1.12.05

Os contadores de histórias caramelos

A arte de contar histórias faz parte da herança cultural do povo caramelo. Actualmente, devido à globalização e à introdução da cassete e principalmente do DVD pirata, no marcado da capital, é uma tradição que se começa a perder. O Ministério da Língua Caramela (em remodelação, devido a eleições clandestinas), consciente da riqueza oral da nossa língua, vai lançar um programa comparticipado pela FLC, de formação em contador caramelo de histórias. Para além das técnicas do bom contador, serão também referidos aspectos estruturais das histórias a contar, como “a sua brabeza, rejeza, a quantidade adequada de mintiras e os locais e homes que refere”.
Ao longo da nossa história (contada ou não), sempre tivemos contadores de nomeada, que fazem parte do imaginário colectivo da nação caramela. Entre eles, destacam-se o Albino Júlio Chispalhudo, o Celestino Azougado ou a Ti Jquina Seborreia, entre outros.
Para Albino Chispalhudo, que apesar dos seus 101 anos se mantém um rijo contador de histórias, “o prazer do cunbíbio tá inraizado na nossa manera de estar. O home caramelo éi um bicho do cunbíbio por natureza. A tradição oral caramela sempre foi muita balente e na nha altura, os homes garriabam uns cus otros pa berem quim contaba a histoira má rija (melhor). Ajuntábamo-nos todos à bolta do home que cuntaba, e a nossa telebisão era o meio-bidon”.
De facto, antes da televisão, as noites na nossa nação eram passadas em redor de um contador, que andava de terra em terra, deixando palavras e lendas, nas cabeças e ouvidos, parando aqui e ali, contando histórias a quem o quisesse receber e oferecer os bons produtos tracícolas caramelos.
De referir, que esta formação contém também noções breves de acendimento do meio bidon. Este é um adereço fundamental, à volta do qual se sentam os contadores e os ouvidores (normalmente de mine na mão), sendo tradição nalguns locais (Valdera, Palhota, Vale da Vila), que a responsabilidade do acendimento do bidanito fique a cargo do home-contador.

12 comments:

Anonymous said...

historias é o que há mais.

Anonymous said...

O Guardador de Rebanhos

Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade
Sei a verdade e sou feliz.

Anonymous said...

Em 1578, D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer Quibir e como era muito jovem não deixou descendência. Assim, quem subiu ao trono foi o Cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião, e que reinou apenas durante dois anos porque não havia acordo quanto ao seu direito a reinar.

Falecido o Cardeal-rei D. Henrique, em 1580, sem ter designado um sucessor, Filipe II de Espanha, neto do rei português D. Manuel I., invadiu Portugal e submeteu-o a 60 anos de domínio, em que o país foi governado como uma província espanhola. Foram três os reis espanhóis que governaram Portugal entre 1580 e 1640 – Filipe I, Filipe II e Filipe III.
Durante a dinastia espanhola, os portugueses viviam descontentes. Quando a coroa passou para Espanha, o rei Filipe I prometeu zelar pelos interesses do País, respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais, promessas que foram sendo desrespeitadas e, com o passar do tempo, os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de subalternidade em relação a Espanha. Esta situação levou a que se organizasse um movimento conspirador (onde estavam presentes elementos do clero e da nobreza) para a recuperação da independência.
A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de fidalgos introduziu-se no Paço Real, matou o escrivão da Fazenda do Reino, Miguel de Vasconcelos, e veio à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, Rei de Portugal. Terminaram, assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal. Esta data passou a ser comemorada, todos os anos, como o Dia da Restauração da Independência de Portugal!
Uff! Ainda bem que não somos espanhóis, embora muita gente diga que só ganhávamos em ser província de Espanha! Eu até gosto dos nossos vizinhos, mas... amigos, amigos, negócios à parte!

Anonymous said...

O interesse em conhecer novas técnicas e opções para a promoção do livro e da leitura tem conduzido à marcação de diversas acções de sensibilização desenvolvidas pel’O Contador de Histórias.
A Oficina de sobrevivência para pais contadores de histórias recorre a uma linguagem simplificada para mostrar como (escolhendo os livros adequados e sem necessitar de grandes qualificações técnicas) se conseguem tornar as histórias contadas a crianças num momento divertido, lúdico e educativo. A próxima realiza-se no dia 10 de Dezembro, na Livraria Mãos à Arte em Leça da Palmeira.
Educação para a leitura – abordagem para mediadores destina-se a todos os que já trabalham com o livro e a leitura, bem como aos que o consideram uma ferramenta útil no trabalho de animação. Recorrendo a muitos exemplos práticos decorrentes do trabalho desenvolvido pelo Grupo O Contador de Histórias, esta oficina não tem o carácter de uma formação tradicional. Pretende-se que os participantes não tirem muitos apontamentos, mas sim que sintam o prazer e as possibilidades de trabalhar com o conto, a poesia e a literatura em geral.
Conheça mais acerca destas duas iniciativas e visite regularmente as páginas respectivas, onde pode encontrar a actualização das datas e locais onde vão decorrer:

Anonymous said...

