24.2.09

CARNABAL 2009

Este ano, a esquadra operacional para a ambientação carnabalesca (da FLC), decidiu limpar o céu caramelo de toda a espécie de nubéns e araiges, deixando apenas uns restos de mau tempo em cima do Castelo de Palmela. Sabendo disso, a nossa capital ficou a cagulo de tanto bisitante (muitos deles, só saem em dias de sol e, quando há nubéns, gostam de ver o corso pela telefonia). Eles binham em cachos de todo o lado e "só com trinta marcados do Pinhal Nobo ao mesmo tempo, e mais uma aparição de Fátima, é que se conseguia superar este gintio", disse Norberto das Nalgas, comandante do pelotão de vendedores de balões.
A FLC distribuiu pelas entranhas do corso, 232 agentes à paisana, assegurando a normalidade e a força da mais alta expressão do mundo caramelo moderno. Bamos lá intão ber a nossa reportaige.

Com medo que o corso fosse pequeno, a GNR decidiu, este ano, participar com um dos seus carros alegóricos. Os foliões bestidos a rigor com colete florescente, abriam alas com coreografias centrífugas. Mas nada que chegue ao nível do Rancho Folclórico das Lagameças.

Já se percebe melhor porque é que a GNR está ao comando do corso. É porque, logo atrás, os motards do Motoclube do Pinhal Novo, se transformaram em mines. Eh pá! Debe estar praí bem mais de duas grades de mines a apoquentar a guarda.

Os bardoada, atiçados pela FLC, mantêm a sua luta contra a música importada do Brasil que teima em sair das aparelhaiges palmelonas (como forma de boicotar o cortejo). Aqui nesta imaige podemos ber como eles trazem à gente o ritmo caramelo que tanto apreciamos.

Este ano dedicado à etnografia, convinha dar ao corso uma interpretação caramela. Por isso, qualquer que seja o povo representado, ele não sai deste carnabal incólume. Aqui pode-se ber a Cleopatra com um jerrican de binho da Cascalheira, mascarado de relicário.


Aqui é uma holandesa com ares de caramela da Palhota.



A FLC, não se responsabiliza por este momento. Não era assim que estava combinado.
A ideia era: subir e descer um taipal com um balde de massa de cimento, fingindo que se estava a encher uma placa clandestina (antes que a Câmara palmelona descubrisse). O que aqui se pode ber é uma actibidade importada da América que é subir e descer sempre o mesmo degrau. Gracinda Adiposa (porta boz dos bendedores de banha da reforma agrária) disse "é uma actibidade parba que não leba ninguém a lado nenhum, e na serbe pra nada".



A primeira aparição genuínamente caramela:
uma pudaleira-alegórica com elementos rurais. Olserbem as ramaiges ao volante.




Alem das ramaiges, leba atrás um cabaz da loja dos chineses com produtos bariados. Como a qualidade do cabaz não garante que que o conteúdo chegue ao fim do corso, é preciso um segundo caramelo para vigiar e manter a estabilidade. A evolução do povo holandês depende destas sugestões.



O carro alegórico dos Amigos de Baco, com um foguetão(??) feito de canas.




A FLC tem na forja o projecto dum corso carnabalesco dedicado só ao carrinho de mão. O que seria um caramelo sem um carrinho de mão? Como teria ele feito a maior binha do mundo sem carrinhos de mão? Como é que se transporta as hortaliças de um lado para o outro? Enfim...
Eis aqui um carrinho de mão alegórico como prelúdio de um futuro carnabal.


E AGORA...
A entrada em grande da segunda parte do corso, totalmente apoiada pela FLC. É a parte clandestino-espontânea que todos mais anseiam.
A abrir caminho, pode-se ber com todo o pormenor como um caramelo transforma um computador Magalhães.
Considerando que esta codaque não deixa ler bem o que está escrito ali, aqui vai: "O Caralhães de cana larga e intermete". Mesmo assim, não chega nem de perto à obscenidade propagandista dos computadores Magalhães.


Lá vai ele destemido.




Uma alusão ao caso Freeport e à crise, com um toque arquitectónico de um pombal.


As motarizadas em grande estilo. Já deram mais de mil voltas à Caramelândia e ainda estão aqui para dar mais uma volta ao Parque José Maria dos Santos. Nesta imaige está a acontecer uma rábula do "pegas ou não pegas, hã?" ... e ela pega ou não pega.


Vai um despique de roda im pei? Librete contra librete.



A Banda da SFUJA uma banda que, tal como os Bardoada, toca tamém músicas cá das nossas. O maestro vai com as nalgas ao leu, o coreto vai superlotado, e os instrumentos são oriundos da Canofer e da Drogaria Alegria.


O carro dos alentejanos é, na berdade, um autocarro da FLC, sempre de fogareiro aceso com coirato em fumaça. A FLC utiliza este beículo para fazer excursões aos charcos mais históricos da Caramelândia. As cadeiras eram do antigo cinema da SFUA.



