8.3.11

CARNABAL 2011


Nã foi o bento nim as nubes, nim a chuba-molha-parbos que meteu medo à nossa legião de caramelos pra fazer este carnabal, nã sinhor! E lá por a Alemanha nã ter intrado com o graveto prós Amigos de Baco comprarem carros alegóricos, pré fabricados no Montijo, que um home bai deixar de fazer o carnabal. Portantos, mais do que nunca, o carnabal caramelo está aí nas ruas como o toicinho está na sopa caramela.

Por isso chigou a hora de todos os homes brabios saírem das suas tocas e meterem martelos e sarrotes à obra. Procuraram por esses baldios, estrumeiras, valas e ferro-velhos a matéria prima para construir o maior ebento carnabalesco do ano. O gintio veio de toda a parte, desde a Marateca à Carregueira, de Bal da Bila até aos Batudes, tudo se ajuntou plas rua como a grabilha junto aos carris da linha do comboio. Este ano a FLC infiltrou-se no cortejo com sofisticados aparelhos para ber os níbeis de caramelidade, e é tudo isso que a gente agora bai ber cum atenção.

Este é um dos agentes secretos da FLC com um medidor de níveis caramelidade. Segundo os dados recebidos no nosso quartel general (clandestino), os índices estavam no máximo caté os pintos ganiam.

A desbrabar caminho para o desfile passar, vinha a GNR, debidamente trajada com o seu carro alegórico. Este carro ainda preserba o brilho dos dinheiros europeus, mas daqui a uns anitos, se quiserem passear o carro no carnabal, têm mesmo que ir buscar um à estrumeira e têm de bir fardados à matrafona (com as combinações de suas mulheres)!


Cabeçudos inspirados no mundo rural. Um galo e uma galinha poedeira cumprimentam a população dizendo que em bez de comprarem frangos da Tailândia no Minipreço, o melhor é montarem uma capoeira na marquise e fazer criação caseira.


Mais um todo-terreno alegórico, com seres da mitologia caramela como o Dragão-de-Charco e a carabela que fez a primeira trabessia da Bala da Salgueirinha, desde a Cascalheira até ao cabo da Lagoa da Palha.

Uma cabeçuda infiltrada nº1.

Cabeçudo infiltrado nº2.

Cabeçudo infiltrado nº3.

Uma inspectora da ASAE destacada pra ber se a especialidade do palhaço (que vem na codaque seguir), tinha a qualidade determinada pelos ingenheiros de Bruxelas...

...como era merda de cão, recolhida cuidadosamente da relva do jardim, estava tudo em conformidade com as normas da União Europeia.

Uma lagarta da coube segundo o imaginário infantil contemporâneo... com chapeu e tudo.

Quando este tractor-alegórico apareceu, muito intrigou os agentes da FLC. Pela postura desmorcida do agricultor-chofer, tudo indicava que se tratava duma triste alegoria aos gorilas da Amazónia mas...

... o que afinal se apresentaba era um par de nalgas caté o nosso aparelho medidor de índices de caramelidade arrebentou pas costuras. No intanto aconteceu um estranho fenómeno! Estão a ber o home a medir o tamanho das nalgas da repariga? Estão, nã tão? Intão olserbem agora a seguir...

Poizé! O home transformou-se totalmente! Do que restava do home intigo apenas ficou a survia na mão. A FLC imbestigou nas escrituras de S. Sebastião e descobriu que é um mau olhado: um home que se impanturra a olhar prás nalgas alheias pode transformar-se noutra criatura. No intanto o poder das mines é tal que, mesmo que um home se transforme totalmente, nunca as deslarga. Sinal que é home brabio e mantém os seus costumes mesmo com o mais poderoso feitiço das nalgas. O mesmo fenómeno ocorreu noutro caso. Ora bejam lá a seguir...

Estas eram as nalgas de Domingo...

E estas as de 3ª feira!

E já que estamos a falar de nalgas, aqui bão dois pares delas feitas por gaiataige de 6 anos na China.

Temos agora aqui o Papa a abençoar isto tudo.