Quem nos contam boas historias são os nossas politicos, os amigos do povo de Abril que fez a revolução, aquela de que andam sempre a falar-nos.
E não precisamos de irm longe para ouvir historias dessas, podemos deslocar-nos à junta ou a Palmela e lá estão uma cambada de contadores de histórias.
E o nosso bom povo está sempre a querer ouvi-las.
Eu prefiro as novelas da TVI.

Anonymous said...

Vejo os outros de fora, estranhamente dou comigo a olhar como se fosse o narrador de uma história, estou lá, mas fora dela, da história, intervenho e como se soubesse o rumo daquilo tudo, acabo por ficar sem pertença ao todo.
Só há um narrador e esse sou eu e depois há as personagens e são muitas, não estão sós. Dou comigo assim, por fora.
Já não sonho com presentes de Natal.
Como conseguem lidar com a dor permanente sem se encherem de analgésicos?
Não sou mais nem menos que todos, mas sinto-me sempre além de tudo e de todos, não chego a horas. O mal está em mim.

Anonymous said...

Divulguem!!!!

Depois deste artigo, o jornalista João de Mendia foi convidado a
Terminar a sua colaboração no Diário de Notícias. Foi despedido!!



Dr. Mário Soares "Desapareça"
A auréola de democrata que erradamente se insiste em atribuir ao dr. Mário Soares tem sido contraditada pela sua própria conduta pública. Mas agora, velho, incontinente verbal a dizer o que dantes o coarctava a ambição e a evidenciar a sua verdadeira natureza, aí o têm a recandidatar-se a presidente da República.
No que diz respeito ao Ultramar português, Soares esforçou-se de forma empenhada para que o processo se passasse como se passou.
Contrariamente ao que diz e à fama que se auto-atribui.
Em tempos de PREC, o dr. Soares cativava inocentes com promessas de consultas populares, a serem feitas cá, e lá, mas a verdadeira intenção era não perguntar nada a ninguém e entregar todo o nosso território ultramarino a elementos directissimamente ligados ao estalinismo soviético. Soares executou, objectivando-o, um desiderato do Partido Comunista. É assim deste personagem a responsabilidade pelo que considero ter sido, e ser ainda, a maior catástrofe nacional a destruição, traiçoeira e vil, de um ideal eminentemente português e a sequente, horrorosa e previsível mortandade que se seguiu.
A gravidade deste horror indescritível vem ainda do facto de nunca ninguém ter investido Soares de poderes para dispor de território nacional.
Nem mesmo isso seria jamais possível, por muito que invoque a legalidade revolucionária (que substancialmente não foi legalidade alguma, por se ter traduzido naquilo em que se traduziu destruição de Portugal). A partir daqui, o que se passou é da enorme responsabilidade de uma pessoa imputável há 81 anos e que dá pelo nome de Mário Soares. A "descolonização exemplar" foi "exemplarmente" criminosa, e é imperdoável, tendo em vista a sua enorme gravidade.
Na nossa entrada na CEE o género continua. Depois de consultar técnicos, por si escolhidos, e aqueles o terem esclarecido de que não seria naquela altura, nem por aquele processo, que deveríamos entrar na então CEE, Soares, à revelia de tudo e de todos, comprometeu-se com Bruxelas e "implorou" que nos aceitassem. Segue-se a cedência de tudo a todos e o desprezo olímpico pelos pareceres que iam no sentido oposto.
Para defesa do indefensável, Soares não se cansa de nos tentar convencer de que não haveria alternativas. Só que havia. E várias. A que escolheu era a pior. Todas eram melhores, incluindo a entrada na CEE, mas bem negociada.
Soares, com o maior dos desaforos tem assumido atitudes quase majestáticas, como se tudo lhe fosse devido, reivindicando "direitos" que o têm colocado em ridículos patamares, como que a cobrar-se por uma resistência que está longe de ser a tal desgraça de que se queixa. Só que o que se deveria passar seria exactamente o contrário. Por razões de gravidade infinitamente menor das que vêm descritas em documentação vastíssima, e não desmentida, como na de Rui Mateus, entre outra, e pelo que está gravado na memória de centenas de milhares de espoliados do Ultramar, até o Ministério Público já, de alguma forma, se pronunciou.
Havendo mesmo um notável parecer do prof. Cavaleiro Ferreira, eminente penalista, que por completo esclarece a situação. Mas o Dr. Soares, estranha, presumida e humilhantemente para todos, arroga-se o direito de ter direitos que ninguém mais tem.
Mário Soares está ainda longe de ter sido o responsável, como se diz, por vivermos neste simulacro de democracia. O que se passou foi que, no segundo 1.º de Maio depois de 74, quando Soares se pretendia juntar aos comunistas, foi por estes rejeitado. Só mais tarde, e por ter percebido
que se não se afastasse do PC teria a sorte que tiveram as dezenas de centros regionais daquele partido, que foi terem ido pelo ar na sequência de reacções populares, aproveitou para inventar o chamado socialismo democrático, que nunca ninguém percebeu muito bem o que é, mas que é do que tem vivido até agora. Soares, como governante, foi ainda pouco menos que uma nulidade.
Nos Governos Provisórios foi o desastre que se sabe. Em 1978 foi demitido pelo Gen. Eanes por má governação. Em 1983-85 frustrou completamente os acordos de coligação com o PSD, que permitiriam a Portugal desenvolver-se e modernizar a economia. Em 1983-85, com Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo e com empréstimos do FMI. Tudo por culpa da teimosia do dr. Soares que, obstinadamente, se recusava a rever a Constituição que permitiria uma liberalização da nossa economia. Facto este que estava previsto nos acordos de coligação entre o PS e o PSD em 1983. O radicalismo de esquerda, no Verão Quente, foi, mais uma vez, bem mais da responsabilidade de Mário Soares do que do PC, realidade que está na base do estado actual de Portugal. Por todas estas, e por muitas outras razões, Mário Soares é a figura política que mais e mais gravemente prejudicou Portugal em toda a sua existência. Outros terão tentado, como Afonso Costa, mas, graças a Deus, não conseguiram. Mário Soares conseguiu. Assim, e usando a expressão que ele próprio usou com um GNR que o servia, exijo-lhe Dr. Mário Soares, deixe-nos em paz. Desapareça.

