30.6.05

Da discussão nasce o pitromax

Edgar Morin (um sociólogo perdido) achou finalmente o paradigma. O paradigma foi encontrado numa discussão espontânea entre o Cazmiro Dáçorda e o Toin Tição, passada no Futebol Clube do Forninho numa quinta-feira às 18:14h. Transcrevemos aqui parte dessa conversa.

- Nã Bou!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá feito parbo!
- Bai lá ber que tom debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Sê disse que nã tom mais de três, nã tom mais de três…
- Som quatro qeu cuntei.
- Tu nã cuntastes nadinha.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três. Som sempre três. Sempre!
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha.
- Nã bou, tou aqui beim!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro escondidos.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá só pra ber, feito parbo!
- Bai lá ber que tom todos debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Se som sempre três, tás a imbentar praquêi?
- Som quatro qeu cuntei.
- Nã cuntastes nada.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som, vá lá?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três, mas eu nã sei q som três?!
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha juntinhos.
- Nã bou nada!
- Bai lá que eles tom lá todos quatro.
- Nã bou, agora bou eu daqui lá, feito parbo, só pra ber!
- Bai lá ber que tom debaixo da telha.
- Tal tá a merda. Sê sei que som sempre três, nã podem tár quatro nim cinco, neim ceim.
- Som quatro qeu cuntei. Cuntei quatro.
- Cumé que podes ter cuntado?… Tu nã cuntaste nada, foi o que foi.
- Cuntei, olha queu cuntei…
- Atão quantos som?
- Som quatro, porra.
- Nã som nada, som três, atão nã sei q som sempre três.
- Atão bai lá ber, tom debaixo da telha.
- Nã bou nada!
- Atão nã vanhas, mas som quatro.
- Pois nã bou, agora bou eu daqui lá, feito parbo fazer o quei!

20 comments:

Anonymous said...

O Parabolismo é considerado a última vanguarda escrita, artística e filosófica do segundo milénio.
"Parabolismo começou como um protesto anti-totalitário contra a sociedade fechada, na Caramelandia de 2003, onde toda a cultura era manipulada por um pequeno grupo que nos governa assim que por certos técnicos que por cima nos endrominam ou metem tudo na gaveta e querem fazer a nossa cultura Caramela. Apenas as ideias deles e suas publicações contavam. Nós não podíamos publicar nada por falta de dinheiro, eles utilizavam o do povo desanexado.
Então, verbaliza-mos: vamos escrever... sem fazer literatura! Vamos escrever... sem na verdade escrever coisa alguma. Como? Simples: letrada objectiva! 'O voo de um Caramelo, por exemplo, representa um "poema natural", que não é necessário ser escrito, sendo mais palpável e perceptível em qualquer língua do que alguns símbolos no papel, os quais, de fato, representam um poema artificial: deformado, resultado de uma transplantação do espectador do descoberto, e por translação, alguém falsifica. “Os carros vibrando na rua foram um “poema na vila de Pinhal Novo”; “camponeses Caramelo cerrando a galha onde estão acentuados” um “poema de propagação”; “a ilusão de olhos extensos” um poema super-realista; fala desvairado um poema dadaísta colado com caramelo líquido; uma cavaqueira em Caramelo para um ignorante nesta língua, um poema ilustrado; discussões alternadas em diferentes temas de viajantes num período de comitiva, um poema pós-moderno sem minimalismo-realista.
Você quer uma classificação vertical? “Charme vital”, “poema sonoro” tal, a buzina da tua mota, “poema olfactivo feito na inspiração da vala da Salgueirinha”, “poema saboroso” em sopa Caramela, “poema palpável” como as nalgas da tua namorada.
Outra classificação na diagonal: poema ferimento, poema (alma) que os espanhóis nos compraram, urgência.
Em pintura, escultura, similarmente – todos existem na natureza, já fabricada.
Portanto, um protesto mudo, nós fizeram!
Mais tarde, convencionei em contradições as sextas-feiras feitas com coragem. Por quê? Porque nós vivemos em uma sociedade de vida dupla: uma oficial – propagada pelo sistema polido, e outra real. Na média de massa foi promulgado que “nossa vida é maravilhosa”, mas na realidade “nossa vida é uma adversidade”. O paradoxo abundando! E nós fazemos troça da criança, do senso recíproco, de forma sincrética.
Então o "parabolismo" nascia. As piadas do povo, uma grande moda na época de Álvaro de santo Amaro [NT: ultimo presidente do Partido da Caramelandia, como uma respiração cerebral, foram investidas opulentas.
O "não e "anti" do meu manifesto paradoxos tem um carácter criativo, de forma alguma niilista (C. M. P). A passagem dos paradoxos para o parabolismos foi descrita documentalmente por Joaquim Bateneira no seu clássico livro sobre movimento não exteriorizado: "Estética do Parabolismo" (2005). Enquanto os técnicos, forneciam festas ao povo em crise de rir. Estudaram parabolismos no meu trabalho plasmático. Zé Ninguém afirmou, sobre um dos meus manuscritos de mão-morta, que eles são contra o filamento.
Eu não tive nenhum percursor para me creditar, mas eu fui inspirado pela situação invertida que existia no país [na Caramelandia]. Eu comecei com cor, social, e imediatamente fui a escrita em mistura de pensamentos, arte, erudito e até mesmo conhecimento do mundo Caramelo.
Através de experimentos traz-se nova letrada, primorosa, lógica ou termos instrutivos, novos comportamentos, métodos ou mesmo algoritmos de criação. Em um dos meus evidentes eu propus o senso de esbulhar, mutações do alegórico para o sentido próprio, transposição de interpretação das expressões linguísticas.
Em 2005 eu fiz um turno "parabolista" nas associações de literatura e universidades Caramela. Com uma vida de existência, 25 livros não publicados, e nem mesmo escritos sobre o papel mas em digital na inter planeta e mais de milhares comentários foram ouvidos, por que não escusastes.

