13.11.05

Códaque de 1968 amandada pelo mesmo activista.
Eis um dos pontos de atravessamento Norte/Sul, Sul/Norte da nossa capital.
Daqui bê-se o clube, o túnel, a ponte intiga as trabessas e a grabilha! Este era tamém um dos pontos de olserbação mais concorridos do mundo caramelo, agora recuperado no café da cumpratiba (como nos lembrou uma caramela na nossa coletbidade).

9 comments:

Anonymous said...

ê tamém lá cheguêi a passar nessa passaige... ainda m'alembro...

Anonymous said...

Decididamente viver em terras Caramelas é uma maravilha! Ou, pelo menos, bom. Menos mau, pronto.
O país dos brandos costumes pode não ser muito comovente, bem-educado, desenvolvido, bem governado, significativo, próspero, meritório da sua herança histórica e cultural, exótico, bem urbanizado, autónomo, aberto a novas ideias, mas é um país! Ah, e tem brandos costumes.
Há coisas que por cá simplesmente não acontecem. Atentados, só à inteligência; catástrofes naturais, tirando esta ultima seca agreste e a falta de valorização do nosso património, só os nossos poetas artistas, que apesar de levarem as palavras a níveis tóxicos comparáveis ao urânio enriquecido, não matam; quanto ao crime, resume-se basicamente a umas pequenas discussões entre vizinhos barulhentos e aos discos das Ervas Daninhas. Nem Sequer a gripe das aves cá chega, e não me venham falar dos Comunas.
Claro que há excepções à regra, mas não só a confirmam, como são espoliadas de qualquer relevância pela forma como por cá são abordadas. Podem aparecer autarcas acusados de dar tachos aos amiguinhos, que os Caramelos fazem a melhor coisa para apagar o caso e que alguns são da família, que é voltar a votar neles para mais 30 anos..
A seca deste ano foi as eleições autarcas, mas sempre que teve tempo de antena no jornal do Pinhal Novo, foi uma seca!
E por isso andamos sossegados aqui na Caramelandia.
Temos esta terrível crise mas mais uma vez, o Caramelo, não querendo que lá fora percebam que isto por cá é Marrocos com mais marcas de iogurtes, empenha-se em atulhar centros comerciais, festas populares e quaisquer eventos em que se ofereçam bonés. Fá-lo contrariado, a sua inteligência e perspectiva esclarecida das sua condição sócio-bobadelas-económicas da Tasca do Xico assim que do costa sem esquecer o airbag e outras tascas, não deixam que esqueça a terrível situação em que se encontra, mas disfarça, ri-se, berra alegremente, e muito a custo lá engole mais um garrafão de seja o que for que lhe faça vontade de comer chouriço numa sopa Caramela.
Até me admira como é que as operadoras turísticas que têm como missão vender Portugal não usam esta perspectiva. Em vez das praias e campos de golfe do Algarve, experimentem vender a essência do nosso País Caramelo – “Caramelandia, o país em que não acontece nada”.

Anonymous said...

Faltou-te falar no arco. O tal que agora está p'rali ditado.

Anonymous said...

Tem coragem. Descobre.
Pode parecer difícil, mas enche os pulmões de ar, mantém a respiração por alguns segundos e expira lentamente. Avança, então.
Força! A felicidade somos nós que a fazemos.
Não te prendas ao passado. Olha para ele apenas com um carinho saudoso e como forma de aprenderes com os erros cometidos e evoluíres.

Anonymous said...

Boa tarde repaziada noba.
Sou uma belha caramela que nã sabe ler nim escreber.
Quim tá a escreber isto é a minha neta. Ê falo para aqui e ela escrebe.
Ela amostrou-me as kodaks que bóces aqui puseram e eu vi a capital, com a linha e tudo aquilo.
Eu nã sou dali, sou mais do campo,
mas quando havia marcado ia sempre lá, ó então quando ia à cooperatiba fazer compras e espera lá em frente e gostava de ber os comboios a passar.
Tamém tenho kodaks minhas de quando era noba e ia ós bailes. Se quiserem a minha neta envia pelo correio. Ela diz que se pode enviar por aqui, pela máquina de escreber, mas eu acho que ela éi parba e tou quase a dar-lhe uma galheta só para ela nã mintir.
O meu nome é Geruldia.

