16.2.12

ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO

Foi durante dez longos dias que os esquadrões de busca e salbamento da FLC estiberam à procura do nosso piquete-carteiro, Bitelino Unicórnio, desaparecido desde 5 de Fevereiro. Durante este tempo, a nossa matilha de cães chirou incansavelmente por todo o baldio e estrumeiras das redondezas, e não encontrou o home im lado nhum. E adonde é que ele estava? Estava totalmente interrado debaixo dum monte de cartas endereçadas à FLC. Dada a enxurrada de correspondência, o nosso home nã teve tempo de fugir e por-se a salvo, ficando, por isso, enterrado lá debaixo! Podemos dizer até, que o monte de cartas ganhou tais proporções que se alguém subisse até lá acima podia abistar Marrocos (espreitando por dentro do gargalo duma mine). Com este monte avassalador no meio da planície caramela, houve logo palmelões que quiseram construir compulsivamente um castelo lá no alto, mas as facções brabias da FLC barraram o acesso, como quem barra um suinicultor, munido dum carrinho de mão, à entrada da Sela. Mas o nosso home foi incontrado vivo e isso é que interessa. Depois, todas as cartas foram lidas atentamente em boz alta pra toda a gente obir. E da audição chigamos a uma conclusão: o pobo caramelo ainda lebanta muitas dúbidas estranhas sobre o porquê da punhada, e mais isto e mais aquilo e mais aqueloutro. Muita gente ainda não reconhece a diferença entre uma punhada cívica e uma punhada imbecil. Por isso ainda fazem perguntas como “Será a punhada um mero impulso vindo do subconsciente brabio?” ou “Será um simples movimento brusco por falta de palabras?” ou “Será um regresso em marcha atrás ao paleolítico?” ou “Será uma afirmação desnatada do Ser?” ou até “Será um tique?”

A resposta é “Não”.

E é “Não” porque falamos sempre de punhada cívica.

Mas porque a “punhada cívica” parece ser um paradoxo (como os queijos da Jardia que quanto mais mal cheiram, melhor sabem), a FLC tebe de pôr os chispes à obra e desembolber experiências que comprovem que a punhada cívica é mesmo cívica e não um murro parbo qualquer.

As experiências tiveram lugar no laboratório do MPPPNGPEPONG onde os homes honestos e actibistas preparam a rebolução. Munidos com câmaras de filmar de alta precisão, infracor-de-laranjas, arrotografias e mais eletropunhogramas, foi possível ber com detalhe toda a filosofia contida dentro duma punhada cívica.

Muita coisa foi descoberta e confirmada!

Reconheceu-se as diferenças da punhada de cada home. Desde as punhadas escrupulosas (que retiram previamente os óculos da vítima) até às mais poderosas e fulminantes, podemos olserbar uma surpreendente infinidade de variedades. Entre elas damos aqui alguns exemplos como aquelas enroscadas com uma saída em diagonal; outras, com um início potente e duradoiro, a saírem de ricochete; outras eram lavradas de baixo para cima com um acabamento a seco; outras ainda, decalcavam um ponto morteiro central com efeito giratório. E é aqui que está o segredo! A punhada cívica tem a sua singularidade como as manchas das vacas. Cada home, envolto na razão, imprime o seu traço pessoal e inimitável. A punhada cívica é, nada mais nada menos que uma ASSINATURA.

E como assinatura que é, está deslindada a razão porque um caramelo, quando imprime uma punhada nas fuças dum aldrabão, não desata a fugir, nem diz “eu não fiz isso”, ou “não me lembro”. Uma assinatura comprova a responsabilidade do seu autor, e quem escreve, com o seu próprio pulso, uma punhada nas trombas dum cabrão-traidor, confere o seu nome e toda a sua reputação pessoal. “Não é à toa que as coisas acontecem por acaso” disse um dos nossos pesquisadores no relatório oficial.

Face às análises dos eletropunhogramas desencriptados, ficou explícito que a punhada cívica carrega consigo a rigidez das normas gramaticais do Direito e, ao mesmo tempo, a fluidez da gíria popular consagrando uma das mais eficazes formas de comunicação oficial. A punhada possui dentro de si um tribunal, um sistema jurídico e a sentença lida, tudo compactado na extremidade do chispe quando aborda as fuças, em profundidade, dum pandilha-mentiroso. Embora uma pessoa honesta e trabalhadora possa nunca entender este fenómeno, o certo é que quando um ganancioso-corrupto leba pas fuças, fica logo a saber com quantas tábuas se faz uma capoeira prós piruns. Essa é que é essa! Por isso, uma assinatura caramela, autenticada por uma balente punhada cívica, é a mais eficaz materialização da mensagem que se conhece. Não mata ninguém e ao mesmo tempo exprime a responsabilidade cívica do seu autor convicto e inspirado. A punhada leva, enfim, a sua própria glória de um dia o seu receptor vir a agradecer tão nobre gesto.

Como é uma escrita única, lacónica e fidedigna, cujo discurso substitui a banalidade das palabras, das súplicas e dos gritos, a FLC, em parceria com o MPPPNGPEPONG, decidiu que sempre que haja uma petição pública os caramelos não precisam de assinar o seu nome nem dar o número do Bilhete de Identidade. Em bez disso, dirigem-se pessoalmente (olho no olho) aos excelentíssimos senhores (que fingem que não percebem o que se está a falar) para decalcar uma assinatura pessoal. O único protocolo é: de um lado, levar umas mãozorras cheias de razão e, do outro, haver umas fuças duns execráveis ladrões, que estão mesmo a pedi-las.

