje com 116 anos, já cego, surdo e recaído da antiga doença, costuma descansar sentado num cepo rente à linha na Lagoa da Palha com uma garrafa de litro da 7up. À passagem de cada comboio levanta a sua velha bandeirinha como pré campanha para a Presidência da Republica. Com ele adivinha-se um refrescar da doutrina com o regresso aos pirolitos.
Pelo fardo de papéis que nos chegou ao quintal, prova que há muitas caramelas e caramelos analfo-influentes que não se importam de ver Gamelão na Presidência da República. Se ganhar, representará a cultura caramela acumulando assim a Presidência da República Portuguesa com a Presidência da União Hortícola para a Fava e para a Ervilha, actualmente em alta.

4 comments:

Anonymous said...

Apoiado!!!
Um home destes é que debe ser eleito, home republicano que lutou ferozmente contra a monarquia em 1910.
Ainda malembro quando no dia 5 de Outubro desse mesmo ano o Fulgênço prendeu ao antigo pórtico dos sinais da velha estação toda a elite monárquica do condado, quando estes, tentando trabar a revolução Republicana, raptaram toda a exploração de porcos caramelo-mirandês,popriedade do Ti Adelino, sediada rente à estrada da Salgueirinha e que agora se costumam encontrar em reuniões clandestinas na esplanada dum dos mais afamados restarantes da nossa terra.

Anonymous said...

Já agora gostaba de ber dois grandes caramelos assessores do Fulgêço:
O Antoine das Ideias Parbas como chefe de gabinete e o Ti Farripa para a organização dos ibentos festibos.

Anonymous said...

eh eh eh eh...

Anonymous said...

já tem o meu voto. Penso que é a solução ideal para o nosso pais!!!