Anonymous said...

Dantes havia mais tempo. Agora somos escravos do tempo. Corremos, e falta-nos o tempo. Dantes tínhamos tempo para os amigos, para passear depois da ceia, para fazer visitas. Agora ficamos especados em frente à televisão, sós, isolados, condicionados aos programas que nos impingem em nome da Liberdade, que nos falta...Dantes andávamos de burro, ou de carro de bois, ou de automóvel moderadamente, vendo a natureza à nossa volta. As estações do ano eram ritmadas. À noite via-se a Lua e ouvia-se o rouxinol, os grilos. De dia seguia-se o curso do sol e em certas épocas do ano ouvia-se o cuco. Ia-se de pinhal novo ao Barreiro, ou Algarve sem perigo de comboio. Regressava-se inteirinho. Agora todos de caro, nos finais dos anos, calcula-se se houve ou não mais mortes que no ano passado nas estradas...E toda a gente fica tranquila, pois foram os outros que morreram, aceitando-se a criminalidade mecânica da morte na estrada como fenómeno natural...Este espírito de carneirada, que vivemos hoje, não o sentíamos há cinquenta anos, pois dantes, só pela força nos faziam carneiros...Hoje é-se carneiro naturalmente. Há filas para tudo. Dantes dizia-se bichas; agora porque há bichas até a palavra mudou de significado.

Anonymous said...

As modernices a partir do inicio do século passado
Telegrafia sem fios (1901); Voos dos Irmãos Wright (1903); Cura da Sífilis (1909); Isolamento do Átomo (1913); Teoria da relatividade - Einstein (1915); Criação da Sociedade das Nações visando a Paz (1920); Primeiras Emissões de Rádio (1925); Descoberta da Vitamina B (1926); Invento da Televisão (1928) - difunde-se a partir de 1950; Descoberta da Penicilina - Flemming (1929); Descoberta da Vitamina C (1934); Descoberta do Radar (1934); Primeiras Fotografias a Cores - Kodak (1934); Descoberta do Nylon (1937); Descoberta da Cortisona e das Sulfamidas (1937); Descoberta da Insulina (1939); Descoberta da Vacina Contra a Febre-amarela (1939); Cisão Nuclear (1943); Estreptomicina (1944); Primeiro Voo Supersónico (1949); Vacina contra a Poliomielite (1955); Raios Lazer (1960); Pílula Anticoncepcional (1952), divulgada a partir de 1968; Primeiro Transplante do Coração (1969); O Homem na Lua (1969); Primeiras calculadoras de bolso (1974); Videocassetes (1976); Cromossoma Artificial (1989); Mulher aluga o ventre para gerar uma criança (1987); Alarme da mancha de ozono (1989); Ovelha Dolly (1996); Generalização da Internet (1994).

Anonymous said...