Segundo o feitiço que a gente já falou, esta criatura da codaque debe olhar todos os anos intensamente para as belas nalgas de alguma espanhola! E porquê? Hã?! Porque todos os anos se transforma em matrafona agarrada a uma mine. Alguns agentes especiais da FLC já se voluntariaram para olserbar intensamente as nalgas da Ti Marbília das Bordas-Largas, (das Areias Gordas) só pra ber o resultado da transformação.

Um burro a carregar mercadoria prá Plataforma Logística do Poceirão.

Maquetes do novo tipo de construção civil para os novos bairros do Pinhal Nobo. O prédio da direita rebela uma arquitectura de origem caramela e totalmente ao gosto do construtor.

Este é o novo empreendimento do Rio Frio: o depósito da água em forma de cogumelo, e o hotel de 6 estrelas pra atrair galfarraige turística.

O carnabal nã tinha nhum trambelho se nã tibesse uma pipa e um cacho de ubas, tudo pronto pra serbir à populaça, pra boltar cá pró ano. E aquela bela anjinha? Hã?!

Xô... nã olhem muito prás pernas na repariga, se não ainda amansam e transformam-se em anjinhos!

O carrinho-de-mão completamente kitado. É o tunning do carrinho-de-mão mais conhecido da história. Este é um dos poucos artefactos caramelos capaz de entrar nos mais conceituados museus do mundo.

Os Bardoada com a sua música inspirada na fuguetaige dos círios. Uma música melodiosa berdadeiramente caramela.

Um bom exemplo de mobilização municipal. É importante saber que o home que puxa usa um combustíbel tinto do Poceirão e leva um depósito de reserva.

Um berdadeiro poema no tablier que só um caramelo brabio saberia escreber.

E agora a fase dos carros alegóricos de índole ruralo-sucateira com encenações e rábulas à mistura. Neste caso podemos ber uma inspecção automóbel da Controlauto, (Vale do Alecrim) em que ingenheiro bai chumbar o beículo por nã ter champô perfumado na água do limpa vidros.

... mas afinal passou à segunda inspecção. O ingenheiro descobriu que afinal o beículo trazia um atrelado com uma máquina de imperial, e assim tudo se resolbe. Na Caramelândia, quem leva um atrelado com uma máquina de imperial tem sempre todos os seus problemas resolbidos.

Mais um caso duma inspecção bem sucedida, desta bez bastou levar um taliban a guardar o motor.

Um carro promocional dos produtos caramelos. Na codaque seguinte podemos ber em pormenor o que é que está ao dispor da população...

Temos bários artigos de interesse, como três laranjas, a carapaça dum esquentador, um jerrican cheio de ferruige e algumas cuecas em segunda mão (segundas nalgas) entre outras coisas! Quem quiser outras mercadorias... só importadas da Ásia.

E agora a tão esperada fase das minardas-alegóricas. Neste caso uma limosine mono-logar para levar as grandes estrelas do caraoque.

Um gaiato a marcar território laboral, não vá um dia ficar sem emprego.

E agora uma limosine com um sofá familiar totalmente panorâmico.

Como não podia faltar, aqui está mais uma bez o nosso comboio alegórico. Este ano transformou-se num útil submarino já com toda a tripulação. É de sublinhar a bandeira lusitana como ícone dum carnabal que dura há mais de 800 anos e que hoije im dia está mais forte do que nunca.

Uma pubalera-alegórica com um tripulante debidamente mascarado. À frente, no guarda lamas, está mais uma antena da FLC para detectar os níbeis de cramelidade. Pelo estado em que está podemos adibinhar que passou por perto alguma caramela digna de registo. Da parte de trás está outra antena com a mesma tecnologia, mas só pra detectar os pontos cardeais.

Lá bai o cortejo a desaparecer, a caminho dos bombeiros e...

... atrás bai o carro-bassoira-alegórico e mais as suas bailarinas numa bela coreografia, encenada pela Junta de Freguesia.

E prontus... Pró ano há mais.

Mas entretanto a FLC bai fazer tudo para que o carnabal seja, um dia, 100% caramelo.

Mai nada!!!



2 comments:

Anonymous said...

Viva a FLC!
Continuem assim, a mostrar as coisas dos caramelos, porque de resto andam todos a dormir!
E o carnaval dos caramelos, do povo e de todos!!!!

Vexata said...

Biba lá, malta!

Mas que reportaigem explendida!