1.11.05

A TRADIÇÃO DE OLSERBAR OS CUMBÓIOS (parte II)

Voltando à berdadeira importância da olserbação dos cumbóios na vida dos caramelos, a FLC apresenta aqui mais resultados da sundaige que fez ao longo das linhas do Montijo até Águas de Moura.
Prestim lá intão atenção.
Ficámos a saber que a olserbação dos cumbóios era muito mais importante na vida caramela do que se julgava. Olserbar o cumbóio com devoção, tornou-se o principal culto caramelo antes dos círios. O culto do cumbóio de cortiça por exemplo, teve a sua origem na olsebação dos cumbóios que iam e vinham do Montijo «os caramelos olserbabam em comunhão a passaige do cumbóio com foguetaige e bandeiras» disse a velha Venâniça da Verruga (dona da passagem de nível da Fonte da Vaca durante 40 anos). Concluímos também que o bairro da Sul Ponte também teve origem neste culto de olserbação pois segue metro a metro a linha do Montijo: «era uma facção rival da população caramela que só gostaba de olserbar os cumbóios do Muntijo e na queria ver mai nada» disse o ferroviário reformado fátor da extinta estação de Algeruz.
A olserbação dos cumbóios revelou-se de tal forma importante entre as décadas de 40 e 60 que influenciava os ciclos de acasalamento caramelo, a hora da mijinha e determinava até os dias em que as caramelas faziam pudins de baunilha. Conta-se que em 1966 um conceituado ferroviário descobriu que a olserbação estava de tal forma enraizada na nossa vida que as galinhas caramelas punham o ovo à passagem dos cumboios. O ferroviário levou esta descoberta à CP que por sua vez passou a fazer os horários de Inverno de acordo com as horas em que as galinhas punham os ovos, por se revelarem mais pontuais.
No entanto esta tradição foi abrandando a partir do aparecimento da “TV Rural”, do programa radiofónico “Simplesmente Maria” e dos matraquilhos. Mais tarde, por falta de olserbadores, foram eliminados os cumbóios do Montijo e a população mais persistente, virou-se só para os cumboios que iam ora im direito ó Poceirão, ora im direito a Setúbal, ora im direito ó Barreiro.
Na passaige dos anos e com o aparecimento das bolas de espelhos, a olserbação do cumbóio ficou entregue apenas aos mais resistentes: a 3ª idade.
Os reformados foram os últimos praticantes desta importante actibidade caramela, que foi tradição ao longo de um século. Mas com a construção das grades, das estações de vidro e o desaparecimento das cantinas e outros pontos de cumbibio, os cumbóios, como objecto de olserbação e fascínio parecem submarinos dentro de aquários, lá longe, inacessíveis, desinteressantes, de costas virados para as vilas que deles nasceram. O Pinhal Novo terra filha dos cumbóios e dos caramelos, ressente-se desta mudança e assiste tristemente ao que resta da belha tradição, com os reformados resistentes até ao fim, olserbando os autocarros do Jumbo.


A FLC está a desimbolver uma solução para este problema de foro caramelo.
Não percam as últimas conclusões.

29 comments:

Anonymous said...

Bom dia ó pandleiraige.
Atão pois pa mim pode ser uma balente mines pus quechos.
Ora atão a olserbação. Pois éi bardade, ca gente olserba os cumboios, mas agora já na se pode.
Primero porque andam depressa de mais e agente aquase que nõs os bê. E ouvilos nao se consegue, que aquse que na chiam nada, os pandleros.
Oldepois na se beiem atras das grades e dessas estaçoes com vidros.
a gente tem de intervir nisso e ocupar a estação caramela antiga.
E tambem gostaba de perguntar por um amigo que nunca mais aqui bi.
Onde éi que tá o Zé Manel Ratoera?

Será que amordaçaram o homem para não o dixarem falar?

Ele é o berdadero caramelo aqui do sitio.

Ó Zei, se me tas a óbir, diz qualquer coisa, pa gente bir aqui buer umas mines mais a pandleraige.

Anonymous said...