Anonymous said...

este fim de semana foi uma cena espectacular ehueheuheuehueh....foi sempre a dar calor com o grande belzebu e o pitromax ehueheuheu....Abraços e beijos para todos

Anonymous said...

Pois é ! E nos tempos dos pirolitos , como era aí para as suas bandas ?
Ainda se liga ao pitromax ?

Anonymous said...

tudo vai bem, é a festa com gigantes.

Anonymous said...

Fala-se muito mas dizes pouco, mas eu gosto muito

Anonymous said...

fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;fig;

Anonymous said...

a festa esta boa, só falta sexo

Anonymous said...

As relações entre a Caramelandia e o Estado. Segundo noticias vindas a lume de meio bidon recentemente:
"O Embaixador da Caramelandia, Zé Prado, disse ter sido contactado pelo secretário do Presidente para apurar se poderia correr algum risco na visita à vala da Salgueirinha..."
A notícia, que encerra à primeira vista apenas precauções que são naturais, é no entanto inquietante.
Inquietante, primeiro porque um embaixador de Caramelandia, é consultado pelo mais alto magistrado da Caramelandia (ou pelo menos em seu nome), para saber se pode ou não pode dirigir-se a uma parcela do reino Caramelo.
É inquietante, porque um embaixador da Caramelandia, ao cometer uma indiscrição destas, demonstrou muito pouco respeito pelo cheiro da vala da Salgueirinha da Caramelandia que o reconhece como embaixador, ou então, muito pouco olfacto diplomático.
É inquietante, porque o pessoal da segurança do Presidente todos do Motoclub, estará certo de que a segurança do Presidente, não depende de Caramelos moles, mas sim do que possa determinar alguma organização interna a Caramelandia, tão interna que é preciso contactar a embaixada da Caramelandia para obter informações sobre a situação.
Finalmente, a noticia é inquietante, porque vem confirmar aquilo que grande parte da Caramelandia sabe. Sabe mas tenta esquecer, olha para o lado, fecha os olhos e coloca a cabeça na areia, com esperança de que, fechando os olhos e falando alto, o problema, deixa de existir apenas porque não falamos dele.

Anonymous said...

festa,festa,festa,festa,festa,

Anonymous said...

Estamos esperando o Zé Prado, com o meio bidon... na festa dos gigantes....

Anonymous said...

tenho vindo menos vezes ao espaço
Internet dos Caramelos. Tudo bem por aí? Aqui está tudo em festa .Temos cá o FIG com os jogos tradicionais Corre tudo bem.
Beijinhos para todos.

Anonymous said...

atão e o meio bidon?
na era atrás da biblioteca?

Anonymous said...

Só promessas. De carne assada…. Para o povo Caramelo Zé Prado estamos a espera.

Anonymous said...

Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado, Zé Prado,

Anonymous said...

pora, acabou a noite de festa

Anonymous said...

O FIG esta uma grande festa. Um grande obrigado aquele grupo Francês que nos levou na dança até a madrugada.

Anonymous said...

frentecaramela@clix.pt frentecaramela@clix.pt frentecaramela@clix.pt frentecaramela@clix.pt frentecaramela@clix.pt frentecaramela@clix.pt

Anonymous said...

Esta tem mesmo de ir para toda a gente

Anonymous said...

UM CARAMELO EXIGE EXPLICAÇÕES

Orçamento 2005, a Bandalheira total

Em relação aos postais anteriores, relativos às dotações orçamentais dos gabinetes dos ministros, quando soube desta notícia, fiquei chocado, mas com uma dúvida:

200 milhões de euros, é muito dinheiro, e não consigo imaginar quanto, sem possuir um termo de comparação. Tentei por isso comparar estes gastos com outros de caráter similar.

