7.10.08

Mais um episoido da telenovela mais brabia de sempre

Eis mais uma tigelada da monumental telenobela “Coiratos Cum Açorda”, a primeira nobela completamente falada em caramelo, grabada em cenários naturais, com uma históira que bai desde o escândalo rural até à intriga urbana.

Resumo das últimas 300 barrigadas desta nobela:
Vanessa da Tatuaige no Rego, depois do casóiro com o Zei das Casmarras, tirou um curso de acordeão e seguiu uma carreira artística amais o seu home. Unidos prá música, formaram o Duo Vanessa & Casmarras que teve um sucesso imediato im cima dos reboques de tractor e taipais de toda a nação. Chispalhudo, o avô de Vanessa, teve agora uma ideia…

… próximo episoido:

Tiriri-tiriri-tiriri (telefone a tocar no bolso de Chispalhudo)
- Chispa, tás adonde? – pergunta Venâiça, sua a mulher brabia.
- Óh, tou no parque. Tou aqui pindurado nestes ferros a fazer ginástica, à frente do ringue.
- Aí ó pé da paraige das caminetes?
- Sim.
- Atão despindura-te já daí e vem mazé aqui à reforma agráira fazer ginástica pra lebar estes cabazes a casa. Vá!
- Mas eu agora nã posso. Amanhã é Domingo e tenho que tar im forma.
- Im forma??!! Pró quêim??? - pargunta Venâiça espantadiça.
- Pró baile matiné dos reformados.
- Sai já daí. Olha que eu agarro im mim e bou ter com o Albarinho da Junta e mandar ele arrancar essa trugia aí do parque.
- Mas foi ele que pôs!
- Na interessa. Despindura-te já.

Entretanto, no marcado do Lau, Albartina Empanzinada esgrabata um monte de camisas de manga-de-cava, pra ber se incontra alguma que sirva no corpanzil do seu Hortênsio.

Agora já é Domingo, o Duo Vanessa & Casmarras já subiu ao palco dos reformados e pensionistas.
- Áh! Som! Um, Dois. Som. Áh, Um, Dois, Som. – diz Vanessa a testar a aparelhaige.
São 15:30, chegam dois tractores-limusine cheios de reformados da Venda do Alcaide, logo depois chega um da Carregueira e outro de Valdera, numa grandiosa encenação.
O espectáculo bai começar e Chispalhudo põe em prática a sua ideia. Mete-se à frente da entrada do baile e monta uma bancada a vender caixas de Ben-u-Rons, Aspegiques, Paracetamóis, vasodilatadores, Viagras, pomadas prá demência entre outros perfumes.
As vendas superam as expectativas e o baile ganha um ritmo avassalador com os reformados a fazerem comboios, todos ingalfinhados numa correria caté parecem o comboio da Autoeuropa a ganhar balanço, chiinho de bolksbaiges (esta mistura imagináira tamém se vê no episoido com um truque especial do realizador).
Tudo decorre com grande centrifugação até que, de repente, a reformadaige sai desalboriada pela rua afora, im direito a Águas de Moura, provocando distúrbios na bia pública. As forças da ordem saem como avespas apoquentadas e procuram a causa de tanto rebuliço. Facilmente detectam Chispalhudo com a sua farmácia ambulante a correr atrás do cumboio dançante, estrada afora…

E agora?
Será que a guarda descobre que é Chispalhudo a causa disto tudo? Será que Chispalhudo vai pró calabouço? Será que os reformados desmaiam antes de chegar à Palhota?

Não percas o próximo episoido de Coiratos cum Açorda, antes que desmaies tu tamém e precises de respiração boca-a-boca.

10 comments:

Anonymous said...

debiamos grabar esta porra

Anonymous said...

Boa tarde ai ó maltezaria!!!
Ca grand'inredo.
Plo caminho afora inda deiam ter tempo pa uma paraige na Taberna do Fijão pra prestar homenaige à Ti Deolinda, recentemente finada, e que muntas parboeras aturou à chabalaige do Ciclo, netos e besnetos desses jobes brabios que bão im corrida desalmada.
Debe-se proceder a mais uma paraige na ponte do Natérce (ponte junto á fábrica dos electródes, aquela que tamém dá acesso à Taberna Dibergente " O SOL MOI O BELHO ", e adonde às bezes se liem umas quadras brabias), mas boltando á homenaige que aqui debe ser prestada:
Ao Natérce, home brabio tamém recentemente finado, que Santro Dia se alimbrou de atrabessar a ponte, bindo do lado do café do Palinho Cachimbão, na sua metorizada quando esta inda na taba cuncluida.
Escusado será dezer c'o hohe assintou cum as bentas im cima dos carris do cambóio.
findas estas duas homenáiges deberá o grupo seguir im grande algazarra pa Áugas de Moira, tendo simpre cuidado cum aquelas gaiatas parbas da cabeça que costumam mandar parar os carros na recta de Áugas de Moira junto ao depóisto dos altemobes.
Bou ao Costa buer umas mines.

Anonymous said...

Boa tarde pandleraige!
Atão falam das nobelas? Cá o Toino nã bê, nã tem tempo, tou na sede a buer mines á parba. Mas esta gosto, até compro grades para ler e buer ao mesmo tempo. Ó ze ratoera, bais ao Costa? Anda buer uma grade mais eu, que deves tar com a sede! Bou agora regar a batata e depois buer duas grades só para tirar a sede. Ó zé ratoera, vai aparecendo para bebermos mines os dois. Bou agora

Anonymous said...

