22.4.08

O Palito II

Desde a invenção do primeiro palito até aos dias de hoije, as suas transformações estiberam sempre associadas a grandes feitos da históira do home caramelo e do home coirão im giral. Por exemples, se não fosse o palito ainda tínhamos que comer caracóis com a casca ou intão tinhamos tirar eles com a unhaca do dedo maminho! Portantos, não há utensílio que o iguale o palito im tantas aplicações… Desde o pau de forfo, até ao palito a pilhas chinês, todos eles representam o artefacto mais versátil e indispensábel do mundo caramelo.

A única balhana que pode substituir um palito roído é mais outro palito” comentou Alcides Putrefacto *1. Este pinsador, natural do Apeadeiro da Jardia, distinguiu mais de 500 jogos populares de taberna, malabarismos e truques de manipulação em que se usa o palito. Um dos truques mais populares é quando o palito é engolido, percorre todo o aparelho digestivo e reaparece 38h depois atrás duma moita, dentro das fezes.

Muito se podia falar sobre o palito em si, já que influenciou quase todos os cantos da vida caramela até ao telemóvel de última geração que já traz tamém este precioso instrumento.

Hoije im dia, os estudos centram-se apenas nos últimos homes que têm sempre o palito infiado na boca, inquieto, ornamentando a cumbersa com baidosos movimentos entre o cuspo. Estes estudos comprovam que o movimento do palito revela as zonas mais brabias do pensamento caramelo nunca antes desvendadas. Esta dualidade entre o caramelo e o seu palito dançante chega a ser considerada como “o ponto de fronteira da realidade com a metafísica*2. Infelizmente, esta actibidade oral está tamém a desaparecer e é mais uma razão para a FLC estar preocupada.

Para que a memóira não desapareça e a nossa cultura seja libre e sadia, fomos intrebistar um dos últimos caramelos que usa o seu palito dançante no dia-a-dia. Uma entrebista a não perder brebemente. Até lá ainda temos outras coisas pra cumbersar de maior importâiça, é ou nã é Joaquim Bateneira?

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*1 Putrefacto, Alcides “Truques e manhas na Tasca do Ameixa” , Pinhal Novo, Reformados da CP Editores, 1987, p.1304

*2 Arrota, Sebastião “Estudos rurais do caramelo urbano”, Lagameças, Publicações Marcado do Lau, 2003, p.30

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