O primeiro que escolhi, e que me deu a primeira luz sobre o assunto, foi a dotação orçamental da presidência da republica para o ano de 2005.

Esta dotação que cobre os gastos de Sampaio, o seu staff, a manutenção do Palácio de Belêm, as viagens e os vestidos de Maria José Rita é de 13.325 milhões de euros.




O valor atribuí­do à presidência da república para 2005, pode-se considerar até espartano quando comparado com as dotações orçamentais dos ministros da república dos Açores e Madeira que é “ mais de 200 milhões de euros para cada um, e com a dotação orçamental do gabinete do ministro da defesa que é de 159 milhões de euros, dotação essa, que o sucessor de Paulo Portas, presumo que tenha herdado sem questionar.


Mas esta comparação não me deixou satisfeito, precisava de arranjar mais um termo de comparação. Tentei saber quanto custa Chirac ao estado Francês, mas a busca foi infruti­fera.

A mesma busca porém, direccionou-me para o relatório de contas da Real Casa de Windsor, chefiada por Sua Majestade Fidelí­ssima Isabel II.

Fiquei logo a pensar que a minha depressão ia desaparecer, pois ao ler os gastos de Isabel II, pensei (lírico) que iria passar a considerar os nossos ministros da republica da Madeira e Açores, como uns pobres pedintes de pé descalço.

Da leitura do relatório de contas reais “ Royal Public Finances 2003-2004", fiquei a saber que:




A famí­lia real britânica possui 5 tipos de rendimentos:

- Lista Civil* Salários dos funcionários reais - 303 funcionários (2004)
- Subvenções do Estado (Grants-in-aid)* Destinados à manutenção dos palácios reais, salários dos respectivos funcionários - 111 funcionários (2004) - e viagens de estado -
- Privy Purse Rendimentos das propriedades particulares da Casa de Windsor
- Riqueza pessoal e outros rendimentos
- Despesas pagas directamente pelo estado*

* - Fundos públicos

Quando li os valores envolvidos o queixo caiu ao chão, eram verdadeiramente inacreditáveis, mas não no sentido em que estava a pensar:

Em 2004, os gastos com dinheiros públicos foram os seguintes (Milhões de Libras):

Lista Civil - 9.953
Subvenções do Estado - 21.645
Despesas pagas pelo Estado - 4.872
Total de fundos públicos - 36.470

(53.993 milhões de euros)

NOTAS: As despesas das subvenções do estado destinam-se aos paácios reais ocupados, que são:
- Palácio de Buckingham;
- Palácio de St. James;
- Clarence House;
- Marlborough House;
- Palácio de Kesington;
- Palácio de Hampton Court;
- Castelo de Windsor, seu parque e edifi­cios nele existentes.

Não acreditando no que estava a ver, pensei que tinha lido mal os números, faltam de certeza dois ou três zeros. Não! Afinal os meus olhos não me tinham enganado, lido e relido o relatório, os valores estão todos expressos em Milhões de Libras, aplicando a taxa de câmbio do dia de ontem (1£=1.4804945 €) verifiquei que toda a Monarquia Britânica custa ao erário público do Reino Unido uns módicos 53.993, ou seja 54 milhões de euros.

Resumindo, aquilo que o Reino Unido gasta com toda a famí­lia real, chega apenas para "alimentar" um gabinete do ministro da república, das nossas regiões autónomas, por um mí­sero trimestre e quatro meses do Gabinete do ministro da defesa.

Gostaria de saber como é que os Srs. Ministros da república dos Açores e da Madeira, justificam gastos anuais 4 vezes superiores aos da Sua Majestade a Rainha Isabel II.

É certo que viajam muito de avião, é certo que moram em palácios, mas estes palácios estão para Buckingham, tal como uma barraca da Cova da Moura está para os duplex da Torre de São Gabriel. E a Rainha de Inglaterra tem mais 6 palácios. A presidência da república representa apenas um quarto de rainha de Inglaterra.

Como cidadão, exijo uma explicação! Uma explicação por parte de quem elaborou este orçamento, por parte de quem obrigou à sua aprovação e por parte de quem tem, neste momento, a obrigação de o aplicar. Se esta explicação não for dada, o acto de fugir aos impostos não pode mais, ser considerado um crime, deve ser considerado um dever patriótico.

Para os mais cépticos, deixo aqui os links, para verem com os seus próprios olhos:
Royal Public Finances 2003-2004 (Ficheiro pdf – 1.529 Mb)
Royal Public Finances summary 2003-2004 (Ficheiro pdf – 88 Kb)
Mapa 02-2005 do Orçamento geral do Estado (Ficheiro pdf – 9.6 Kb)

Anonymous said...

"Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se."