1.5.06

CAMPANHA DE POVOAMENTO PRIMAVERA/VERÃO


Como toda a gente sabe, a nossa capital é a única metrópole do mundo em vias de cagulo, por isso tem despertado o desejo de muitos construtores e arquitectos da câmara em triplicar a nossa população até 2007. Para que isso venha a acontecer, os cabecilhas palmelões reuniram-se com os generais da FLC no intuito de emprestarmos tractores com reboque (de rodado duplo), para trazer cá pra dentro, carradas de gente que vive do lado de lá das nossas fronteiras e valas, para ódepois povoarmos o nosso território, usando as técnicas de espalhar adubo em terreno labrado.

Após horas de cumbersação-garreia, a FLC mostrou-se contra a iniciatiba, ameaçando ocupar o castelo para serbiço da Columbófila do Pinhal Novo que passaria a ter o maior pumbal da Europa. Deu-se o impasse, mas os construtores e imobiliárias, ripostaram e ocuparam o espaço público com contentores pra postos de benda de andares e chalés. A FLC vai re-ripostar forrando Palmela com publicidade do “HIPER CENTRO DO MÓVEL” (segundo o exemplo do Parque Industrial Vale do Alecrim), pra eles aprinderem a respeitar a nossa cultura. Isto tudo só prá gente na se chatear e na ter de pegar nas floberes.

Entretanto, para acalmar a fervura, o serviço de Estrangeiros e Fronteiras Caramelas fez um estudo pra remediar do problema. Usando todos os recursos à disposição (febras, meio-bidom, mines e mais mines, carvão, nabalhitas, etc.), acabaram por descobrir, na estrutura duma entarmiada, a solução intermédia.

Isto quer dizer que agora aceitamos gente pra dentro das nossas fronteiras mas não é assim à parba. Tem de ter certas e determinadas características de índole caramela. Ou seja, só aceitamos gente pré-acaramelada. Nada de gente tipo sabonete-líquido que tem na maniazinha, e ódepois têm de lebar nas trombas, só pra se adaptarem ao sabão Clarim.

Numa primeira fase, a FLC e a Federação das Forças Brabias Caramelas promoveu a campanha-romaria “Um equídeo um apartamento com vista prá Fonte da Vaca”. Quem tibesse um burro, uma mula ou qualquer outro animal de índole cabalar podia bisitar-nos.
E foi o que foi.
Na semana passada apareceram centenas de candidatos com todos os tipos de cabalaige e carroças apandleiradas. Cada participante podia olserbar as nossas instalações urbanas e rurais, tais como a qualidade do piso, os aromas a coirato, os sacos da compratiba entre outros costumes. Odespois, ao longo da Estrada dos Espanhóis, estavam contentores-postos-de-venda para que cada um, amontado no seu cabalo ou carroça, pudesse assinar um contracto de promessa compra e venda dum imóvel à sua escolha. Só depois é que podiam cuntinuar a viaige, e sair das nossas fronteiras, até Viana do Alenteijo.

A campanha foi um sucesso e a cavalaige esbeiçava-se de alegria.

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