4.4.11

CENSOS NAPERONOLÓGICOS (dos Naperons)


De 5 de Abril a 30 de Maio em toda a Caramelandia


A FLC em colaboração com o IDDTC (Instituto do Design e Decoração Tradicional Caramela) bai promover pela primeira vez os censos naperonológicos.

Estes censos consistirão na imediata bisita-bistoria a todas as casas da caramelândia de alguns técnicos estritamente preparados para o efeito, que com a ajuda de canzoada altamente treinada no farejo de naperons, irão amigavelmente rebistar as casas e fazer a contagem (com os dedos das mãos) de quantos naperons existem nos domicílios. No final, será feito um levantamento-pricura de quantos naperons existem actualmente e em que divisões da casa estes mais proliferam (Cozinha, sala, marquise, quartos, quintal, garaige, arrecadação, baldio-neste caso ditado fora) e atei ficaremos a saber que tipos de nódoas são mais frequentes nestes adereços.

Se quiserem saber mais pormenores prestem atenção agora: Cada técnico levara preso a um cordel um cão (de raça coelhera), dos que estiberam em formação durante três meses, em local secreto que na podemos rebelar. Alguns destes cães conseguem agora farejar um naperon a 10 Km de distancia e marcarão com uma balente mijarrada as paredes das casas que não tiberem lá dentro nenhum naperon.

Esta radical acção, deve-se a um alarmante decréscimo do bom costume do uso do naperon nas casas caramelas, o que pode provocar a muito curto prazo a total extinção desta pérola da ornamentação caseiro-tradicional. “E odepois já se sabe” (referiu Albanita Desingomada, directora do IDDTC), ...”comeca-se pela extinção dos naperons, odepois os coiratos, odepois as motorizadoas, odepois as mines com deposito, odepois o domingo de marcado, odepois os debates-garreias, odepois os pitromaxs, odepois os Círios, odepois a mola a prinder as calças quando se anda de bcicleta a pedal, odepois a galheta no gaiato, odepois as matines dançantes, odepois o costume da abaladiça, odepois o arroto-festibo,odepois os sacos da Cunpratiba, odepois a Reforma Agrária, odepois a punhada sadia nas costas, odepois o uso da nabalhita, odepois o pão cum manteiga dos dois lados, e odepois ia-se a ber e a cultura caramela já só era como no desfile das Festas Populares da Capital, uma coboiada (sim índios nim trambelho nhum) pós estrangeiros (homes de fora da Caramelandia) berem i pinsarem que a gente já só existe no Jardim Zoológico dos homes das civilizações parbas que desapareceram”.

Por isso foi também já criada uma comissão de estudo móvel (reúnem-se em cima de uma fragnete de caixa aberta e bão andando de terra im terra com um angulo de visao de 360 graus, menos aos sábados onde estarão na Reforma Agragria com uma banca tira-duvidas e venda de naperons directamente do produtor ao consumidor, incentivando o consumo dos mesmos e sem intermediários que inflacionem os preços). Esta comissão tem cerca de 10 elementos ao mais alto nível (entre eles os conceituados Zimbao Cornadura, o Celestino Bombista e a Ti Abilia Marinada- antiga costureira-naperoneira, especialista em Naperons- à-moda-do-Lau, muito em voga nos anos 50 do século passado) que vão cunbersar com as pessoas sobre a quase- extinção deste símbolo da decoração caramela, fazendo relatórios de opinião-ideias-pinsamentos.

Este grupo que reuniu uma bez (foram atei a Carreguera e ao Lau), tem pelo menos uma opinião popular apurada sobre as causas do crescente desnaperonamento (opiniões obidas no Café América e no Café “A Mine Inbalsamada”): „Ja nã há naperons?!! Isso debe mas ei de ser por causa da inbasão aparbalhada de parbos armados im parbos... (aqui alguém ao fundo do Café América diz com boz grossa: atão se já são parbos já nã precisabam de se armar im parbos!...Pausa. Faz-se silencio.Todos se viram para o local de onde veio esta voz. Ouve-se o vento la fora a assobiar no gargalo de algumas medias vazias abandonadas im cima dos bancos corridos e um cão a ladrar ao longe. Logo a seguir voa uma mine vazia im direcção certera ao home que tinha acabado de intrar na cunbersa sem ser cunbidado. Após esta acção pacificadora, a cunbersa pode cuntinuar) ...que trocam a bela da televisão intiga, por um plasma ou o que isso ei. Ora toda a gente sabe que essas televisões modernas sao mais magras que o cabalo de um cigano onde compro ciroulas no Marcado e na tem trambelho nhum para se colocar um belo naperon im cima", disse Julinho do Intulho, cliente habitual deste local. Foi também esta a opinião (mais ou menos) de Albino dos Pitromaxs, que no "Mine Inbalsamada", ao lado da sua mulher (cum bergonha de falar pós nossos micrifones de gravação), acabado de amandar po bucho uma balente aguardente-digestiba nos quexos, abanou a cabeça, e disse (logo a seguir a um balente ahhhhhhhh!) que sempre cunbibeu com naperons im cima das televisões: “nim desligo uma coisa da outra, nunca bi televisão sim naperon por cima.Isso ei o quei?!!!”