As nossas aldeias, vilas Caramelas estão transformadas em pátios. Como seria bom que todos os anos ocorressem eleições autárquicas! Como é bom chegar à Primavera e para além das cegonhas, surgirem também subitamente o alcatrão nas estradas, as pedras nas calçadas, os tijolos nos pavilhões, os postes nas ruas, os contentores a cada esquina, o saneamento em cada urbanização. Como é linda a Primavera autárquica!
Tal como as flores desabrocham em cada campo, uma panóplia de obras que nos fazem encher os olhos, nascem como cogumelos nas nossas aldeias, vilas e cidades.
Miguel Torga dizia que quem faz o que pode faz o que deve. Os nossos autarcas gostam de cumprir esta regra e muitas vezes até a ultrapassam e fazem mesmo muito mais do que podem. Mas a gente perdoa – lhes, às vezes o Tribunal de Contas é que não, porque o que queremos é a nossa estradinha arranjada, a luz à porta, uma piscina para darmos um mergulho e já agora um bocado de diversão de vez em quando porque tristezas não pagam dívidas.
Os sonhos tornam – se realidade e as obras há muito no papel saltam para o terreno quase como se de um toque de magia se tratasse. Pensando bem talvez fosse boa ideia o nosso FLC começar a pensar candidatar – se as autarquias!
Como o sonho comanda a vida, muitos projectos assaltam a mente fervilhante dos nossos autarcas, como se o período das vacas magras já tivesse desaparecido e nós entrássemos subitamente no país das maravilhas. Multiplicam – se as ideias, os argumentos, as convicções de que tudo aquilo que está no papel vai mesmo para a frente. Ficamos mesmo extasiados, boquiabertos com as infra – estruturas maravilhosas que nos são apresentadas em imagens tridimensionais e a cores. É claro que muitas destas ideias, argumentos e convicções já há quatro anos atrás tinham sido prometidas, mas o raio dos governos e a crise, mais uma vez os tinham adiado. Sim porque os nossos autarcas são homens e mulheres adeptos da gestão sustentável e muito pró – activos (palavras indispensáveis a qualquer político actual que se preze) e gostam de cumprir aquilo que prometem.
– Se a passos largos e ninguém quer mesmo assistir à queda da folha...Estou farto desta tanga de m...

Anonymous said...

A Humanidade é o conjunto formado por todas as pessoas que vivem na Terra. Mas os nossos antepassados, que povoaram o planeta ao longo dos séculos e ainda os que estão para nascer, fizeram, fazemos, farão parte da Humanidade. A Humanidade é constituída, por biliões de pessoas nos quatro cantos do mundo, de várias raças e cores, as variedades de pessoas criaram iniciativas, descobertas, invenções e assim se atingiu o desenvolvimento actual. O homem contemporâneo parece caminhar cada vez mais para a incerteza: de si, dos outros e do mundo. Tudo lhe parece ao alcance, mas o conhecimento apenas o leva a aperceber-se da complexidade que constitui o ser humano e o universo. Concebe um sistema de valores graças ás novas descobertas e aos novos desafios da ciência e da técnica, mas não sabe propriamente qual a sua finalidade. A busca de um bem-estar material parece ao alcance do homem, mas confronta-o com problemas de consumismo, de tecnologias, de desastres ecológicos, de tempo, de dinheiro e muitos outros; a revolução sanitária trouxe outra esperança de vida, mas cada vez mais se encontram doenças novas que se apresentam com aspecto de cataclismo. Ao caminharmos neste terceiro milénio, urge encontrar soluções educativas que saibam conjugar valores do passado e do presente com as descobertas da ciência, com os avanços da tecnologia e com tudo o que nos aponta a cibernética. Basta ver que a ciência e a técnica que faz progredir o homem lhe mostram que o mundo está a tornar-se inabitável. A sobrevivência das espécies e de todo o ecossistema apresenta-se em perigo. As imensas possibilidades positivas que a civilização técnico-industrial oferece ao homem, estão cheias de ambiguidades. Necessita-se de uma educação e de uma nova mentalidade, para que este mesmo homem tente evitar um amanhã ainda mais incerto. Não nos poderemos esquecer o que se faz numa época, reflecte-se sempre nas épocas seguintes. Assim sendo, mulheres e homens deste planeta, temos por obrigação tomar medidas para proteger a Natureza e para melhorar as condições de vida em todos os aspectos, não só pelo nosso bem-estar, mas também para deixar aos descendentes um mundo saudável onde possam ser felizes. Avé terra! Cheia de graça A vida é contigo Bendita és tu entre os planetas Benditos os frutos do teu ventre, como a gente Animais, vegetais, minerais... Santa mulher! Mãe dos viventes Rogai por nós os predadores Agora e na hora de voltarmos Novamente ao teu sagrado ventre Assim foi, assim é, assim será.