27.9.05

Ti Balbina Acocorada lança livro de poesia

"Poesia com Chispes de Luz" é o título do seu novo trabalho.
O lançamento oficial será na S.F.U.A. em Pinhal Novo, capital caramela, no próximo sábado, pelas 21h e a autora convida todos os caramelos e caramelas que gostam “d’óbir e ler palabras” a estarem presentes.
Sobre a autora (ver grande entrevista de 16.5.2005), António Estalisnau Tarimba, escreve no prefácio do livro: (...) a poesia de Balbina Acocorada, caracteriza-se por um assumir da sua língua materna, o caramelo. É através desta, ca Ti Balbina canta o mundo e o molda à sua pessoa.
As suas palavras transportam-nos para a terra-mãe, para uma mulher que nos abraça “de chispes na terra” e ao ouvido nos fala de flores, enquanto na mão segura uma faca, a mesma que serviu para a matança do porco.
Poesia sensitivo-rude, de tradição feminista selvagem, que nos embala num regresso à nossa alma gémea caramela, que é afinal uma só.

Intigamente

Intigamente era pariga
Comia e buía sim parar
Hoije sou uma belha bádia
Mas nunca eu dixei de pinsar

Das bailações e despiques em Setembro
Ainda eu ma lembro
Dançaba cús chispes na terra
Na nha querida Baldera

Ai! Quim ma dera a bailação
Mais o home do acórdeão
Aquilo era sempre a rasgar
Até ó depois eu impranhar

Poema retirado do novo livro “Poesia com Chispes de Luz”

14 comments:

Anonymous said...

Windows Development Processes Torn Apart
Robert Scoble | Contributing Writer | 2005-09-27 It's interesting to watch the reactions to the Wall Street Journal article about how messed up Windows development processes were.
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Anonymous said...

Gosaria de ler esse livro.
Sou um poeta popular e resido em Pinhal Novo ha muitos anos e gosto muito dos encontros de poetas populares da camara.
Vou la estar e se puder tambem levo uns versos meus para ler.
A Ti Maria Balbina escreve bem.

Anonymous said...

Ahhh!!!!
Mulher braba e bera cumá ferruige.

Anonymous said...

A Ti Balbina éi grande mulher brabia.
Os seus bersos nã percebo quê nã sei ler.
Quim está a escreber isto aqui é o meu neto, o Atoino Balurdio, que ele é que sabe destas coisas modernas.
Agora ee goato muito destas cunbersas que aqui a caramelaige tem, passo as tardes a ler e a rir com as minhas comadres e o meu neto, o atoino, tem de me estar sempre a ler o que os homes aqui escrevem.
Sou admiradora da Balbina e vou estar lá, se ouver transporte da câmara, porquwe agora é eleições e os homes dão tudo o que a gente quer e temos de aproveitar, que sou velha ma não sou parva. Esses politicos querem é o nosso dinheiro.

Anonymous said...

Há aqui na coletbidade um cliente balente e caramelo que eu gosto de ber os seus comentários que é o Zé Manel Ratoera.
Se o home se candidatasse à Junta eu votava nele.

Anonymous said...

Eu também escrebo poesia e também bou ao incontros da camara e da junta, às coisas que eles oferecem ao povo, para ver se a gente ficamos contentes e depois votamos neles e eles ganham e ficam outra vez a mandar na gente e a gente ficamos contentes por ter alguem a mandar em nós e assim não temos de pensar o que devemos fazer, porque eles pensam por nós e tudo por nós, que é como quem diz, tudo pelo povo.
Mas o que eu queria mesmo era, se me deixassem, escrever um poema meu, e dedicá-lo à Ti Balbina, que é uma mulher brabia.

Aqui bai ele:

Ó Ti balbina Acocorada
Mulher balente e destemida
se não fosse caramelo
e tibesse de vender na reforma agrária
No sábado de manhã ia à largada

se gostarem podem le-lo até ao fim.
eu tenho muitos e vou aos encontros da camara, que são muitos encontros,
uma vez por ano, para a gente andarmos contentes e não nos esquecermos de votar neles, que eles saõ muito boa gente e deixam-nos dizer a nossa poesia, muitas vezes, uma vez por ano.

Anonymous said...

Atenção às bocas ....

Anonymous said...

Eu tambem vou aos encontros e nao sou da opiniao que sao poucos. Acho, na minha modesta opiniao, se me é permitido expressá-la aqui neste território que ainda desconheço, que a câmara até faz muitas coisas pelo povo e que depois do 25 de Abril tudo está muito bom.
Não se pode só falar por falar e este senhor que diz que vai há poesia mais valia era escrever num poema estas coisas em vez de criar polémicas numa época em que todos devem agradecer à câmara e às suas gentes pelo trabalho que têm feito no nosso concelho, e que nos dão muita arte e cultura.

Anonymous said...

Então vamos lá:

Saccções da poesia há tantas
Só é pena ser só uma bez por ano
Mais bezes é de borla a imperial
No "Chico" a cair pelo cano

O blog é local de discussões
Por vezes politicas são defendidas
Sempre sem dar nas vistas
"Cores" devem ser escondidas

Ratoeira Sem Mola a presidente
Da nossa Junta da Freguesia
A primeira promessa seria abrir
Nas caramelas as belas "padarias"

Só assim não vai lá o Hóme
Embora seja dó péi do Fijão
Se mais botos forim pracisos
No Satélete, do porco benha o culhão

Para ter a maioria
E batermos nos tambores
Só falta mesmo prometer
Reabrir os pequenos cantores

Anonymous said...

Tá boa tá. Belos versos. Esta coletibidade é bem frequentada.

Anonymous said...

Muitos bons versos camarada Staline.
Ve-se que é um conhecedor da história da nossa capital.
Muito bem.

Anonymous said...

Bá lá a ber esta minsages enbolta da poesia caramela pra ó dispois tar tudo a conbersar de politica. A minha abó a cocorada bibeu uma bida de amarguras i prantou essa bida na poesia braba e dura da bida do caimpo, agora na me benham cá amandar grabilha prós olhos, pois nâ á nin nunca hoube o mberdadeiro apoio á cultura caramela. è berdade sim, les bibem e pensam por nóis e ó dispois á 1 dia pra ler poesia. Biba a arte caramela pura e dura.
Cá bai uma quadra:

ò boçes da grabata
ó boçes que mandam
benham ber a chibata
pra ber o coiçe quéla amanda

pra ber o cóice quéla amanda
pra ber com ternura
na se metam cum a malta caramela
senão nin andam a pindura

pois isto é fácil falar
ma é dificil d´óbir
pois prá ginte acreditar
muita coisa ainda bai cair.

Ai bai, bai.

Anonymous said...

À poeta!!!
Sim senhor, o neto da ti Balbina sabe escever bons versos balentes e brabos.

Muitos bons versos.

Anonymous said...

Ahhh rapaziada, acho ka não...
Assim até dá gosto ler versos...
Porra, que grande satisfação...