A FLC pede a todos os cidadãos caramelos que colaborem com estes censos e que dexim intar os tecnicos e a canzoada naproneira, fazendo destes censos um berdadeiro cunbibio-festa. Mostrem orgulhosamente os bossos naperons!!!

Uma casa sem Naperom

ei como um home

que na sabe

o quei bom

(antigo proverbio da Carreguera)

5 comments:

Anonymous said...

Bem vistos, esses censos!~
Eu tenho dois em casa, mas acho que muita gente deve ter menos do que isso!
E gente que se diz caramela!!!!!

Seroido da Ninhada said...

Eu já tenho um naperon de fio dental im cima do meu plasma, mesmo assim, o naperom fica com as bordas de fora. Bou mudar o plasma pra uma Blaupunk de 1972 pra, quando os censos cá bierem, berem um naperom-colcha com um vaso e ramo de tojos a decora. Assim, quando tiber a dar o telejornal, eu olho prós tojos im cima do naperon.

Lionel, o ordenhador said...

Atão, bieram cá à nha casa e tudo bem. Ópois foram á da minha bizanha e tudo bem. Ópois foram do outro lado da rua e tudo bem. E ópois foram á do meu bizinho do bigode e cumeçaram a implicar com o home porque tinha por lá um plasma: "intão mas que merda ei essa de andar cum plasama na sala? Ain? AIN?? intão e os naperons, AIN???" oubia eu os gritos da maltezaria do censos.
O bizinho do bigode respundeu a título de debate-garreia com uma punhada num dos netos: "o berdadeiro caramelo pode ter um plasma desde que esteja im sintonia na FLC-TV (0496 mHz) em TDT -Telebisão im Directo do Terrim, mas nunca, Nunca, NUNCA AIN???? pode ditar fora a grande tradição do naperon sobre a telebisão intiga".

E grande silêncio.

Aprobeitei o belo silêncio para dar um gole no leite, ainda à temperatura do corpo da obelha, que tinha acabado de ordenhar, só pa probá-lo e ber se taba bom. Como taba, cuntinuei a buer a minha mine.

Mas cuntinuando a história do meu bizinho do bigode. Ópois do censos ter ido imbora da casa do bizinho eu fui lá e perguntei se taba tudo bem e se na tinha lebado uma mijadela dos canitos. O home de tanta alegria de ter os naperons dentro da média e estatística caramela, festejou que nim um home balente. Mas como num tinha foguetaije rija, tebe que fazer o ruído de uma maneira que fazia limbrar o pateo caramelo im dia de festa popular à 1h57 da manhã caté a GNR fica desinçaimada. Eu grabei tudo com uma camera que a FLC disponibilizou para a captação de coisas de cómedia e ópois fazer um pograma parbo cum caramelos a cair ou a atiçarem o fogareiro cum gasolina que ópois aquilo faz uma labareda que faz rir o caramelo comum. Eu usei a camara para grabar este momento de exclusibo jubilo caramelo:


http://www.youtube.com/watch?v=vR_VhfxAnXU

Como podemos olserbar, os naperons estão lá e taba tudo im ordem. Inclusibe, o naperon im cima da telebisão intiga.

Toino das Mines said...

Boa tarde pandleraige!
Pa mim uma mine dessas balentes.
Falam dos naperons?
Aqui o Toino tem um para as grades de mines, e outros para ter as mines em cima. Por isso a canzoada na bai mijar nas paredes aqui da barraca do Toino.
Bou agora buer mais umas grades e depois bou regar.
Bou agora.

Rell Hemmig said...

Bem vistos, esses censos!~ Eu tenho dois em casa, mas acho que muita gente deve ter menos do que isso! E gente que se diz caramela!!!!!