6.10.05

Novo ciclo de documentários na capital caramela

(Urbaniz)acção, 1995, 20m, cor.

Largo José Maria dos Santos, 7 de Outubro
21h00

Documento cinematográfico, catalogado como pertencendo ao cinema realisto-clandestino caramelo.
Esta película foi gentilmente cedida por um antigo construtor civil dos anos 90, dedicado agora ao comércio de importação-exportação de palmeiras exclusivamente para condomínios fechados.
Dela resulta um fortíssimo retracto psicológico do construtor caramelo, de onde sobressai uma forte motivação para construir a todo o custo e um défice de entendimento do que é a relação directa entre património arquitectónico e identidade cultural.
Pelo meio, o documentário é enriquecido com truques e dicas (de forma subliminar), aludindo a diversas formas de contornar legislações e normas legais sobre a construção de novas urbanizações.
Um verdadeira pérola, para todos aqueles que se querem aventurar no fabuloso mundo da construção civil caramela.


A criança que brinca na loja do Sr. António

2000, 45m, preto e branco.

Costa Bar, 14 de Outubro, 21h00

Documentário auto-biográfico de Zéi Anestésico, produtor de cinema independente caramelo.
Nele se pode visionar, de forma apaixonante e quase idílica uma loja do comércio tradicional na capital caramela, a famosa loja do António Brinca.
Zé Anestésico, lembra-se de ter crescido a ir a essa loja, aos recados a mando do avô, Jquim Anestésico Empedrado, na altura presidente do Rancho Folclórico da Lagoa da Palha, uma das colectividades que sempre manteve relações com este estabelecimento.
O filme, todo ele elaborado num só plano e sem cortes, recria o ponto de vista de uma criança caramela e o seu deslumbramento pelo universo interior de uma loja deste tipo. Os tecidos, os chapéus, a caramela que entra e faz uma pricura, apoiando os braços pesados no antigo e gasto balcão de madeira (todo ele de árvores caramelas), fazem parte do imaginário colectivo profundo, o qual só é possivél manifestar através de uma das (poucas) obras primas do nosso cinema independente.
Valiosos são também os monólogos do autor (sempre em caramelo puro), onde pensa em voz alta, sob o olhar atento e “emparbecido” dos clientes que chegam, a influência desta loja na sua vida, desde o ter mais tarde ingressado no Rancho Folclórico da Palhota, habituar-se a só comprar artigo português de qualidade, gostar de chóriço de sangue vendido no marcado (aqui as razões não são bem claras, nem para ele), até à sua carreira no cinema caramelo independente, cujo momento alto foi a estreia de uma longa metragem na S.F.U.A. " em 1985.

5 comments:

Anonymous said...

Bons filmes.
Bô bêr e ódepois digo como são.~
O do Costa parece ser bom, já bi cnema caramelo independente e gstei.
A câmara debia apoiar mais estes hómes que fazem etes filmes.

Anonymous said...

O Costa Bar está de castigo!!!! Só entro no Costa Bar quendo eles meterem um meio-bidom na esplanada a assar chouriço de origem caramela. No mínimo...

Anonymous said...

Eu bi o filme de estreia do Zéi Anestesico na SFUA, chamaba-se "Os repazitos e as meturizadas" e era dedicado a todos aqueles repazitos quiam pá escola amuntados nas suas meturizadas desparatibas à parba, cum caderno de capa amarela (os da pena), infiado no bolso de trás das calças e jogabam á bola no intigo campo das adegas e em Maio tornabam-se na comunidade frequentadora da pista dos carros de choque, é neste cenário que o filme termina cum insáio da porrada debido ao Jquim Antóino ter tentado infiar uma ficha dos matrecos da barraca da velha num dos carros de choque.

Anonymous said...

ò repaziada braba num se isqueçam de passar o filme: " do bidóm se fez meio-bidom" ainda hoje é dos filmes mais vendidos nas grandes superficies mundiais mas que foi cinsurado na altura pela ditadura palmeloa pois ia contra a história actual do castelo de palmela, é importante ver ou ber este filme pois põe em causa a existência do caramelo antes dos mouros, tudo por causa do meio-bidom. Vejam no circuito clandestino.

Anonymous said...

Acho que deveriam pasar um filmezinho desses na taberna do Amêxa, se não os clientes esquecem-se que são caramelos.