23.9.05

OS PARDAIS DA AVENIDA E A CAGADELA PERDIDA

Aos Órgãos de Informação


A Irmandade Caramela do Pardal no Tacho (ICPT), com sede oficial no Espinhaço, reuniu um conselho de caçadores d' passaraige com representantes de todas as técnicas para a caça do pardal, tais como o uso da ratoera, da flober, do visgo, da rede, do fumo de enxofre, do trigo-roxo e dos ninhos explosivos. A reunião teve lugar no dia 18 de Setembro desta vez na sede da Associação Cultural Grupo Solidário dos Amigos dos Animais, no Pinhal Novo. Essa foi a 34240.ª sessão clandestina, com todos os elementos sentados nos jerricans de tinto à volta duma frigideira de passarinhos. Foi uma sessão muito especial porque contou com 10 activistas convidados da Frente de Libertação de Barrancos (experientes na luta pela independência do toureiro).

Nesta sessão, a Irmandade do Pardal apreciou e:

1- Aprovou as Linhas Gerais da Estratégia Anti-Cagadela de Pardal (2005-2009) nas árvores da Avenida Alexandre Herculano/ EN252, que têm como objectivo geral reduzir as cagadelas a apenas uma por metro quadrado, promovendo o asseio na nossa capital e assim aumente a quantidade de bixeza no tacho.

2- Propôs o diploma que estabeleçe o regime de excepção à lei, pois a Irmandade do Pardal é a representante local na luta e cumprimento da tradição de petiscar pardalada em todas as festas e romarias do nosso território. Esta tradição, muito mais antiga que os toiros de morte em Barrancos, (pois tem mais de 1300 anos), reúne os requisitos definidos na lei: a existência de uma tradição que se mantenha de forma ininterrupta «pelo menos nos 50 anos anteriores à entrada em vigor do diploma, como expressão de cultura popular, nos dias em que o evento histórico se realize», que no nosso caso, o evento histórico é dia sim, dia não.

3- Aprovou a coligação da QUERCUS à Irmandade do Pardal, na luta para a aprovação do referido diploma, prestando-nos um serviço de qualidade. Os representantes da QUERCUS irão estacionar os seus carros debaixo das árvores da avenida durante uma semana, para depois contarem as cagadelas que caem no chão, as que caem em cima dos carros, e as que se perdem nas cabeças. Técnica que determinará em simultâneo a quantidade de pardais no activo, as horas que as caramelas levam a limpar o passeio, e os milhares de cidadões e cidadonas que apoiam esta iniciatiba.

4- Homologou as técnicas de caça do pardal em massa, por aspirador-trifásico (máquina já desenvolvida e testada nas árvores de Valdera). A QUERCUS já tem conhecimento do projecto e está prestes a dar o seu parecer positivo… depois da contagem.

5- Decidiu que o diploma, após a promulgação do Presidente da República, represente a afirmação dos caramelos nas suas tradições gastronómicas com o regresso da feira do pardal-cagão e a maior tachada de pardais do mundo (a entrar pró Guiness), acompanhada com tinto dos Farias, da Cascalheira e da Ermelinda, amais a sopa caramela e amais uma festa debaixo das árvores limpas com a avenida toda iluminada.
NÃO HÁ CARAMELO SEM UM PARDAL NA PANÇA,
NÃO HÁ PAÍS SEM MUDANÇA

6 comments:

Anonymous said...

Eu ca acho que na devem fazer nada a essa pardalaige que anda na abenida.
Eu quando tou no Costa a mamar mines e a ver gajas, vejo a pardalada e pareceme que a pardalada carece de apoio caramelo e que de todo sao brabios. Por mim deixos tar que na me encomodam e eu posso tar no costa de mini na mao a tentar engatar umas gajas e a ouvir a passarada que por mim pode ser, desde que elas tambem possam.

Anonymous said...

Muito bom este blog.

Gosto de ler o que aqui esta.

Anonymous said...

Pois eu cá tamem sou faço parte da comunidade de frequentadores da esplanada do Costa (nã tou a gostar nada das mudanças que vão por lá, aquilo ja mais parece uma leitaria e não uma cerbejaria braba como era intigamente), mas adiante, os passeros foram postos na nossa balente região caramela para serem caçados e comidos, frtos im binha d'alho, como manda a sapatilha, uns merlos á mistura tamem marchabam.
Nã há nada que dê mais prazer a um home Caramelo do que se alebantar de manheim e ir de flober às costas e um saco cheio de ratoeiras p´ro meio do chaparral.

Anonymous said...

É cá sempre fui mais bravo prá padrada e pró visgo do que prás floberes... Atão cando tobaiba aos ensaios da padradaaquando binha o Rifrio jogar às Lagameças...aquilo é quera rijo, parecia os Homes na guerra do bietane....

Anonymous said...

Bocezes tenham cuidado ao usar essa Máquena ... o aspirador trifásico, é que se aspiram a roupa das varandas vai haver fogo rijo é de cima para baixo. Deviam instalar uma máquena dessas era na sede da académica. Aquilo lá é memo fumo rijo, um home para ver a porta para sair tem que ser às apalpadelas, agora até me quiseram dar um mapa e uma bosula para quando aquilo tiver mai rijo...

Anonymous said...

Eu sou mais velho e também ia ao costa, mas agora estou nos Algarves e aqui há dias estive no Pinhal Novo, minha terra de peito e vi que afinal as rolas turcas também mereciam uma citação, dado que são mais gostosas e cagam menos para os carros. Acho que se deviam debruçar sobre esta passarada que afinal invadiu o espaço caramelo.