8.9.05

O BOLETIM DO MUSEU E A ARQUITECTURA CARAMELA

Depois de meses em reuniões à mesa dos matraquilhos FLC comenta:
O boletim +Museu da Editora Absolutista Palmelona, foi mais uma vez influenciado por uma caramela dos Batutes, (prima do Xana Fanhoso) disfarçada de Nossa Senhora da Escudeira que todos os dias vai benzer o castelo – fingimento tá claro. Desta vez conseguimos que os antropólogos e antropólogas dedicassem quatro páginas à arquitectura caramela. No entanto ficou ainda muita coisa por dizer. Muita, muita! Esqueceram-se do principal.
A nossa arquitectura, que durante muitos anos foi desprezada e muitas vezes readaptada por escavadeiras e carros blindados, é agora o centro das atenções dos países mais desenvolvidos. É centro das atenções porque é já considerada pioneira no desenvolvimento de soluções que são aplicadas hoje nas estações espaciais, principalmente pela disposição das divisões interiores, pelo dimensionamento pequenino das portas e janelas, e pelo modo de acoplar anexos uns nos outros. Isto não foi dito no boletim, não senhor! Há portanto censura monarquista nesta envernizada publicação porque o que foi escrito são as partes mais inocentes tipo: «o poial está coberto por uma cortina de chita» e «os pratos e canecas mais vistosos são colocados num escaparate». É óbvio que havia muito mais para dizer.
Para comprovar basta-nos fazer uma visita à Ilha Brava para percebermos facilmente que este foi o primeiro monte caramelo a fazer testes na ionosfera mas que por causas desconhecidas fez uma aterragem súbita no meio da rua.
É sabido que o Plano Director Municipal (engendrado por uma quadrilha de palmelões escondidos numa adega à luz das velas) pretende meter o monte em cima dos escombros do túnel para que a famosa casa se livre no traçado rigoroso das ruas, e se torne mais um monumento da cultura caramela demolida. A FLC sabe também que há quem defenda exactamente o contrário, pois é assim mesmo no meio da rua que ele deve estar, ou seja, «não debemos esconder o planeamento urbano caramelo que é brabio e original. Comágente num há igual», disse o nosso arquitecto Zulmiro do Pau experiente em desenhar vivendas na terra batida com um pau afiado.
De acordo com os principais arquitectos do mundo, este é um exemplo perfeito de integração do mundo rural no meio urbano e que outras capitais do mundo deveriam segui-lo.
O boletim +Museu tem de estar mais atento a estas preciosidades museológicas ou então a FLC fará uma ocupação instantânea às instalações e faz uma coletbidade para a defesa do fogareiro da brasa e do borralho permanente.

3 comments:

Anonymous said...

Ora ai está um belissemo cumentáiro, sabem lá esses gajos que habitam naquele morro de calhaus que impara os bentos maritimos e a que chamaram de Palmela o que é a arquitetuira caramela.
Zé Manel Ratoeira Sem Mola

Anonymous said...

...ópois inda há caramelos que sabem de Lavoêra e que insinam cumé que éi aos homs dôtores. Bibam esses caramelos!

Anonymous said...

Será que esses palmelões que mandam cá no feudo, querem fazer da Ilha Brava o mesmo que fizeram com o arco da ponte da estação, ou seja, colocá-la numa qualquer rotunda, mas que ninguem sabe aonde. Essa gente que tenha mas é juizo .
VIVA A TRADIÇÃO DO MEIO-BIDON.