Sabastião Valdina em protesto directo
O espaço a seguir é da exclusiva responsabilidade do autor.
A F.L.C. em apoio a mais uma garreia de um cidadão caramelo, limitou-se a dixar o home falar à buntade.
Carta de Sabastião Valdina, participante caramelo do Rali Lisboa-Dakar, algures entre Málaga e o norte de Africa:
Escrebo-bos de cima do taipal da nha Dina, que atei agora tim dado conta do recaide.
Como todos bócêzes debem de saber, tou no rali dos homes Dakar e nã tenho medo de ninguém, ó na me chamasse Tião da Dina, que quando a coisa dá pó torto, ei logo o primero a dar cabeçada pos quechos e caderadas a boar, c’atei a malta anda parba, a ber onde ei que tá o home garriador.
Ora atão, tenho óbisto dizer que eu nã benho na lista dos participantes oficiais, nim que na chegam notícias minhas do rali, à nha terra, a bela caramelândia, mais cuncretamente Baldera.
Quero-bos dizer, queu ando aqui e que nã ei mintira nenhuma que tou aqui ó despique com quim bier, quê na tenho medo de ninguém.
Sei que os homes que organizam o estáminé rálistico, nã me quiseram inscreber por acharam ca nha Dina nã tinha nã sei quê dos paneus, ó nã sei quê que nã se pode ir com caixa aberta e sofás no banco de trás. Sei tamém, que esses homes já lebaram umas punhadas po lombo, mais umas cabeçadas pos quechos, ó nã me chamasse eu Tião da Dina.
Assim ,nã bão óbir falar de mim, nim na raide, nim nos telejornais, mas ê bô cá tár, e só me bô imbora quando quiser.
Lanço um apelo brabio, a quim se quiser juntar mais eu, pa que benha ter comigo e iniciar-mos um rali-protesto-garreia, em defesa da nossa cultura. Quem quiser bir, pode ir ó mê tarreno im Baldera, e apanhar uma fragnete que ande e ódepois acrabar-lhe uns paneus de tractor. Tragam meios bidons, grades de mines, coiratada e intarmiada, quei pós homes parbos da organização berem comé ca gente samos.
Ê bô dando noticias. Bou arrincar agora, o circo bai começar a andar ótra bez. Hoje bamos nã sei prá onde.
A carta de Sabastião Valdina, chegou às nossas instalações por pombo correio caramelo.
O espaço a seguir é da exclusiva responsabilidade do autor.
A F.L.C. em apoio a mais uma garreia de um cidadão caramelo, limitou-se a dixar o home falar à buntade.
Carta de Sabastião Valdina, participante caramelo do Rali Lisboa-Dakar, algures entre Málaga e o norte de Africa:
Escrebo-bos de cima do taipal da nha Dina, que atei agora tim dado conta do recaide.
Como todos bócêzes debem de saber, tou no rali dos homes Dakar e nã tenho medo de ninguém, ó na me chamasse Tião da Dina, que quando a coisa dá pó torto, ei logo o primero a dar cabeçada pos quechos e caderadas a boar, c’atei a malta anda parba, a ber onde ei que tá o home garriador.
Ora atão, tenho óbisto dizer que eu nã benho na lista dos participantes oficiais, nim que na chegam notícias minhas do rali, à nha terra, a bela caramelândia, mais cuncretamente Baldera.
Quero-bos dizer, queu ando aqui e que nã ei mintira nenhuma que tou aqui ó despique com quim bier, quê na tenho medo de ninguém.
Sei que os homes que organizam o estáminé rálistico, nã me quiseram inscreber por acharam ca nha Dina nã tinha nã sei quê dos paneus, ó nã sei quê que nã se pode ir com caixa aberta e sofás no banco de trás. Sei tamém, que esses homes já lebaram umas punhadas po lombo, mais umas cabeçadas pos quechos, ó nã me chamasse eu Tião da Dina.
Assim ,nã bão óbir falar de mim, nim na raide, nim nos telejornais, mas ê bô cá tár, e só me bô imbora quando quiser.