A FLC nã tá pra brincadeiras, por isso esperamos ter desendubidado todas as precuras.


SE ÉS CARAMELO E AINDA NÃO TENS ASSINATURA PESSOAL

AJUNTA-TE AO MPPPNGPEPONG E IMBENTA A TUA.

OPOIS BAMOS TODOS UNIDOS

IMPRIMIR UMAS PUNHADAS NO FOCINHO

DA MITRAIGE POLÍTICA E ALDRABÕES AFINS,

QUE ISTO JÁ NÃ TEM TRAMBELHO NHUM!


7 comments:

Humberto Tarolho said...

Isto da punhada pacifica, já está me aquecer os miolos, é Pá eu só sou um simples caramelo, na tradição de esta terra, gosto do Benfica, pela cor vermelha, do partido da mesma cor mesmo se começo a ter duvidas sobre eles também, gosto das festas do pinhal novo porque há la largadas, mas a minha filha diz que isso é de bárbaros, e ela mesmo se está desempregada foi a universidade, deve la ter aprendido mais de que a minha pessoa que só tem a 4 classe obtida na tropa...também fui fazer 9º ano pelas novas oportunidades, mas não me encontro nem mais inteligente nem mais sábio, agora ando a compreender como se dá punhada Pacifica, vou pelo menos tentar.

Manuel Salvador said...

Sim é preciso mais esclarecimento, é que nos fazem querer que há sempre segredos de importância nacional...
Eles estes rapazes que dizem governar este pais, governam é mesmo os interesses deles, nos podemos fazer o quê... Para lutar-mos sem Punhada violenta... é que ninguém nos ensinou. Mas li para ai coisas como fazer um grande apagam de televisões, e de EDP isso também penso que podia lhe fazer medo a esses ladroes eleitos por nos, desligarmos durante uns dia tudo, não irmos as compras ao supermercado, arranjar comida nos agricultores ai a volta, e durante uma semana ficamos nos jardins todos a conversar, e se a musica a dançar... não sei se haverá gente para isso estão tanto habituados os pequenos confortos cada um para si... que é difícil fazer uma revolução pacifica, mas que é possível isso penso que é.... resistência.... passem um bom domingo, e riam um pouco isso também é uma boa energia para aquecer...

Sem Nome said...

Eu trabalhei na RTP, e sabem o que fazem por lá durante a propaganda e outros programas de distracção, (Isto é Totalmente Segredo de Estado, por isso estou a escrever num computador não identificado e na rede publica da Biblioteca, que se pode obter gratuitamente no jardim em frente a essa, e vou deixar um nome contrafeito...) eles intercalam imagens subliminais, que duram décimos de segundo mas que o nossos olhos cativam e transmitem ao nosso subconsciente, assim eles podem controlar os nossos gostos e certas reflexões, para ficar mos patetas e fazer o que eles ambicionam de nos, é por isso que há TV em todos os cafés, nas lojas do cidadão, nos centros de saúde, e mesmo nos centros de desempregos, e agora com os avanços tecnológicos também enviam ondas para acalmar o pessoal, e assim não ir a Punhada cívica. Eu já a muito que liguei a minha TV a um leitor de DVDs e a um disco duro móvel, assim só vejo o que quero, e como se pode tudo tirar da Internet de forma gratuita aqui na rede da Biblioteca, isto fica me a preço muito mais barato e assim não sou influenciado pelos manda chuva... convido os a fazer o mesmo, para o bem mental de cada um.

António Borges said...

Afundar-se no conhecimento, toda uma vida, é deslumbrante!

O Saber é a maior Punhada pacífica e civil, é Silenciosa e Mortífera, para com todos as doutrina, corruptas! A ciência está ao alcance de todos Nós...

Pesquisa, sê obstinado e descobrirás, e se sabes Difunde!
Só na partilha o mundo Caramelo será Um Só, e Melhor! Esse Mundo Caramelo está em todos nós, esse sonho de Libertação está a se tornar Realidade! Vai a Punhada pacífica!

99% de SUBJUGADOS! 99% de IMPOSTURAS nos deram como ALIMENTO!

FAZEM-NOS CRER que a resolução SÃO ELES! Os Políticos de todas as cores e Bancos!

OS QUE TEM MEDO ACREDITAM NELES - CARAMELO!... LIBERTA-TE E DA PUNHADA!

um Caramelo que pensa said...

Basta, o povo deixarem cair os braços nos locais de trabalho. Não precisam sequer de fazer greves e perder o salário. Nem de organizar manifestações em Lisboa, sempre dispendiosas. Cada qual, no seu posto de trabalho, mas de braços caídos. É a forma de Humor silencioso que mais estraçalha os nervos dos Mandantes. E os faz sentir-se Humilhados, Furiosos, Fora deles. Enquanto os braços caídos e as bocas fechadas riem a bom rir, em silêncio, isso é uma boa forma de dar punhada Pacifica.

Anonymous said...

Sim nos é que temos o poder se o desejamos todos, já no 25 de abril se dizia "O povo unido já mais será vencido" o problema é que o povo esta desunido e Partido.... isso de pararmos todos e ficar mos no nosso próprio posto de trabalho é que dava uma boa revolta Pacifica, mas é preciso ter coragem.

Anonymous said...

Os caramelos devem dar punhadas!!! Eu acho que o povo deve dizer o que pensa e intervir na luta. os comunas qe se cuidem porque o povo caramelo quando anda na punhada, anda na punhada valente.