8.12.05

Cabeça de porco e orelheira com feijão branco e hortaliça

Receita típica de Valdera enviada por Aníbal Texugo

Para 10 a 12 pessoas:

Ingredientes:

2 quilos de feijão branco-1 cabeça de porco caramelo mirândes salgada por 3 ou 4 dias- 3 litros de água do poço- 3 couves lombardas ou coração de boi – 18 nabos pequenos e as folhas do centro da rama dos mesmos – 6 cenouras médias – 4 quilos de chuoriço de sangue – 6 cebolas grandes – 1 ramo de salsa – 1 embalagem de pimenta – 1 quilo de toicinho intarmiado.

Utensílios:

Alguidar velho
Bancada de pedra ou madeira
1 faca ou navalha grande
1 bidon de 25 litros com tampa (verificar se está limpo sem restos de pitróile)
1 carro de mão
1 frigideira grande
1 panela grande
1 escopo das obras
10 litros de vinho
1 tanque de labar roupa

Tempo de preparação:
2 semanas

Grau de dificuldade: elevado

Preparação:

Para preparar esta receita de forma cumbeniente debe começar 2 semanas antes do dia da almoçarada.
Uma boa forma de não se cunfundir com o calendáire, ei marcar 2 semanas a partir de um domingo de marcado. Assim, quando for marcado, começa os preparatibos para o festim, e sabe que daí a duas semanas terá a gamela em cima da mesa, dando-se início à alarbidade comensal.
A cabeça de porco éi uma das pérolas da gastronomia caramela. Como tal debe ser praparada com cuidado e deboção.

A cabeça de porco, antes de se salgar não debe ter os oilhes, nim os miolos, nim a língua, mas conserbando-se inteira. Se for muito pesada, utilize o carro de mão para a transportar.
Para se preparar tira-se o sal que tiber a cabeça, escalda-se, raspa-se e e laba-se no tanque de labar roupa, de modo a ficar a pele cumpletamente branca, sim qualquer cerda.
É conbeniente, que ódepois de bem limpa, fique de molho im auga simples, por 6 a 7 horas, mudando-se a áuga 8 ou 9 vezes, de meia em meia hora, no mínimo.
A seguir põe-se uma panela grande ó lume e atira-se lá par dentro a çaboila e o fijão, que debe ter estado de molho 2 dias num alguidar grande de plástico.
Quando a cabeça tiber bim cozida (50 a 60 minutos de fervura brabia debe ser o suficiente), tira-se, desossa-se e guarda-se toda a carne e gordura em lugar fresco e limpo, loge do alcance das arganaças e bicheza dibersa.
Depois éi só cozer os begetais num recepiente adequado e esperar pela ferbura. O fijão depois de cozido, debe ser despelado um a um. Para esta tarefa, conte com 6 a 7 horas de trabalho descasquícola. Em estando o fijão descascado, junta-se tudo à cabeça do suíno e bai ó lume brando na panela cerca de 5 minutos, sá pa tirar as manias ó guizado.
Quando tudo tiber mais ó menos pronto, atira-se a panela (tenha o cuidado de tirar a tampa) pa dentro do bidon, onde já tão os ramos de louro à espera mais o binho. O bidon, debe ser bem fechado (pa não berter produto) e é então que o home o debe tombar e lebá-lo a passear por uns montes abaixo, pá coisa lá dentro se misturar bem e ganhar timpêro.
Depois disto, abre-se o bidon e tá pronto. Já pode cunbidar quim quiser e aprasentar um dos principais pratos da cozinha caramela.
Este prato ei de traçar o coirato.

10 comments:

Anonymous said...

Bela receita da FLC.
Quando conseguir vou tirar ferias para a preparar.
Que boas receitas têm aqui.
Podemos apreciar a verdadeira gastronomia caramela.
Pratos muito bons, como dizem "de traçar o coirato".

Anonymous said...

Sou caramelo e gosto de comer coisas nossas.
Visito este blog, mas normalmente nunca escrevo.
Não tenho jeito nem feitio para escrever.
Mas ao ler a receita lembrei-me das verdadeiras receitas caramelas que se comia na minha terra, quando a tal caramelândia de que falam existia.
Penso que aqui podem falar dessas coisas, apesar de não saber bem do que trata este blog. Brincam com os caramelos, ou tratam a nossa cultura elevando-a?
Parece-me que aqui se fala dos caramelos de uma forma inteleigente.
Bom blog, gosto de ler o que aqui escrevem.
Não sou politico, nem me identifico com nenhuma cor.
Aqui penso que fazem o mesmo.

Anonymous said...

Dentro da
Casa amarela havia
uma árvore.
A aldeia caminhava passo a passo
rumo ao mar.
Eu era a memória
das pessoas.
Cantava baixo uma elegia
que esculpia no tempo
o movimento em volta;
a eternidade passageira.
Ao longe, o quotidiano
passeava
flores pela mão.
As frases que nos habitavam
eram antigas como as casas.
Entre elas e o silêncio
nada mais havia do que uma rua
com voz rouca de romã.
As janelas olhavam-nos às escuras.
Os homens reuniram-se à noite
dentro de um quadro de Magritte.
Por fim, declararam inventada
a palavra identidade e todos
a soletraram em voz alta,
para dentro de si.

António Xavier

Anonymous said...

Ora aqui tá uma receta de se tirar o chapéu!
Isto é memo aquilo que ê tava a pinsar fazer prá malta ir fazer um piquenique na barragem do 22.
Odepois ê abiso em que dia é que a gente se ajunta.

