8.12.07

A importãiça dos editoriais

CARTA:
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Sou das Areias Gordas adonde toda a gente me conhece por Zé Escabadeira porque sou um home brabio com uma forçaria capaz de lebantar um bolksbaige de pantanas e jogar ele pra uma estrumeira.
O que eu quero dzer é que leio sempre as belas históiras dos editoriais do Jornal do Pinhal Nobo, por mostrarem uma grande bisão jornalística. Mas dixei de tar cumpletamente sastesfeito. Eu sei que esses editoriais são contos de grande importãiça pra todos nós, mas se fossim reportaiges sobre a nha tia Roberta Farinácea, a contar o dia a dia da galinhaige no espojeiro, enquanto cose o buraco dumas peúgas, atão isso é que era de balor. Mas não!...

Ópois falaram-me que a FLC tamém faz editoriais de grande qualidade e fiquei todo cuntente, por isso fui logo prá vindima pra ganhar uns tostões e comprar um computador. Já disse a toda a gente, e bou dzer aqui, que fiz um migalheiro e cumprei o computador só pra bir ler as notícias da FLC.
Mas agora ando arreliado. Uma pessoa bem aqui quase todos os dias e NADA!
É que bocêzes, como grandes defensores da nossa cultura, nã amandam cá pra fora mais notícias, históiras, lendas, editoriais e mais editoriais e… cunsiderações sobre a nossa nação.
Quero ber mais trabalho.
Ou bocêzes labutam e acordam prá bida e jogam-se a preceito e ó afinco à nossa cultura, na apanha de acuntecimentos e isso…, ou eu arrebento já aqui com as letras do teclado à punhada que isto fica logo com as tripas de fora. E nã tou a brincar hã?! Bem! …
É que isto nã tá fácil. Se isto continuar assim, exijo já aqui uma indemnização ou qualquer dia arrebento com isto tudo a pontapé caté o computador bai a aboar prá testa dum GNR.

Eu já tou farto de dzer e digo aqui cum orgulho que a cultura caramela está cada bez mai forte e quero portantos agradecer aos chefes da FLC por fazerim de mim um homem mai libre nesta nação que é da gente todos. Mas bejam lá mazé se espetam mais editoriais pra gente ler todos cuntentes,
Sim mai cumbersa de momento, e até logo.

Zé Escabadeira. "

O espaço "Cartas a cagulo a sair do alguidar" é a bóz ao pobo caramelo que manda prá gente correspundêinça brabia de interesse giral e parbo-reimbidicatibo.

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Direito de resposta

A propósito da carta tirada de dentro do nosso alguidar, de onde se podia ler que os elementos da FLC debem ser “mai trabalhadores” e que “debem amandar mai notícias cá pra fora”, o Conselho Geral da FLC declara:
“ A FLC é uma organização rebolucionária, única no mundo totalmente equipada com floberes, 5 rolos de fita adesiva e 100 metros de arame pró que der e bier. Estando ainda remetida à clandestinidade, a FLC luta pela a libertação da cultura caramela e é constituída por um grande número de militantes, activistas e colaboradores, (sem falar da canzoada especializada em encontrar coirato), contando com todas as comunidades caramelófonas espalhadas pelo mundo. Toda a sua força brabia vem de dentro de cada um, portantos, não recebe qualquer apoio nim da América, nim da Rússia, nim dos construtores civis, nim de porra nenhuma. Por isso, para além de cumprirem as missões de libertação, têm tamém a sua profissão im prol do progresso, e é por isso que não espatamos aqui muito mais editoriais.”

2 comments:

Anonymous said...

ê cá concordo co zé escabadeira... e se é falta de apoio, aqui a malta organiza já debates garrêa e paga mines e coiratos aos hómes grandes da FLC - aí à sexta-feira a tarde toda na seda da palhota a dár-le beim na binháça e nos secretos de porco preto. ham?.. uma bez por semana? ham? era bom n éi?

Zé do Cão said...

A Direcção da FLC, debia mandar fazer um presépio de natal, ali montadinho na bala da salgueirinha, cu marché era capaz de financiar, a emitar o rio jordão. Fica muto bonito, cu burro, ca baquinha, o palheiro etc,etc. Era tudo a correr pra bêr e ao lado uma boina já belha, cuns cobres pra malta pôr mais algum que daria pra ajudar, nem que fosse algum cigano, daqueles ca inda não tem o subsídio, coitado. (se houver algum)