Anonymous said...

O que se faz num Feriado?
Dorme-se até tardeeeeeeeee.
Preparam-se as bolas coloridas, os anjos, as estrelas, os sinos e fazemos a Árvore de Natal. E está na altura também de escolher alguns brinquedos e roupas e encher de sorrisos alguns meninos especiais.
Este ano a B. está mais agarrada às suas coisas. Não se avizinha uma tarefa muito fácil. É sempre ela que escolhe os brinquedos que vai dar aos meninos que vivem em sitios especiais mas este ano não consegue decidir-se. Acho que tem a ver com a idade, um ano faz tanta diferença.

Mas nós sabemos que temos brinquedos a mais, e que vêm aí mais como todos os anos. Não posso cair na asneira de dizer em alto e bom som "é um disparate, tanto brinquedo". E não é um disparate tanta coisa na vida?
Está de sacos na mão à minha espera, anda a passear os saquinhos quase há 1 hora e ainda não têm nada lá dentro. Vamos agora escolher muitos brinquedos para irmos levar a um sitio onde os meninos só sorriem às vezes.
E está a custar-me mais este ano ter que relembrar à B. que há meninos que não vivem numa casa com o pai e a mãe, não recebem a visita dos avós ao Domingo e que no Natal não recebem presentes.

Anonymous said...

Soubeste ser o ferro
quando a idade
ainda era a pedra.
Soubeste ser o fogo
quando a idade
ainda não era.
Agora és bronze
e a terra é ferro.

Vem!
Deixemos a terra, o bronze e o fogo
Renasçamos das cinzas da pedra e do ferro
Fitemos o Sol e o futuro...

Sejamos Nós! Caramelos

Anonymous said...

Hoje li o jornal do Pinhal Novo, e nem falam de um livro que vai ser lançado amanha,
Culturas habitadas, e um livro que fala do pinhal novo, não são todos os dias que temos isso. É mais o jornal de temos o povo na ignorância cultural, eu já nem leio as publicidades, e o resto pouco mais… senhores anunciantes não metam publicidade nesse jornal, que nem serve para limpar o C.

Anonymous said...

Gosto desta confiança apesar de já a não ter.

Anonymous said...

Os Caramelos são os melhores (senão os unicos) contadores de histórias.
Tal não poderia deixer de ser. A capacidade intelectual é desenvolvida desde muito cedo: muitas mines juntas é o melhor produto para colocar a imaginação á solta.
Aguarda-se também, para breve, a publicação do livro "730 histórias caramelas". Duas para cada dia: uma de manhã, outra á noite.
Eu, como caramelo de gema, ainda hoje conto ao meu filho algumas das que me foram contadas a mim.