29.10.05

A TRADIÇÃO DE OLSERBAR DOS CUMBÓIOS (parte I)

Ainda há dias, falámos da nossa tradição de atrabessar a linha do cumbóio o cheiro da creolina das travessas e muito mais, hoije bamos falar da extinta tradição de ficar a olsebrar os cumbóios.
Desconfia-se que a belha tradição de olserbar os cumbóios tem a ver com as origens do caramelo moderno, derivado à ferrovia que atravessa a nossa nação «se na tibesse aqui a linha ó pé dagente ninguém olserbaba cumbóios» concluiu Horaiço Cachimbadas, especialista em assuntos caramelos.
No entanto isto vai contra o que se tem escrito nos livros e ao que se ensina nas nossas escolas, pois insiste-se que a origem dos caramelos está ligada à Vala da Salgueirinha. Mas não. É falso.
Por isso a FLC tratou de imbestigar essa tradição dos tempos intigos e fez uma sundaige a toda a população das terras caramelas que são banhadas pela linha do cumbóio. Terras essas que começam pela capital, Pinhal Novo, passando pela Venda do Alcaide, Lagoa da Palha, Poceirão, Penteado e todos os aceiros às bordas da ferrovia.
Ora leiam lá os primeiros resultados da sundaige:
Concluímos que os cumboios com mais audiência eram os que vinham de Praias-Sado, no verão ao final da tarde. Vinham a cagular de caramelos (e criaturas estranhas doutros apeadeiros), com geleiras, bóias de cambras d’ar de tractor, sombreiros, camaroeiros, baldes com bxeza apanhada e rádio-cassetes já com as pilhas a acabar cu som no máximo, a óbir o Rui Beloso em cambra-lenta. Vinham todos cuntentes da praia de Tróia, bronzeados, com queimaduras de 2º grau.
Desta sundaige ficou em segundos, os cumboios do dia de Marcado a cagular de povos de outras terras e redondezas, levando criação, candeeiros, tapetes, armários de cozinha, colchões, ancinhos e forquilhas, laranjeiras e marmeleiros, bilhas e alguidares, mezinhas pró quebrante e venenos prá borboleta, sem esquecer dos penços prás feridas comprados à ciganaige, já à porta do cumbóio im andamento.
Em terceiros ficou o “Correio” das Sextas-feiras a cagular de soldados e canalhedo de pé descalço, de saco às costas, em aventura pró Algarve à procura de paz, amor e garreia.

Muitos outros cumbóios de grande interesse olserbatóiro estão entre os 10 primeiros que os cumbersadores da nossa coletbidade poderão tamém limbrar-se.
Não percam mais resultados desta imbestigação que bai mudar a históira do Caramelo Moderno.

7 comments:

Anonymous said...

Pois, a desgraça toda é que, uma vez mais, o Caramelo foi obrigado a alterar a sua bela tradição... e da estação onde via os comboios passar (o rápido do Algarve também era fixe, e a automotora de Vendas Novas, muitas vezes traziam caçadores carregados de coelhos e lebres, e ainda não tinham proibido a caça aos patos por causa da gripe e assim, e ainda não havia estas modernices dos Fertagus e do Alfa que só pára em Tunes), da estação de comboios, dizia eu, o Caramelo mudou-se para os bancos da paragem do autocarro dos pinheirinhos, onde só se vê o movimento rodoviário e se fica muito apertadinho, às vezes obrigando a sentar nas bordas daquele lago às curvas que não tem água há carradas de tempo!

Anonymous said...

Agua nos lagos

Anonymous said...

O que mai gostaba era do rápido do ALgarbe, cumboio rápido e balente.
Binha com pressa e a gente tinha de se amuntar rápido.
E a malta da cantina apostaba quantos minutos é que ele se atrasaba.
E enquanto esperávamos bebiamos mines
e tudo era uma estçaõ de gente caramela com comboio.
agora querem impornos modernices e comboios da ponte, mas a gente na pode deixar e temos de colocar os comboios de que falam aqui.
Os caramelos são caramelos.

Anonymous said...

Era ums comboios habituais, Traziam sustentos e, especialmente, espírito e toicinho. Conjuntamente com os instrumento que fossem essencial, além dos argumentos que possuíam. As farpelas do dia-a-dia, tão complicadas de consegui, estavam em simplórias no ombro dos burros, bem como os colchões vazios. Em torno de 1910, Dona Alice veio a ser testemunha visual de vários comboios, ficando gravado em sua memória um aspecto curioso: havia burros com dois enormes jacas declinadas sobre os espinhaços. Interiormente desses jacas de manta de farrapos vinham os antigos e pirralhas menores.

Anonymous said...

Pois que falamos de cultura, mais teremos presente quanto as acções supõem também uma dimensão simbólica. Mas porque falamos de política cultural, este é o exemplo acabado de uma acção cliente Bar do Xico que nada tem a ver com as questões reais. E no caso em apreço, a ironia dificilmente podia ser maior.

Anonymous said...

O Zé Manel Ratoeira Sem Mola hoje não deve ter ido trabalhar não ha aqui comentários dele. O gajo deve ser funcionário publico.

Anonymous said...

É mesmo isso, vos digo eu tu e eles