13.5.06

O PONTO MAIS ALTO DA FEIRA DE MAIO

É com todo o rejegozijo que o nosso pobo vem dar um passeio à Feira de Maio, feira de bariedades dedicada inteiramente a atrair os caramelos mais brabios vindos dos baldios mais remotos do nosso territóiro. Como sempre a feira espalha-se pela Praça da Independência-Caramela, à bolta do marcado intigo cuja arquitectura (inspirada no meio-bidom birado ao contrário), se confronta com as barracas.

Esta feira tem como núcleo de combíbio a zona dos Carrinhos de Choque. Este carrossel foi totalmente desimbolbido pelos Laboratórios de Psicologia Caramela (L.P.C.) como aparelho psico-terapêutico aos impulsos mais brabios. Os Carrinhos de Choque serbem essencialmente para satisfazer a buntade dos caramelos em exercer a sua cidadania ao bolante dum automóbel. Tem como princípio a ausência total de regras ou sinais de trânsito, podendo, sempre que apeteça ao condutor, abalroar o carro do bizinho, tantas vezes quanto lhe apetecer. Este aparelho (carrossel) está munido de luzes e músicas nerbozentas para proporcionar um ambiente de aparbalhar ainda mais o automobilista. Está tamém equipado com bancos em toda a bolta para aqueles que andam a pé, possam olserbar-discutir-interferir as ocorrências do trânsito.

O protótipo deste aparelho, foi feito nos anos 60 pela FLC, e era uma réplica às estradas lusitanas da época. Os carrinhos não tinham borrachas à bolta e em vez de introduzir fichas, introduziam-se caricas de mines compradas numa taberna (montada para o efeito, à berma da estrada), além disso os carros atingiam belocidades superiores a uma Zundapp de cabeça rebaixada. Os efeitos eram debastadores, por isso o modelo sofreu algumas alterações, ganhando o fitiu como hoije podemos ber na Feira de Maio.

Contudo, o modelo não satisfaz completamente os impulsos mais brabios do caramelo profundo. Ainda ontem, por exemplo, bários automobilistas dos Carrinhos de Choque, não satisfeitos com as borrachas, e não vendo estragos visíbeis no vizinho, despiram-se em tronco nu e dedicaram-se à punhada, transformando o recinto num berdadeiro ponto de interesse. A grande diferença é que o trânsito não parou para olserbar a ocorrência. Antes pelo cuntrairo, a circulação acelarou ainda mais, passando por dentro da garreia num misto de grande entusiasmo e coraige.

Para solucionar este problema, a FLC recorreu à engenharia japonesa que consegue meter televisões no tablier dos carros. A nossa solução provisória é a montaige duma tela de cinema dentro do carrossel, para que, enquanto os nossos condutores conduzem, vejam os filmes do Bud Spencer.
Tudo para nosso rezegojizo e para o bem da Feira de Maio.

3 comments:

Anonymous said...

Queridas Amigas,
nem sei quanto estou feliz. A noticia da Feira de Maio deu uma volta de 356º à minha cabecinha. É como se de novo voltasse à minha infÂncia e reviva a minha mocidade na Feira Popular de Lisboa, enquanto comia farturas e algodão doce. Que tempos. Foi lá que conheci o meu querido Artur.
Naquela época eram raras as pessoas que tinham automóvel, e quando o Artur, (que era um rapaz lindérrimo e entroncado de olhos verdes e sorriso de espantar, pois deixou as minhas amigas de boca aberta, ainda hoje a Fifi me fala desse dia e porque ela não me roubou o meu Artur) me disse que possuia um carro descapotável, eléctrico, rasteirinho, acolhedor e com um bom pára choques, fiquei apaixonadérrima por ele. Ainda me lembro como se fosse hoje: - Eu com o algodão doce numa mão e a outra a segurar a mão dele, enquanto corríamos para ver o automóvel. Quando chegamos perto dele, fiquei deslumbrada. O Artur não tinha só um automóvel, mas sim a pista toda, ou seja, o Artur era o dono da pista de carros de choque. Todas as minhas amigas roeram-se de inveja, enquanto eu andava gratuitamente nos carrinhos toda a noite. Escusado será dizer o que se passava na roulote do Artur após a pista fechar.
São esses tempos que vou recordar na Feira de Maio.
Já convidei as minhas queridas amigas do Oriente Norte para o Festim. Já ensaiei umas frases para quando estiver ao balcão: "quero uma entremeada e uma mine. Dê-me o troco em tremoços". hihihihihi que giro!
Adeuis queridas emigas. Encontramo-nos na hora dos Ranchos.
Célia "cécé"

Anonymous said...

Convite:
Concerto no Algarve na Ass. Satori em Salir, com as bandas:
- Ervas Daninhas, 100surrados, á cara podre, Fita Cola.

Ainda há lugares disponíveis no comboio da manhã.
Só tens de levar a linguiça, o pão e o vinho.
"e qué cu porco preto quer?"

Anonymous said...

Já podes ouvir um estouro de som, em www.buscamp3.com.br/ervasdaninhas
é o tema "Pedras da Calçada" e fala da nossa juventude, do antigo Pinhal Novo. faz download.

"Ainda te lembras de quando andávamos pelas ruas?
as pedras da calçada eram minham e eram tuas.
por onde ando eu, por onde andas tu?
que hoje elas estão ocupadas por viaturas de belzebu.

São pedras da calçada, que atiram sobre mim,
são pedras da calçada e isto numca mais tem fim.

Assim esta vida é uma farça sempre fechado em casa com o corpo feito numa carcaça
e eram essas pedras que antes pisávamos pelas ruas,
já não são minhas,
também já não são tuas"