Acho que a América tem que vir ter com este Chispalhudo pra salvar a economia. Nós é que temos grandes soluções.

Anonymous said...

Estimado amigo Toino das Mines, simpre a cunsidrá-lo!
Já há uma porredaria de tempo qu'a gente nã se incuntraba por aqui na culetdbidade.
Bamos lá olserbar um episóide da telenobela na TB do Costa e inchermos o bucho de mines e umas gamelas de torresmos soltos.

Anonymous said...

assim é que é falado, bem buer, e bem comer é tudo o que levamos la para a cova, tenham boa saúde e viva os caramelos sem chocolate...

Anonymous said...

Lavoras. Do alborecer à noite. Todos os dias. Adquires automóbel. Casa. Fazes projectos. Contas. Nunca vatem certo, mas já estás acostumado. bendes a casa. Alugas um andar. Mudas de travalho. Ou ficas no desemprego. Andas de café em café como o Toino das Mines. Deixas versos nas folhas dos jornais. Envelheces. Boer moscatel. Com a mesma bontade com que boias água, quando eras garoto. Fumas um cigarro, e outro, e outro. Dizes que um dia deixas de fumar. Acordas cedo. Deitas-te tarde. Dormes limitado, ardil conclusão. Juntas uns sovras. Para um dia. Um dia o quê? Compras um ifone, ou um notalivro. Avres um libro ao meio. Será desta que vais até ao fim? Um dia o quê? Acomodas alboroçado, a meio da noite. Dez anos depois. Trabalhas. De amanhecer à ignorância. Todos os dias... Reúnes umas moedas. Para um dia. Um dia o quê? Acordas sovressaltado, dez anos depois. Porque não admites? De uma bez por todas. De modo decisivo. Aguenta-te à vrava, ou... dez anos é tempo suficiente para saveres que esse sovressalto, esse mutismo, essa ilusão, essa palabra que nunca abizinhaste a manifestar... Podes biber. Coavitar não importa quanto. Um segundo mais, ou um centúria. O tempo é indibisível. Essa contusão é grande demais. Se bais continuar. Avançar sempre. Acostuma-te. Lavutas. De começo à incerteza. Todos os dias... Juntas umas migalhas. Para um dia. Um dia o quê? Acordas alarmado, dez anos depois. Concilias com a mesma agitação há dez anos. Acordas com o mesma intranquilidade até que. Até que um dia aveire. Não matutes nisso! Nenhum... Apenas o dormir, o indolência tranquila. Mas agora vai dormitar, meu Caramelo. Vai dormir que o futuro é o mesmo dia.

Anonymous said...

Minha foto

Frente de Libertação Comunitária
A Frente de Libertação Comunitária (FLC) é um movimento neoanarquista que visá organizar a sociedade em uma nova organização social, economica e politica. Para que isso possa de fato ocorrer a FLC, tem como principal pratica de luta a organização de pequenas zonas libertárias livres. Como assim? A FLC se insere nas comunidades carentes e aos poucos, através de mutirões, palestras, eventos culturais e demais atividades politicas e culturais, organiza em plena sociedade capitalista, comunidades totalmentes livres do poder capitalista. O principal problema que essas comunidades terão é o rompimento definitivo com o ciclo de dependencia financeira e alimentar da produção capitalista, por isso a FLC tem como uma das suas etapas na construção dessas comunidades a organização de cooperativas e hortas comunitárias.

Anonymous said...

Era uma bez na Caramelandia onde habitavam dois indivíduos bravios que tinham a mesma alcunha, António Gonçalves.
Um era eclesiástico e o outro, taxista.

Quis os destinos que esticassem no mesmo dia.
Quando abeiraram ao céu, São Pedro esperava-os.

- O teu nome?
- António Gonçalves.
- És o presbítero?
- Não, o taxista.
São Pedro interroga os seus apontamentos e diz:
- vom, conquistaste o paraíso. Lebas este manto com fios de ouro e este realeza de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.

- O teu nome?
- António Gonçalves.
- És o clérigo?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito vem, meu filho, adquiriste o paraíso. Lebas esta vata de linho e este ceptro de ferro.

O padre diz:
- Desculpe, mas debe haber embrulho. Eu sou o António Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, auferiste o éden. Lebas esta vata de linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro chefe. Era taxista, bibia na minha capital Caramela e era um azar! Suvia os passeios, vatia com o carro todos os dias, conduzia malissimamente e assustaba as indivíduas Caramelas. Nunca reformou, apesar das coimas e reprimendas policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na matriz!
Como é que ele receve a túnica com fios de ouro e eu... isto?

- Não é nenhum burlo - diz São Pedro - Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais a comuna, como a que bocês fazem lá na Terra.
- Não entendo!

- Eu aclaro. Agora orientamo-nos por propostas. É assim: durante os moderníssimos anos, cada vez que tu pregabas, as pessoas dormitavam. E cada bez que ele os transportaba no táxi, as pessoas começabam a rezar.
Desfecho! Perceveste? Gestão por Ovjectivos! O que interessa são os resultados de propaganda que o pobo caramelo compreende, a forma de lá chegar é completamente secundária.

Zé do Cão said...

Isto inda é melhor cós morangos incarnadinhos sim açucre.
Calquer dia a intramos na cuncorência, nim a asic se salba.
É pá como bai o club das palhotas?
num tenho sabido memo nada.

aberrimos