24.11.05

Orçamento participativo caramelo


Irá realizar-se na próxima semana, dia29, o Debate-Garreia do orçamento participativo caramelo para o ano de 2006.
A FLC será a organizadora deste evento popular, e os trabalhos serão presididos por Zé Barrigas, Joaquim Bateneira e Ana Trambiquera, numa iniciativa que envolverá todo o Secretariado caramelo, responsável por trazer ao evento uma comitiva de representantes de cada lugar da nação caramela, com direito a assentamento na tribuna de honra.
A reunião será feita num único dia, em local a sortear entre as localidades caramelas que se prontificarem a disponibilizar um terreno baldio, tenda de oleado e serviço de comes e bebes, preenchendo assim os principais requisitos necessários para a candidatura.
A FLC compromete-se a disponibilizar um microfone (de estilo caramelo com lenço do rancho atado à volta), um palanque com tábuas das obras e 30 grades de minis frescas.
Depois de vazado o seu conteúdo, as grades servirão de mobiliário de apoio ao certame, nomeadamente de assentos móveis individuais.
O Debate-Garreia será uma verdadeira maratona em prole da democracia caramela, uma homenagem à cidadania participativa do homo-caramelus.
De manhã, chegarão várias escolas do ensino básico, pois entende-se que a educação para a cidadania caramela deve começar de gaiato. Para tal, alguns agricultores e vitivinicultores associaram-se ao evento, cedendo carrinhas de caixa aberta (de preferência Toiota Dina), mantas e cobertores, precavendo a eventual geada matinal. Serão também disponibilizadas às escolas, as tradicionais varas de marmeleiro e eucalipto, ferramentas indispensáveis, para que o bom educador caramelo, consiga manter o gado aprendiz em estado de pacífica acalmia e serenidade.
Cada homem, mulher, gaiato, gaiata, idoso, idosa, poderá e deverá participar, trazendo as suas pricuras, dúbidas e parguntas, mesmo se, conversando com os seus botões (normalmente comprados na loja do Toino Brinca) achar que as suas perguntas são parbas e “nã bale a pena incomodar os homes cum estas cunbersas ”.
A sessão terá a cobertura do Feliciano das Kodaks (Vale da Vila) e da Rádio Antena Caramela, que ao longo do dia, entrará em directo com o local.


Participa! Faz-te um home reibindicatibo!







9 comments:

Anonymous said...

Ê cá bou e tenho uma parguntas pra fazer.

Anonymous said...

Quero agradecer à FLC por maiz uma vez criar uma grande actividade para o povo caramelo.
Acho que todoz devem participar e dar a sua opinião, todos fazemos a nação.

Anonymous said...

sardinhas assadas,carapaus fritos

Anonymous said...

Mulher girassol, sempre atenta a tudo e a todos. Lindo como as coisas lindas!

Anonymous said...

Sou assim tão mau?
Penso que não.Hehehe.
Mas bebido aos goles sabe melhor, não? Pode é saber a pouco.
Antes isso que coma politico. lol
Ainda não está pronta a próxima e de qualquer maneira só no Costa, para manter a coerência, terá continuação a odisseia da nossa caramela em "A decisão...".
Obrigado por acompanhares atentamente.

Quanto ao ...continuamos á passar por aqui ...
Nunca deixei de passar. Posso não comentar, nem sempre sinto vontade... mas, nem te passe pela cabeça, que demandei outras paragens e te esqueci. Como poderia?

Beijo terno e
Bom fim de semana

Anonymous said...

O povo caramelo deve ser enumerado de forma racional devendo manter-se ao nível do produto interno regional, a não mais do que 500 milhas da costa.
Avança o povo para a liberdade com os olhos tapados de cera e espaço.
Caramelos do mundo libertai-vos da opressão demolidoramente sadia da não busca sebastianista opressodoramente dentrífica.

Anonymous said...

Bum dia ai ó repaziada!!!!!
Ê cá bou lá reibindicar sim senhor!!!
Reidibico a reabertura imediata do matadoiro, a benda exclusiba nas lojas de bixeza de cordel de cisal pa prinder a canzoada com oferta dum frasco de Pekzanoil pó pulguedo, que o Rei Rapa bolte a cunduzir o Ford Cortina descaputabel pelas ruas da nossa Captal, um meio-bidon sempre aceso á porta de cada establecimento comercial de benda de mines, compra de roupa exclusiba de roupa na loja do Toine Brinca e no marcado minsal, compra exclusiba de produtos hórticulas na reforma agráira e cumpratiba, o regesso do Algarbio dos amindoins pá porta do Beira Gare e Campo da Bola im dias de jogo, o insentibo á compra de pasteleras Yé-Yé de Luxo cum trabão de alabanca e insinar desde já a nossa gaiataige na nobre arte de ir armar ós pássaros e artilhar meturizadas pó despique de ródimpéi.
Imbio daqui os mês cumprimentos ó mê amigo Toino das Mines, cumpanhero inseparabel das reais buderas.

Anonymous said...

Bom dia ó pandleraige!
Atão pa mim ei uma mine.
De manhim ei a malhor coisa pa um home buer.
Boto sempre duas ó três im jejum.
Ê tabim lá bou tar, sou um home simples, mas bou seguir o cunselho da FLC, e nã bou ter medo de fazer pricuras, mesmo se pinsar que são pricuras parbas.
Tou cuntigo Zéi Ratoera, apoio as tus rebindicações e fazo delas as minhas.
Bamos buer umas balentes mines, coije pago eu.
Bamos lá intão.

Anonymous said...

Era digital

Há nesta era digital algo que se perde em surdina. Algo que fica pela metade, que escorrega por entre as falhas da engrenagem do processo criativo, assim como uma cor que desmaia de tão esterilizada.

Dantes as coisas eram coisas. Tinham peso e cheiro e dimensões. Um livro era as suas folhas e as suas costuras, cheirava a papel e cola, era o peso de uma história entre as mãos, as letras gravadas a dourado na lombada, o virar sonoro da primeira página. E um quadro era a tela esticada, era as tintas secando lentamente ao ar, mãos sabedoras empunhando pincéis como armas numa guerra de tudo ou nada contra o silêncio.

Agora tudo é neutro. Tudo é inodoro e inconsequente. Não há espaço para o erro, para o improviso, perde-se no constante exercício de correcção e retoque a solenidade do tempo passado. A informação chega-nos aos pedaços, processada e esquartejada pelos dentes do editing e da post-production, e sem o sabermos aprendemos a olhar a realidade com o olho clínico do técnico. Os artistas despojam-se do seu imaginário, assumem os comandos da pesada maquinaria matemática na qual se calculam romances e se planificam murais.

A realidade altera-se com um clique, o passado é uma escolha entre Guardar ou Cancelar. Ajustam-se as luzes, misturam-se as imagens, recriam-se as palavras, e em tudo isto há o seu quê de génio...

Mas há também uma inocência que se compromete. Uma espontaneidade que se troca pela perfeição. Uma centelha de sagrado e definitivo que se extingue. Contamos hoje as histórias que foram como gostamos de as lembrar. E há nisto algo que inevitavelmente se esquece.