Anonymous said...

Expressamente Caramelo, um dos principais negociadores da independência da Caramelandia, de que passam hoje + de 30 anos, afirmou em Pinhal Novo que não se sente arrependido do processo e que nada lhe pesa na consciência.
Durante uma palestra que proferiu na Universidade Alberto Valente, recordou as negociações de Caramelos, em 1974, entre o Estado português e a vizinha.
"Eu não dei, nós negociámos a independência", afirmou, respondendo a uma pergunta do porta-voz da sopa Caramela, sobre a opção tomada em 1974, que privilegiou na negociação a Cultura, então o movimento de quem bebe mais mines na tasca do Xico (o que é impossível porque o Xico não serve Mines e depois vamos todos para o Costa Bar).
"Não estou arrependido, nada me pesa na consciência", afirmou a Vizinha, que se encontrava rodeado pelo cão e pelo gato do vizinho.
"Obrigado, Caramelos, por vos terdes tornado independentes Culturalmente, por que não é livre um povo que oprime outro com cubos em rectângulo nas rotundas da nossa capital sem dizer nada o povo desunido", acrescentou o garoto que passava por ali. Associando as lutas Caramelas que combatiam o regime de ditadura de António de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano.
Num balanço sobre os últimos 30 anos no país caramelo, a vizinha considerou, no entanto, que "as populações não vivem melhor do que viviam, talvez pelo contrário" e criticou a globalização que disse ter apenas um sentido.
"A globalização, na sua versão neo-liberal come no pato Donald, que é a dominante os olhos dos que estão sempre a ver a propaganda naquela caixa estupida, não tem sido nada favorável para Caramelandia", considerou a Vizinha que estava assando umas entremeadas no curral ao lado.
"Não é possível impor uma boa governação de que tanto falam certos policromos e mangas-de-alpaca sem resolver a fome das raízes próprias", defendeu aquele que chamam Xana e que anda por ai.
"Não é os de Palmela, o os Lisboa, que confunde cooperação com deixa lhe as migalhas assim que os Bs e os Vs, que pode resolver esses problemas de cultura própria. É o partido e as suas agências especializadas", acrescentou:
Na ocasião, foi assinado um protocolo de cooperação entre a Fundação de uma cultura em mosaico mas um professor não viu que podíamos nos misturar é que ele tem o Canudo mas não é o da boa educação, a maior instituição informal, que incide no apoio mútuo na área da recuperação de arquivos e na história contemporânea dos Caramelos, bem como em outras acções culturais.

Anonymous said...

Camarada
Tu que és explorado pela entidade patronal
Durante a época do Natal
Usado como símbolo do capitalismo
Para fomentar o consumismo
Desenfreado, descontrolado
Que enriquece a burguesia
E empobrece o proletariado
Junta-te a nós no combate
Contra a guerra no Iraque
Oferece Che Guevara’s não ofereças Action Man’s
Luta pela igualdade feminina
Não dês Barbies mas Matrioshkas
Educa as crianças de hoje
Comunistas amanhã
Substitui o Harry Potter pelo livro “O Capital”.
Camarada
Reivindica o teu direito a um transporte decente
Pára o trenó e as renas
Que não é veículo de gente operária e trabalhadora
Como tu oh pai natal!
Unidos venceremos o imperialismo e os reaccionários
Viva o Natal dos oprimidos
Viva o Natal dos operários!
Assinado pelo candidato: Jerónimo de Sousa

Anonymous said...

Os governos mundiais, incluindo o português (que embora não pareça também faz parte do Mundo, bem mas adiante...) estão a alertar os seus povos para que se deitem sempre muito tarde. Nunca, mas nunca, com as galinhas.

Anonymous said...

Enfim, esta é a nossa sociedade ocidental, cada vez mais decadente. É uma vergonha isto acontecer, quando o 25 de Abril deveria nos dar liberdade e democracia, mas não, implementa-nos este regime em que os "jovens" sentem prazer em roubar e matar pessoas. Para que serve a vida, se vivemos constantemente com medo? Um dos direitos fundamentais de um ser humano, é mesmo liberdade, e essa liberdade está constantemente ameaçado por "jovens" que continuam a "brincar aos assaltos"

Anonymous said...

resposta a um comentario mais abaixo, na fote dos nossos amigos da GNR apuxar...
Os motociclistas do pinhal novo, já viram que são uma banda de brutos, por isso deviriam mesmo de ir para a praça de touros, em vez dos animais, esta terra é mesmo de caramelos, nunca mais progridem, quando se pensa em americano, pensam que são o senhores da terra. Mas só aguaram o exemplo de uns fascistas que são os anjos do inferno, deveriam mas é ir viver para os olivais, é lá que tem o clube deles, grandes bois esse meninos já nem tem respeito para os idosos. Viva o 25 de Abril. Abaixo o imperialismo.

Anonymous said...

A sexualidade é um processo de descendência (tipo sangue azul cianose) do pecado original. Dentro de um paganismo religioso encontramos a noção de que um demónio, para procriar, teria de possuir o corpo de um homem para injectar a sua semente diabólica no corpo de uma mulher que procriasse no mundo dos humanos. O processo inverso também existe, possuir o corpo de uma mulher e resgatar o sémen de um homem para dentro do óvulo maléfico. Deus abrevia e introduz a sua prole directamente no corpo de uma mulher.