6.3.09

Ti Balbina Acocorada lança nobo livro de poesia caramela

Sou os chispes da minha alma, é o novo título da Ti Balbina Acocorada.
O lançamento do livro vai ser no próximo sábado, dia 14 de Março, por bolta das 14h00 em frente à biblioteca de Pinhal Novo, e segundo Alcindo Escabador, o organizador do evento, a organização não se responsabiliza se alguns exemplares forem lançados selbáticamente por alguns fãns da Ti Balbina, “de incontro às montras da biblioteca im sinal de justo protesto por este estaminé da pseudo-cultura caramela nã ter sequer um único livro do maior bulto actual da poesia caramela contemporânea, e de nunca ter pricurado saber alguma coisa sobre a sua obra”.
Tal como aconteceu na sua obra anterior “"Poesia com Chispes de Luz", o prefácio vai ser da autoria do António Estalisnau Tarimba (mais conhecido por Toino das Ideias Parbas).
Deixamos aqui um pequeno excerto do que o Toino escrebeu: “Nesta nova obra, a Ti Balbina Acocorada prossegue a sua doce depuração de uma Poesia sensitivo-rude, de tradição feminista selbagem, que nos embala num regresso à nossa alma gémea caramela, que é afinal uma só. Li Sou os chispes da minha alma de uma assintada num acero descampado perto do Lau e absorbi a essência natural das suas palabras mágicas. Debo dizer que Ti Balbina canta o mundo e o molda à sua pessoa e nos insina o simples das palabras. Atrabés das metáforas e das segundas palabras-sentidos, é capaz de nos fazer oubir as motorizadas da nossa infância (em escape libre), de nos fazer ber (e cheirar) o pitróile do intigamente.
Ela escrebe poesia como quem bende hortelã e óregãos (em ramáiges ainda frescas) na rafórma agráira, é a boz caramela mais pura e actual, um refrão inbisibél mas acústico, uma mulher malina que não procura a fama e faz da obscuridade a luz clandestina da sua criação artístico-rural.
A sua poesia de alta radiação caramela é como criolina a desincardir os nossos obidos, uma labaige à cera do pensamento, elebando-nos a caramelos-gaiatos-quase-parbos em liberdade total, com a alma nos chispes.

Balintia é o mê nome

Tenho os chispes
im brasa
tenho bico
Na asa
Tenho fijão de molho
E biajo sempre de motorizada

Sou mulher rija
E malina
Nã tenho cadija
O mê nome é ti balbina

Fui escriturária e
Pé descalça
Ainda bou à raforma agráira
Nunca usei calça

É domingo:
Bou ao marcado
Tenho cabalo dado
Nunca lhe olhei pó dente
Nim usei datargente

Sou balente
Sou malina
Bou ó cagatóiro
Nunca usei
supositóiro

Sou a Ti Balbina
Se for praciso
bebo criolina

Sou acocorada e
Às bezes malcriada
Antes só
do que mal acumpanhada

Bou mímbóra

Bou desinfetar a basilha
Bou buer áuga e grabilha

Gosto da bicheza brabia
Como ratos e nã me dá azia

Bou ao urinol como ós homes
Ponho-me de cócoras
E nã uso pedra pomes

Esgrabato à parba
Bebo binho
E nã desidrato

Fiz de mim própria selbaige
Mas escolhi a minha biaige

Bou mimbora bou partir
A mim éi que
nã mapanham a dormir

Poemas retirados do novo livro “Sou os chispes da minha alma”



12 comments:

Anonymous said...

Penso que todos os que gostam de poesia caramela esperavam ansiosamente pelo próximo título da Ti Balbina Acocorada. Eu vou tentar comprar e estou de acordo com os que lançarem livros contra os vidros da biblioteca, pois é um escandalo que não haja um livro da Balbina, nem nunca ninguém sequer tenha falado dela. Gosto muito do poema que publicaram, o bou-me embora. Agora quem não goste que se cale e não diga mal, acho que é uma honra poder ter esta mulher a escrever com esta alegria na nossa caramelândia.

Anonymous said...

Onde posso adquirir o livro? A junta de freguesia vai editar? É que sou poeta também e gostava de editar um livro, mas quando pergunto se os da junta de freguesia apoiam nunca ninguém me responde.
Alguém me sabe dizer alguma coisa? tenho muitos poemas à espera dentro das gavetas? o presidente da junta gosta de poesia?

Anonymous said...

numa basante, a ti balbina mais eu tivemes quase quase a trocar de ramaiges.. mas ódespois, um dia colei a junta da cabeça do joper e já nã pude ir com ela ao marcado e ela nisto ligou-me da gábine a dizer que ia imbora. Esse poema do "bou-me imbora" é intigo e foi escrito par mim.
E agora quim bai imbóra sou eu. Porra.

Laura said...

Ahhh, deixem-me rir que bem pessiçô...(pra quem na é esperto essa palabra quer dizer (preciso) Alentejano destrambelhado fala assim... Foi-me recomendado pelo zé do canito, andeid e candeias às abessas pa cá chegarê, mas cunsegui e pruntos...Bosmiçê tem cá uma caramelada que me adoça o paladar...Boua sorte pó libro, e tome lá uma ferradura pa por atrás da porta!...Um abraço da laura..

Zé do Cão said...

No dia 14 lá estarei para ber a primeira benda deste livro, que inda não saiu e já é famoso.
A Ti Balbina de Cócaras ou Acocarada, terá que prantar na contra capa, a sua assinatura de poetisa caramela.

Eu lebo caneta 'sferografica, que depois dela asssinar será desfeita à pézada para que ninguem mais assine por ela.
Os caramelos bravios, são assim...

Um abraço à malta

soç said...

atão ma ficou tudo parbo ou quÊ?
Han..?

nã há mai historias? nem uma mine?
a bossa sorte é que tenho dir ao bale da bila ber uma fossa, senão...
...mas ê bolto... porra.

Toino das Mines said...

Boa tarde ó pandleraige. Pa mim ei uma mine.
Atão mas não se passa nada? Já nem servem mines? E a luta pelos caramelos? Foram presos? Bou buer e grade e depois bou regar. A ber se dizem alguma coisa.
Bou agroa.

Anonymous said...

Isto está a ficar muito monótono. Então agora que até temos tantos motivos para comentar e reflectir.
Está na hora de lançar a candidatura do representante da FLC às eleições.

Anonymous said...

Venho aqui e nada. Volto e nada. Será que calaram a revolução caramela? Quem ganha com isso? Será que isto tem alguma coisa a ver com as eleições? Quem tem medo do que se diz aqui? Quem ganha com o silêncio? Serão os de lá de cima, do castelo, os amigos vermelhos? Porque não assumem que temem os caramlos e a sua voz de revolta? Deixo a pergunta: Quem ganha com isto, quem quer parar o movimento dos caramelos. Não me identifico, mas devem ficar com uma ideia que quem diz isto não é parvo.

Zé do Cão said...

Isto tá paradito.

Não me digam que o problema da'scola secundária ainda não chegou cá.


um abraço

Anonymous said...

A escola na ei sacundária ei basica
E o assunto ei a gaiatege parba que mostra os regos

Toino das Mines said...

Boa tarde pandleraige!
Pa mim ei uma mine.
Falam como parbos, tanta cunbersa!
Ainda deixaram mines para o Toino ou falam sem nada beber?
Mas o Toino acha que se deve plantar para comer, para que cada um coma o que planta e as mines, como se podem criar as suas proprias?!! Por falar nisso vou buer uma grade.
Viram o Zei Ratoera?
Zei, anda buer uma mais eu!!!