20.5.08

FLC ACONSELHA UMA MAIOR CARAMELIZAÇÃO DAS FESTAS

O mês de Junho traz à capital caramela as já tradicionais festas populares. Após consulta clandestina de um pasquim local – Jornal do Pinhal Novo- alguns elementos da FLC disfarçados de distribuidores do mesmo, decidiram reunir na esplanada do Costa Bar. A reunião clandestina realizou-se com todos os elementos em posição vertical (hoje é terça, o Costa Bar está fechado), abrigados da chuva com algumas capas de oleado amarelo e botins até aos joelhos. Quem por ali passou, de nada desconfiou, pois mais parecíamos um grupo de trabalhadores da Câmara a planear qualquer arranjo urbano. Cada um dos elementos leu, com maior ou menor dificuldade (alguns dos nossos elementos são aquase anafabetos- com orgulho) a noticia relativa às Festas. Depois fomos buer umas mines para os bancos do novo espaço dos idosos no jardim e camuflados entre eles, a fazer exercícios às mãozes e aos pézes deliberámos im boz baixa:

1- A FLC vai lutar pela valorização da cultura caramela na Festas Populares
2- Apelamos à introdução do porco caramelo-mirandês nas largadas (é urgente a valorização desta espécie em extinção)
3- Deverá ser endereçado um convite ao Toino da Ideias Parbas para apresentar uma conferência na inauguração das Festas Populares sobre “A influência da cultura caramela na cultura pós-moderna da capital geográfica da caramelândia por adopção- Pinhal Novo” (tema sobre o qual este home anda a fazer a sua tese de doutoramento rural)
4- Avisarem os ranchos que fazem a sopa caramela para não chegarem às nove horas da noite sem sopa (atenção aos riscos de motim e punhada- todos têm direito a uma gamela da nossa poção mágica)
5- Convidar a Ti Balbina Acocorada para uma sessão de poesia caramela de encerramento das Festas.
6- Não transformar o Cortejo Etnográfico numa ida ao Jardim Zoológico ou a um museu de história natural - o visitante estrangeiro deve ter a noção de que o espécime caramelo se encontra vivo e bravio, mesmo ao seu lado (de preferência de mine na mão) e que não é uma espécie mitológica em vias de extinção.
7- Porque não uma corrida de Fameis, Sachs e Zundaps na recta da estação?
8- Realizar um concurso de gastronomia caramela, em busca de novos sabores, para desintulhar o povo da sopa caramela (a chamada descentralização sopista-gastro-rural)- dar voz às gentes caramelas que podem trazer receitas caramelas de valor acrescentado.
9- É necessário realizar demonstrações diárias de fogo rijo, cate todos andim parbos da órelhaige.
10- Promover formações de língua caramela para os visitantes estrangeiros e habitantes locais, ter a coragem de escrever o programa das festas em língua caramela, falar caramelês no discurso de inauguração das Festas, gritar bem alto somos caramelos!
11- No páteo caramelo, promover o imbubudamento dos jóbens com material caramelo (tintos da região) e agendar sessões libres de punhada todos os dias a partir da meia-noite.
12- Ter um local para promover debates garreias sobre a cultura caramela (duas mesas e uns bancos corridos chegam, se quiserem a gente (FLC) pode imprastar.

O grupo clandestino da FLC dirigiu-se depois à porta do Café Satélite (de caminho passou pela Cunpratiba para abastecer de mines (duas grades) e disfarçados de agentes da ASAE em pleno acto de fiscalização da qualidade das buidas atrás mencionadas, deliberou que sim, que atei tão boas as ideias, mesmo que alguns as cunsiderem parbas, mas que a FLC ei que sabe o quei bom pó povo caramelo!
(ódepois gritámos três vezes BIBA AS FESTAS POPULARES e fomos imbora com o vasilhame na mão e ninguém deu por nós…escundidos atéi ao início das Festas.)

11 comments:

Anonymous said...

Sou a favor das Festas de Pinhal Novo e dou os parabens aos organizadores.
Nada mais tenho a dizer.

Anonymous said...

essa do Cortejo etnográfico está bem metida sim senhor. Revela visão dos agentes da FLC para a libertação da nossa cultura. Cá pra mim, o cortejo está para a nossa cultura como o embalsamamento está para um cadáver. Há que inverter isto.

Anonymous said...

Concordo, esses cortejos só servem para inglês ver.

Anonymous said...

O cortejo etnográfico é um esforço por parte da junta de freguesia que tenta mostrar um pouco da cultura caramela. Mas o que é a cultura caramela? Quem organiza as festas já pensou ou falou com alguém que saiba desse assunto? É que andam pessoas pela terra que estudam esse assunto e ninguém lhes liga nada. Pensem nisso, senhores organizadores e senhores da câmara e junta.

Anonymous said...

há que chegar a frente e trabalhar!! caramelo que é caramelo não ladra morde!

Anonymous said...

Eu aicho que devemos todos mordiscar qualquer coisa pra que o cortejo seja uma actibidade genuina e não uma simples montra ambulante.

Anonymous said...

Pois eu acho que os caramelos merecem melhores festas e celebrarem a sua cultura de forma mais seria e menos demagógica!

Anonymous said...

Sou pela Famel Zundapp Piriquito.

Dom Fuas. said...

Eu cá sou pla mine vendida a preços decentes, assim como o coirato e a entremeada,..não pla robalheira que se vê por estas festas populares..

Zeze

Anonymous said...

ê cá sou a favor da sopa caramela liberalizada e bindida im pótes de bárro das lagameças.

e que tal intrar no guiness com o maior mei-bidon do mundo? com montes de coiratos e secretos a assar im cima, e o pobo todo à garrea a ber quem come a maior intarmiada.
é este ano que me bou por a fazer pioes co joper, no patio caramelo.

Zé do Cão said...

Constou-me ca ciganage tá a ensaiar uma marcha, com arquinhos, balões e
belinhas acesas qué pra fazer um desfil à noite no sabado principal da festa em homenage ó goberno central.
Os motivos dos arcos são fotocopias dos bales de correio que recebem da
Seg.Social.
Há outro grupo cus ensaios já mais adiantados, tamem com marcha, para desfilar atrás da ciganage, cujos motivos decorativos são fotocopias dos bales de correio que nunca chegam ao destino.
A direcção do clube teve que por alto nas inscrições, que já abia gente a mais pra desfilar. Alguns são coxos, outros mancos e outros até nam têm nada, mas também não recebem.
Portanto já sabem, contem com isto que bai ser mais lindo có S. João de Braga.
Um abraço ao Zé Barrigas