Pois é... contínuo a defender que são necessárias campanhas de prevenção HIV como a que divulgo a seguir (criada pela Propaganda Desorganizada de Cultura Caramela) para colocar algum bom senso nas calças de pistoleiros que insistem em andar descobertos, é não olharem antes de atravessar e serem irresponsáveis, com eles e com os outros.
Não é com placards, mupis e outdoors com fotos a preto e branco que a mentalidade muda. É com o choque do real, a cores.

Anonymous said...

Se eu não abonasse que por vezes os imprevistos são muito aproximados nisto da criatividade, eu diria que este já tipo Caramelo teve as suas bases no adiantado logístico da artimanha Caramela!

Anonymous said...

Mas porquê! Porquê! Já não bastava o jingle do minipreço agora lavam-me o cérebro com esta... volta e meia lá estou eu a ler estes blogs do Costa, da FLC, também para dizer não a nada de novos como informação no jornal do Pinhal Novo, desprezam sempre o Povo desanexado do qual fazem o que querem, sempre para os mesmos, é só para aquela manequim da câmara a Teresa V., o maior patrocinador do dito jornal. Tá mal jovens!

Anonymous said...

Bum dia ai ó repaziada!!
Atão ó Toine das Mines!!!
Ainda cá tou!
Esta cangalhada do cumptador é quessabariou, só me deu buntade foi do amandar p´lo poço abaxo.
Ê tamem tenho soidades da belha estação, adunde tabam sempre uns belos cumbóios pá malta olserbar, cumo erôm aqueles de marcadorias da Quimigal e os do carbão (esses eram pa incher os meio-bidons)e aquando passaba o sotabento cheio de camones pó Algarbe? e ás sextas no rápido do Alintejo cum a malta da tropa?
Agora tamos sujetos a ber aquelas banheras brancase azuis que nim apitam nim nada, nim éi preciso o chefe da estação tar lá cum o apito pa dar a partida.
Isto tamém nã é nada, bá lá bá lá, dixaram a torre pá malta olserbar cá de loinge.
Bou mazéi buer uma mine mais o Toine.

Anonymous said...

Caramelo do Pinhal Novo sem comboios é como um Palmelão sem o monte de pedras (Castelo). Das nossas memórias consta de certeza o Grande "Combóio Correio". Quem não foi para o Algarve neste mitico transporte. Quem não bebia uma Mines na Cantina enquanto espera pelo Correio e aproveitava para levar outras para o caminho. Belos tempos em que tinhamos que ir ao Barreiro para ter um lugarinho sentado. E hoje que temos, até os estudantes vão de carro. De comboio só andam se for de pendular. Ainda falam da crise ... qual crise ... VÃO TRABALHAR MALANDROS.

Anonymous said...

Até quando cumprei um andar na Sul Ponte, os andares virados para a olserbação de cumbóios do Montijo eram mais caros. Os que eram virados pró castelo palmelão eram quase de borla, ninguém pegaba naquilo.

Anonymous said...

Sim, é isso mesmo! E refiro-me aos, GNR e funcionários públicos de tacho do partido! Uma cambada de preguiçosos. Agora, só porque o governo decidiu aumentar as suas regalias, a de poderem trabalhar mais e durante mais tempo, vêm para a rua manifestar-se? Vão mas é trabalhar, malandros! Além disso, deviam estar gratos por terem trabalho, ao contrário dos jovens Caramelos que nunca vão ter a mesma sorte. E, não havendo jovens a trabalhar e a descontar para as vossas reformas, têm que ser vocês (os velhos) a garantir a vossa subsistência. O quê? O dinheiro que vocês já descontaram? Isso já os políticos esbanjaram no Euro 2004, nas estradas, nos submarinos, nos seus Mercedes Benz, BMW, casarões e etc. Eles comem tudo, eles comem tudo.

Anonymous said...

folla

a pequena folla que cae no chan
ven directa do meu corazón doente.
non pasou nin sequera
polas ramas dunha árbore
afectada polo outono.

Anonymous said...