É bom que se veja que o beículo está equipado com um belo de um sobreiro para fazer sombra e o chofer usa uma técnica de condução dos carrinhos de rolamentos.


E finalmente o último modelo do comboio caramelo. O tal que nos acompanha em todos os carnavais. Só que de uns anos para os outros a evolução é tal que nem a CIA nem a KGB conseguem acompanhar (andam todos almariados numa guerra pra saber como é que isto se faz). Nesta codáque ninguém cunsegue saber adonde começa nem adonde acaba este cumboio. Vamos por partes...


Aqui é visto de frente a fazer uma curva em alta belocidade. Pode-se ber que possui dois andares...




A carruaige de trás é mais reserbada à leitura e ao combibio, sendo o andar de cima destinado à gaiataige.



O andar de cima, da carruaige da frente, é para a classe executiva com vista panorâmica.


E a locomotiva, com o respectivo maquinista e todos os apetrechos.


Uma panorâmica geral do ebento, que proba a dimensão que o carnabal caramelo tomou. Esta multidão é a proba do balor do trabalho que alguns caramelos têm tido ao longo dos anos. Assim, os elementos da FLC prestam aqui homenagem ao Gonçalves, o maior dos foliões, que muito trabalhou para que o carnabal do Pinhal Nobo se tornasse no que é hoije. Ao Gonçalves, que nos deixou, estará sempre com a gente, e onde o humor caramelo estiber. Uma salva de patardos.


8 comments:

Anonymous said...

O que eu gostei mais foi das mines. O motoclube está com os caramelos. Gostei também dos alentejanos.

Anonymous said...

A FLC esteve aqui bem ao lembrar o Zé Gonçalves. Pena foi no Enterro do Bacalhau, nem saberem quem ele foi, e o que representou para os Amigos de Baco, principalmente na tradição do Enterro do Bacalhau. É vergonhoso terem-se esquecido dele, principalmente nesta data. O Maia fez bem em lembrá-lo.

rukbah said...

Olá ermandade caramela, encontrei aqui o jaquim comedor de emburgas numa demonstração de alta preformance caramela ....

òmais vejam aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=e12lEzK2qec

Força FLC, Força Mundo Caramelo !!!

Zé do Cão said...

Eu cá também estibe lá. Cheguei com duas horas dabanço e assentei-me ao lado dum caramelão já entradóte, no beiral da montra do Montepio Geral.
E como tinhamos tempo de sobra, amandamos abaixo dois croquetes, duas mines, demos um arrôto e boltamos pró mesmo sítio, que por sinal era à sombra.
Íamos deitando um olho aos passantes, alguns mais mais malendrecos quando se tratava de misses caramelas.
Gostei de tudo, mas aquela intrada triunfal logo abrir o cortejo, da biatura da GNR, achei duma oportunidade muito importante. A GNR de mãos dados com a caramelage, a fazer lembrar os tempos da outra senhora.
Faltou aqui dar relebo à ambulancia, que desatou àpitar quando passava à porta dos "Mochos"
com intuito de dar colorido ao cortejo.
Junto à 'stação da Refer,trabalhava um meio bidon, àssar coiratos XXL
de grande queitegoria.
Pró ano que bem, se Deus quiser, tou lá batido outra bez.
Um abração a todos

Pascoalita said...
This comment has been removed by the author.
Pascoalita said...

Mas que divertido deve ter sido! E eu que fiquei em casa a olhar para as paredes e a ver se chovia ... pois até pingou que foi uma farturinha, benza-a Deus que assim fez crescer os nabos e engrossar o alho porro.

O meu amigo Zé do Cão é que tinha razão que logo de manhãzinha saiu de casa e foi regalar o olho eheheh

Pois no próximo ano podem contar comigo

:))

Anonymous said...

ê cá na achei gande jête ao corteje co a GNR... bebim muito e fazem pouco... e ósdespois se um compadre entrar num debate garrêa, eles metim-se logo na cumbersa e ê na gosto.
Bou até baldera fazer pioes de joper.

Anonymous said...

Boa tarde pandleraige!
Pa mim ei uma mine.
Atão falam do carnabal?
eu tibe a ber e a buer mines. Bui cerca de 20 grades, desde o principio ate o fim e depois ainda bui mais 4 só para ajudar a ingulir as outras. e depois ainda bui mais 5 só a discutir lá na sede, quem tinha a melhor mascara e depois bui mais 7 só para festejar quem concordava comigo e depois ainda bui mais 4 só para que os outros nao ficassem sangados comigo e depois bui mas 8 so para acabar o dia e ainda mais 3 ao deitar. De modo que só agora a qui bim, tive a recuperar e a buer mines.
bou agora buer mais uma grade.