4.2.07

Belarmina Acocorada prepara-se para lançar novo livro

Um dos maiores vultos da cultura caramela contemporânea continua a criar de forma frenética e não pára de nos surpreender com rasgos de puro caramelismo literário dificilmente superável.
A autora encontra-se neste momento incontactável, totalmente debruçada na finalização da sua nova obra, repartindo os seus dias entre as batatas (estamos na época das geadas) e a escrita, que alguém já designou de caramelócompulsiva. De referir que esta vivência quotidiana serve de mote para o título do livro que contém também alguns elementos autobiográficos, importantes para os (cada vez mais) estudiosos da sua valiosa obra. Pensamentos da Geada na Batatataige é então um título a não perder e que pode bem substituir a leitura do Jornal do Pinhal Novo durante uns tempos (que no entanto continua a ser muito útil para acender o meio bidon).
A FLC, sempre atenta à cultura caramela, publica em primeira mão dois novos poemas populares da Ti Balbina Acocorada, que merecem leitura e releitura(s) atenta(s).


Sou repariga e balente

Sou uma repariga da estrada
Bou e benho de matina
De apelido sou Acocorada
Mas pa insinar os outros
Nunca tibe de dar punhada

De manhã dou de buer aos porcos
Ca mim na mapanham descalça
Se me quiserem pricurar
Bão ber dentro dos poços

Ó geada braba e malina
Que aparas a batata pó azeite
Antes o Inverno agreste e balente
Cuma latada da nha prima Mari’ Alfeite

Bou agora cozer grão
E buer um copinho de binho
Gosto de ber telebisão
E óbir aqueles homes lá do Japão.

Nã sou amiga da geada
Na gosto dela nim caiada
se toca na minha batata
dou-lhe com o sacho e cabeçada

tenho mais um libro pronto
mas debo de dizer o seguinte
nã me chamim baidosa
mas escrebo com uma rapidez parba

parece que há tiro lá fora
Já tou a óbir as rajadas
bou buscar a nha flóber
enquanto traço umas queijadas

A bacina da Câmara

Atão na querem lá ber
Querem lá na ber atão
Bão daqui mas ei
Antes quê solte o cão

Bamos à bacina quei de graça
Bamos lá que não ei longe
Já tenho a canzoada e cordel
Mais bale aqui do que im Alpiarça

Os canitos são balentes
Ladrim ladrim mês marotos
Gosto muito de os ber
a buer a água do esgoto

Da bacina gosto pouco
E da bacina da câmara atão nim falar
Mas se me querem bacinar
Olhem que eu cá nã sei ladrar

Ódepois bamos imbora
Bou eu amais a canzoada
Nã sou esperta nim parba
E muito menos caramela ladra

8 comments:

Anonymous said...

Sou fã desta poeta popular.
Quando sai o livro?
Como se pode comprar?

Anonymous said...

ahahaha ahahahah hahahahah ahahahahahahahahahahahaha!
Balente poesia!

Anonymous said...

tão umas rimas um bocado escacalhadas, calhando é monde tar de cócoras!
vai-se a ber é isso

Anonymous said...

balente poesia sim sinhoras, ela deberia ir tamém ò incontro dos poetas que a junta organiza todos os anos, lá prós bombeiros.

Anonymous said...

do Jornal do Pinhal Nobo em 6/2/07
A caramelagem do grupo "União" das Palhotas, partiu o berniz e estalhaçou um bidro do bar.
A GNR da Grande Nação Caramela, chamada por um sócio anónimo que não se identificou em birtude dos estatutos democráticos daquela "união" caramela, preberem a irradiação de sócio, a quem botar palavra com a cumunicação social. Ca falta de biseiras e bastões dos grandes, apresentaram-se cu Jeoo belho e bolnés nobos com botões atrás bem apertadinhos e lá tintaram
acalmar a desunião na "União"
O pior da causa é que os zaragateiros são directores da "União" e obrigam-se agora a comprar garrafas e copos partidos e a pedir desculpa às empregadas pelos impripérios ditos, que cuitadas ainda que tiberam de apanhar os cácos. A coisa foi feia e parece que inté um meio bidon andou pelo ar, atirado contra a montra e não arremesso de minis, porque era baile fino e era noite de se serbir agasalho tinto de Ermelinda do pó.
Para lebantar o auto a GNR tebe que ír atrás dumas moitas na estrada dos espanhóis, as as testemunhas de acocoraram e declararam que o baile estava nos picos do auge quando a "união" desuniu.
Segundo consegui saber, o acordeonista deu duas bufias e não se quis assumir e daí a zaragata.
Ora aqui está como uns directores brabos caramelos do grupo "união" das palhotas, resolbeu dar um pouco de bitalidade às suas iniciativas e respeito, porque nem o gajo da sanfona tem direito a dar bufias,para fazerem ber às outras colectibidades como é que se resolvem os assuntos na sua.
Se o Ministro da Cultura Caramela sabe disto, ainda prega no peito dos directores uma medalhas daquelas que sobraram do tempo em que o Dr. Sampaio foi Presidente

BISMARQUES said...

Gostei de ter passado por aqui!

Abraço

Anonymous said...

Anônimo disse...
Por este andar ainda vamos também receber uma Regata Internacional na Bala da Salgueirinha!
K




regata na bala disse...
olha ca ganda ideia inteligentemente aparbalhada, bamos a isso punhão, bamos a afazer uma regaita de caramelos brabios inbalados na ondulação cá da bala da salgeirinha.èpá câ ganda ideia, atão afinal é para isso que a bala ainda lá tá, pra maltezaria ir de barcos meio-bidom a desbrabar por aquela merda afora.

abiso/atinção: faço barcos
meio-bidom
bários preiços

Anonymous said...

É caramelaige, nam resisto há tintação de dizer a bocês todos que endemos a ser comidos pela EDP há uma data danos e nam protestamos nada.
E cando reclamamos querem ter sempre razão.
A stória da contagem do contador quando lhes apetece é uma marabilha pró seu bolso.
Fazem os débitos por estimatibas sempre para o seu lado e no fim do ano acertam, e se nam tibermos caroço pra pagar, alebamos com juros.
E quando chega ao fim do ano e há mudança de preço, intão é que nos enrrab...(desculpem estava a fugir-me a pena pra berdade).
Se estibermos atentos e protestamos, querem sempre ter razão. É uma bergonha.
Cá por mim protesto, protesto, com argumentos inquestionábeis e só fui bencido uma bez, não por falta de razão, mas por desgaste. Como aquela malta tem muito que fazer, chegamos a estar 4 e 5 meses à espera de resposta e é cada uma que daba pra fazer uma cégada.
Como hoji é dia de cégadas, bamos intão lá ber o corso do carnabal da nossa Capital Caramela e não esqueçam que às 24 horas, bai haber fogo de artificio nas margens da bala da Salguerinha, mas o pobo esteja cum cuidado porque cumo chubeu muita a áuga bem com bagalhões muito fortes e pode haber inundações.