Sinto poucas palavras na minha cabeça, menos ainda nos meus dedos.
Nada parece conectar-se com a minha realidade mental, serei então uma criação humana? Um Pinhalnovenço de deus ou do partido da mesma cor de que a do Benfica?
Serei com certeza um andróide.
Com tantas galáxias e planetas dentro delas, tantos mundos, universos que a minha cabeça imagina ou conhece ou imagina conhecer,... Fui logo nascer aqui, nesta terra, depósito de Caramelos.

Anonymous said...

Ai Maneli que isto anda tudo muito tristi.

Anonymous said...

Ó Toino!!!!
Bamos buer umas mines???

Anonymous said...

Ó Toino!!!!
Bamos buer umas mines???

Anonymous said...

Esta porra saiu duas bezes!!!

Anonymous said...

Trazia-me todos os dias cansado da outra margem do Barreiro era a vida que me faz doer o peito 4 horas por dia, afoga-me a garganta numa agonia que não queria conhecer, que não queria saber. Não é este até o meu modo de ser… Mas trazia-me toda a reclamação por ser gente Caramela e ignorar isso, por não saber viver de modo mais simples e viver aqui perto da agricultura, de não saber que refeições quentes e a horas, em ritos quadrados, tal como o sonho dos meninos, Comunas, se misturava com as fluxões super valorizadas em gripes das ave-marias as quase fatais, que tudo isso em mim, se multiplicavam às centenas e se diluem em dias de paciência, sorrisos e gestos de boa vontade com os meus vizinhos Caramelos.

Anonymous said...

Este meu comentário é dirigido a todos aqueles que, por ignorância, burrice, estupidez ou, simplesmente, falta de sentido de oportunidade, nos têm brindado com alguns comentários pretenciosiamente sério-intelectualoides. Se ainda não entenderam, este blog não tem pretenciosidades pseudo-intelectuais - é um simples espaço de sincera confraternização de pessoas que se divertem, brincam, sem o desrespeito de e para com terceiros.Este blog só se oferece a quem o receba com a mesma simplicidade de espírito com que nós o fazemos, sem pretenciosismos e, sobretudo, com humor.Quem quiser um local de debate sério para aí poder vomitar todas as suas opinices inteligentes terá, certamente, a capacidade de encontrar outro tipo de blogs ou sites que existem para essa finalidade. Pele minha parte, despeço-me não sem antes assinar este meu comentário com o meu verdadeiro nome porque, o espírito humurista entende o pseudónimo, a crítica voraz, não!Considero que, quando nós pretendemos fazer críticas de teor sério devemos mostrar a nossa cara e não escondermo-nos debaixo de máscaras.Devemos criticar e assumir.
Ass: Lina Ferreira

Anonymous said...

Aquilo ali prós lados do Blog do Costa Bar anda mau.Chiça!

Anonymous said...

Bom dia ó pandleraige.
Anda mau?!!

Atão e ê queria buer uma mine mais o mê amigo Zéi Ratoera, se calhar nã serbem.

Ó Zei anda ber adonde ei ca gente pode buer umas mines.

Bamos buer pois, Zéi Manel Ratoera, que pago a primera.

Anonymous said...

Podem beber uma mine no Costa Bar, se são burros.

Anonymous said...

Mais um dia em casa sem fazer nada....Também com este tempo,vontade de sair de casa não é muita...Não tenho muitas novidades...Tive a pensar no que fazer com esta historia mais ainda não tomei decisoes,mas pode tar para breve...Bom,não sei o que escrever mais,hoje foi um dia normalissimo e não tenho nada a contar...Continuo a pensar na minha Fofinha...

Anonymous said...

"Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão. A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei nos Caramelos. Quem?" , perguntou eles. Quem?! Ele não sabe quem são os Caramelos! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim. Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones dos Caramelos o meio bidon. E para acabar a lista,. Óbvios, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo "Molecular infantis", que não existiam antigamente no país Caramelo. No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de "terno") nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"... Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Anonymous said...

Não compreendi muito bem o comentário daquela que penso ser a Lina do C s a B r. Não sei se se queixa de algo mais melindroso do que realmente parece, ou algo que não é do conhecimento dos utentes deste bolg, ou mesmo se se refere a este blog ou ao do C s a B r.