Lanço um apelo brabio, a quim se quiser juntar mais eu, pa que benha ter comigo e iniciar-mos um rali-protesto-garreia, em defesa da nossa cultura. Quem quiser bir, pode ir ó mê tarreno im Baldera, e apanhar uma fragnete que ande e ódepois acrabar-lhe uns paneus de tractor. Tragam meios bidons, grades de mines, coiratada e intarmiada, quei pós homes parbos da organização berem comé ca gente samos.
Ê bô dando noticias. Bou arrincar agora, o circo bai começar a andar ótra bez. Hoje bamos nã sei prá onde.
A carta de Sabastião Valdina, chegou às nossas instalações por pombo correio caramelo.
8 comments:
Bom dia ó pandleraige.
Pa mim ei uma mine, quei pa curar a ressaca das grades de mines que ditei abaixo. Só comigo, tinhamos grades de mines, que dabam pa muntar uma balente duzia de mesas.
Acho que todos debemos apoiar o Tião da Dina, pois parece-me ser um home balente e digno dos caramelos. Se cunseguir arranjar a nha menarda, bou lá ter com o home e lebo umas balentes grades de mines, pá buermos no deserto.
A comunicação directa entre os Caramelos e as Caramelas vai se extinguindo na medida em que cresce a comunicação desgovernada entre as coisas. A era da informação global é a realidade da ideologia após o decreto de sua extinção. Nas caixas de correios os Caramelos não recebem mais cartas, mas apenas jornais dos supermercados e do Pinhal Novo que só faz propaganda comercial e a câmara seu maior patrocinador com sempre a fotografia da nossa presidente protótipo. Nas caixas de correio da netvisão o que mais se encontra não são correspondências entre amigos, mas as promoções baratas, reconhecidas por todos como "lixo" que enche as casas de tantos objectos que temos de nos mudar de 5 em 5 anos para uma casa maior, mas isso faz andar o comercio imobiliário e fazer crescer o Corrigues, será que Duchamp tinha previsto isso do culto do objecto inútil. Provedores oficiais, que hipocritamente não consideram as suas telas Arte, e nos inculcão jogos estúpidos e serviços inúteis como outras formas de lixo "gratuito" para controlarem as nossas mentes – Os agentes camarários da cultura muito bem pagos"para nos inculcarem que o que vem de fora é que é bom nos só somos Caramelos. Os provedores deste lixo, supostamente gratuitos e universalmente acessíveis, são um gracioso escárnio, que já pelos nomes passam despercebidos a cada nova conexão.
Sou cliente da Loja do Antonio Brinca. Leio o vosso blog e ainda bem que temos gente caramela a participar no rali. Mesmo se não aparece nas noticias e ninguem os comnece, nos torcemos por ele, pelo Valdina.
Vai Sebastiao Valdina.
Arraiados está contigo.
Bejo os homes na telebisão e apoio o nosso Valdina.
Esses homes nã balem nada ó pé do Veldina.
Omê neto anda lá e ê bejo-o pelas imagens que ele me enbia por pombo correio caramelo.
Apoiem o mê neto e enbiem-lhe o que quiserem.
Ouvi rumores de que para o ano o rali será Valdera-Dakar em honra ao grande caramelo das Dinas. Não sei se é verdade, gostava de saber.
esta historia do tiao da dina faz-me recordar os velhos tempos em que alegre e feliz cirança viajava da orta para casa na caixa de carga de uma dina saltitando ente batatas e cebolas e hortaliças. isso da-me tambeim uma profunda tristeza porque hoje tudo isso esta em extinçao e que somos obrigados a comer o que os espanhois ca poem enbenenado e cheio sabe-se la de quê...
Eu acho que o tiao da dina debia ter lebado uns bons tomates e umas cenouras caramelas pra oferecer as gajas lá em dakar... talvez algumas pessoas no mundo ficassem a saber que em portugal se produzem produtos de qualidade, porque nós,infelizmente, cada dia comemos mais o que os outros nao querem enquanto o nosso(e bom) apodrece nas terras por falta de escoamento.
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