1.4.08

O Apocalipse do Meio-bidom

A Sociedade Caramela de Meio-Bidonlogia (SCM-B) anda preocupada com as novas utilizações dos meios-bidons. Pode-se ler num dos títulos da revista técnica “O Fórfo”: confirma-se o apocalipse meio-bidonístico na malha urbana, e prevê-se, a curto prazo, a extinção deste utensílio até nos baldios da Fonte da Vaca.


É sabido por todos que o uso do meio-bidom assador em via pública (a espalhar fragrância de coirato, intarmiada e sardinha), tem sido ao longo dos tempos um ponto de confluência e de conbibência na nossa sociedade, assim como um símbolo de toda cultura caramela. No intanto, como se sabe, esta prática é proibida pelas forças palmelonas que, por sua bez, lembem as botas aos tiranos sanitários europeus que só comem ervas. A FLC e a SCM-B não lembim as botas a ninguém, e por isso consideram esta proibição um atentado aos nossos costumes, sendo que a única maneira de conservar esta cultura seria uma recolha de todos os meio-bidons abandonados para o Museu do Meio-Bidom e do Fogareiro-de-Marquise. Este museu já estaba a ser montado num pavilhão abandonado do Parque do Vale do Alecrim e teria a dupla função de reactivar em labaredas todo o parque meio-bidonístico e, ao mesmo tempo, receber “Os Bardoada” pra poderim fazer barulho à sua buntade em qualquer dia e em qualquer hora, enquanto roerem um coirato à escolha.

No intanto a imaginação caramela trouxe grandes nobidades. A SCM-B tem vindo a berificar que este balioso utensílio não foi dado ao abandono mas sim espontaneamente reutilizado. Estamos a falar dos meio-bidons-cinzeiros-comunitários. A transformação é simples, derrama-se areia das obras pra cima dos restos de carvão e já está: é só esperar que os caramelos fumadores se aproximem e esfumassem à roda do meio-bidom, tal como o faziam dantes com géneros alimentícios. Há um crescendo desta reutilização deixando perplexos todos os meio-bidonólogos que não sabem o que fazer com este sinal dos tempos. Por um lado parece bom, por outro pode ser perigoso pois esta nova cultura de fumar em comunidade à roda dum fogareiro, pode suscitar uma nova proibição palmelona, e isso seria o apocalipse!


A FLC tamém não sabe o que fazer, por isso está a ficar irritadiça com esta prática de proibição compulsiva de todos os costumes caramelos. Já nã se pode matar um porco, já nã se pode comer um coirato na brasa à porta do café, já nã se pode fumar na coletbidade, já nã se pode pescar pardelhas com floberes, já nã se pode andar à bardoada na compratiba e até os ciganos caramelos já nã podem bender pensos na estação, mas o que é isto afinal?!! Hã? A FLC está a preparar uma rebolução que as milícias armadas saem todas do nosso quartel como avespas desostinadas.


Enquanto a gente prepara a rebolução para a libertação da nossa cultura, a FLC está ainda com as últimas medidas de diplomacia rural com as mais altas instâncias de Bruxelas, para repor todo o parque meio-bidonístico, em labaredas na via pública, com as suas funções originais. Estamos a fazer um ultimato (com uma punhada na mensa) para a homologação do meio-bidom (cheio de ferruige), como mobiliário urbano oficial de toda a Caramelândia. Se isso acontecer a nossa bida retomará o seu curso normal com o aroma do coirato e outros petiscos de fazerim crescer mines na boca.

Uma bela pintura numa barreca de coirato

junto às largadas das Festas Populares do Pinhal Novo.

Lutamos para que continue!!

5 comments:

Axpegix said...

E o meio bidon como barraca para o cão, pode continuar a ser utilizado?

Anonymous said...

muito bem!
Viva a FLC e a sua defesa dos intetresses caramelos, qualquer dia somos todos iguais e já ninguém pode acender um meio bidon.
Eu também vou lutar pelos direitos das gentes de cá.

Anonymous said...

ê cá aicho, que anda-se a sofrer pressoes pálmelonas para a disistencia da utilizaçao do mei-bidom... uma proba disso, foi ter olserbado em arrabaldes próximos da nação caramela (que nã bou dizer ondié, porque tinha que arrear umas galhetas im alguem ósdespois), a utilizãção, não do mei-bidom, mas da Jante de ferro dum carro empanado ou cumprado no férrvélhe... atropelei log aquela afronta à nação caramela, co JOPER im slide...
aiche que debemos tar atentos... tou a abisar..

Boss said...

Viva a nação caramela!
Quando a revolução sair à rua os "Bardoada" também vão estar! Não podemos deixar acabar com o que é mais característico na nossa nação, senão qual é a piada de beber mines se não há coirato!
Força companheiros, vamos à luta

Zé do Cão said...

Os coirtatos não podem nunca acabar.
Nim que seja assados entre dois tejolos de 7. Os palmelões que se danem todos, que façam queixa à ASAE.
E pró timpero, se nam fôr cum culher de pau, mexemos com pau de madeira de
pinho ca rasima e tudo. Dá mais gosto.