No entanto e referindo desde já que não sei quem gere este Bolg, nem fazendo questão de o saber, pois considero que não é por existir anonimato que se perde o respeito ou se ofende mais facilmente.

Considerando o que tem sido escrito até agora e pelo que me tem sido possível observar, não encontro matéria que de alguma forma possa ter atingido alguém ou algo estabelecimento negativamente. Antes pelo contrário, se existe local venerado pelos participantes é o C s a B r ou o Bar das Baratas Comunas. Assim, e visto que dispomos de uma comunidade interessante, bem como locais com forte identidade, talvez possamos coabitar em Harmonia, quer em Pastelarias Finas, quer em cafés com História, com Mines ou com Pães-de-leite. Como dizia o Eng.º Sousa Veloso – “Despeço-me com carinho e amizade e até ao próximo comentário, ….. ou programa”

Anonymous said...

Não podia estar mais de acordo com o último comentário.
Tendo nós pessoal que cria um blog desta natureza temos forçosamente de coabitar em HARMONIA seja em que local for.

Não entendo a crítica da Lina Ferreira, dado não ter detectado algo que tenha dado azo a tanto melindre.

A Melisa levanta uma questão bem pertinente, agora os putos são todos filhos da mamã. Eu que já passei os 50, vejam lá o que sinto ao recordar os meus tempos de menino ali para os lados da Palhota e Vale de Marmelos.

Anonymous said...

Os do Costa não estão contentes, mas li tudo o que lá estava escrito, e fiquei com ponto de interrogação, não vi nada de ofensivo…. Que queres Lina… Não há ali nenhuma ofensa… e só blablabla…

Anonymous said...

Prometo que vou estar mais atenta por detrás das garrafas!!!!

Anonymous said...

Estava umCaramelo à procura da palavra "lógica" num dicionário. Um outro pergunta-lhe: - Mas o que está procurando aí? - Estou a ver se descubro o que é que quer dizer lógica. - Mas isso não tem nada que saber, por exemplo. Você tem um aquário em casa? - Tenho. - Ora o que lhe faz lembrar o aquário? - O mar. - E o que lhe faz lembrar o mar? - Peixes. - E os peixes o que lhe lembram? - Hummm... uma sereia, uma louraça boa zona. - Então é lógico que o vizinho não é maricas. Todo satisfeito visita um outro vizinho: - Compadre, compadre, descobriu o que é a lógica. - Lógica? Mas o que é isso? - É assim compadre. Tens um aquário em casa? - Não. - Então é lógico que és maricas.

Anonymous said...

Num comboio havia um miúdo acompanhado pela mãe que era mais feio que os feios, ao ponto de que sempre que ele entrava numa carruagem todas as pessoas começavam a benzerem-se e tapavam os olhos, perante tal espectáculo a mãe resolveu levar o miudo para outra carruagem, qdo entraram viram que apenas lá estava um Caramelo a comer melancia, este olhou para a criança mas não fez caso e continuo a comer a melancia, a mãe feliz vira-se para o filho e diz "estás a ver filho afinal existem pessoas que conseguem ver o bom coração das pessoas", o Caramelo qando acabou de comer a melancia vira-se para a mãe e diz : "A Sra. desculpe, mas o bichinho come as cascas?"

Anonymous said...

vamos ao xico beber uma ... não há mines... uma media

Anonymous said...

Anos e anos de estudo e aplicação numa ânsia imensa de saber, consumiram os mais belos tempos do meu viver na luta por um futuro melhor do que a vida dos meus progenitores que tantos esforços fizeram para me manter na universidade. Jovem engenheiro, prepara-me para enfrentar o mundo do trabalho mas as dificuldades são tantas que me mantêm em permanente aflição, a responsabilidade de passar a contribuir para o rendimento familiar e, por que não, pensar em organizar a minha própria vivência. Arranjar emprego está difícil, isso já me tinha apercebido mas sempre esperava que as promessas dos políticos, mais cedo ou mais tarde, viessem a surtir efeito. Mas nada. O desânimo abateu-se sobre as suas interrogações tornando as noites cada vez mais negras.